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12 DE DEZEMBRO DE 2012

176ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, ED THOMAS, HAMILTON PEREIRA e BARROS MUNHOZ

 

Secretário: OLÍMPIO GOMES

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - WELSON GASPARINI

Cita relatório da Unesco sobre a situação da saúde no mundo. Critica os investimentos aplicados em estádios de futebol. Afirma que o dinheiro do BNDES deveria ser utilizado para financiar o desenvolvimento social. Lamenta a falta de investimentos em saúde e educação. Defende a redução de juros bancários.

 

003 - Presidente JOOJI HATO

Convoca sessão solene, a realizar-se no dia 25/02/13, às 20 horas, para "Comemorar o Dia do Rotary Internacional", a requerimento do Deputado Hélio Nishimoto.

 

004 - OLÍMPIO GOMES

Informa o lançamento da Frente Parlamentar de Segurança Viária. Comenta o alto índice de acidentes no trânsito. Fala acerca do lançamento do livro "Segurança Viária", coordenado pelo Senhor Antônio Clóvis Coca Pinho Ferraz. Defende o aumento, pelos municípios, da fiscalização no trânsito. Pede por maior investimento em políticas preventivas na área.

 

005 - MARCOS MARTINS

Lamenta falta de quórum, dia 11/12, em reunião da Comissão de Saúde desta Casa. Fala sobre a manutenção de convênio com centro de referência para o tratamento de crianças com deficiência. Informa que, de acordo com a Constituição Estadual, os secretários de Estado devem comparecer duas vezes por ano a esta Casa, para prestar informações de assuntos relativos a suas Pastas.

 

006 - ED THOMAS

Assume a Presidência.

 

007 - JOOJI HATO

Parabeniza o Deputado Olímpio Gomes por pronunciamento contra o número de acidentes automobilísticos no Estado. Fala sobre projeto, de sua autoria, com o intuito de coibir o consumo de álcool. Cita casos de acidente de trânsito ocorridos recentemente. Recorda participação em CPIs realizadas durante seu mandato como vereador. Lamenta a possibilidade de que seja comercializada bebida alcoólica nos estádios de futebol durante os jogos da Copa do Mundo. Comenta vitória do Corinthians em jogo válido pelo Campeonato Mundial de Clubes.

 

008 - Presidente ED THOMAS

Por conveniência da ordem, suspende a sessão às 15h06min; reabrindo-a às 15h17min.

 

009 - HAMILTON PEREIRA

Discorre acerca de grupos que defendem a redução da maioridade penal. Comenta Medida Provisória, sancionada pela Presidente Dilma Rousseff, que amplia a cobertura de atendimento a crianças e adolescentes pelo programa Bolsa Família.

 

010 - HAMILTON PEREIRA

Assume a Presidência.

 

011 - ED THOMAS

Considera que há diferenciação no atendimento prestado a autoridades pela Secretaria Estadual de Saúde. Comenta solicitação junto à Pasta, feita por este Deputado, para realização de audiência pública. Informa que o evento tinha o intuito de discutir a prorrogação de convênio com o município de Teodoro Sampaio. Lê documento enviado por essa Secretaria.

 

012 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

013 - Presidente JOOJI HATO

Convoca os Srs. Deputados para duas sessões extraordinárias, a serem realizadas hoje, a primeira 10 minutos após o término desta sessão.

 

014 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, diz estar indignado com a obstrução da investigação do Poder Executivo, pela base do Governo nesta Casa. Afirma que este Legislativo transformou-se em um departamento do Palácio dos Bandeirantes. Menciona a obstrução da convocação do Presidente da FDE, José Bernardo Ortiz, pelo PSDB e PV durante reunião da Comissão de Educação. Lembra que José Bernardo Ortiz está sendo denunciado por improbidade administrativa, tendo sido nomeado pelo Governador Geraldo Alckmin. Lembra as funções da autarquia, que está sendo alvo de denúncias de corrupção e superfaturamento. Cita ação do Ministério Público contra o dirigente da Fundação, que continua a receber altos salários. Critica o Governador do Estado por não exonerar o Presidente da FDE, assim como Deputados da Base Governista que estão obstruindo a votação.

 

015 - LUIZ CARLOS GONDIM

Pelo art. 82, cita a posse de novos delegados em São Paulo. Menciona a necessidade de concurso para cargos diversos na Polícia Civil. Ressalta a diminuição do número de delegados no Estado de São Paulo e na região do Alto Tietê. Lê carta encaminhada a este Deputado por uma senhora insatisfeita com o atendimento do Iamspe, tendo sido sua consulta marcada para fevereiro. Destaca os problemas da região no agendamento de exames e consultas médicas. Afirma que o Hospital do Servidor Público tem deficiências de atendimento. Destaca a necessidade de atendimento adequado aos funcionários públicos do Estado de São Paulo.

 

016 - HAMILTON PEREIRA

Pelo art. 82, apoia o pronunciamento do Deputado Luiz Carlos Gondim. Afirma que, em todo o Estado de São Paulo, a questão da saúde pública sensibiliza a todos. Ressalta a preocupação e o sentimento de impotência frente à situação atual. Menciona a falta de médicos, a impossibilidade de atendimento de casos e a marcação de consultas para até três meses depois. Cita o aumento da arrecadação do Estado em 13 bilhões de reais, o suficiente para destinar mais recursos para a saúde pública.

 

GRANDE EXPEDIENTE

017 - AFONSO LOBATO

Apoia os discursos dos Deputados Luiz Carlos Gondim e Hamilton Pereira, que discorreram sobre o descaso com a saúde pública. Considera absurda a maneira como o ser humano está sendo tratado nesta questão. Lembra audiência pública, realizada nesta Casa, sobre o Iamspe. Menciona a falta de médicos e peritos na região de Taubaté. Informa que pediu vista de todos os projetos na reunião da Comissão de Justiça. Manifesta o seu descontentamento, já que diversos Deputados não tiveram projetos aprovados desde o ano passado, o que é cobrado constantemente pela mídia. Afirma que muitos projetos deveriam ser discutidos nesta Casa, evitando a polarização constante entre o PT e o PSDB. Cita a ida do Governador Geraldo Alckmin ao Litoral Norte, no sábado, referente à duplicação da Rodovia Tamoios. Lembra que os hospitais da região são precários e que deve ser instalado um hospital regional de saúde no Litoral Norte, aproveitando a capacidade instalada dos hospitais já existentes. Diz que a carta lida pelo Deputado Luiz Carlos Gondim não é caso isolado, e sim regra (aparteado pelo Deputado Luiz Carlos Gondim).

 

018 - LUIZ CARLOS GONDIM

Para comunicação, lembra o serviço de radioterapia prometido pelo Governador Geraldo Alckmin à sua região. Cita o fechamento de clínica médica. Menciona a necessidade de aprovação de emenda para a inclusão de diversos aparelhos e UTIs. Pede que não sejam somente aceitas as emendas do Governo.

 

019 - LUIZ CARLOS GONDIM

Pede a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

020 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h03min.

 

021 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h33min.

 

022 - ENIO TATTO

Pede a suspensão dos trabalhos por vinte minutos, com a anuência das lideranças.

 

023 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h33min; reabrindo-a às 17 horas.

 

024 - MARCO AURÉLIO

Solicita a suspensão da sessão por cinco minutos, por acordo de lideranças.

 

025 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 17 horas; reabrindo-a às 17h08min.

 

026 - MARCO AURÉLIO

Solicita a suspensão dos trabalhos por cinco minutos, por acordo de lideranças.

 

027 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 17h09min; reabrindo-a às 17h14min.

 

ORDEM DO DIA

028 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara sem debate aprovados requerimentos de urgência: da Mesa Diretora, aos PLs 737/12 e 738/12; do Deputado Campos Machado, ao PLC 43/12; e aos PLs 678/12; do Deputado Carlos Bezerra Jr., aos PLs 644/11, 116/12, 239/12 e 257/12; do Deputado Carlos Cezar, ao PL 1133/11; da Deputada Regina Gonçalves, ao PL 166/12 e 551/12; do Deputado Estevam Galvão, ao PL 208/12; e do Deputado Alencar Santana Braga, ao PL 328/12. Coloca em votação o PL 598/12, salvo emendas e mensagem aditiva.

 

029 - JOSÉ ZICO PRADO

Encaminha a votação do PL 598/12, salvo emendas e mensagem aditiva, em nome do PT.

 

030 - GERSON BITTENCOURT

Encaminha a votação do PL 598/12, salvo emendas e mensagem aditiva, em nome da Liderança da Minoria.

 

031 - CÉLIA LEÃO

Para comunicação, faz reflexão sobre o dia de hoje 12/12/12.

 

032 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra a manifestação. Anuncia a presença da vereadora eleita de SãoJosé do Rio Preto PRD, Karina Carolina, acompanhada do Deputado Gilmaci Santos.

 

033 - OLÍMPIO GOMES

Encaminha a votação do PL 598/12, salvo emendas e mensagem aditiva, em nome do PDT.

 

034 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra a presença e saúda as ex-Deputadas Rosmary Corrêa e Maria Lúcia Prandi.

 

035 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do PL 598/12, salvo emendas e mensagem aditiva, em nome do PSOL.

 

036 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovado o PL 598/12, salvo emendas e mensagem aditiva.

 

037 - ALENCAR SANTANA BRAGA

Requer verificação de votação.

 

038 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e determina que seja feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

039 - ALENCAR SANTANA BRAGA

Informa que o PT está em obstrução ao processo.

 

040 - CARLOS GIANNAZI.

Informa que o PSOL está em obstrução ao processo.

 

041 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação e declara aprovada a mensagem aditiva. Coloca em votação e declara rejeitadas as emendas de nºs 01 a 16.

 

042 - ALENCAR SANTANA BRAGA

Declara o voto favorável do PT às emendas apresentadas pela bancada, com declaração de voto por escrito.

 

043 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra a manifestação.

 

044 - JOSÉ BITTENCOURT

Requer a prorrogação da sessão por 30 minutos.

 

045 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovada a prorrogação da sessão por 30 minutos.

 

046 - JOSÉ BITTENCOURT

Solicita a suspensão da sessão até as 19 horas e 15 minutos, por acordo das lideranças

 

047 - ALENCAR SANTANA BRAGA

Para comunicação, tece considerações sobre os textos elaborados pela Assessoria de Imprensa desta Casa. Apresenta sugestão sobre o assunto.

 

048 - Presidente BARROS MUNHOZ

Acata a manifestação. Acrescenta que daria informações complementares posteriormente. Convoca, para hoje, as seguintes Comissões, para reuniões conjuntas: de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento, às 18 horas e 35 minutos; de Constituição, Justiça e Redação, de Segurança Pública e Administração Penitenciária, às 18 horas e 37 minutos; de Constituição, Justiça e Redação, de Segurança Pública e Administração Penitenciária e de Finanças, Orçamento e Planejamento, às 18 horas e 30 minutos; de Segurança Pública e Administração Penitenciária e de Finanças, Orçamento e Planejamento, às 18 horas e 43 minutos; de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e de Finanças e Orçamento, às 18 horas e 46 minutos; e reuniões extraordinárias das Comissões: de Ciência e Tecnologia, às 18 horas e 49 minutos; de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, às 18 horas e 52 minutos; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, às 18 horas e 55 minutos. Por conveniência da ordem, suspende a sessão às 18h32min; reabrindo-a às 18h33min. Defere o pedido e suspende a sessão às 18h34min; reabrindo-a às 19h22min.

 

049 - ALENCAR SANTANA BRAGA

Requer a prorrogação da sessão por 30 minutos.

 

050 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovado a prorrogação da sessão por 30 minutos.

 

051 - ALENCAR SANTANA BRAGA

Pede a suspensão da sessão por 15 minutos, por acordo das lideranças.

 

052 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 19h23min; reabrindo-a às 19h43min.

 

053 - SAMUEL MOREIRA

Requer o levantamento da sessão, com anuência das lideranças.

 

054 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 13/12, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra a realização de sessão extraordinária, com início às 20 horas de hoje. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Olímpio Gomes para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - OLÍMPIO GOMES - PDT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini, pelo tempo regimental.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Jooji Hato;  Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tenho ocupado esta tribuna no sentido de alertar as nossas autoridades, de todos os níveis, sobre a importância de se aplicar o dinheiro público nas questões mais urgentes e de grande importância na vida desta Nação.

Sem dúvida alguma, Educação e Saúde são os dois setores que precisam de maiores investimentos.

Ainda agora, Sr. Presidente, um relatório da Unesco sobre a Educação no mundo coloca o Brasil em 88º lugar.

Ocupando a tribuna, na última sessão, eu citei outro levantamento internacional no qual foram analisados 40 países sobre a qualidade da Educação com o Brasil ficando em penúltimo lugar – o 39º lugar entre 40 países.

Já na área da Saúde, nem é bom falar. E o problema não é só no Brasil, é no mundo todo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que 41% dos seres humanos não tenham, no mundo, acesso a sanitários ou a banhos com água corrente. São quase três bilhões de pessoas, segundo a Unesco, expostas às bactérias, vírus e parasitas encontrados nos dejetos humanos.

E agora o mais grave dessa notícia da Unesco: a cada ano,  mais de 15 milhões de pessoas morrem na Terra vítimas de doenças infecciosas. Vejam o Estado de São Paulo, o mais desenvolvido deste País, onde ainda temos muitas cidades jogando o esgoto, os dejetos, nos córregos e nos rios. Isso aqui no Estado de São Paulo. Agora, calculem o que acontece no Brasil nas regiões mais pobres!

Mas o que revolta, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, é o contraste com essa outra  notícia: “O Governo do Rio de janeiro está reformando o Maracanã. Previsão de gastos: 1 bilhão, 150 milhões de reais”. E o mais grave: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social já destinou muito dinheiro para construção ou reformas de campos de futebol e de estádios no Brasil. Em Belo Horizonte, foram 400 milhões de reais; Cuiabá, 393 milhões de reais – quando o dinheiro do BNDES é para desenvolvimento econômico e social -, Fortaleza, 351 milhões; Manaus, 400 milhões; Natal, 396 milhões; Salvador, 313 milhões; Recife, 400 milhões; Rio de Janeiro, mais 400 milhões; o BNDES também aprovou, para São Paulo um financiamento de 400 milhões  para a construção da arena Corinthians, palco da abertura da Copa do Mundo.

Sou a favor do esporte, gosto de futebol. Ainda ontem, apesar de ser palmeirense, eu acompanhei o jogo do Corinthians, torcendo para o Corinthians, porque era uma equipe brasileira disputando um titulo  internacional. Mas o total que o BNDES está destinando para financiamento de campos de futebol, da ordem de 4 bilhões, 603 milhões de reais, é exagerado. Mais ainda quando para financiar água, esgoto, Educação e Saúde não há dinheiro. Vivemos uma crise na Saúde, em postos de Saúde, nos hospitais; a pessoa vai lá doente e fica esperando oito, dez até doze horas na fila para ter uma consulta; se precisar de internação, então, nem é bom falar!

Há dificuldade de dinheiro para a Saúde. Para campos de futebol, o BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social, encontrou 4 bilhões, 603 milhões de reais.

Além disso, Sr. Presidente, também me assusta a notícia de que o Banco do Brasil no ano passado - este ano ainda não saiu o resultado - terminou o ano com um lucro recorde de doze bilhões de reais. O Banco do Brasil é banco do Governo! Doze bilhões de reais! Ora, se está dando tanto lucro assim, baixem mais os juros para o dinheiro poder ser mais acessível para a nossa população. Trarei a esta tribuna os resultados, fechando este ano, dos lucros – verdadeiramente impressionantes - dos bancos do nosso País.

Sr. Presidente, não sou contra o lucro  bancário e nem contra o futebol. Nada disso: temos, entretanto, de ser a favor da Educação, da Saúde e do saneamento básico, dentro de uma escala de prioridades. 

Agradeço a atenção de V. Exa., dos Srs. Deputados e Sras. Deputadas e deixo aqui esses números para podermos refletir: o que falta no Brasil não é dinheiro! Na Administração Pública o que falta, realmente, é aplicar o dinheiro em obras urgentes, prioritárias e de interesse do País.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência atendendo a solicitação do nobre Deputado Hélio Nishimoto, convoca Vossas Excelências nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r”, da XIV Consolidação do Regimento Interno, para uma Sessão Solene a realizar-se no dia 25 de fevereiro de 2013, às 20 horas, com a finalidade de comemorar o Dia do Rotary Internacional.

Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, hoje, pela manhã, aqui no Auditório Paulo Kobayashi, tivemos em parceria e sob a coordenação do Deputado Roberto Massafera, o lançamento da Frente Parlamentar para a Segurança Viária. E tão aterrador quanto as mortes e ferimentos produzidos pela criminalidade, as nossas estatísticas nos pontuam como campeões mundiais de mortes no trânsito e de incapacidade física permanente decorrente de acidentes de trânsito. Essa iniciativa do Deputado Roberto Massafera, juntamente comigo e com o Deputado Edinho Silva, do Partido dos Trabalhadores, teve em vista, inclusive o lançamento de um livro denominado Segurança Viária, cujo cinco mil exemplares estão sendo distribuídos gratuitamente.

O coordenador desse trabalho junto com alguns co-autores é o meu companheiro de PDT e eleito vice-prefeito de Araraquara, Coca Ferraz. Ele é professor do Núcleo de Engenharia da USP de São Carlos, e com mestrandos e doutorandos daquela universidade acabaram fazendo um trabalho bastante robusto, e buscando em todas as áreas, quer a área de esforço legal sob a ótica da legislação e da fiscalização, quer sob a ótica da engenharia ou da educação, que seriam o tripé dos três “ezinhos” do trânsito - o esforço legal, a engenharia e a educação - se aprofundaram e construíram esse trabalho em que demonstram exatamente que até 31 de dezembro mais de 50 mil vidas terão sido ceifadas no trânsito brasileiro.

Deputado Jooji Hato, que é médico e sempre vem a esta tribuna falar em defesa da vida, precisamos fazer também uma grande mobilização de todos os segmentos e autoridades para a redução dessas tristes estatísticas de mortes e ferimentos no trânsito. Vossa Excelência, fala muito sobre uso das motocicletas, temos uma média de duas mortes/dia de motociclistas no trânsito somente na cidade de São Paulo. Se a legislação, e tivemos aqui no lançamento da Frente Parlamentar desembargadores representando o Tribunal de Justiça, está inadequada ou muito frouxa em relação a ser um mecanismo impeditivo, precisamos pressionar principalmente o Congresso Nacional, pois quem mais legisla em matéria de trânsito, em alterações do Código Brasileiro de Trânsito e nas normas do Contran é o Governo Federal e o Congresso Nacional. Temos que estimular os municípios para que tenham a competência de fiscalização sobre a utilização das vias e dos projetos de engenharia que muitas vezes não se adequaram à realidade da segurança. Foi demonstrado pelos técnicos que muitos acidentes em sequencia, ocorrem no mesmo ponto nas vias do mesmo logradouro na cidade porque o projeto de engenharia em que foi concebida aquela via está inadequado em relação à segurança. E o objetivo dessa Frente Parlamentar é justamente ser o catalisador de todas as forças vivas que interagem nesse processo.

Esteve conosco o Coronel João Alberto, Comandante do 3º Batalhão de Polícia Rodoviária, que colaborou com os seus conhecimentos e experiência de mais de 30 anos no policiamento urbano e rodoviário para a consecução dessa obra. Mas muito mais que isso, ficou mais do que claro que temos que investir muito na conscientização e na educação, não fazendo campanhas quando temos uma coisa mais rumorosa, meu caro Presidente e caro Deputado Marcos Martins. Temos que fazer campanhas permanentes e desestimular o uso do veículo como se estivesse utilizando uma arma. E foi mostrado exatamente, quanto maior a riqueza da população ou a condição de vida desta, menores são os índices de envolvimento em acidentes fatais ou que promovam debilidade permanente de órgão, sentido ou função.

Quer dizer que vamos ter que esperar um crescimento maior da renda per capita nacional para que vá se diminuindo esses indicadores para que possamos deixar de ser o campeão mundial de vítimas do trânsito. Temos que tomar iniciativas de imediato. Não podemos só ficar naquela situação: “Não! Tem que aumentar a fiscalização, a responsabilidade da Polícia e o contingente policial.” Não é só isso, temos que atacar em todas as vertentes sob o aspecto da adequação arquitetônica, de engenharia, de segurança, de sinalização das vias e alterar significativamente a legislação, sim, pois hoje está muito fácil matar pessoas no trânsito e não ser responsabilizado criminalmente por ter promovido a perda de uma vida, e essa circunstância de trabalho da educação da população como um todo, desde as nossas crianças a todos os nossos condutores, o respeito à legislação, respeito às pessoas.

Então cumprimento o Deputado Roberto Massafera, o Deputado Edinho, que estão comigo nessa jornada; o Coca Ferraz, coordenador desses trabalhos; e teremos uma grande luta e uma grande frente de trabalho logo mais, que é levar esse estímulo a todas as Câmaras Municipais, a todas as Prefeituras, ao Governo do Estado, ao Governo Federal, à sensibilização dos parlamentares no plano federal para que possamos sair dessa triste estatística, país campeão mundial de mortes no trânsito.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Parabéns, nobre Deputado Major Olímpio, pelo seu pronunciamento e pela luta, que é de todos nós.

Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Cruz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, público presente, hoje vou tratar de alguns assuntos de interesse da população.

Um dos assuntos é sobre o Cria, Centro de Referência da Infância e Adolescência. Tivemos uma reunião da Comissão de Saúde, ontem, sem quorum, porque a base do Governo não compareceu, mas mesmo assim esteve presente a coordenadora da área mental da Secretaria de Saúde do Estado. Ela trouxe a informação de que havia uma denúncia sobre o Centro de Referência da Infância e Adolescência, que trata de crianças com distúrbios mentais e que juntamente com a Unifesp faz pesquisas relacionadas a essas crianças, mas que esse convênio não será interrompido.

Esperamos mesmo que não seja, porque já tivemos, recentemente, problemas desse tipo com o Caism, que é outro Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental, que trata de idosos, na Água Funda. Tivemos que ir lá, porque havia já o encaminhamento de encerramento das atividades e a mudança da finalidade. Lá moram em torno de 50 pessoas, que já não têm mais referência de família. Disseram que transformariam aquele centro num local para tratamento de dependentes químicos. Mas para onde iriam aquelas pessoas, que não têm casa, não têm referência, não têm família? Então não havia nenhuma possibilidade de fazer isso; um centro de referência, reconhecido, mas também conseguimos que não fossem encerradas as atividades.

No momento fomos procurados pelos pais das crianças atendidas pelo Cria, por servidores da entidade. Trouxemos o debate para a Casa e convidamos o representante da Secretaria de Saúde do Estado para estar presente. Aliás, convidamos o Secretário, que continua devendo visita a esta Casa, porque de acordo com a Constituição Estadual os Secretários precisam vir duas vezes por ano prestar informações a esta Casa sobre assuntos relacionados a suas pastas. Então ainda temos uma pendência, pelo menos.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Ed Thomas.

 

* * *

 

Gostaria também de fazer um registro, já que hoje tivemos uma atividade na Cidade de Osasco do Conselho Intersindical de Saúde do Trabalhador e do Cerest, Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da região, um círculo de debates sobre a saúde e as doenças profissionais de trabalhadores. Participamos da abertura, conhecemos o Conselho Intersindical de Saúde do Trabalhador, que congrega 34 sindicatos, aproximadamente, e o Cerest, Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, que congrega sete ou oito municípios, com os mais variados problemas de saúde: desde acidentes de trabalho a doenças profissionais, como as vítimas do amianto, vítimas do mercúrio, do benzeno, do qual são vítimas os frentistas que trabalham em postos de combustível. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Deputado Ed Thomas, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, ouvia o Major Olímpio falar sobre a formação de uma frente parlamentar com o objetivo de prevenir acidentes em vias públicas, em rodovias, avenidas. Espero que essa frente dê muito resultado, e certamente vai contar com meu apoio. Essa é uma preocupação antiga de todos nós, tanto que há 15 anos fizemos um projeto de lei, na Câmara Municipal, depois denominada Lei Seca, também chamada Lei do Fecha Bar, Lei do Silêncio, uma lei que tenta controlar o uso da bebida alcoólica. E depois reapresentei aqui na Assembleia Legislativa, no dia 13 de abril do ano passado, um projeto de lei que proíbe a venda de bebida alcoólica em lojas de conveniência de postos de combustíveis. Um mês depois, dia 13 de maio de 2011, a proibição de venda de bebida alcoólica em logradouros públicos, que faz a prevenção nessa área, para evitar acidentes que ocorrem diuturnamente, como esse acidente de Congonhas em que uma pessoa de 56 anos, que iria para Florianópolis, foi atropelada. Sua filha teve fratura de membro inferior e foi hospitalizada; um jovem de 23 anos, que alega agora que perdeu os sentidos, aconteceu um mal-estar, mas ele havia ingerido bebida alcoólica em uma festa no final do ano, que acontecem no mês de dezembro.

E muito preocupados com isso, queremos na verdade que aprovem essa lei que está tramitando aqui na Assembleia Legislativa. Eu vou pedir regime de urgência porque esse projeto está tramitando aqui desde o dia 13 de abril do ano passado. Faz mais de um ano. Esse projeto de lei versa em relação à venda de bebida alcoólica nas lojas de conveniência e nos postos de gasolina para motoristas que vão abastecer o carro, mas acabam abastecendo o seu estômago, a sua barriga e o seu intestino.

Então, penso que isso seja absurdo, álcool e direção não combinam, é muito ruim e proporciona acidentes.

Também pedirei regime de urgência para o projeto que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas ruas, nas áreas públicas. Vendem bebidas alcoólicas em ruas, logradouros públicos. Isso é um absurdo!

Não quero brigar com a poderosa AmBev. Eu já briguei com a Shell quando fiz a CPI dos Postos de Combustíveis nas áreas contaminadas de São Paulo; já briguei com a Fiesp, em relação ao Hospital Santa Cruz que foi usurpado na Segunda Guerra Mundial, e para retomar esse hospital tivemos muito contratempo, um pouquinho de litígio, mas que já foram resolvidos. Hoje estamos muito bem, obrigado. E até sou amigo do Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que hoje é do meu partido. Antes, quando ele era de outro partido, nós tivemos um embate, tivemos muitos contratempos, mas sempre lutando pela comunidade e sempre preocupados com o bem estar e qualidade de vida da população.

Por esses motivos eu tive muitos litígios com a AmBev, porque ela é uma associação de fabricante de bebida alcoólica e quer obter lucros, mas também tem que pensar que através do lucro ela pode prejudicar determinadas pessoas.

Portanto, tem que haver um controle. É certo que tem que gerar empregos e obter lucros, tudo bem, mas não pode ser da forma como eles estão agindo, forçando a venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol na Copa do Mundo. Isso é um absurdo.

A Uefa, uma entidade da Europa que organiza a Eurocopa e outros campeonatos europeus, proíbe a venda de bebidas alcoólicas em estádios e tem resultados com lucros muito bons.

Em 2014, nós iremos realizar a Copa do Mundo, quando seremos vitrine para o mundo. E estaremos vendendo bebidas alcoólicas porque a Fifa assim o deseja, porque a AmBev quer? E se a Fifa ganhar, eu acho que a AmBev deveria fazer um pacto com a população, um pacto com a qualidade de vida e não permitir a venda de bebidas alcoólicas sejam ela da Brahma, da Antártica ou da Skol. A própria AmBev deveria proibir, essa é a minha proposta, porque haverá confusão nos estádios e o mundo inteiro estará vendo.

Assim como hoje nós tivemos o mundo, universo, meu caro Deputado Marcos Martins, vendo o Corinthians derrotar o time do Egito. Essa manhã lá, naquele país irmão, do outro lado do globo terrestre, o Japão, em Toyota, o Corinthians ganhou e trouxe alegria para todos os brasileiros, inclusive para palmeirense, são-paulinos e santistas. Eu acho que todos ficaram muito felizes porque o Corinthians é o time do povo e representou o Brasil. Também porque ele jogando, é o Brasil em campo. Ganhou essa partida e, se Deus quiser, será campeão mundial como aconteceu quando eu estive no Estádio do Maracanã e ele derrotou o Vasco da Gama pelo Campeonato Mundial da Fifa. Foi Campeão Mundial. Mas hoje todos, assim como eu, torceram para esse time. Eu quero parabenizar esse glorioso time de futebol, que é o time do povo.

Meu caro Deputado Ed Thomas, nós respeitamos muito a Prudentina que é da nossa região, Presidente Prudente, mas o Corinthians é a alegria do povo, é o grande instrumento do esporte com o futebol em busca da paz, do amor, fraternidade, segurança e qualidade de vida. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Dando sequência a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, tem a palavra a nobre Deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Paulo Alexandre Barbosa. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Afonso Lobato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luciano Batista. (Pausa.)

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, por conveniência da ordem, esta Presidência vai suspender a sessão por cinco minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 06 minutos, a sessão é reaberta às 15 horas e 17 minutos, sob a Presidência do Sr. Ed Thomas.

 

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O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira.

 

O SR. HAMILTON PEREIRA - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, caros servidores da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, sem os quais estaria impossibilitada a realização dos seus sonhos neste Poder Legislativo.

Assomo à tribuna, Sr. Presidente, para trazer aqui uma notícia alvissareira. Sabemos que no Brasil, vez por outra, grupos tradicionalistas, conservadores, vêm a público clamar pela diminuição da idade penal, tentando fazer que nossos jovens mais cedo sejam considerados responsáveis, até criminalizados por atos infracionais, o que, obviamente, afronta totalmente a legislação vigente, a legislação brasileira, e também o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Na contramão desse conservadorismo, dessas vozes extremamente tradicionalistas, tomamos conta de uma informação alvissareira para todos nós. No último dia 29 de novembro, portanto bem recentemente, a Presidenta Dilma Rousseff editou a Medida Provisória nº 590.

Essa Medida altera a Lei 10.836, de 09 de janeiro de 2004. E o que pretende essa Medida Provisória? Ampliar a idade limite de crianças e adolescentes que compõem as unidades familiares beneficiárias do programa Bolsa Família.

Vejam que interessante. Com isso, milhares de crianças e adolescentes que estavam fora dos benefícios do Programa Bolsa Família, por conta da idade mais elevada, agora serão integrados ao programa.

Isso vem ao encontro dessa decisão do Governo Federal, da Presidenta Dilma Rousseff. Ela mesma proclamou, com o Programa Brasil Carinhoso, de aumentar a idade das crianças e adolescentes para que eles possam ser atendidos pelo Programa Bolsa Família. Vem ao encontro também de todo esse esforço conjunto que o Brasil está fazendo para que as nossas crianças retornem às escolas, que saiam das ruas. Aquelas que ainda não conseguiram uma vaga escola, que se encontram nas ruas, sejam trazidas à luz da cidadania.

Essa é uma notícia muito alvissareira. Na realidade, teremos um atendimento ampliado a partir do aumento da idade das crianças e adolescentes e, portanto, um aumento substancial de jovens que passarão a ser atendidos pelo Programa Bolsa Família. Essa Medida Provisória foi ao Congresso Nacional e foi assinada pela Presidenta Dilma e pelos Ministros Guido Mantega, Miriam Belchior e Tereza Campello.

 

O Sr. Presidente - Ed Thomas - PSB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Grana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Hamilton Pereira.

 

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O Sr. Presidente - Hamilton Pereira - PT - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomas.

 

O SR. Ed Thomas - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Alesp, trabalhadores desta Casa, minha gratidão, meu muito obrigado pelo trabalho prestado também ao mandato deste Deputado.

Sempre que posso, venho dar transparência ao mandato, seja no Pequeno Expediente ou no Grande Expediente, através de projetos e discussões. Essa é a nossa função, além de fazer leis e fiscalizar de uma forma muito digna.

Ontem, deste microfone, falava de um tratamento desigual dado a deputados. Em especial, falo da Secretaria da Saúde, uma grande Secretaria. Com certeza, o atendimento precisa ser melhorado e precisa ser respeitoso, não para siglas partidárias, mas para homens e mulheres que desempenham seu mandato e que o receberam num concurso de rua, ou seja, pelo voto. São pessoas que estão aqui, trabalhadoras e dignas, representando suas cidades e regiões, e este Deputado não é diferente.

Solicitei uma audiência na Secretaria da Saúde, onde trataria a prorrogação de convênio na Cidade de Teodoro Sampaio, já que as cidades de Euclides da Cunha, Teodoro e Rosana são atendidas na Cidade de Rosana, onde existe um convênio que está se finalizando e os médicos e enfermeiros poderiam ser demitidos. A área da Saúde, que não é das melhores, com certeza pioraria. Essa agenda foi feita, mas o problema foi resolvido antes, sem uma comunicação prévia a este Deputado ou um atendimento como deveria ser.

Enfim, o que importa é que se resolveu, paliativamente, é bem verdade. Faço indicação ao Governador do Estado de São Paulo para que faça a prorrogação do convênio com o Lar São Francisco, pelo menos por dois anos, para que os prefeitos que vão assumir não tenham que buscar essa situação. A Saúde precisa ser desburocratizada, a verdade é essa. E que o atendimento seja dado.

A indicação está feita. Aí, teria uma agenda no dia 18, mas, “Venho, por meio deste, pedir desculpas. Acredito que, devido a compromissos como Sr. Secretário e diversas pendências, infelizmente o nosso coordenador não poderá atendê-lo na data agendada. Peço compreensão, pois sabemos da importância dessa reunião e, o mais cedo possível, esperamos recebê-lo. Quando tivermos uma data mais concreta, entraremos imediatamente em contato.”

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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Vou aguardar, mas tudo poderia ter sido resolvido de uma maneira mais rápida, mais tranquila, sem privilégios, até porque não estou pedindo privilégio algum. Só volto a repetir o que disse neste microfone, ontem. Peço respeito, como base que sou, como pessoa que respeita o Governador do Estado, Sr. Geraldo Alckmin. Quero ser atendido, não para pedir nada para mim, mas para a minha região, a 10ª região administrativa do Estado de São Paulo.

É esse o respeito que peço, não o privilégio a essa sigla, àquela sigla, mas o atendimento à pessoa. Vou repetir, não podemos ser tratados como base cosmética, que se usa e depois se tira. A essa base não pertenço de forma alguma. Sou base concreta, de estar ali, de estar com o Líder, Deputado Samuel Moreira, de respeitar Secretários, de respeitar todos. E é esse respeito que peço, não à minha pessoa, mas à região que represento.

Mas é claro que temos notícias boas. Quero parabenizar o Secretário de Estado de Emprego e Relações do Trabalho, Carlos Ortiz, juntamente com o Diretor Regional Paulo Alexandre Lopes, que nos convidam para a abertura de frente de trabalho. Será em Presidente Prudente, amanhã, às três horas da tarde, levando qualificação profissional para os nossos jovens. Isso é muito importante. Parabenizo-os pelo trabalho realizado. Fica esse apelo a todas as Secretarias, do respeito a todos os deputados para que possamos melhorar a vida das pessoas.

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Parabéns, nobre Deputado Ed Thomas, pelo trabalho.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, está esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente.

Nos termos do Art. 100, inciso I do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma Sessão Extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: Projeto de lei nº 598/2012, que autoriza o Poder Executivo a realizar operações de crédito com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, a Caixa Econômica Federal - CEF, o Banco do Brasil - BB, o Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD, ou outras instituições financeiras internacionais, bancos privados nacionais e internacionais, agência multilateral de garantia de financiamentos.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - Sr. Presidente, fiz um pronunciamento no Pequeno Expediente e falei sobre Indicação de minha autoria. Ela trata da Secretaria da Saúde, de finalização de convênios de Saúde. É um importante documento que passarei a ler:

“Indicação n° , de 2012

Indico ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, na forma do que dispõe o artigo 159 da XIV Consolidação do Regime Interno da Assembleia Legislativa do Estado, que determine à Secretaria Estadual de Saúde a prorrogação por 24 meses do convênio existente com a Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus, responsável na contratação de profissionais (médicos e enfermeiros) para a Estratégia Saúde da Família (ESF) entre os municípios de Euclides da Cunha Paulista, Rosana e Teodoro Sampaio.

Justificativa

A Estratégia Saúde da Família (ESF) é responsável pela implementação da atenção primária, com a promoção de saúde, prevenção de doenças e cuidados às doenças crônicas nos municípios. Com a determinação do Governo do Estado para que haja o cancelamento do contrato deste atendimento para o dia 31/12/2012, realizado, através de convênio com a Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus, os médicos e enfermeiros, profissionais contratados pelo Lar serão demitidos e os municípios de Euclides da Cunha Paulista, Rosana e Teodoro Sampaio, aproximadamente 55 mil cidadãos, ficarão sem esse direito humano essencial, pois a execução deste serviço público é totalmente dependente deste convênio.

A administração municipal está preocupadíssima com esta ação do Governo, considerando que se trata de um período de transição com a mudança, na maioria, de seus administradores (prefeitos), é importante ressaltar que não há recursos financeiros nos municípios para assumirem esse acréscimo em suas folhas de pagamento, oriundos da contratação de médicos e enfermeiros para as ESF, onde iria ferir o artigo 22 da Lei de Responsabilidade Fiscal no Limite Prudencial.

Desta forma, neste momento, é de excelência que haja a sensibilidade deste nobre governo na prorrogação do convênio com o “Lar São Francisco”, para que o mesmo não ocorra agora, dia 31/12, e seja prorrogado por mais dois anos onde as novas administrações que assumirão, a partir de janeiro de 2013, terão condições de se organizarem, mesmo que em forma de consórcio, para atenderem seus munícipes com dignidade, realizando serviços públicos eficientes e eficazes.

Desta forma, justificamos a importância da prorrogação, pelo tempo que solicitamos. Diante do exposto, aguardamos o beneplácito deste nobre governo.

Sala das Sessões, em

Deputado Ed Thomas”

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I do Regimento Interno, convoco V. Exas. para a Sessão Extraordinária a realizar-se hoje, após o término da 1ª Sessão Extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: Projeto de lei nº 598/2012, que há pouco li em todos os termos.

Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, telespectadores da TV Assembleia, gostaria, em primeiro lugar, de dizer que acabei de sair da sessão da Comissão de Educação. Estou altamente indignado com a prática recorrente nesta Casa da base do Governo, que vem obstruindo e impedindo que a Assembleia Legislativa investigue o Poder Executivo. Fica cada vez mais claro para todos nós que esta Casa se transformou apenas num departamento, num cartório do Palácio dos Bandeirantes que apenas homologa as vontades e decisões que vêm do Governador Geraldo Alckmin. E nós estamos denunciando sistematicamente este comportamento dos 66 Deputados que compõem a base de sustentação do Governo. E, na Comissão de Educação, ficamos perplexos com mais uma investida dos representantes da base do Governo. Lá estavam representados o PSDB e o PV, obstruindo a convocação do Presidente de FDE, afastado pela Justiça: José Bernardo Ortiz. Ele foi afastado por conta de uma denúncia de improbidade administrativa. Este senhor já responde a mais de 10 processos na Justiça, denúncias feitas pelo Ministério Público estadual. Mesmo assim, ele foi nomeado pelo Governador Geraldo Alckmin nessa autarquia da Secretaria da Educação, que faz o gerenciamento de aproximadamente três bilhões de reais por ano. E é dinheiro do Orçamento da Educação.

Ele já foi nomeado de forma indevida, e nós denunciamos esse fato em 2011. Fomos totalmente contrários à nomeação do José Ortiz nesta pasta da Educação, numa autarquia estratégica da área. Ela tem a função de comprar material didático escolar para os nossos alunos, de reformar e construir escolas. No entanto, é alvo de investigações, de denúncias, de corrupção e de superfaturamento das construções e reformas escolares. Mas o Governador nomeou uma pessoa que já respondia a 11 processos na Justiça movidos pelo Ministério Público estadual. E agora, no cargo de Presidente de FDE, Fundação para o Desenvolvimento da Educação, ele está sendo acusado pelo Ministério Público de improbidade administrativa.

É lógico que iria dar nisso, com uma pessoa que é denunciada 10 vezes, no mínimo. Pode ser mais, mas os dados que tenho são esses. É lógico que ele iria aprontar numa autarquia como essa, que é a FDE. Dito e feito: ele está sendo processado, o Ministério Público entrou com uma ação e ele foi afastado pela Justiça, que acatou a decisão do Ministério. Ele está afastado, mas, estranhamente, está recebendo um salário de no mínimo 14 mil reais. É uma afronta ao Orçamento, às pessoas que pagam impostos nesta cidade. O Governador Geraldo Alckmin nomeou a pessoa em vez de exonerá-la. Em vez de corrigir minimamente esse erro, exonerando-o, ele mantém José Ortiz no cargo, que é de confiança do Governador Geraldo Alckmin.

Ontem, o Deputado Gasparini, do PSDB, falou que Geraldo Alckmin é um Governador honesto e bem intencionado. Mas não me parece. Quero fazer uma crítica ao Deputado Gasparini, que foi um dos autores da obstrução lá na Comissão de Educação. Tudo fez para que o nosso pedido de convocação não fosse aprovado. Foi grave o que aconteceu na Comissão. A base do Governo, no caso específico os deputados do PSDB e do PV, obstruindo a convocação de uma pessoa que responde a 10 processos, e foi afastada com uma liminar, com mandado de segurança pela Justiça, e que recebe de forma irregular 14 mil reais de salário, sem trabalhar e afastado.

É um absurdo, uma afronta, um escárnio à população do nosso Estado. Vamos reagir a isso e denunciar dando os nomes dos deputados que estão blindando Ortiz. Na Comissão de Educação dois deputados foram os responsáveis pela blindagem - Gasparini e, pelo PV, Deputado Beto Trícoli, que pediu vistas do processo, impedindo mais uma vez a convocação. Ele precisa aqui depor e explicar todas as denúncias de corrupção, de superfaturamento de obras. É dinheiro da Educação, é a educação pública que está em jogo. Depois, o Governo diz que não tem dinheiro para dar reajuste a professores, para construir escolas e para comprar material escolar.

Com tanta corrupção, com tanto superfaturamento, e com a Assembleia Legislativa blindando a convocação das pessoas acusadas, não dá para melhorar a educação pública do nosso Estado. E o Governador Geraldo Alckmin é responsável porque ele nomeou, e não teve a dignidade de exonerar Ortiz. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tomamos conhecimento da posse de novos delegados que assumem no Estado de São Paulo. Há muito temos cobrado concurso para delegados, como também para escrivães e investigadores de Polícia. A Polícia Civil precisa de mais homens. Temos 10 municípios no Alto Tietê e vamos receber nove delegados. Como exemplo, a cidade de Ferraz de Vasconcelos não tem recebido um delegado. Pelo contrário, três se aposentaram, foram afastados, transferidos. Com isso, temos tido uma admissão muito grande de delegados aqui no Estado de São Paulo e na nossa região de alto Tietê. Temos um delegado em Jundiapeba. No bairro mais problemático de Mogi das Cruzes não se tem plantão, não tem um delegado todo dia. Precisamos mudar muito a Polícia Civil para que ajude a Polícia Militar.

Gostaria, aqui, de ler uma carta encaminhada pela Sra. Terezinha. É uma senhora que procurou o Iamspe essa semana para marcar a sua consulta médica para fevereiro:

“Mogi das Cruz, sete de dezembro de 2012

Caro Dr. Gondim, médico, deputado e grande amigo.

Venho por meio deste relatório, colocar por escrito o que os funcionários públicos de Mogi das Cruzes e eu temos sofrido, a partir de novembro do corrente ano, com a suspensão de atendimento devido à falta de cotas nos seguintes lugares:

- Total Shecap - excelente local para exames de Ultrassom, RX, mamografia e etc.

- Laboratório Bonelli - só agendará, por falta de cotas, na segunda quinzena de fevereiro de 2013 os exames de laboratório, e papa-nicolau talvez em janeiro do próximo ano.

A Santa Casa de Mogi das Cruzes, credenciada pelo Hospital do Servidor, está sem o Clínico-Geral já há algum tempo, devido à saída de um ótimo médico, Dr. Renato. Eles atendem, mas no Pronto-Socorro junto com o SUS. A demora é grande.

Conseguimos as consultas nos consultórios, mas precisamos realizar em nossa cidade pelo menos os exames mais simples, para não sobrecarregar o Hospital do Servidor em São Paulo, evitando também viagens cansativas em trens superlotados.

Obrigada por tudo.

Aguardamos uma solução o mais breve possível.

Professora Terezinha.”

Deputado Hamilton Pereira, olha a situação dos funcionários públicos no atendimento à saúde. Ela, por meio desta carta, fez o relatório. Diz o que está acontecendo com a saúde dos funcionários públicos do Alto Tietê. Uma entidade chamada Total Check-up, situada no excelente local de atendimento, não está fazendo ultrassonografia, raio x, nem mamografia. Está transferindo seus exames para fevereiro.

O laboratório Bonelli, o mais antigo da cidade de Mogi das Cruzes, não agendará por falta de pagamento. Só terá agenda para segunda quinzena de fevereiro. Ninguém pode ficar doente.

Isso foi em novembro e ela me enviou esta carta nessa semana, segunda-feira. Alguns exames, como o “Papa Nicolau”, podem até ser agendados em janeiro. Mas, caso contrário, os atendimentos serão feitos em fevereiro.

A Santa Casa de Mogi das Cruzes, credenciada pelo Hospital do Servidor Público, está sem clínico geral. Algum tempo, com a saída de um dos melhores clínicos de lá, eles não tem um de plantão para atender os funcionários públicos, uma porta separada para atendê-los.

O que está acontecendo? Essas coisas chegam às minhas mãos porque eu funciono, como digo a todo mundo, como um vereador de Mogi das Cruzes. Sou uma pessoa ligada à população. Tenho o meu consultório aberto, onde ela tem a liberdade de levar uma carta como essa onde estamos fazendo requerimento. Ela dizia o seguinte: “Eu quero que o senhor reclame mesmo porque, se é o PPS que toma conta, está tomando conta muito mal do Iamspe, do Hospital do Servidor Público. Não estamos conseguindo um atendimento adequado no Hospital do Servidor Público. Estamos deixando tudo que não acontece, que não é atendido aqui. Sofremos - ela cita - nos trens para ir até São Paulo”.

Deputado Padre Afonso, a situação é bastante delicada. Essa população que precisa do Iamspe está sofrendo.

Faço aqui este manifesto e vou pedir para que os senhores peguem uma cópia desta carta e transcreva para mostrar que não é brincadeira por que ela disse: “Já fui na Ouvidoria do Servidor Público. Parece que não tem eco o que falamos”.

Realmente o servidor público do Estado de São Paulo precisa muito melhorar e precisa de atendimento adequado, seja em Taubaté, em Sorocaba, em Mogi das Cruzes, em Jales, seja onde for. Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados.

 

O SR. HAMILTON PEREIRA - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, servidores da Assembleia Legislativa que possibilitam os trabalhos desta Casa, senhores e senhoras telespectadores da TV Assembleia, na realidade, fui instado a agora usar da palavra pelo pronunciamento feito, neste momento, pelo Deputado Luiz Carlos Gondim.

Realmente, o Deputado Luiz Carlos Gondim, médico de profissão, um deputado combativo e muito considerado na sua região de Mogi das Cruzes, está sempre trazendo a esta tribuna temas relacionadas à saúde pública e ao bem-estar dos cidadãos dessa sua região e do Estado de São Paulo.

Deputado Luiz Carlos Gondim, acho que nós, todos, parlamentares, legisladores eleitos pelo voto popular para cuidarmos do interessa da população do Estado de São Paulo, temos que ter a sensibilidade que V. Exa. demonstra aqui na Assembleia Legislativa. Não há muito segredo e só sabermos nos colocar no lugar do outro. Sentir um pouco a dor que o outro sente, para poder, digamos assim, encarnar aquilo que é o pleito dele. E isso V. Exa. faz constantemente e oportunamente mais uma vez nesta tarde.

Quero dizer a V. Exa. que realmente, pelo Estado todo do Estado de São Paulo, se há uma questão que vem sensibilizando a todos, aos órgãos de imprensa, a todos nós, representantes da população do Estado de São Paulo, aos Srs. Vereadores e Vereadoras do Interior do Estado, é a questão da saúde pública.

Há realmente uma preocupação com a saúde e porque não dizer até certo sentimento de impotência diante de situações como essas que V. Exa. descreveu aqui, da tribuna, de pessoas que ficam doentes, sentem a necessidade de fazer um exame com uma certa urgência, dirigem-se ao atendimento médico da sua cidade, da sua região e lá recebem a resposta de que não há médico ou que no momento está impossibilitado de atender seu caso e, portanto, está remarcando a sua consulta, o seu exame para daqui a um, dois, três meses.

Há, nesta Casa, o hábito de, todo final de ano, debater o Orçamento e que agora estamos começando. Tivemos, há poucos instantes, inclusive, iniciados os debates, na Comissão de Finanças e Orçamento, do relatório final da Lei Orçamentária para 2013. Essa questão da saúde, em todos os momentos dos debates do orçamento, exige a nossa interseção no sentido que mais recursos sejam destinados para a área da Saúde para aumentar e melhorar o atendimento a essa população. Não dá mais para assistir cidadãos doentes receberem como única resposta, no balcão de atendimento no hospital público, a informação de que só poderão ser atendidos daqui a 30, 60 ou 90 dias.

Como disse, por ocasião dos debates do orçamento, aqui, nesta Casa, temos por hábito discutirmos também, no Colégio de Líderes, que os deputados tenham um conjunto de propostas suas, projetos feitos pelos deputados da Casa, aprovados no final do ano, para atender essa população na área da Saúde, área da Educação, área da Segurança Pública, enfim, em todas as áreas.

Estamos, neste ano, discutindo a questão da Saúde com uma atenção toda especial neste orçamento, que prevê uma receita para o ano que vem, ano de 2013, para o Estado de São Paulo de 173 bilhões de reais. Este ano corrente, o orçado no Estado de São Paulo, foi de 160. Portanto, tivemos um aumento.

A previsão de arrecadação para 2013 é de 13 bilhões de reais, dá para aumentar o orçamento para a área da Saúde, dá para melhorar o atendimento SUS no Estado de São Paulo e dá para melhorar o atendimento nos equipamentos públicos no Estado de São Paulo. Vossa Excelência tem toda razão quando vem aqui defender as causas dessas pessoas que merecem um atendimento mais humano porque são pessoas que pagam impostos. São esses impostos que vão compor a receita pública do Estado de São Paulo e essas pessoas estão a merecer, já de há muito tempo, um atendimento mais humano por parte do Poder Público aqui no Estado de São Paulo nessa área da Saúde.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Vamos passar ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Afonso Lobato, por permuta de tempo com o nobre Deputado Roberto Massafera.

 

O SR. AFONSO LOBATO - PV - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, assessores parlamentares, público que acompanha essa programação da TV Alesp, na verdade desejaria falar de um outro assunto, mas fui provocado pelos Deputados Gondim e Hamilton, que expressaram esse sentimento que passa no coração da gente em relação ao descaso com a Saúde.

Deputado Gondim, V. Exa. é médico e sabe que Saúde não dá para esperar. Quando a pessoa vive algum problema, ela fica muito vulnerável, muito frágil e não apenas ela, mas toda a família. É um absurdo você conseguir uma vaga para dali a 30 dias em casos de oncologia. É um absurdo o ser humano ser tratado desta forma. Dinheiro tem para fazer até politicagem. Se dinheiro tem para algumas coisas, para a Saúde deveria ser prioridade.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Parabéns pela defesa. A doença não espera. O que a senhora Terezinha quis dizer com a carta é que ela tem de marcar horário para ficar doente. Ou seja, ela não pode ficar doente entre dezembro e janeiro. Só em fevereiro. Isso para o servidor que deveria ter um serviço adequado. Não é de hoje que temos pedido para o Governo do Estado a sua contrapartida. Existe a contribuição do funcionário público, mas a contrapartida do Governo do Estado não. Sem isso, uma Santa Casa como a de Taubaté, de Ubatuba, de Aparecida - onde conseguimos UTIs dentre outras reivindicações através da formidável Frente Parlamentar, mas com muito suor e pedindo uma atenção especial do então Secretário Barradas - não sobrevive. Nós precisamos dispensar uma atenção maior a essa população.

Caso de câncer. Ontem recebi um pedido da região do Vale do Paraíba falando de um atendimento marcado para dali a cinco meses. Parabéns pelo pronunciamento. É uma linha que temos de bater mesmo porque doença não espera.

 

O SR. AFONSO LOBATO - PV - Não apenas esta questão do Iamspe. Houve uma audiência pública na Assembleia Legislativa dias atrás sobre o tema. Hoje, por exemplo, no Ceama de Taubaté, não tem perito, não tem médico e os problemas seguem sem solução. Os problemas vão sendo empurrados com a barriga. A contrapartida dos servidores se dá com desconto no holerite e não os consultaram para saber se desejavam. Portanto, tem de haver o mínimo de respeito e consideração para com essas pessoas.

Está na hora de unir essa voz e fazer pressão porque infelizmente - eu não gosto muito desse termo - parece que as coisas funcionam sob pressão. Vou dar um exemplo.

Estive pouco na Comissão de Constituição e Justiça e pedi vista de todos os projetos. Por que fiz isto? Porque não se discute projeto de Deputado nesta Casa. ‘Ah, esse projeto é polêmico, esse não passa, tem de passar pelo crivo não sei de quem, além do que alguns deputados têm privilégios nesta Casa.

Quando pedi vista de todos os projetos foi para manifestar o nosso descontentamento pois eu não tive - e muitos outros deputados também - nenhum projeto aprovado nem no ano passado nem este ano.

Portanto, estamos há dois anos sem ter um projeto aprovado. Aí a imprensa regional, com toda razão, vai fazendo pressão. Os institutos que fiscalizam a ação do parlamentar vai dizer ‘esse deputado não trabalha; dois anos e não teve um projeto aprovado.’ É muito complicado isso.

Portanto, aproveitando essa pressão que estamos colocando em relação ao Iamspe colocamos também essa questão dos projetos dos deputados. São idéias interessantes e que precisavam de um amadurecimento, de uma participação mais efetiva desta Casa e muitas vezes não se tem esse amadurecimento porque não se discute, porque de última hora o relator especial é chamado para dar o seu parecer, porque se faz um congresso de comissões e no açodamento, sem refletir, sem discutir, vota-se o projeto. Muitos deputados têm manifestado seu descontentamento e eu não poderia deixar de também dizer da minha posição hoje na Comissão de Constituição e Justiça quando ao pedir vista de todos os projetos exatamente para dizer ‘vamos parar um pouquinho e refletir.’ Esta Casa também não pode ficar polarizada entre o PT e o PSDB nas mesmas discussões eternas. Nós precisamos utilizar o Parlamento para discutir questões que possam melhorar a vida do povo paulista que é para eles que trabalhamos e dele que recebemos o nosso salário enquanto deputado.

Mas ainda quero aproveitar à fala do Deputado Gondim na questão da Saúde.

Parece-me que o Governador irá a nossa região, litoral norte, no sábado. O litoral norte é uma região extremamente importante. Hoje está acontecendo a duplicação da rodovia Tamoios, uma promessa de anos que está sendo cumprida agora, mas os hospitais da região do litoral norte são precaríssimos.

O Deputado Gondim citou a Santa Casa de Ubatuba. É triste de ver. Com todo esforço que se faz é triste ver as condições daquela Santa Casa porque é a única ali. E Ubatuba, com toda demanda que tem principalmente nos períodos de férias, aliás, também em Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela, precisa de um suporte maior. Portanto, está passando da hora de construir um hospital regional no litoral norte. Tenho pontuado isso há anos. O estado poderia aproveitar a capacidade instalada de hospitais que já existem. A Santa Casa Stella Maris, em Caraguatatuba, tem uma capacidade instalada, o Governo pode melhorar e criar ali um hospital regional para o litoral norte e assim atender aquela população que não tendo atendimento ali tem de ir a São José dos Campos, Taubaté. O hospital regional de Taubaté já tem a demanda de todo o Vale Histórico, que precisa também ser melhor atendido. No Vale Histórico os equipamentos são precaríssimos e precisam de maior investimento.

Dizia então que fomos provocados por essa carta porque ela não é um caso isolado, é regra. Infelizmente, não são casos isolados de uma pessoa que chegou até V. Exa. levando esta carta, esta reclamação. Eu recebo e-mails, cartas, mas não são casos isolados; é regra.

A população realmente não está tendo atendimento digno, principalmente nessa área de Saúde e áreas realmente estratégicas, importantes para a qualidade de vida da população. Eu digo isso num Estado tão importante, tão rico quanto o nosso. Deputado Hamilton Pereira falou do orçamento. Então privilegiar de fato, aumentar essa questão da Saúde, porque o povo tendo saúde, tendo atendimento digno, aí o resto ele mesmo corre atrás. Se tiver capacidade, saúde, atendimento digno, as outras coisas vem em segundo plano.

Por isso torno a dizer aqui da grande importância nesse momento que vamos votar o Orçamento para o próximo ano, que se coloque realmente essa questão da Saúde como prioritária. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, antes de pedirmos a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos, eu queria fazer aqui só um adendo do que aconteceu comigo e o Deputado Cauê Macris, que está com o Orçamento do Estado, fazendo todo o levantamento. Primeiro que o Governador prometeu montar um serviço de radioterapia em Mogi das Cruzes; não fui eu que ofereci. Ele disse que ia montar. O Secretário disse que montaria em noventa dias e até hoje não montaram; passaram para 2014.

Segunda questão: você fechou uma clínica que tinha dois aceleradores lineares de partículas; V. Exa. sabe o que é isso. Estamos falando de aparelhos que custam em torno de cinco a seis milhões de reais. E o que acontece? Nós fizemos uma emenda para que fosse aprovada aqui regional, que seria a inclusão desses aparelhos para radioterapia, a inclusão da UTI para o serviço de oncologia e coronariano, no Hospital Pinho Melo, um aparelho de ressonância magnética, uma UTI de serviço de pronto socorro coronariano. Isso porque não existe na região um serviço desse tipo com aproximadamente seis auto-estradas. E o que acontece? Você vai escolher entre a população, quem é que vai morrer, porque não dá tempo de atender a todo mundo, principalmente agora no verão. Então, Sr. Presidente, a obrigação que tem o nosso supervisor, a pessoa que recebe todo esse estudo para as emendas é ler as emendas regionais e colocar para que seja aprovado pelos Deputados, e não aprovar só o que vem do Governo do Estado, do Poder Executivo. Lamentavelmente isto, Deputados da Bancada do Partido dos Trabalhadores, está acontecendo. Tudo o que vem, vem de roldão. E nós temos o direito de dar a nossa opinião.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - É regimental. Havendo acordo de líderes, esta Presidência suspende a presente sessão até as 16 horas e 30 minutos.

 

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- Suspensa às 16 horas e 03 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 33 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por 20 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Enio Tatto e suspende a sessão por 20 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 33 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. MARCO AURÉLIO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por mais cinco minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Marco Aurélio e suspende a sessão por mais cinco minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 17 horas, a sessão é reaberta às 17 horas e oito minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. MARCO AURÉLIO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por mais cinco minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Marco Aurélio e suspende a sessão por mais cinco minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 17 horas e nove minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 14 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sobre a mesa o requerimento de urgência ao PL nº 737/12, de autoria da Mesa, que dispõe sobre a remuneração dos deputados estaduais.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência ao PL nº 738/12, de autoria da Mesa, que dispõe sobre o subsídio do Sr. Governador, Vice-Governador e secretários de Estado no exercício financeiro de 2013.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência ao PL nº 43/12, que altera a lei.

Assina o Deputado campos Machado, com o número regimental de assinaturas.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência ao PL nº 644/11, de autoria do Deputado Roberto Massafera.

Assinado pelo Deputado Carlos Bezerra.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência ao PL nº 1.133/11, de autoria do Deputado Adilson Rossi.

Assina o Deputado Carlos Cezar.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência ao PL nº 678/12, de autoria do Deputado Campos Machado.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência ao PL nº 116/12, de autoria do Deputado Ary Fossen.

Assinado pelo Deputado Carlos Bezerra Jr..

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Regime de urgência ao PL nº 166/12, de autoria do Deputado Afonso Lobato.

Assinada pela Deputada Regina Gonçalves.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência ao PL nº 208/12, de autoria do Deputado Gilson de Souza.

Assina o Deputado Estevam Galvão.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência ao PL nº 239/12, de autoria do Deputado Celso Giglio.

Assina o pedido o Deputado Carlos Bezerra Jr..

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência ao PL nº 257/12, de autoria da Deputada Analice Fernandes.

Assina o Deputado Carlos Bezerra Jr..

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência ao PL nº 328/12, de autoria da Deputada Ana Perugini.

Assina o Deputado Alencar Santana Braga.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência ao PL 551/12, de autoria do Deputado Ulysses Tassinari.

Assina a Deputada Regina Gonçalves.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Proposições em Regime de Urgência.

Esta Presidência comunica ao Plenário que o item 1, da presente Ordem do Dia, passa a ser o PL nº 598/12, que teve sua discussão encerrada na Sessão Extraordinária de ontem porque se encontra em fase de votação adiada.

Votação do PL nº 598/12, de autoria do Sr. Governador.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, só para um esclarecimento do que o Regimento diz. Essa votação foi adiada no dia de ontem porque não deu quorum? Volta como item nº 1, no dia de hoje?

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Isso.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - A minha pergunta é se podem ser feitos encaminhamentos novamente. Tanto do roteiro de votação como do projeto.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB – Não. O roteiro já está aprovado. Só cabe ao item 1º do requerimento aprovado.

Em votação o projeto salvo emendas e mensagem aditiva.

 

O SR. JOSÉ ZICO PRADO - PT - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pela Bancada do Partido dos Trabalhadores

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem V. Exa. a palavra para encaminhar a votação pela Bancada do PT.

 

O SR. JOSÉ ZICO PRADO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários da Casa, em debate empréstimo para investimentos em várias áreas do Governo do Estado de São Paulo, mas quero me ater a uma questão específica: o monotrilho. Parte deste empréstimo vai beneficiar a zona leste, da Estação Vila Prudente até Cidade Tiradentes. Estamos conversando com o Metrô sobre a situação dos moradores daquela região. Entendemos que o monotrilho é importante para o desenvolvimento daquela região ainda mais agora com a proposta do Arco do Futuro proposta do nosso Prefeito eleito Haddad, que vai discutir com cada região da cidade como levar o desenvolvimento para os vários setores da cidade. Mas quero repetir hoje o que disse ontem: eu não sei na realidade o que é o monotrilho. Só tenho visto em filminho. O que o Metrô nos tem passado no filme eu já conheço muito bem. Parece que é lindo, mas na prática eu não tenho nenhum entendimento de como vai funcionar. Minha preocupação maior é com a questão das estações.

Primeiro, o Metrô está colocando nome nas estações sem obedecer critérios.

Para os senhores terem uma ideia, a Estação do Iguatemi ficará na Ragueb Chohfi, onde é Jardim Colonial. O Iguatemi fica mais à frente, há uns quatro quilômetros de distância. Ou seja, um cidadão que não conhece a região e quer descer no Iguatemi na verdade vai descer no Jardim Colonial. Há falta de entendimento entre o que está no projeto e a realidade das coisas. Tive várias reuniões no Metrô para discutir essa divergência na escolha do nome das estações e o seu papel em cada região.

Por exemplo: a Estação Sapopemba/Teotônio Vilela já tem uma estação que faz integração com ônibus e vai ser estendida com o monotrilho. Mas em São Mateus tem uma da EMTU, é a estação do ABCD, e não sabemos ainda como vai se dar essa interligação.

Outro ponto: vão destruir a Praça de São Mateus para construir ali a estação. Queremos discutir essa questão com o Metrô, por isso amanhã teremos uma reunião com os técnicos da companhia. Não queremos que o cidadão ao descer tenha de se deslocar muito para pegar o ônibus. Nós queremos estações que tenham comércio, que tenham interligação entre os bairros que serão servidos pelo monotrilho. E isso não vai acontecer segundo o Metrô. Por isso é importante a discussão junto com os moradores da região. Estamos nos empenhando em chamar a sociedade para este debate para que ela esteja preparada e entendendo qual o benefício que o monotrilho vai levar para o bairro. Deixo isso registrado porque precisamos abrir o debate.

Outra questão que me preocupa muito é o Projeto 604. Nós não podemos aprovar algo ilegal sem antes discutir como fica a Secretaria, como ficam os institutos de pesquisa. Pelo que percebo na Casa, muitos deputados ainda não estão convencidos de que este projeto tenha de ser aprovado a toque de caixa. Ele veio para cá sem muito alarde, o Governador não teve coragem de colocar isso em público. Eu soube deste projeto numa conversa que tive na Secretaria da Agricultura com os funcionários. E na audiência com a Secretária ela confirmou o projeto. Era um boato na Secretaria, o que chamamos dentro das fábricas de rádio-peão. No entanto, era verdade. O projeto poderia ser encaminhado mesmo.

O projeto chegou em regime de urgência, houve uma audiência pública para discutir a Lei 886/66 preparando o projeto para a licitação sem discussão, sem que a Assembleia Legislativa tivesse se manifestado sobre o projeto.

Nós queremos abrir um debate maior e V. Exa. que já foi Secretário sabe da importância da Secretaria da Agricultura, dos institutos de pesquisa; V. Exa. como Presidente desta Casa tem como nos ajudar não permitindo que o projeto seja votado este ano. Temos de deixar isso para o ano que vem e discutir a situação dos institutos de pesquisa. A legislação não permite isso, tem problemas no Condephaat, a presidente do Condephaat participou da última audiência pública e sugeriu que o parque poderia ser tombado pelo Condephaat. Já há estudos nesse sentido e nós, aqui na Assembleia Legislativa, prestes a votar este projeto a toque de caixa a pedido do Governador porque, do meu ponto de vista, já teria feito acordo para entregar esse patrimônio público para a iniciativa privada já quer colocar esse projeto de lei goela abaixo da Assembleia Legislativa.

Sr. Presidente, quero registrar aqui que, pelas conversas que tivemos, pelos compromissos que tem com boa parte da Assembleia Legislativa, que não só a Bancada do Partido dos Trabalhadores tem problemas com esse projeto. Mas, pelo que tenho conversado com o Deputado Beto Trícoli, como Presidente da Comissão de Meio Ambiente, sei que ele também tem problema. Ele levantou isso numa Audiência Pública feita segunda-feira à noite, aqui na Assembleia Legislativa, pelo Deputado Carlos Giannazi. Fizemos a audiência pública e ele colocou isso, que tem uma série de erros no projeto de lei que impossibilitam que a Assembleia Legislativa não possa seguir com essa matéria. Não podemos aprovar um projeto que vem a esta Casa eivado de irregularidades, enfim, que não cumpre a legislação.

Deputado Antonio Salim Curiati, os institutos de pesquisas não podem ser transferidos. Tem projetos em andamento naquele instituto que vão demorar dois anos para sua conclusão. Hoje se estuda modificação genética; como vamos trabalhar com um estudo que está no meio do processo?

Então, esse instituto tem que ser mudado gradativamente, e a Secretaria, o Governo não está respeitando isso.

Sr. Presidente, quero aqui pedir a V. Exa., como conhecedor de tudo isso que estou falando e muito mais, porque eu sou aluno de V. Exa., quero solicitar para que não paute esse projeto antes que se faça um grande debate no Governo e com a Assembleia Legislativa, para que possamos deliberar esse projeto nesta Casa. Muito obrigado Sr. Presidente.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, para indicar o Deputado Gerson Bittencourt para encaminhar pela Bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Gerson Bittencourt, para encaminhar em nome do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. GERSON BITTENCOURT - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, funcionários e funcionárias desta Casa, que participam dessa importante discussão e dessa importante votação.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, quero aqui fazer uma afirmação: esse já é o terceiro grande projeto que esta Casa discute e caminha para a sua aprovação este ano, e todos vinculados à mobilidade urbana, à melhoria do sistema urbano, à melhoria do sistema rodoviário, enfim, que atende fundamentalmente para resolver problemas estruturantes. O Estado de São Paulo tem uma dívida com a população, porque nesses últimos 15 ou 16 anos, não fez sua lição de casa.

Não fez a sua lição de casa quando nós aqui fizemos uma colocação dizendo que em dez anos a Secretaria de Transportes Metropolitanos, sobretudo através da Companhia do Metrô, deixou de aplicar recursos, Deputado Luiz Claudio Marcolino, aprovados por esta Casa nos Orçamentos anuais e que previa investimentos.

E nós percebemos que nesses últimos 16 anos grande parte dos recursos destinados à mobilidade urbana, grande parte dos recursos destinados ao sistema metroferroviário não foram aplicados.

Deputado Enio Tatto, tive a oportunidade de discutir com o Secretário Jurandir Fernandes, na Comissão de Transportes, fazendo o seguinte questionamento: o que levou o Governo do Estado nesses últimos 16 anos a não cumprir nenhum dos planos anunciados pelo Governo do Estado no item mobilidade, dentro do cronograma estabelecido, dentro do cronograma anunciado e alardeado por grande parte dos meios de comunicação.

E na oportunidade, o Secretário Jurandir Fernandes fez algumas considerações que achei importantes. Uma parte dos problemas, dizia o Secretário, era em função das licenças ambientais, outra parte dos problemas é que o Estado de São Paulo, sobretudo, e o País, com essa pujança e com esse crescimento e com o desenvolvimento econômico, fundamentalmente orientado pelo Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Governo da Presidenta Dilma Rousseff, que fez este País experimentar altas taxas de crescimento e desenvolvimento.

E o Secretário Jurandir Fernandes dizia que muitas vezes não encontram empresas especializadas em desenvolver os projetos. Também disse que muitos dos contratos estabelecidos para execução das obras não são executados no período indicado. E eu fiz um adendo ao Secretário Jurandir Fernandes, que além desses itens colocados por ele, que em grande parte eu concordo, tinha um outro item que precisava ser discutido e que a Bancada do Partido dos Trabalhadores tem alertado nesta Casa em todos os momentos, que é a incapacidade de gestão desse Governo, sobretudo na área de transportes.

Nós aportamos vários investimentos importantes, tão importantes que a Bancada do Partido dos Trabalhadores apresentou inúmeras emendas para que nós Deputados e sobretudo a sociedade, pudesse acompanhar a execução, não só orçamentária, mas sobretudo a execução e o andamento das obras e projetos desenvolvidos por esse Governo do Estado. E tivemos, em todas as oportunidades, as emendas apresentadas. Pelo menos a grande parte das emendas apresentadas pela Bancada do Partido dos Trabalhadores, que dão transparência, que contribuem com a lisura e, sobretudo, que trazem a população e a essa Assembleia Legislativa, a cumprir o papel estratégico de fiscalização, de cobrança e também de elogios às medidas tomadas e ao andamento das obras.

Deputado Luiz Claudio Marcolino, temos percebido que esses elogios cada vez mais são menores; e não são menores por culpa da Bancada do Partido dos Trabalhadores e das demais bancadas deste Legislativo; é porque não são cumpridas as metas governamentais, sobretudo por incapacidade, por falta de criatividade, por falta de ousadia. E eu diria, nobre Deputado Enio Tatto, por um cansaço desse Governo que não consegue mais juntar a energia necessária para pagar essa dívida social, que o Estado de São Paulo tem com a sua população no item da mobilidade urbana.

Quero dizer que a Bancada do Partido dos Trabalhadores, mais uma vez vai votar favorável a esse projeto, mais uma vez reivindica e clama que os mecanismos de fiscalização, que os mecanismos de transparência sejam garantidos em todos os elementos. Mas, mais do que isso, a nossa preocupação é com a execução de um volume tão grande. Se o Governo do Estado, através das suas empresas que trabalham com a mobilização urbana, não conseguiu sequer executar o Orçamento aprovado por esta Casa, e aqui dei exemplo de mais de 10 bilhões do Metrô, poderíamos dizer de mais de 1 bilhão da CPTM, poderíamos dizer de várias obras do Estado através da EMTU que ainda não estão conclusas, como é o caso do corredor Noroeste, na Cidade de Campinas, ligando com as demais cidades da Região Metropolitana. Por isso nós apoiamos e aprovamos esse projeto. Mas queremos, e, sobretudo, exigimos, uma serenidade maior, exigimos ousadia, exigimos capacidade de gestão, que nós cada vez percebemos menos nas ações do Governo do Estado. E aqui falo da mobilidade urbana, porque discutimos as questões referentes ao financiamento da mobilidade urbana. Mas também poderíamos dizer, na grande maioria das áreas desse Governo que não consegue cumprir o Orçamento discutido e aprovado por esta Casa.

Muitas vezes, como foi dito na Comissão de Transportes, não se executava aquilo que estava planejado, no caso do metrô, porque a Prefeitura de São Paulo não repassou todos os recursos prometidos. E mais, foi dito naquela oportunidade que a Prefeitura, Deputado Edinho Silva, nosso Presidente do PT estadual, e o Governo do Estado, quando estabeleceram essa parceria de investimento do Poder Público Municipal no metrô, além de não terem estabelecido prioridade, metas e cronograma, não conseguiram sequer acertar na formatação jurídica porque estabeleceram recursos de operação urbana e não perceberam, Deputado João Paulo Rillo, que os recursos da operação urbana precisam ser aplicados na área da operação urbana e não em qualquer outra área deste estado.Os recursos aplicados e financiados que não foram os alardeados pela Prefeitura de São Paulo, foram recursos para enganar a população porque só vão poder ser aplicados quando a obra chegar naquele local da operação urbana, senão vão ter que ficar no caixa do Metrô e do Governo do Estado de São Paulo. Até o erro formal e jurídico fazem para enganar ou para não executar aquilo que foi prometido, alardeado e muitas vezes aprovado por esta Casa.

Sr. Presidente Barros Munhoz, eu apresentei um projeto de extensão da Linha 7 da CPTM, que faz a ligação de São Paulo a Jundiaí, podendo ser estendido a Louveira, Vinhedo, Valinhos e até a cidade de Campinas, fazendo a integração metropolitana através do Bilhete Único da mesma forma como já é feito na Capital. Agora, é feito na Capital com os ônibus da Capital, porque os ônibus da EMTU comandado pela mesma Secretaria, pelo mesmo Governo do Estado sequer estão integrados com o metrô ou com as linhas da CPTM. Espero que esse projeto, Sr. Presidente, que já passou e foi aprovado em duas Comissões, possa ser discutido e aprovado nesta Casa.

Tenho-o aqui, e posteriormente pedirei licença para entregá-lo a V.Exa. assim como entreguei ao Secretário de Transportes Metropolitano um abaixo-assinado, Deputado Olímpio Gomes, com mais de 53 mil apoios a esta proposta.

Não é o meu projeto, o que menos importa é o projeto de lei, mas, sim, a ideia de ter o sistema de transporte sobre trilhos, estruturando a mobilidade urbana, integrando as Regiões Metropolitanas, os municípios das Regiões Metropolitanas e do Aglomerado Urbano de Jundiaí que esta Casa discutiu e aprovou.

Por isso trago aqui, Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, a contribuição dos moradores da Região Metropolitana de São Paulo, da Região Metropolitana de Campinas e também do Aglomerado Urbano de Jundiaí a esse projeto que conta com o apoio dos Prefeitos eleitos das cidades de São Paulo, Jundiaí e Campinas, Fernando Haddad, o nosso colega de Parlamento Pedro Bigardi e o Deputado Jonas Donizette, todos entendendo a importância de termos um sistema integrado e estruturado através dos trilhos.

Diante disso, quero aqui declarar o voto da Bancada do Partido dos Trabalhadores, mas a nossa atenção vai para aquilo que foi aprovado e prometido, e esperamos que possa ser cumprido dentro dos prazos com a transparência e a lisura que este Parlamento e a cidade tanto conclamam.

Quero entregar ao Sr. Presidente, Deputado Barros Munhoz, o abaixo-assinado assim como entreguei ao Secretário e como entregarei ao Secretário da Casa Civil, dando a demonstração de que o Parlamento discute e dialoga com a demanda e com a vontade da população. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. CÉLIA LEÃO - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, esta Casa que debate há anos tantos assuntos importantes, os deputados vêm a tribuna, existe o microfone de aparte, V. Exa presidindo, trazemos aqui temas de todas as áreas muito importantes e às vezes algumas amenidades valem a pena serem registradas nos Anais da Casa porque algumas coisas demoram muito tempo para acontecer e a data de hoje é uma delas.

Então, eu só queria deixar registrado nos Anais da Casa que hoje certamente quem preencheu um cheque, assinou um documento ou fez algum contrato em que foi preciso registrar a data de hoje, registrou 12-12-12, porque estamos no mês 12, no ano de 2012 e no dia doze. E fazendo as contas com um grande matemático, o nosso Deputado Roberto Engler, nos foi mostrado com detalhes por ele que teremos esta sequencia novamente, não necessariamente 12-12-12, mas a próxima possibilidade matematicamente falando 01-01-3001, somente ocorrerá daqui a 988 anos e 19 dias.

Pode parecer uma coisa simples, mas de qualquer forma, seja quem for nessa data vindoura daqui a quase mil anos, com certeza não estaremos aqui, nem os nossos netos, bisnetos e tataranetos, nem sei se o planeta e a população serão como são hoje, enfim, como disseram que talvez o mundo termine agora no dia 21, o que eu não acredito, também não sei chega até 3001, só daqui a 988 anos e 19 dias que alguém quando preencher um cheque, se é que vai existir, poderá repetir os três dígitos iguais, 01-01-01.

Eu só queria informar para que a Casa pudesse guardar nos Anais. Quem sabe alguém, algum dia leia e veja que se passaram, da Assembleia Legislativa de São Paulo, mais quase mil anos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - A Presidência tem a grata satisfação de saudar e homenagear, e peço a todos os colegas que também o façam, a Vereadora eleita de São José do Rio Preto, pelo PRD, Karina Carolina, acompanhada do nobre Deputado Gilmaci Santos. A S. Exa. as homenagens do Poder Legislativo. (Palmas.)

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, já me inscrevi, e fui o primeiro Deputado a fazer a minha manifestação durante o processo de discussão desse projeto que autoriza o Poder Executivo a contrair empréstimos. Inclusive manifestei o meu desejo, e neste momento falo em nome da Bancada do PDT, de que exista a necessária autorização da Assembleia Legislativa para importantes e fundamentais projetos a serem desenvolvidos na área de Transporte em relação à extensão da Linha Verde do metrô, que vai do Ipiranga a Cidade Tiradentes, ao projeto Água Limpa e ao projeto de restauração, recapeamento e duplicação de dezenas de rodovias e vicinais no Estado de São Paulo.

Participei da audiência conjunta que foi realizada pelas Comissões de Transporte e Comunicações e Infraestrutura que se transformou em audiência pública em que os órgãos públicos responsáveis pelo projeto vieram tecer as condições técnicas e orçamentárias, em que ficou mais do que claro e também quando de uma visita desses dirigentes dos órgãos técnicos junto com o Secretário da Fazenda Andrea Calabi ao Colégio de Líderes, se esclareceu a impossibilidade de o Estado, simplesmente com os recursos orçamentários disponíveis, realizar essas necessárias obras em múltiplas áreas sem que haja o empréstimo. E que os empréstimos estão exatamente dentro das normas estabelecidas pelo regramento federal e também em consonância com a Constituição do Estado, com a necessária alteração da Assembleia Legislativa.

Então o encaminhamento do PDT será pela aprovação do projeto, até porque também ficou demonstrado que as taxas de juros e as formas de pagamento a serem aplicadas nesses empréstimos estão entre as melhores disponíveis no mercado internacional, ou no mercado nacional, principalmente junto ao BNDES, muito embora haja a previsão ali de aproximadamente 600 milhões de reais serem contraídos de empréstimos junto a instituições financeiras nacionais que não o BNDES.

Aproveito esta oportunidade para manifestar minha preocupação, e já está pautado o início da discussão também do projeto numa segunda sessão extraordinária desta noite, que vai discutir a destinação da área da Secretaria da Agricultura. Participei, e o Deputado Bittencourt estava mediando e conduzindo os trabalhos numa audiência pública, e ficaram muitas interrogações, um cem número de preocupações: em relação ao deslocamento dos institutos, quer em relação ao posicionamento da comunidade no ambiente, a sustentabilidade ambiental, a retirada do 3º Batalhão de Polícia Militar da região, e mais uma série de questionamentos em relação à exequibilidade dessa conduta.

E mesmo presente o Secretário de Planejamento, naquele momento, tivemos uma falha lamentável do Executivo da não presença na audiência pública do Secretário de Meio Ambiente. O Secretário Bruno Covas não compareceu, inúmeras questões estavam afetas a sua área de responsabilidade, desprestigiando todos aqueles interessados, principalmente a Assembleia Legislativa.

Devo lamentar porque o Secretário Bruno Covas, antes de tudo, é um deputado desta Casa. Aliás, foi o deputado mais votado nas últimas eleições, justamente pelo reconhecimento do seu trabalho. Portanto não deveria desmerecer a Assembleia Legislativa numa audiência pública com seu não comparecimento. E após a audiência pública, salvo equívocos se os demais deputados foram informados, o Deputado Bittencourt, que até coordenou os trabalhos, não sei se teve as respostas aos questionamentos feitos, mas acho extremamente precoce se iniciar uma discussão dessa natureza, porque será mais um desprestígio à própria Assembleia Legislativa.

Todos os entes que aqui compareceram e se posicionaram, que estão no aguardo de soluções sobre problemas apresentados, ficarão com sentimento de frustração de dizer: “Olha, a Assembleia Legislativa meramente homologou algo que fomos questionar em virtude do bem comum”. É essa a minha consideração. Tenho essa preocupação em relação a isso, porque sei que é possível se avançar, e tenho certeza de que avançaremos.

Para minhas considerações finais, nesse momento de encaminhamento, gostaria de fazer um apelo aos deputados da Casa, porque temos quatro deputados que não tiveram projetos de sua autoria votados em 2011. Principalmente eu e o Deputado Giannazi sabemos muito bem como é difícil muitas vezes sermos desconsiderados e esquecidos em relação a condições dadas como certas a todos os deputados, de terem seus projetos pautados, mas que necessariamente não vão se tornar uma lei. A grande maioria dos projetos - temos outra dificuldade na Casa - acabam sendo vetados pelo Executivo, por inúmeros fatores que normalmente não são só técnicos, de vício de iniciativa, por exemplo, mas por não reconhecimento do papel e do valor da Assembleia Legislativa.

E aí também critico muito o fato de termos 600 vetos, ou até mais, na fila. É uma situação lamentável. Manifestamos nos projetos a vontade da população; o Governo vetou e não discutimos para verificar a derrubada do veto ou não. Não tivemos nenhum veto de deputado apreciado ou debatido nesta Casa. Mas quero dizer a V. Exa., Deputado Campos Machado, que sou bastante reconhecedor que há algum tempo - talvez V. Exa. não se lembre - em que eu não tinha nenhum projeto votado há quase dois anos e que V. Exa. - meu líder de partido, à época, não debateu essa condição -, até muito mais por amizade e consideração, debateu e fez valer que eu tivesse um projeto a ser apreciado. Logicamente meu projeto foi votado, aprovado e com absoluta certeza foi vetado pelo Governador. Mas devo dizer a V. Exa. que V. Exa. tem também todo o direito de ter a apreciação dos seus projetos, até porque defende como ninguém as prerrogativas dos parlamentares e desta Casa. E no momento em que estamos num impasse em relação à aprovação de projetos, devo manifestar de público minha solidariedade a Vossa Excelência. Espero que haja uma comunhão de esforços de todas as bancadas de todos os partidos, porque senão não é uma questão de obstrução pela obstrução, e digo a V. Exa., de público, como já disse, como já debatemos em relação a esse projeto, do meu voto contrário ao projeto. Mas vou defender de todas as formas que V. Exa. tenha o projeto apreciado por esta Casa e que lobbies de espécie nenhuma, que não o processo democrático do convencimento, possa fazer com que não se paute o seu projeto por qualquer razão.

Então não é obstruindo, ou atrapalhando projetos de outros deputados; é em respeito à própria Assembleia Legislativa, à condição de cada um dos deputados, ao anseio de termos os nossos projetos vetados debatidos, para que possamos ter, para os próximos anos, uma pauta mais construtiva. Que possamos todas as terças, quartas e quintas debater vetos, derrubá-los, ou então minimamente apreciá-los para termos um crescimento do nosso trabalho aqui no Legislativo.

Então, Deputado Campos Machado, tenha V. Exa. a certeza da minha solidariedade nesse momento. Se tivermos argumentos técnicos, vamos a eles; simplesmente condicionantes que ainda precisam ser bem debatidos, e o debate tem que acontecer neste plenário. Aí também a minha solidariedade a Vossa Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência quer registrar a presença da sempre Deputada, Delegada Rose, que está, para nossa alegria, frequentemente aqui entre nós. E hoje, especialmente, está também entre nós uma Deputada muito querida, que é a Deputada Maria Lúcia Prandi.

Ontem, ela foi lembrada nesta Casa, quando se exigiu o cumprimento da Lei nº 9.790, de 1997, de autoria da Deputada Maria Lúcia Prandi. A par de fazer uma homenagem como Presidente, quero prestar uma homenagem pessoal, porque V. Exa. foi, mais do que Deputada e colega, uma grande amiga aqui nesta Casa.

As homenagens, de todos nós, à Delegada Rose e à Deputada Maria Lúcia Prandi. (Palmas.)

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, para encaminhar pela Liderança da PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem V. Exa. a palavra para falar pela Liderança do PSOL.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente e telespectadores da TV Assembleia, eu gostaria de fazer alguns comentários em relação a esse projeto que vai ser votado dentro de alguns instantes, o Projeto de lei nº 598, que autoriza o Poder Executivo a realizar operações de crédito com o BNDES, com a Caixa Econômica Federal, com o BID e com o BIRD, para algumas áreas importantes e estratégicas do Estado de São Paulo. Na verdade para algumas estatais como o Metrô, o DER, a DERSA, o Departamento de Águas e Energia Elétrica.

Eu queria ressaltar que desde 2007, quando eu assumi o primeiro mandato na Assembleia Legislativa, acompanhei a votação de vários empréstimos e várias autorizações para essas operações de créditos, principalmente na área do transporte público, o Metrô e a CPTM, duas estatais do Governo Estadual que cuidam dessa área, do transporte metro-ferroviário do nosso Estado.

Nós observamos que na verdade há uma contradição entre esses empréstimos, essas autorizações, e o investimento real em obras que possam de fato, não só ampliar a rede metro-ferroviária do nosso Estado, mas, sobretudo, em relação à qualidade desse tipo de transporte, sobretudo na questão da segurança. Pois nós estamos acompanhando um verdadeiro caos hoje nesse modelo de transporte no Estado de São Paulo.

Temos acompanhado várias denúncias através da grande imprensa e dos usuários, tanto das linhas da CPTM como do Metrô. São denúncias de acidentes, panes, atrasos, superlotação, superfaturamento de obras. Enfim, há um verdadeiro caos nessa área do Transporte.

Nós aprovamos essas autorizações de créditos, mas na verdade são empréstimos feitos com o Banco Mundial, com o BID, com o BIRD, com o BNDES e com a Caixa Econômica Federal, mas todos os dias nós assistimos um acidente, um atraso ou uma pane.

No dia 1º de dezembro, do ano corrente, nós tivemos um acidente grave, que não foi muito divulgado pela imprensa, na garagem de trens do Metrô Jabaquara. Por sorte esse acidente não aconteceu na própria Estação Jabaquara, pois havia ali um risco muito grande se isso acontecesse.

Eu gostaria de mostrar aqui as fotos desse acidente, que não foram divulgadas, mas houve um acidente dentro da garagem, Sr. Presidente. Aqui nós estamos vendo algumas fotos que não foram divulgadas pela grande imprensa, não sei por qual motivo. Não sei se a imprensa, ou pelo menos um setor da imprensa, continua ainda blindando o PSDB aqui no Estado de São Paulo, continua blindando o Governador Geraldo Alckmin. Mas esse acidente que ocorreu poderia ter matado centenas, e até milhares de pessoas, na estação do Metrô Jabaquara. Felizmente isso não aconteceu, mas poderia ter acontecido.

O fato é que nós temos vários relatos de acidentes. Nós que temos relações com os metroviários e com o Sindicato dos Trabalhadores do Metrô, temos informações de que não há investimentos na segurança, não há investimentos na modernização dos trens, não há investimentos no aperfeiçoamento do sistema de Metrô e nem na CPTM.

Então, é muito estranho que nós estejamos aqui, aprovando sistematicamente autorização para empréstimos, junto inclusive a organismos internacionais, mas na prática o transporte público, nessa área metro-ferroviária, continue um verdadeiro caos. A população, usuária desse tipo de serviço, continua vítima e refém dos atrasos, dos acidentes, da superlotação, e de um transporte de péssima qualidade.

É por isso que eu gostaria de inicialmente fazer essa ressalva. Logicamente que nós votamos a favor das autorizações de créditos, pois achamos que elas sejam importantes. Porque nós defendemos o transporte sobre trilhos, que hoje é a única forma de resolver o a questão do trânsito e do transporte público, tanto na cidade de São Paulo como em toda a Região Metropolitana. Não tem saída hoje para a Capital e Região Metropolitana. Nós defendemos um investimento maciço nessa área. Nós precisamos de muitas linhas de metrôs e muitas linhas da CPTM funcionando em toda a região da Grande São Paulo e no Interior também, mas a situação de caos em que nós vivemos hoje aqui, na Capital e Região Metropolitana, só terá solução com investimento pesado nessa área.

Mas o PSDB que já governa o Estado de São Paulo há quase vinte anos, investiu pouco nessa área, construindo poucos quilômetros de metrô, principalmente na cidade de São Paulo. Na cidade do México tem mais de 200 quilômetros de metrô. E o metrô lá, teve início justamente quando o nosso estava sendo construído. Cidades que construíram seus metrôs na década de 90, já têm uma quilometragem de metrô maior do que a nossa. Xangai, por exemplo, já tem 460 quilômetros de metrô. Pequim tem 360 quilômetros de metrô, mas a cidade de São Paulo, que iniciou a construção, por exemplo, entre 1973 e 1974, não tem nem 70 quilômetros de metrô.

Então, o PSDB é muito lento e não investe nessa área para valer. É por isso que nós temos um caos na área de transporte, na Capital e, sobretudo, em toda a Região Metropolitana.

Nós, do PSOL, e vários outros Deputados aqui, defendemos mais investimentos nessa modalidade de transporte público, metrô e trem, o transporte sobre trilhos, que é a única solução para resolver o grave caos, tanto do transporte público como também do trânsito da Região Metropolitana.

Agora nós temos aqui estudos mostrando que o Orçamento que nós aprovamos para investimentos nessa área, não é realizado ou é realizado parcialmente. E todas as análises mostram isso.

Fica aqui uma grande contradição, um abismo entre o Orçamento aprovado e essa dificuldade, essa incompetência administrativa, ou política, de aplicar o dinheiro tanto do orçamento direto como desses empréstimos que nós estamos aprovando aqui, para investimentos na rede de metrô e trens de São Paulo.

É mais uma área que se encontra num verdadeiro caos assim como nós estamos vivendo o caos na área da Segurança Pública, ou seja, na área da insegurança pública, que também é outra produção aqui do Governo do PSDB. Vivemos o caos na área da Educação, o caos na área do Magistério, porque a falta de investimento na Educação Pública é a mesma que existe na área da Segurança Pública e na área da Saúde Pública também, onde nós vivemos uma situação de calamidade pública.

Então, essa é a contribuição do PSDB para o Estado de São Paulo e da sua base aliada também, logicamente, que dá sustentação aqui aos governos dos tucanos. Esse é o presente do PSDB e do Governo Alckmin para a Cidade de São Paulo: caos no transporte público, caos na Educação pública, caos na Segurança e caos na Saúde pública. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo com o projeto salvo emendas e Mensagem aditiva, queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - Sr. Presidente, regimentalmente solicito uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O pedido de V.Exa. é regimental. Esta Presidência vai proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis deverão registrar o seu voto como “sim”, os que forem contrários deverão registrar o seu voto como “não”.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - A Bancada do PT está em obstrução, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - A bancada do PT está em obstrução.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, quero registrar a obstrução do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Está registrada a posição de obstrução do PSOL.

 

* * *

 

- É feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Esta Presidência anuncia o resultado da votação. Participaram do processo de votação 72 Srs. Deputados e Sras. Deputadas: 71 votaram “sim” e este Deputado na Presidência, resultado que dá por aprovado o projeto , salvo emendas e Mensagem Aditiva.

Item 2 - Mensagem Aditiva nº 117. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

Item 3 - Emendas englobadamente, de 1 a 12. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - Sr. Presidente, votamos favoravelmente às emendas do PT.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Registrada a votação favorável às emendas do PT.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - E vamos declarar a nossa razão de voto por escrito, Sr. Presidente.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Registrada a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT – Sr. Presidente, passo a ler declaração de voto da Bancada do PT ao PL 598/12.

“Declaração de Voto

Por intermédio do Projeto de Lei n° 598/2012, o Poder Executivo postulou a esta Casa de Leis autorização para o Governo do Estado realizar operação de crédito junto ao BNDES, a CEF e ao BB, ou junto a bancos nacionais, até o valor de R$ 1.010.800.000,00 (hum bilhão e dez milhões e oitocentos mil reais), e junto ao BID, ao BIRD, ou a outras instituições financeiras internacionais, bancos privados nacionais e internacionais, agência multilateral de garantia de financiamentos, até o valor equivalente a US$ 1.106.700.000,00 (um bilhão e cento e seis milhões e setecentos mil dólares norteamericanos) a serem aplicados nos seguintes projetos:

 

I - “Prolongamento da Linha 2 – Verde Monotrilho - Trecho Vila Prudente – Hospital Cidade Tiradentes”, a cargo da Companhia do Metropolitano de São Paulo – METRÔ, até o valor de R$ 800.000.000,00 (oitocentos milhões de reais);

 

II - “Programa de Logística e Transportes do Estado de São Paulo”, a cargo do Departamento de Estradas e Rodagem – DER/SP, até o valor equivalente a US$ 600.000.000,00 (seiscentos milhões de dólares norte-americanos);

 

III - “Programa Água Limpa”, a cargo do Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, até o valor de R$ 210.800.000,00 (duzentos e dez milhões e oitocentos mil reais); e

 

IV - “Projeto de Melhoria Logística e da Infraestrutura de Acesso ao Porto de Santos”, a cargo da Secretaria de Logística e Transportes, órgão responsável pela execução do Projeto, por meio do DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S/A, até o valor equivalente a US$ 506.700.000,00 (quinhentos e seis milhões e setecentos mil dólares norte-americanos).

 

Quando do envio da Mensagem A-n° 108/2012, que encaminhou o Projeto de Lei n° 598, de 2012, o Poder Executivo estadual não cumpriu devidamente as exigências da Lei n° 9.790, de 1997, de autoria da Deputada Maria Lúcia Prandi, uma vez que as informações necessárias ao cumprimento da lei não foram publicadas como manda a Constituição Federal em seu artigo 37, e que determina que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá ao princípio, entre outros, da publicidade.

 

A Lei n° 9.790, de 1997 exige a apresentação de uma série de informações relativas aos projetos e às operações de crédito internacionais, quais sejam: I – esboço do conteúdo, estrutura e objetivos do projeto; II – resumo das estratégias de execução de cada subcomponente; III – indicação clara dos órgãos ou Secretarias de Estado que executarão o projeto; IV – cronograma das ações importantes e V – disposições claras quanto às obrigações contraídas pelo Estado e forma de pagamento.

Muito embora o Governador faça referências às informações necessárias ao cumprimento da Lei n° 9.790/1997, e as mesmas constam dos autos, como podemos ver à página 15 do Diário Oficial do Poder Legislativo, do dia 11 de outubro de 2012, as informações não foram publicadas. Além disso, as informações necessárias ao cumprimento da n° 9.790, de 1997, de autoria da Deputada Maria Lúcia Prandi, também não foram disponibilizadas até hoje pelo Sistema de Processo Legislativo.

Diante do problema, o Líder da Bancada do PT, na Alesp, Deputado Alencar Santana Braga, com fundamento no artigo 260 do Regimento Interno apresentou Questão de Ordem, na 175ª Sessão Ordinária, realizada em 11 de dezembro corrente. Em resposta à Questão de Ordem, o Presidente da Assembleia Legislativa diz que já na mensagem o Senhor Governador explicita que a medida decorre de estudos realizados no âmbito das Secretarias da Fazenda, dos Transportes Metropolitanos, de Logística e Transportes, e de Saneamento e Recursos Hídricos. Além disso, informa que o Senhor Governador esclarece que a proposta encontra-se delineada, em linhas gerais, nos documentos anexos, e, que efetivamente, o projeto de lei veio acompanhado dos detalhamentos e especificações exigidos por lei, conforme se verifica às folhas 7 a 39 doas autos.

Muito embora, no entender da Bancada do PT, não tenham sido cumpridas as exigências legais, quando, portanto, deveria o projeto de lei retornar ao Poder Executivo para dar cumprimento as normas, a Bancada do PT apresentou 12 Emendas (11 emendas apresentadas pelo Deputado Alencar Santana Braga, Líder da Bancada, e 1 apresentada pelo Deputado Edinho Silva), todas com vistas a assegurar maior transparência e controle das operações de crédito e da execução dos projetos para os quais os recursos serão destinados, sem, no entanto, encontrar guarida por parte da Bancada governista nesta Casa que, reiteradamente, por orientação do Poder Executivo, tem rejeitado as Emendas.

Mesmo diante dos fatos, e apesar da controvérsia, considerando os demais aspectos formais, econômicos, políticos e, fundamentalmente, o interesse social, já que os recursos permitirão ao Governo do Estado de São Paulo empreender relevantes projetos para melhoria das áreas de transporte e logística, e de saneamento básico, que vão ao encontro das iniciativas do Governo Federal com vistas à promoção do desenvolvimento e do crescimento do país, a Bancada do Partido dos Trabalhadores – PT, na Alesp, DECLARA VOTO FAVORÁVEL ao Projeto de Lei n° 598, de 2012, e às demais Emendas da Bancada do PT.

12 de dezembro de 2012

Deputado Alencar Santana Braga, Líder da Bancada do PT”

 

O SR. José Bittencourt - PSD - Sr. Presidente, solicito a prorrogação dos trabalhos por meia hora.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - É regimental. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis à prorrogação da sessão por meia hora, queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

 

O SR. José Bittencourt - PSD - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 19 horas e 15 minutos para ordenação dos nossos trabalhos, com a realização dos congressos de comissões.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, todos os dias, nesta Casa, é publicado o Diário Oficial, onde diversas informações são veiculadas sobre os acontecimentos da Assembleia Legislativa.

Queria fazer um registro e, ao mesmo tempo, um pedido. Ontem, utilizamos a tribuna para fazer o debate de assuntos que consideramos importantes. Achamos também fundamental deixar registrada a nossa opinião. Praticamente todos os deputados da Bancada do PT se manifestaram, discutiram o projeto, dando as razões sobre o financiamento e apoio do Governo Federal. Utilizamos também de todos os instrumentos regimentais para fazermos o debate no tempo que é permitido pelo Regimento Interno.

Respeitamos os profissionais da Casa que trabalham na Comunicação, que fazem os devidos registros no rodapé da matéria. A matéria diz de onde virão os recursos, traz um relato e, no final, diz que a Bancada do PT e a Bancada do PCdoB estão em obstrução, apesar de sermos favoráveis. Assim diz a matéria.

Colocamos um conjunto de razões. Acho que é mais importante para as pessoas terem conhecimento de tudo aquilo que foi debatido, o porquê que hoje temos a possibilidade de recursos à disposição dos estados e municípios. Mas ficou registrada tão somente uma opinião, e consideramos que essa não é a melhor maneira de veicularmos todas as informações. Ao mesmo tempo, no conjunto das matérias, sentimos falta de informações, de pronunciamentos. A Bancada do PT poderia ter maior espaço no Diário Oficial. Fica, portanto, o registro e esse pedido para que V. Exa. faça os devidos encaminhamentos.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de V. Exa. e oportunamente se manifestará sobre ela, até porque tem bastante coisa para falar a respeito do nosso Diário Oficial e da nossa Assessoria de Imprensa. Abordaremos o assunto mencionado com tanta propriedade por Vossa Excelência.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III, da alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Administração Pública e Relações de Trabalho, Finanças e Orçamento e Planejamento, no Salão Nobre da Presidência, a realizar-se hoje às 18 horas e 35 minutos, com a finalidade de apreciar o PLC nº 44, de 2012, e o PLC nº 697, de 2012.

Com base nos mesmos dispositivos, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Segurança Pública e Administração Penitenciária, com a finalidade de apreciar o PLC nº 116, de 2012, às 18 horas e 37 minutos.

Com fulcro nos mesmos dispositivos, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Segurança Pública, Administração Penitenciária e Finanças e Orçamento e Planejamento, para apreciar o Projeto de lei nº 257, de 2012, às 18 horas e 40 minutos.

Com base nos mesmos dispositivos, convoco reunião conjunta das Comissões de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Finanças e Orçamento e Planejamento, às 18 horas e 43 minutos, para apreciar o Projeto de lei nº 328, de 2012.

Com base nos mesmos dispositivos, convoco reunião conjunta das Comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Finanças e Orçamento e Planejamento, para apreciar o Projeto de lei nº 239, de 2012, às18 horas e 46 minutos.

Com base nos mesmos dispositivos, convoco reunião extraordinária da Comissão de Ciência e Tecnologia para apreciar o Projeto de lei nº 208, de 2012, às 18 horas e 49 minutos.

 Com base nos mesmos dispositivos, convoco reunião extraordinária da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana para apreciar o Projeto de lei nº 1.133, de 2011, e de nº 166, de 2012, às 18 horas e 52 minutos.

Finalmente, com base nos mesmos dispositivos, convoco reunião extraordinária da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, para apreciar o Projeto de lei nº 644, de 2011, às 18 horas e 55 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência suspende a sessão por um minuto e meio.

 

* * *

 

- Suspensa às 18 horas e 32 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 33 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência, sempre visando o bom andamento dos trabalhos, vai desconvoncar o Congresso de Comissões para apreciar o Projeto de lei Complementar nº 44, de 2012, e ficam as Comissões já mencionadas, de Constituição, Justiça e Redação, Administração Pública e Relações de Trabalho, Finanças e Orçamento e Planejamento, convocadas para apreciar tão somente o Projeto de lei nº 697, de 2012.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência suspende esta sessão até as 19 horas e 15 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 18 horas e 34 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e 22 minutos sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

* * *

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - Sr. Presidente, solicito a prorrogação dos nossos trabalhos por 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental.

Em votação o pedido de prorrogação da sessão por 30 minutos. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. ALENCAR SANTANA BRAGA - PT - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, solicito a suspensão da sessão por 15 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Em face do acordo entre as lideranças a Presidência suspende a sessão por 15 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 19 horas e 23 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e 43 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do Art. 100, inciso I, da XIV Consolidação do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma Sessão Extraordinária, a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

N.R.: A Ordem do Dia para a 56ª Sessão Extraordinária foi publicada no Diário Oficial de 13 de dezembro de 2012.

Esta Presidência esclarece que está alterando o objeto da sessão que já havia sido anteriormente convocada.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, parece-me que no Colégio de Líderes definimos que a segunda extra seria para o projeto do Governo.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Seria.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Isso foi alterado?

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Não.

 

O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Foi acertado no Colégio de Líderes que em relação à segunda extra não necessariamente seria um projeto do Governo.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Seria um projeto de Governo que vamos definir ainda.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com o remanescente da Ordem do Dia de hoje, lembrando-os ainda da Sessão Extraordinária a realizar-se hoje, às 20 horas.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 19 horas e 50 minutos.

 

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