http://www.al.sp.gov.br/web/images/LogoDTT.gif

 

 

24 DE MARÇO DE 2014

006ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO “DIA INTERNACIONAL DA MULHER".

 

Presidente: SAMUEL MOREIRA

 

RESUMO

 

1 - PRESIDENTE SAMUEL MOREIRA

Abre a sessão. Informa que esta Presidência convocara a presente sessão solene, a requerimento da bancada feminina desta Assembleia Legislativa, composta pelas deputadas Ana do Carmo; Ana Perugini; Célia Leão; Heroilma Soares; Leci Brandão; Maria Lúcia Amary; Rita Passos; Sarah Munhoz; Telma de Souza; e Regina Gonçalves, com a finalidade de comemorar o Dia Internacional Da Mulher. Convida o público a ouvir de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Nomeia as autoridades presentes. Enfatiza o mérito das conquistas das mulheres na sociedade. Elogia o trabalho das deputadas desta Casa.

 

2 - JOOJI HATO

Assume a Presidência. Parabeniza todas as mulheres pelo seu dia. Lembra incêndio criminoso ocorrido em fábrica de Nova Iorque, no dia 8 de março de 1911, e da instituição do direito ao voto feminino no Brasil, em 1934. Discorre sobre a origem do Dia Internacional da Mulher. Enaltece o trabalho das deputadas desta Casa. Ressalta que o Brasil é presidido por uma mulher. Destaca a luta e a garra da mulher em seu dia a dia. Elogia o trabalho realizado por Nádia Campeão, vice-prefeita de São Paulo.

 

3 - VANESSA DAMO

Deputada Estadual, cumprimenta todos os presentes. Menciona que as mulheres se destacam em diversas áreas de atuação. Exalta o trabalho desenvolvido pela empresária Maria Beatriz Setti Braga. Comenta o enfrentamento das mulheres aos preconceitos e a dificuldade em conciliar o trabalho com a família. Homenageia a Sra. Maria Beatriz Setti Braga, com entrega de placa e flores.

 

4 - ANA PERUGINI

Deputada Estadual, tece considerações sobre o termo "deputadas", presente no Regimento Interno desta Casa. Considera baixa a participação de mulheres na política brasileira. Reivindica condições para que a Lei Maria da Penha seja efetivamente aplicada. Comemora a disponibilização da vacina contra HPV na rede pública de Saúde. Ressalta o papel de Márcia Fuzaro Terra Cardial nessa conquista. Presta homenagem, com entrega de placa e flores, à Sra. Márcia Fuzaro Terra Cardial.

 

5 - ANA DO CARMO

Deputada Estadual, cumprimenta todos os presentes. Destaca a batalha das mulheres para conciliar jornada de trabalho e família. Elogia a luta de Salomé Oliveira Miranda em defesa do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e das mulheres trabalhadoras rurais. Homenageia a Sra. Salomé Oliveira Miranda, com entrega de placa e flores.

 

6 - ANA KALYNE

Mestre de Cerimônias, lê mensagens alusivas à efeméride, encaminhadas por diversas autoridades.

 

7 - CÉLIA LEÃO

Deputada Estadual, ressalta que o mérito das mulheres é consequência de luta e trabalho sério. Cita nomes e elogia o trabalho de diversas personalidades femininas. Enaltece o trabalho executado pelas donas de casa. Exalta a Sra. Ana Maria Veroneze Beira pelo desenvolvimento de ações assistenciais na cidade de Amparo. Cita frase de Cora Coralina sobre a transmissão de conhecimento. Presta homenagem, com entrega de placa e flores, à Sra. Ana Maria Veroneze Beira.

 

8 - HEROILMA SOARES

Deputada Estadual, discorre sobre a trajetória política e de vida de Conceição Aparecida Alvino de Souza. Enaltece sua contribuição para a sociedade através de fundos sociais. Faz paralelo entre o número de eleitores femininos e de parlamentares do mesmo sexo no País. Homenageia a Sra. Conceição Aparecida Alvino de Souza, com entrega de placa e flores.

 

9 - LECI BRANDÃO

Deputada Estadual, enaltece o papel de sua mãe em sua vida. Agradece a orientação recebida de suas colegas deputadas. Tece considerações sobre a discriminação racial. Destaca a importância de Nádia Campeão, vice-prefeita de São Paulo, em sua carreira política. Presta homenagem, com entrega de placa e flores, à Sra. Nádia Campeão, vice-prefeita de São Paulo.

 

10 - MARIA LÚCIA AMARY

Deputada Estadual, manifesta-se orgulhosa pela luta das deputadas desta Casa. Enaltece o papel de Maria Lúcia Marques Henrique Moraes Coutinho na área social e no voluntariado, em prol dos menos favorecidos. Homenageia a Sra. Maria Lúcia Marques Henrique Moraes Coutinho, com entrega de placa e flores.

 

11 - RITA PASSOS

Deputada Estadual, cumprimenta todos os presentes. Tece considerações sobre a vacinação contra o HPV. Lembra que a cidade de Itu já realizava esse tipo de imunização há cinco anos. Destaca a importância dos cuidados com a saúde das mulheres. Ressalta o ganho de espaço das mulheres na sociedade. Combate as diferenças entre a remuneração de homens e mulheres. Discorre sobre o histórico profissional de Alda Marcantonio. Presta homenagem, com entrega de placa e flores, à Sra. Alda Marcantonio.

 

12 - SARAH MUNHOZ

Deputada Estadual, saúda todos os presentes. Destaca a qualidade do trabalho realizado pelas mulheres. Lembra a comemoração dos 92 anos do PCdoB, no dia 25 de março. Enaltece a Sra. Celina Castagnari Marra como pesquisadora e gestora em saúde. Homenageia a Sra. Celina Castagnari Marra, com entrega de placa e flores.

 

13 - TELMA DE SOUZA

Deputada Estadual, ressalta que seu trabalho, como deputada, é desenvolvido em prol das mulheres. Afirma que o Corpo de Voluntariado da Santa Casa de Santos é composta, majoritariamente, por mulheres. Informa que Santos deverá inaugurar Vara Contra a Violência Doméstica. Presta homenagem, com entrega de placa e flores, às Sras. Aparecida Regina Ramos Santos, Noemia da Anunciação Serra, representando as Sras. Nelli Valente Cavallucci, e Miriam Pina Correa, do Corpo de Voluntariado da Santa Casa de Misericórdia de Santos.

 

14 - REGINA GONÇALVES

Deputada Estadual, cumprimenta todos os presentes. Destaca a representatividade política das deputadas desta Casa. Repudia diferenças salariais entre homens e mulheres. Tece elogios às mulheres que transformam sua comunidade através de lideranças de bairro. Elogia a Sra. Viviane Cristina Tapia da Costa pela transformação de sua realidade através da arte. Homenageia a Sra. Viviane Cristina Tapia da Costa, diretora da Associação Cultural e Educacional Circense Tapias Voadores, com entrega de placa e flores.

 

15 - ANA KALYNE

Mestre de Cerimônia, agradece a oportunidade e a homenagem recebida.

 

16 - PRESIDENTE JOOJI HATO

Presta homenagem à mestre de cerimônias Ana Kalyne. Cumprimenta todas as autoridades presentes. Lê citações e pensamentos de homens sobre as mulheres. Destaca a preocupação das mulheres com os membros de suas famílias. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Samuel Moreira.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Boa noite a todos. Sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Vamos dar início à sessão solene com a finalidade de comemorar o "Dia Internacional da Mulher", por solicitação das deputadas Ana do Carmo, Ana Perugini, Beth Sahão, Célia Leão, Heroilma Tavares, Leci Brandão, Maria Lúcia Amary, Regina Gonçalves, Rita Passos, Sarah Munhoz, Telma de Souza e Vanessa Damo.

Convido, para compor a Mesa principal, o excelentíssimo deputado Samuel Moreira, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo; o excelentíssimo senhor deputado Jooji Hato; a delegada Rosemary Corrêa, subsecretária de Assuntos Parlamentares da Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo, e presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina. (Palmas.) Convido, para compor a extensão da Mesa, a Sra. Norma Bonaccorso, superintendente da Polícia Técnico-Científica de São Paulo, representando o secretário de Segurança Pública Fernando Grella Vieira. (Palmas.)

Tem a palavra, então, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Samuel Moreira.

 

O SR. PRESIDENTE - SAMUEL MOREIRA - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Boa noite a todas, boa noite a todos. Esta sessão solene foi convocada com a finalidade de comemorarmos o "Dia Internacional da Mulher", por solicitação das deputadas Ana do Carmo, Ana Perugini, Beth Sahão, Célia Leão, Heroilma Tavares, Leci Brandão, Maria Lúcia Amary, Regina Gonçalves, Rita Passos, Sarah Munhoz,  Telma de Souza e Vanessa Damo.

Convido a todos para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Tem a palavra o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Samuel Moreira.

 

O SR. PRESIDENTE - SAMUEL MOREIRA - PSDB - Eu acho que vou quebrar um pouquinho o cerimonial aqui. Eu queria convidar a vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, que estou vendo que está ao lado da Leci Brandão, para que viesse conosco aqui. (Palmas.)

Quero destacar a presença entre nós da Maria Lúcia Prandi, sempre deputada estadual, e mais uma vez das deputadas que estão aqui conosco, Ana do Carmo, obrigado pela presença, Ana Perugini, está aqui também a deputada Ana Perugini, a deputada Beth Sahão, a deputada Célia Leão está também aqui conosco, a deputada Heroilma Tavares está aqui conosco, a deputada Leci Brandão está aqui conosco, a deputada Maria Lúcia Amary está aqui conosco também, a Regina Gonçalves, a deputada Rita Passos está aqui conosco, a deputada Sarah Munhoz está aqui conosco, a deputada Telma de Souza está chegando, e a deputada Vanessa Damo que está aqui conosco também, a deputada Ana Martins, sempre deputada Ana Martins também está conosco. Obrigado pelas presenças.

À delegada Rose, mais uma vez, eu quero agradecer a presença. Está entre nós também o deputado André do Prado; Alda Marcantonio, nossa sempre vice-prefeita que está conosco, de São Paulo; nossa superintendente Norma, que está aqui conosco, da Polícia Técnica; a Nádia Campeão já citada; Márcio Alvino, prefeito de Guararema, está aqui conosco também; Edmilson, prefeito de Rubiácea; Endrigo Lucas, prefeito de Colômbia; deputado já citado Jooji Hato; de Presidente Alves, Valdeir dos Reis, prefeito "Dê"; Luiz Oscar também está aqui, prefeito de Amparo, e o prefeito de Biritiba Mirim Carlos Alberto Júnior. Obrigado pelas presenças de todos vocês. O ex-deputado Jamil Murad também aqui conosco, muito obrigado pelas presenças especialmente das mulheres, que são homenageadas nesta noite, e de todas as mulheres pelo dia internacional, pela luta e conquistas dos espaços na sociedade, pelo mérito, pela luta, pelo trabalho, trabalho bem maior que o nosso. Hoje em dia cuidam de todos nós, além de trabalhar também, de buscar a luta fora do próprio lar, auxiliar todo esse trabalho e ao mesmo tempo buscar espaços, funções importantíssimas na nossa sociedade e na política, como estão aqui também as nossas deputadas que nos honram muito com seu trabalho aqui nesta Assembleia.

Eu quero passar, então, a Presidência dos trabalhos ao deputado Jooji Hato, que é o nosso vice-presidente, que conduzirá esta sessão. Muito obrigado a todos, uma boa noite e sintam-se totalmente em casa. Parabéns e muito obrigado. (Palmas.)

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Anunciamos também as presenças de Eloisa Monteiro Prado, vereadora de Colômbia; Wagner Freitas, secretário de Esportes de Guarulhos; Edgard Grecco Filho, vereador da cidade de Mauá, e a esposa dele também presente, Alaíde Regina Strabeli Grecco; Waldir Luiz Lamberti, vereador do município de Presidente Alves; Roberto Kassim Júnior, vereador em Reginópolis; Roberto Stringuetta, vereador de Rubiácea; Andréa Silva, esposa do presidente do Rotary Club, Pacífico Silva; delegada de polícia Gislaine Doraide Ribeiro Pato, representando Luiz Maurício Souza Blazeck, delegado geral de polícia; primeiro tenente Renan Ferreira Escobar, representando o coronel PM Benedito Roberto Meira, comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo; capitão de fragata Miriam Rose da Costa Mazzoleni; primeiro tenente Mariangela Fusco Abrão; Marcos Emílio, representando o deputado federal delegado Protógenes; Denise Paixão, representando Denise Motta Dau, secretária municipal de Políticas para as Mulheres da cidade de São Paulo; irmã Luíza Rodrigues, provincial geral da Congregação das Irmãs de São José; Elisabeth Ramos Antoniette, presidente do Clube dos 21 Irmãos Amigos; Marlene Akel, representando o Instituto Histórico e Geográfico de Santos; Denise Lopes da Cruz, representando as ex-alunas do Colégio São José; Alice Pereira Piccirillo, da Sociedade São Vicente de Paulo, Andréa Pacífico Silva, esposa do presidente do Rotary Club de São Vicente; Sr. Carlos Alberto da Silva; e Bruno Hideo Omori, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo.

Tem a palavra o vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Jooji Hato.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Boa noite a todos os presentes. Só um comunicado. A nossa querida vice-prefeita Nádia Campeão foi até o plenário para ficar ao lado da deputada que homenageia no dia de hoje, a deputada Leci Brandão, mas quero primeiramente falar da felicidade de estar aqui hoje, substituindo o presidente efetivo desta Casa, o deputado Samuel Moreira.

Infelizmente, na vida pública, às vezes nós assumimos compromissos inadiáveis, então, infelizmente o presidente teve de se retirar, mas em homenagem às mulheres, no mês em que comemoramos o "Dia Internacional das Mulheres", a mulher tida como sexo fraco, é inverdade. Ao contrário, um ser cheio de força, de movimento, de iniciativa, de garra e coragem.

O "Dia Internacional das Mulheres", 08 de março, foi consequência exatamente da disposição das mulheres para o trabalho, para a luta, e principalmente para a justiça, ou pela justiça. Cento e trinta operárias foram carbonizadas num incêndio criminoso porque reivindicavam seus legítimos direitos. Isso ocorreu em 8 de março de 1857, numa fábrica de tecidos na cidade norte-americana de Nova Iorque. Elas queriam melhorias nas condições de trabalho, equiparação dos salários aos dos homens e tratamento digno no ambiente de trabalho. As mulheres foram trancadas dentro dessa fábrica que foi incendiada.

No Brasil podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco histórico da mulher brasileira. Nessa data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Hoje, esta Casa é o maior parlamento da América Latina e conta com 13 deputadas dignas, corajosas, inteligentes, deputadas com garra e coragem e que ajudam a todas nós. (Palmas.) Parabéns queridas colegas deputadas que ornamentam todos os dias este plenário.

E neste evento todo especial, estão presentes mulheres que fizeram jus a esse direito, e aqui representam o parlamento paulista e paulistano, na figura das nossas deputadas, na figura da nossa vice-prefeita, que é homenageada no dia de hoje, a professora Nádia Campeão.

Aproveito ainda a oportunidade para lembrar que neste país, ou que este país está sendo presidido por uma mulher, a nossa querida presidenta Dilma Rousseff.

Que força inesgotável a mulher tem. Traz em si o dom da fertilidade e da perpetuação da espécie. Por prazer sofrem profundas alterações em seu corpo durante toda a vida. Só mesmo um ser dotado de uma força divina teria condições para suportar tamanha responsabilidade. Tantas lutas, tantas vitórias, e ainda muito a ser conquistado.

Eu sempre digo que quem manda são as mulheres, principalmente na minha casa. Parabéns a todas as mulheres por tanta coragem, por tanta fibra, por tanta garra, por nos ensinar que é preciso ter equilíbrio. É só prestarmos atenção no que ocorre no mundo. Os países onde somente os homens mandam geralmente são países tristes, países com muitos conflitos, guerras, tanto interno quanto externos, esses conflitos.

Vamos comemorar e brindar essa força inesgotável que as mulheres têm dentro de si. Elas são o verdadeiro exemplo para todos nós. Não exemplo de perfeição, mas sim de esforço, de garra, coragem, força, sabedoria e de amor, muito amor.

A homenageada desta noite, a nossa querida vice-prefeita professora Nádia Campeão, que sempre trabalhou pelos esportes, que combate a violência, e que hoje ocupa um cargo de destaque na maior cidade da América Latina, e com certeza um grande exemplo para todos nós.

Finalizo deixando novamente meus parabéns a todas as mulheres, não só no dia 8 de março, "Dia Internacional das Mulheres", mas para todos os outros dias que vocês tanto nos ajudam. Muito obrigado e parabéns. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Gostaria também de anunciar as presenças das sempre deputadas Ana Martins e Maria Lúcia Prandi. Muito obrigada pelas presenças das senhoras na noite de hoje.

Comunico aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web e será transmitida pela TV Assembleia sábado, dia 29 de março, às 21h, pela Net, canal 7, pela TV Vivo, no canal 66 analógico e 185 digital, e pela TV Digital aberta canal 61.2.

Senhoras e senhores, a partir deste momento as deputadas proponentes desta sessão irão fazer homenagem a mulheres que se destacam em suas atividades, e são exemplos para todas nós mulheres, e claro, para os homens também.

A primeira deputada, a deputada Vanessa Damo. Por favor, tem a palavra, deputada.

 

A SRA. VANESSA DAMO - PMDB - Senhor presidente deputado Jooji Hato, companheiro de bancada do PMDB, quero cumprimentar a todas as mulheres que estão presentes aqui, cumprimentar minhas companheiras deputadas estaduais, as homenageadas, que, sem sombra de dúvida, servem de exemplo para nós, para a comunidade em que vivem, para homens e mulheres e que fazem toda a diferença, e é possível fazer diferença em todos os lugares. No meio político, como nós deputadas nos encontramos, ajudando o próximo, encontrando sempre uma palavra amiga para poder se dispor, para poder entregar àquele que nos achega, porque isso é pessoa pública, assim também como empresárias que aqui estão, pessoas da área da Saúde, professoras, tantas e tantas mulheres, mães de família, mulheres que conseguem conciliar milhares de tarefas e fazer tudo com muita competência.

Eu escolhi a minha homenageada, que é Bia Braga, a empresária de São Bernardo, Maria Beatriz Setti Braga, por ser uma mulher que eu reconheço como sendo um exemplo para mim e para todos que estão aqui. Empresária bem sucedida, que coloca o colaborador sempre à frente e que principalmente trata as pessoas com igualdade e respeito, e que sempre prioriza a qualidade em algo tão importante que é o transporte público, e que também atua em outras áreas.

Acho que é isso que nós temos de fazer. À frente de empresas, de hospitais, pessoas públicas como nós somos, nós deputadas, temos de fazer da melhor forma o que nós aprendemos fazer, e que é o cerne da mulher, que é cuidar das pessoas.

Bom, eu comecei na política muito jovem, com 21 anos, vereadora em Mauá, estou no meu segundo mandato de deputada estadual, e lembro que, conforme foram passando os anos, mudando as legislaturas, temos encontrado mais mulheres. Nós nunca tivemos tantas mulheres aqui. São 13 mulheres. Então, nós estamos caminhando, a passos lentos, mas ainda estamos caminhando.

Então, é importante que nós nos apoiemos, mulheres de braços dados, unidas, com vozes ecoantes, participando de todas as atividades, mas fazendo com que nós sejamos o exemplo partindo dentro de nossa casa e assim, Bia Braga, é você, na sua casa, no seu lar, na sua família, na empresa que também é sua segunda casa e sua segunda família, assim é você como ser humano que é, olhando pelos mais necessitados, pelas pessoas com deficiência, e assim nós temos de ser também.

Parabéns a todas vocês. Eu pedi para que fosse a primeira a falar porque tenho uma bebê de quatro meses em casa, então, essa é uma outra característica da mulher, a gente acaba tendo tempo para poder conciliar tudo. Eu falei, já que a minha bebê é tão pequena, mas eu não poderia deixar de estar aqui, prestigiar a Bia e as outras deputadas homenageadas. Eu fiz questão de poder vir, falar primeiro e espero poder ficar até o final, e se não puder já peço desculpas desde já, mas o que posso dizer é que ser mulher neste país é um desafio a cada dia, mas é também uma gratidão, um presente a cada dia, porque nós fazemos tudo com o coração, e é isso que nós temos de fazer, saber ouvir, saber respeitar. É o cerne da mulher no Brasil, mas especialmente nós mulheres do estado de São Paulo.

Parabéns a todas as mulheres, não pelo 8 de março, não, que é apenas um dia. Parabéns por todos os dias. Desde a mulher que luta, que batalha, que tem dupla jornada, que enfrenta muitas vezes preconceitos, e nós enfrentamos, seja onde quer que nós estejamos ainda há muito preconceito, e que todas as mulheres possam vencê-los com força, com trabalho e mostrando que competência é o nosso sobrenome, e é por isso que nós queremos o nosso espaço, não por favor, não por vaidade, mas por competência e merecimento.

Parabéns mulheres e que Deus abençoe a todas nós e que possamos junto aos homens, porque não podemos ser preconceituosas, construir uma nova realidade para o estado de São Paulo. Parabéns Bia, que Deus a abençoe e que você possa ajudar mais e mais pessoas e fazer a grande diferença, porque acredito muito que esse é o caminho certo. Parabéns a todas as mulheres e obrigada, senhor presidente. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Maria Beatriz Setti Braga é casada, tem três filhos, duas netas, empresária e diretora do Grupo ABC. Atua nas mais diversas áreas, como transporte, alimentação e empreendimentos imobiliários na região do ABC paulista.

Empresária modelo e exemplo na preocupação com os seus funcionários, mulher bem sucedida como empreendedora, mãe, esposa, filha ou benemérita.

Para a deputada Vanessa Damo homenageá-la significa honrar todos os seus méritos.

Anuncio também as presenças do prefeito de Guararema, Márcio Luiz Alvino de Souza e do prefeito do município de Presidente Alves, Valdeir dos Reis, o "Dê".

A próxima deputada a fazer a sua homenagem é a deputada Ana Perugini.

 

A SRA. ANA PERUGINI - PT - Boa noite. Quero agradecer ao presidente da Assembleia na noite de hoje, deputado Jooji Hato; a delegada Rose; a vice-prefeita da cidade de São Paulo, agradecer às deputadas, às mulheres trabalhadoras brasileiras, paulistas, imigrantes que estão no plenário hoje, às funcionárias desta Casa, e pedir que à exceção, hoje, todos os homens se sintam cumprimentados pelo gênero feminino, como nós, durante muito tempo, e ainda hoje, quando no universo há mais de um homem, se houver uma mulher, ela será tratada, dentro do nosso português, da nossa gramática, como homem. Aqui nós inovamos com a reforma do Regimento Interno colocando “deputadas”.

É um exercício simplezinho que se faz, mas até a Luiza Erundina assumir a prefeitura aqui de São Paulo e começar a dizer que era prefeita, soava muito estranho o termo prefeita. Depois a presidenta Dilma insiste em dizer que ela é presidenta e não presidente, mas os jornais insistem em colocar presidente Dilma.

Ainda é muito estranha a participação das mulheres na política, e o nosso país, em 188 países, está em 156º lugar de colocação em função da baixa participação das mulheres na política. E aqui na Assembleia Legislativa não é diferente, aqui em São Paulo. São 81 homens, Dra. Marcia, e 13 mulheres.

Então, é muito baixa a participação. E há um estudo que mostra que para que haja qualquer modificação, qualquer movimento para que haja mudança da hegemonia criada, é preciso, no mínimo, a participação de 25% da minoria. Ou seja, 13% não é suficiente para mudar a forma de pensar ainda bastante masculinizada aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo. Isso é um dado científico.

Eu acredito que nós mulheres lutamos muito contra uma cultura que, no dia 8 de março teve uma matéria muito bonita na “Folha de São Paulo”, e vi uma entrevista da vice-presidente da ONU Mulheres falando que para haver qualidade de gênero no mundo precisaria uma revolução semelhante ao apartheid de Mandela na África do Sul para que, de fato, isso ocorresse.

E eu acredito que será necessária uma revolução, semelhante ao apartheid, para que nós possamos, de fato, desempenhar os nossos papéis segundo a nossa competência, segundo os nossos dons, em todas as esferas. Não porque homens e mulheres sejam iguais, absolutamente. Nós somos diferentes. Daí a necessidade das mulheres em paridade de gênero, em todas as esferas.

Eu fiz a opção, e fui unânime dentro do mandato, o nome da Dra. Marcia Cardial, porque este ano é um ano de vitória para as mulheres. Assim como na década de 1930, em 1932 e 1934 uma vitória em relação ao nosso direito de votar, assim como na Constituição de 1988 em relação aos nossos direitos e obrigações semelhantes aos dos homens, depois disso muita coisa foi sendo mudada, do Código Civil e outras leis que estão sendo mudadas, assim com a implementação da Lei Maria da Penha, em 2007, que nós estamos lutando para que os governos, os três entes, federal, municipal e estadual, deem condição para que, de fato, a Lei Maria da Penha seja aplicada no nosso país, mas nós tivemos este ano o advento da vacinação do HPV, que é contra o câncer de colo de útero, e que estava na rede privada desde o ano de 2006.

E eu tive na Dra. Marcia Cardial, uma parceria, uma parceira com conhecimento, com doutorado e mestrado em HPV, sabe do que nós discutimos desde 2007, foi parceira conosco nos simpósios, seminários e fóruns promovidos pela Sogesp, mas ela saiu da Sogesp, que é a Associação de Ginecologistas e Obstetras do Estado de São Paulo; ela saiu também para conversar com a população, inclusive fazendo gravações aqui na Assembleia Legislativa para, de fato, para que até a sociedade médica viesse a conhecer a vacina do HPV, que o então ministro Padilha, na época, colocou na rede pública de vacinação de todo o Brasil disponível a partir do dia 10 de março deste ano.

Então, para a Dra. Marcia um obrigado muito grande, porque, até mesmo muitos médicos, muitos profissionais da Saúde, médicas e médicos, não tinham o conhecimento necessário para que nós fizéssemos o movimento e a campanha para que todas as mulheres tivessem acesso a essa vacina.

E ainda agora, ainda hoje, nós queremos mais, porque a nossa propositura no ano de 2007 aqui na Assembleia Legislativa foi para que as mulheres de nove até 26 anos recebessem a vacina, que é o que a Anvisa faz a indicação ainda em nosso país, e em outros países também já é feita essa indicação. E agora a vacinação está ocorrendo para as meninas de 11 a 13 anos.

Então, nós queremos mais. E a Socorro, que é uma companheira que luta também pela vacinação do HPV na cidade de Diadema e na região do ABC, saiu do nosso último encontro e falava, por que, nós vamos ter que continuar essa campanha da vacinação, até porque o Instituto Butantan que está produzindo a vacinação para todo o nosso país.

Nós entramos com um projeto que dizia que São Paulo pode vacinar as nossas meninas e São Paulo pode vacinar nossas meninas e nossas mulheres, porque aqui está sendo produzida a vacinação para todo o nosso Brasil.

Então, Socorro, a sua ideia, a ideia das mulheres em Diadema, vacina do HPV eu também quero, vai pegar e a Dra. Marcia já é uma parceira, porque já começamos a elaborar um movimento aqui.

Então, Dra. Marcia, quero lhe dizer muito obrigada, dizer que a senhora é uma mulher de hoje, tem filhos e filhas que estão caminhando também no seu caminho, tem uma história de luta, procurou se informar a respeito do que está acontecendo, e hoje, através do seu movimento, dentro da Sogesp, aqui em São Paulo, tudo que acontece em São Paulo acontece em todo o Brasil, de fato, mais uma vez perseverou.

Então, tenho muito a agradecer por ter dado, de fato, qualidade ao movimento que nós fizemos aqui, e agradecer a cada mulher que está aqui, que segue, segundo o seu dom, o enfrentamento à nossa sociedade ainda nos olha de maneira diferenciada. E é bom que nos olhe, mas que nunca nos subjulgue, que nunca nos obrigue a um papel determinado por ela.

Eu penso, deputada Ana do Carmo, deputada que tem uma história muito singular aqui dentro desta Assembleia, assim como muitas companheiras e às vezes, não é, Heroilma, nós nos encontramos aqui no plenário e conversamos muito sobre as nossas vidas em particular. Eu penso que homens e mulheres estão no momento de rever papéis. As mulheres os seus, os homens os seus. O fato é que hoje nós estamos caminhando para um apartheid, que com certeza o final vai ser a libertação de muitos homens e mulheres. Nós estamos precisando urgente disso.

Então, fica aqui meu agradecimento, meu muito obrigada, e uma palavra de esperança para que nós não desistamos. E se há um movimento que nós precisamos estar juntas hoje, é pelo amor à política, e o amor cabe no coração do homem e da mulher. Somos todos filhos de Deus e o maior evento revolucionário que nós temos ainda é o de Jesus Cristo. Em relação à mulher, num tempo absolutamente distinto do de hoje, em que a mulher era contabilizada às crianças e até mesmo aos jumentos, ele se sentava à beira da samaritana para conversar com ela ao poço, num momento em que conversar com uma mulher era absolutamente ridículo. Mas ele dispensou esse tempo tão importante e mostrou que nem mesmo a diferença política que existia naquele tempo poderia afastar, de fato, essa igualdade entre homens e mulheres.

Então, fica aqui, Marcia, se posso te chamar assim, Dra. Marcia Cardial, responsável pela campanha da vacinação do HPV na Sogesp, muito obrigada em nome das mulheres aqui do estado de São Paulo, e tenho certeza que se cada mulher no Brasil conhecesse a tua história, como você se dedicou, de fato, à luta aqui, diriam obrigada também. Então, muito obrigada. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Marcia Fuzaro Cardial é graduada em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, mestrado e doutorado em medicina, hoje é professora assistente da Faculdade de Medicina do ABC e faz parte das diretorias da Sogesp, Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, e da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia.

Doutora Marcia Fuzaro Cardial é a homenageada da deputada Ana Perugini.

Anuncio as presenças também do prefeito de São Luiz do Paraitinga, Alex Torres; vereador João Marcelo Pavan, presidente da Câmara Municipal de Amparo; e também os vereadores da cidade de Amparo, Camilo Benedetti, Pedrinho, José Ivo Vilas Boas, Daia e Rogério Catanese, e Hélio Favoretto, representando o deputado Edmir Chedid.

A próxima deputada a fazer a sua homenagem é a deputada Ana do Carmo.

 

A SRA. ANA DO CARMO - PT - Eu quero, nesta noite de hoje, cumprimentar aqui nosso presidente Jooji Hato, começar cumprimentando todas as funcionárias da Casa, cumprimentando aqui todas as mulheres, homens que estão presentes, todas as deputadas que aqui estão, todas as homenageadas, e eu quero dizer que esse dia 8 de março é um dia comemorativo, mas tendo em vista que todos os dias é o dia da mulher.

Por que isso? Mulher, todos os dias tem dupla jornada, mulher, todos os dias tem de lutar muito, enfrentar várias batalhas para poder sobreviver, tanto na vida política quanto na luta, quanto nas nossas casas. A dupla jornada, a luta das mulheres nunca foi fácil, mas mulher é mãe, guerreira, sempre luta, sempre defende seus filhos, companheira, e sempre querendo defender aqueles que mais precisam.

Por isso a minha escolhida de hoje, é a companheira Salomé, do Movimento dos Sem-Terra, que lutou muito junto ao MST para que pudesse assentar várias famílias aqui na região do Pontal. E essa companheira foi presa e discriminada porque diziam que ela não tinha condições de receber, de ser assentada porque ela não iria dar conta de trabalhar na sua terra.

Essa companheira saiu da cadeia, continuou lutando, trabalhando, hoje ela é uma assentada já há sete anos, ela fundou uma associação e é presidente dessa associação, que trabalha junto ao Incra, junto ao Governo do Estado, para defender aqueles trabalhadores e trabalhadoras para que eles possam ter condições de vida melhor nos seus assentamentos.

Portanto, Salomé, por isso que escolhi você representante das mulheres trabalhadoras rurais aqui no estado de São Paulo, que tem sofrido muita discriminação e muito sofrimento. Mulheres e homens, mas principalmente mulheres.

Por isso quero aqui, em nome das mulheres, companheiras trabalhadoras rurais, donas de casa, dizer que você é uma vencedora, uma lutadora. E dizer para todas as mulheres, donas de casa, trabalhadoras rurais, trabalhadoras metalúrgicas, enfim, toda trabalhadora, mulher, mãe, não desista da luta, não aceite ser discriminada, não aceite ser humilhada, espancada, não aceite nenhum tipo de discriminação. Lute, vá atrás dos seus direitos, fale “não”, e não sempre pela discriminação, pela humilhação.

Mesmo com todas as mudanças, as mulheres ainda continuam sendo a minoria no parlamento, a minoria no governo. Nas indústrias as mulheres ainda continuam ganhando menor salário.

Portanto, tem muito ainda para que nós possamos continuar lutando, tendo muita fé em Deus e não aceitar humilhação e nem discriminação.

É assim que a gente vai construir um mundo melhor, um Brasil melhor para todas e todos, com mais igualdade porque todos nós somos seres humanos e merecemos ter os direitos.

Um abraço e parabéns pelas mulheres, mulher mãe, mulher dona de casa, mulher aguerrida, mulher é sempre muito aguerrida. Não é à toa que nós temos hoje uma presidenta do Brasil que não aceita ser discriminada e trabalha muito para que a vida dos trabalhadores e trabalhadoras possa ser melhor.

Um abraço a todos e parabéns, você merece esta homenagem hoje, que parece ser simples, mas é de coração, que todas as deputadas uniram aqui na Assembleia para que esta sessão pudesse estar acontecendo hoje. Parabéns a todas e a todos e obrigada. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Salomé Oliveira Miranda, nasceu em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, é a filha mais velha de uma família de boias-frias. Mudou-se, com toda a família, para Presidente Epitácio, no interior paulista. Aos 19 anos de idade ingressou no MST, Movimento dos Sem-Terra. Foi presa por 16 dias por lutar pelo seu direito à terra, e em 2005 conseguiu ser assentada definitivamente.

Salomé é exemplo de competência, seriedade e referência na luta pelos direitos dos trabalhadores e famílias rurais.

Recebemos aqui uma justificativa da ausência da primeira dama do Estado de São Paulo, dona Lu Alckmin: "Excelentíssima Senhora Maria Lúcia Amary, vimos, por meio desta, informar que infelizmente, por compromissos já agendados anteriormente, a Sra. Lu Alckmin estará impossibilitada de participar da sessão solene em comemoração do 'Dia Internacional da Mulher', a ser realizado nesta data, dia 24 de março de 2014. Desejamos sucesso ao referido evento e colocamo-nos à disposição para outras oportunidades".

Também o informe do comandante-geral, que acusa o recebimento do convite para a sessão solene do "Dia Internacional da Mulher". Impossibilitado de comparecer em razão de compromissos de ordem funcional, o comandante-geral agradece a gentileza do convite e comunica que se fará representado no evento. Aproveita a oportunidade para renovar também a V. Exa. os protestos da minha perfeita estima e distinta consideração.

A próxima deputada a fazer a sua homenagem é a deputada Célia Leão.

 

A SRA. CÉLIA LEÃO - PSDB - Presidente Jooji Hato, é uma alegria estar nesta sessão solene presidida por Vossa Excelência. Deixo aqui nosso abraço, nosso apreço, nosso carinho, nossa admiração, também pelo presidente titular desta Casa, deputado Samuel Moreira, que não pôde estar conosco o tempo todo, mas deixa um brilhante outro homem aqui para nos presidir.

Quero cumprimentar e dizer da alegria de encontrar todas vocês, todos vocês, senhoras e senhores, amigas e amigos, numa sessão solene. O próprio nome diz, solene, então é uma coisa diferenciada. É solene, é festa, então, é uma noite de festa. Mas, sem sombra de dúvida, é uma festa resultado e consequência de trabalho sério, de trabalho duro, de muitas vezes momentos difíceis, mas certamente outros tantos de vitórias, senão não estaríamos todos aqui.

Dizer que homenagear mulheres é fácil. É fácil porque a mulher, por si só, como regra, geral, não sei se tem exceção, já é uma vitoriosa. A mulher, por si só, já luta muito para conseguir, muitas vezes, aquilo que é média na vida e no dia a dia dos homens.

E, presidente Jooji Hato, não estou aqui para falar mal dos homens, de jeito nenhum, mas para falar bem de todas as mulheres. Eu sempre faço uma brincadeira, uma brincadeira muito respeitosa, que fico muito feliz de ver homens quando nós vamos fazer, palestras sobre mulheres, não só no  dia 8 de março, mas em qualquer dia do mês ou do ano, mas gosto sempre de ver as plateias, sejam elas quais forem, e quando o tema é mulher, também recheada de homens.

Porque nós sabemos que nós somos ótimas, eles é que precisam ouvir e levar para fora um pouquinho dessa verdade.

Mas, deixando a brincadeira de lado, digo que nós estamos com grandes mulheres aqui, não só todas as homenageadas, mas mulheres que ficam, às vezes, "anônimas", e que também são grandes mulheres.

Eu queria, não que sejam anônimas essas que vou citar, mas queria deixar o nosso carinho à sempre deputada, essa grande mulher, foi a primeira delegada na Delegacia da Mulher no estado de São Paulo e no Brasil, a Dra. Rosmary Corrêa, delegada Rose, como é conhecida a deputada, que foi desta Casa também e hoje tem um papel fundamental no Governo do Estado de São Paulo.

Ela não vem sozinha. Tem tantas outras mulheres, mas quero deixar meu abraço, meu carinho, meu apreço, a alguém que, quanto mais pequenininha, mais poderosa, que é a nossa querida, não vou dizer legendária porque está aqui conosco, linda e jovem, mas a nossa Alda Marcantonio.

Essa mulher, que tem feito história, independente da questão político-partidária, porque já foi mostrado aqui hoje que a questão não é partidária, é suprapartidária porque é mulher e mulher é, por mais partido que tenha, na luta ela é igualdade com todos. Então, receba o nosso carinho também.

Aquela moça bonita que está lá em cima, morena, toda charmosa, que está fazendo o papel do Cerimonial, é Ana Kalyne, que é jornalista, âncora, faz reportagem, faz TV, e também é uma mulher diferenciada, como tantas outras.

Se eu fosse falar de todas, o nosso tempo se esgotaria. Mas, quero aqui dizer a cada um de vocês, a cada uma de vocês que se fazem presentes nesta noite, já foram faladas, não só em verso e prosa, com muita profundidade pelas deputadas que me antecederam, e é verdade, as mulheres donas de casa não estão aqui. Somos todas nós também, mas aquelas que são donas de casa, por opção ou por falta de opção, elas acordam de manhã, trabalham o dia todo, cuidam dos filhos, do vizinho, da sociedade, da comunidade, dos animais de estimação que têm em casa, e às vezes elas também não são lembradas.

Então, falar de mulher, nós ficaríamos aqui, presidente Jooji Hato, a noite toda, a semana toda, o mês todo, o ano todo, porque teríamos de relembrar mulheres que fizeram história no Brasil e no mundo, que lutaram, que trabalharam, que sofreram, que sorriram, para que hoje nós deputadas pudéssemos estar aqui na Assembleia, porque isso era impensado e era inacreditável se alguém dissesse isso 40 anos passados, que mulheres se tornariam ou empresárias, ou professoras, o que fosse, mas principalmente na vida pública e principalmente deputadas, e hoje nós somos, se não estiver equivocada, 13. Nós já fomos deputadas nesta Casa quando éramos três.

Então, Ana do Carmo, falta muito ainda, mas nós estamos caminhando, como disse Ana Perugini, e vamos conseguir chegar lá, mesmo com nenê na barriga, ou nenê para cuidar em casa. Porque dos três filhos, um veio para cá tinha um ano, os outros dois nasceram aqui dentro quando fui deputada com o senhor seu pai, Vanessa, e hoje meus filhos, o mais velho tem 26, o outro 23 e a pequena 19, nasceram dentro deste Parlamento.

Então, era impensado que a mulher pudesse ter a vida pública, não aquilo que o dicionário falava até bem pouco tempo atrás, mas que a mulher pudesse ter vida pública como todas nós temos hoje.

Eu não posso me alongar mais porque queremos ouvir outras lideranças que vão se manifestar aqui, mas queria dizer ainda que escolher alguém para receber uma homenagem, tenho certeza, não foi tarefa fácil para nenhuma das deputadas. Porque, certamente, todas nós conhecemos os valores de muitas mulheres que fazem a história neste Brasil e neste estado de São Paulo, maravilhoso, que também é o carro-chefe desta nação.

Mas tínhamos de escolher uma. E cada uma, a dedo, como se procurasse um brilhante, uma pedra, uma joia rara. Nós fomos buscar aquela que nós pudéssemos deixar nos Anais da Casa, na história da Assembleia, do Legislativo de São Paulo, o Parlamento mais importante do Brasil, respeitando todos os demais, e, portanto, o Parlamento não só maior em quantidade, mas também em importância política de toda a América Latina, e nós encontramos as nossas pedras preciosas.

Cada um trouxe a sua, talhada, talhada de forma como se fosse joia, e nós escolhemos a nossa também. A nossa é uma mulher que eu teria, eu e qualquer pessoa, teríamos todas as razões do mundo para fazer essa homenagem, não tenho a menor sombra de dúvida. Eu poderia dizer que a dona Ana Maria Veroneze Beira é uma mulher como tantas outras, mãe de família, cuida da casa, mas é uma mulher diferenciada.

Primeiro porque é uma empresária de sucesso, não fez sozinha, certamente teve o Sr. Waldir Beira, seu marido, que começou junto com ela, começaram juntos, e começaram pequenininhos, numa portinha, se eu posso chamar assim, vendendo seu sabãozinho. Fazia e vendia, vendia e fazia. E assim eles foram crescendo.

Poderia dizer que dona Ana Maria, e olho para os olhinhos dela, que ela é linda por fora e por dentro, ela fez todo o "império" de trabalho que ela fez, ajudando milhares de pessoas, porque hoje a Química Amparo tem mais de quatro mil funcionários e, portanto, ela é geração de emprego e renda, com certeza, e ela cuida de mais de quatro mil famílias que, além de dar dignidade a quem tem trabalho, dá salário no final do mês, e esse salário também vai cuidar de outras mulheres, de outras famílias, de outras crianças.

Eu poderia dizer que dona Ana Maria poderia ser homenageada porque é querida na cidade dela, eu poderia dizer que na diversidade, e a família sabe que dos sete netos, um hoje é estrelinha no céu, e certamente não é fácil se despedir de um neto criança, ela ficou mais forte ainda e toda família.

Então, teria várias razões para homenagear a dona Ana Maria Beira, mas dizer, além do que os produtos são muito bons, que a gente usa, todos nós brasileiros, e são mais de 20 países que são exportados, como a gente conhece, o Sabão Ipê.

Mas quero dizer à senhora, dona Ana Maria, que nó pensamos em homenageá-la porque a senhora foi e é uma grande mãe, aliás dizer a você, Ricardo, ao Jorge, ao Júnior, que vocês foram amados, criados, educados e são hoje grandes homens de negócios porque vocês tiveram e têm uma grande líder que é mulher, com todo o carinho e respeito ao Sr. Waldir, que, obviamente, fez muito, e onde estiver faz também.

Mas, queria encerrar, presidente Jooji Hato, dizendo que todas as mulheres, sem exceção, primeiro que nós somos a maioria no mundo, mais de 50%, se não no mundo, no mundo falta só 0,3, mas no Brasil somos maioria, mas ninguém pode abrir mão de gostar da mulher.

Primeiro que mais da metade da população, Leci Brandão, é formada por mulheres, e a outra metade nasceu delas, então, não tem o que reclamar das mulheres. É só gostar, amar e respeitar.

Foi por essa razão que todas nós escolhemos mulheres maravilhosas e eu, particularmente, tive o privilégio, não foi de escolher, mas da senhora ter aceitado o nosso convite.

Marquei aqui para não esquecer de ninguém, mas quero encerrar dizendo que o que fez a gente trazê-la aqui esta noite foi porque a senhora, com tudo que faz, com tudo que fez, ainda tem um centro educacional que a senhora cuida, além da Santa Casa de Amparo, na saúde também, um centro educacional onde a senhora tem quase 700 crianças, que vão de 11 meses a 17 anos, e no contraturno a senhora reeduca, reorganiza a cabecinha, o coração, a cultura e os estudos dessas crianças.

Uma mulher como a senhora tem de receber sim nosso aplauso, nosso carinho, uma flor simples, linda e colorida, uma placa que tenho certeza vai ficar em algum lugar de destaque, mas mais do que isso, é a senhora ficar na história desta Assembleia, que para nós todas, mas para mim em particular é uma honra ser política. É uma honra poder ser deputada, porque este chão em que as senhoras e senhores estão pisando é um chão sagrado.

E outro dia uma pessoa me falou, Nadia Campeão, que chão sagrado é chão de igreja. Eu disse também o é, mas o parlamento também é chão sagrado, porque aqui neste parlamento fica sempre, a cada dia, a esperança do povo brasileiro, dos brasileiros que moram em São Paulo, por uma sociedade melhor e mais justa.

Então, trazê-la, dona Ana, para pisar neste chão, e trazer todas as mulheres, e homens também, para entrar nesta Assembleia, onde o destino do povo brasileiro, ou parte do povo brasileiro, se define aqui dentro, para nós é uma honra, uma alegria poder ter vocês aqui.

E finalizo dizendo ao prefeito Jacob, que sei que está aqui, prefeito de Amparo. Os vereadores da cidade de Amparo, o pessoal da Sociedade Amparo, sintam-se honrados por tudo que vocês fazem pela cidade. Mas, por mais do que isso, sintam-se honrados pela mulher maravilhosa que Amparo tem.

Estou acostumada com microfone, estou acostumada a trabalhar nessa área, o microfone é nossa arma de trabalho, mas tenha certeza que é uma emoção para todas nós neste momento e nesta noite.

E não poderia dizer, quando a deputada Maria Lúcia Amary bateu no meu gabinete e disse "Celinha, deixa eu falar uma coisa com você", eu até pensei que fosse alguma conversa tucana, eu falei vamos lá, e ela veio me falar se a gente não podia pensar, de nós deputadas fazermos uma sessão solene como esta pensando as mulheres.

Então, Maria Lúcia Amary, muito obrigada pela sua ideia, pela sua sensibilidade de nos colocar numa noite tão festiva e tão bonita.

E, dona Ana Maria, eu vou descer daqui agora para lhe dar um abraço, para lhe dar as flores e a placa, mas nós que agradecemos por tudo, por tudo que a senhora e todas as mulheres têm feito.

Não sei se a gente tem outra vida, mas se Deus me perguntasse se eu quero voltar, eu diria “quero”, porque não tem nada mais maravilhoso do que viver. A vida é um presente de Deus, um dom, um talento que nós temos, e se ele perguntasse como quero voltar, eu iria dizer: “Deus, se eu puder voltar, por favor, me faça voltar como mulher”. Porque como mulher, respeitando os homens, a gente tem uma sensibilidade diferente, uma luta diferente.

E termino com Cora Coralina, que também é uma grande mulher, quando ela disse, e marcou a nossa vida e de todos nós: "Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina". E a mulher tem isso também. Tudo que a gente tem a gente está sempre partilhando e transferindo.

E quanto mais a gente transfere, mais a gente aprende. Quanto mais a gente aprende, mais a gente aprende a amar. Isso é ser mulher.

Parabéns presidente, parabéns a todas vocês, a todos vocês, e que a gente possa, nesse Parlamento, fazer uma sociedade cada vez melhor. Muito obrigada e uma salva de palmas à dona Ana e uma salva de palmas a todos vocês. Muito obrigada. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Ana Maria Veroneze Beira, nascida na cidade de Amparo, formada no Magistério, é hoje diretora superintendente da Química Amparo. Casada e mãe de três filhos, desenvolve ações junto à comunidade. Presidente desde 1998 do Serviço Espírita de Proteção à Infância, que atende 620 crianças e adolescentes, dos 11 meses aos 14 anos de idade. É conselheira da Casa do Caminho Paulo de Tarso, fundadora e presidente da Sociedade Espírita Esperança.

A homenageada da deputada Célia Leão, Ana Maria Veroneze Beira.

Comunicamos, mais uma vez, a todos os presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web e será transmitida pela TV Assembleia sábado, dia 29 de março, às 21h, pela Net, canal 7, pela TV Vivo, no canal 66 analógico e 185 digital, e pela TV digital aberta canal 61.2.

A próxima deputada a fazer a sua homenagem é a deputada Heroilma Soares Tavares.

 

A SRA. HEROILMA SOARES - PTB - Boa noite a todos. Quero aqui fazer meu cumprimento ao nosso presidente, nosso colega, deputado Jooji Hato, à grande mulher, exemplo de vida, Dra. Rose, cumprimentar a Mesa, cumprimentando o nosso deputado André do Prado, minhas colegas parlamentares, a minha homenageada, Conceição Aparecida Alvino de Souza, em nome deles, saúdo as autoridades, público presente.

Quero enfatizar, em especial, os meus agradecimentos aos prefeitos, presidentes de Câmaras, vereadores, primeiras-damas, amigos que gentilmente se fizeram presentes mediante o meu convite para esta solenidade.

O motivo de ter escolhido a dona Conceição para receber a homenagem nesta Casa foi devido ao fato de ter o conhecimento sobre a sua trajetória de vida, principalmente em sua participação na vida política. Foi esposa de prefeito por duas administrações, foi prefeita por três gestões, e mãe do nosso prestigiado atual prefeito da cidade de Guararema, Márcio Luiz Alvino.

Nesse contexto, como cabe salientar que minha homenageada foi a primeira prefeita do Alto Tietê, assim como sou a primeira deputada eleita por nossa região, tais semelhanças é um dos motivos que justificam o meu apreço por dona Conceição na medida em que a voz da mulher tem sido ecoada nas diversas áreas da sociedade. Fato esse que nos faz sentir privilegiadas, especiais por poder contribuir com o crescimento das cidades do estado de São Paulo.

Sendo assim, possibilita entender que a transformação para uma sociedade melhor se dá através do amor ao próximo visando minimizar as desigualdades sociais.

Todos observaram, os que aqui estão presentes, que as deputadas que antecederam, ninguém pegou um papel, e com certeza todas que aqui passaram, e com certeza todas que virão estarão sim, com certeza, falando como foi dito aqui, acredito, de coração, em homenagem a todas as mulheres que estão aqui presentes. Como foi dito pelas outras deputadas, aqui estão mulheres que não se destacam, mas que têm os seus valores.

E também digo, como hoje a dona Conceição está sendo homenageada, a gente tem o maior prazer, como disse a deputada Célia Leão, foi difícil, porque tem tantas mulheres que nós poderíamos estar indicando para ser homenageada aqui, e a gente sabe que foi muito difícil para a gente fazer.

Ela fez uma atenção especial à deputada Maria Lúcia Amary, que também, quando ligou, tendo a iniciativa de dizer que se eu poderia estar participando, eu falei: “Deputada, para mim é uma grande satisfação de poder estar homenageando. Se nós pudéssemos homenagear tantas outras mulheres, que a gente sabe que fazem um grande trabalho neste estado, no nosso Brasil, como foi dito aqui, nós temos uma grande mulher que está na Presidência, a Dilma”.

E dizer, presidente, que como mulher, também como avó, como mãe, eu estou aqui com muito prazer, muita satisfação. E costumo dizer às mulheres, com respeito aos homens, porque nós não entendemos porque, na maioria aqui das Câmaras, dentro do Parlamento, nós sabemos que a maioria é de eleitoras no Brasil, a maioria é mulher, a maioria das eleitoras no estado de São Paulo, e nós aqui dentro, 94 deputados, como disse, com todo o respeito aos homens, nós somos 13. Mas estão no caminho e, com certeza, brevemente, a gente vai chegar aqui a 50%, não é, deputadas, e com certeza tudo fica bem.

Para mim é um grande prazer, uma grande alegria, e como disse, trazer o papel aqui, é o meu primeiro mandato, como algumas deputadas se identificaram aqui, a gente chega aqui fica muito emotiva, a gente tem vontade de falar, realmente, coisas que realmente são importantes, são do coração, mas acaba dando um branco, às vezes, então eu preferi, ensaiei em casa, porque eu não iria trazer um papel, e de imediato, cheguei aqui na Assembleia e falei às meninas: “Por favor, anota aqui porque a alegria é muito grande e a gente fica muito nervosa.”

Mas, independente que seja num papel, como foi dito aqui, foi lido, foi falado pelas minhas colegas deputadas, o que está aqui no papel saiu do meu coração e a gente sabe que o importante é estar aqui fazendo isso. Como diz, de repente, a deputada, se não me engano, a Ana do Carmo falou que se acha deputada, que é uma pequena homenagem. Para mim, a pessoa que estou homenageando e as pessoas que vocês estão homenageando são de uma grande valia, o carinho é muito grande para todas as mulheres que aqui estão, e muitas que não puderam estar.

Então, gostaria de chamar aqui a minha homenageada, a dona Conceição. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Conceição Aparecida Alvino de Souza, mineira, veio para São Paulo aos 12 anos de idade, casada, mãe de dois filhos. Com a morte do marido decidiu ingressar na carreira política e foi eleita prefeita de Guararema por três vezes, 1989 a 1992, de 1997 a 2000 e de 2000 a 2004. Priorizou sempre a área social. Desde 2008 é presidente do Fundo Social de Solidariedade de Guararema, cidade hoje administrada pelo filho dela, Márcio Luiz.

A homenageada da deputada Heroilma Tavares Soares é exemplo de garra e força de vontade. (Palmas.)

A próxima deputada a fazer a sua homenagem é a deputada Leci Brandão.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Deus abençoe, proteja e ilumine todas e todos que aqui estão.

Excelentíssimo Sr. Presidente Jooji Hato; meu querido companheiro deputado André do Prado, obrigada pela presença; delegada Rose, eu queria, imediatamente, agradecer a essas mulheres aqui e vou explicar por quê - Maria Lúcia Amary, Heroilma Soares, Telma de Souza, Vanessa Damo, Ana do Carmo, Ana Perugini, Célia Leão, Rita Passos, Regina Gonçalves e Sarah Munhoz.

E por que estou agradecendo a essas mulheres? São as mulheres que eu encontrei aqui. Claro que tem uma que eu já conhecia bem antes, que é a deputada Telma de Souza, que na época em que ela foi candidata à prefeita na cidade de Santos, e graças a Deus venceu, eu cantei para ela, com muito prazer.

E por que tenho de agradecer a essas mulheres? Porque se os senhores e as senhoras não sabem, estou chegando nesse espaço, nesse universo agora. Eu não tenho nenhuma antecedência parlamentar. Sempre compus, cantei, e com a minha arte tentei ajudar os menos favorecidos. Com a minha arte eu entendi que você podia não só mostrar como é que foi a sua vida de luta, e como você pode, através de uma história baseada na humildade, na luta diária conquistar outras coisas.

E eu sempre conquistei sem precisar ofender, sem precisar brigar, sem precisar fazer absolutamente nada que pudesse envergonhar a minha mãe, porque a grande mulher da minha vida é dona Leci de Assunção Brandão, uma senhorinha que tem 91 anos. Essa é a grande mulher da minha vida. (Palmas.)

Servente de escola pública, me ensinou muitas coisas, aquelas seis palavrinhas que sempre falo aonde vou: “Bom dia, boa tarde, boa noite, com licença, por favor, e muito obrigada”. Então, com essas seis palavrinhas eu conduzi a minha vida.

Mulher de fibra? Sim, fui. Trabalhei como telefonista, operária de fábrica, servente de escola, e estou aqui nesta noite, 24 de março de 2014, na condição de deputada estadual de São Paulo, o estado mais importante deste país, o estado que tem a maior arrecadação, o estado mais rico, não é, Rita? O estado mais rico deste país. E cercada de pessoas ilustres, nobres pessoas.

Temos aqui civis, militares, mulheres militares, e a gente respeita, porque embora o Brasil teve um momento em que todo mundo queria virar as costas para os militares, as coisas mudaram, houve uma transformação. E hoje nós entendemos que temos um país que está acordando todo dia, acho que às vezes até acorda tarde, podia acordar mais cedo, mas nós estamos mostrando a que viemos.

E quando você olha um país lindo como este, um país tropical, maravilhoso, que todo mundo diz que as pessoas são extremamente felizes, e a gente sabe que não é bem assim, a gente sabe que precisa haver esses Poderes, e o Poder Legislativo tem uma importância imensa porque daqui saem as leis que vão pautar a vida dos brasileiros.

E como é que eu vou chegar aqui, no Poder Legislativo, sem ser uma mulher que não tenho curso superior, que não tenho diploma? Como que é isso? Aí entram essas mulheres que eu citei no início da minha fala.

Porque elas me ajudam, elas me orientam, nunca me negaram uma parceria, se eu tiver alguma dúvida. Isso eu estou incluindo todas elas. Não tem uma aqui que eu não tenha chegado para falar ou para pedir alguma coisa. E é por isso que a gente tem de agradecer, que foi uma coisa que minha mãe me ensinou, agradeça sempre.

Agora, vou ter de tocar numa coisa que talvez não agrade muito, é uma coisa um pouco delicada, que é a questão da etnia. Antes de ontem nós fizemos aqui uma homenagem para uma mulher, uma mulher que está viva, graças a Deus, é bom homenagear quem está vivo, a deputada Theodosina, ex-deputada Theodosina. Por quê? Porque foi a primeira negra que foi eleita nesta Casa. Deputada Theodosina Ribeiro. (Palmas.)

E depois dos anos 1970, chego eu, em 2011, em que as pessoas dizem até assim: "O que essa menina veio fazer aqui? Será que ela vai fazer um sambinha no gabinete, será que ela vai tocar um pandeiro aqui?" De vez em quando eles me pedem, até reclamaram hoje:"Leci, não vai cantar?" Não. Aqui não tem de cantar. Aqui a gente tem de atuar, tem de trabalhar, tem de aprender, tem de saber o que é melhor para as pessoas.

Mas, para provar para vocês que não tenho nada a ver com a questão racista, aqui no estado de São Paulo eu consegui arranjar um pai e uma mãe, que estão presentes aqui hoje, que é o Osmar Costa e a Sueli, que estão ali sentados. São as pessoas que, depois da minha mãe, são as pessoas a quem eu dou toda a minha confiança, porque ele foi a pessoa que disse assim: "Estão querendo que você seja candidata." Eu falei: “Mas o que vou fazer no meio da política? Deixa eu continuar fazendo a minha música.” Ele falou: "Mas, as pessoas estão dizendo que vai ser bom você chegar até lá".

E aí, qual foi a primeira mulher que me convidou, e de um partido que já esteve aqui na clandestinidade, que é o PCdoB? Foi a Nádia Campeão. Nádia Campeão me chamou e disse: "Leci, gostaria que você fosse candidata". E a história da Nádia é uma história de luta, uma mulher que esteve sempre presente nas lutas democráticas, já foi candidata várias vezes, e hoje é a nossa vice-prefeita.

Então, Nádia, escolhi você porque acho que ser vice-prefeita de São Paulo, ser vice-prefeita do Haddad, não é qualquer coisa. Você é uma mulher que merece, você é uma engenheira agrônoma, você teve de estudar fora porque tinha de se esconder, você enfrentou muita coisa, politicamente, mas eu também tenho de concluir, lembrando de mulheres que não foram ditas até agora aqui, que são as mulheres que fazem a limpeza desta Assembleia, as serventes que trabalham aqui, as telefonistas, as assessoras. (Palmas.) Esse pessoal da assessoria fica maluco aqui. Não quero nem falar das coisas que acontecem aqui neste plenário, mas as pessoas ficam de cabelo em pé, porque os deputados ficam com um monte de coisa, eles querem brigar, uma confusão.

Mas, o mais interessante é que essa briga é uma briga mesmo, pelo melhor para o povo. Pessoas de várias siglas partidárias, de várias etnias e de várias cidades estão aqui, mas o mais importante é que todos nós somos seres humanos. Quando a Ana do Carmo conta a sua história, tenho vontade de chorar, porque é uma história de luta. Quando a deputada Célia Leão, que foi uma pessoa que incentivou desde o primeiro dia que cheguei aqui, a gente realmente se emociona.

E você, Nádia Campeão, quando disse para mim que acreditava em mim, que o partido confiava na gente, e que, graças a Deus, até a data presente acho que estou fazendo o dever de casa direitinho, porque as professoras aqui são ótimas, eu acho que estou com a minha consciência bem tranquila.

Agora, Ana Martins, você foi e é uma referência minha. Embora não tenha conhecido você aqui dentro desta Casa enquanto deputada, mas na hora que a gente foi para a luta, você foi a companheira que me deu o braço e pediu às pessoas que confiassem em mim porque eu era a sua preferida. Que Deus abençoe você. E muito obrigada. Fiquem com Deus. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Nádia Campeão nasceu em Rio Claro, ingressou no Partido Comunista do Brasil em 1978, é engenheira agrônoma. Em 1980 mudou-se para o interior do Maranhão para lutar pelos camponeses e trabalhadores rurais. Em 1990, já na cidade de São Paulo, foi presidente do PCdoB, secretária de Esportes, Lazer e Recreação da prefeita Marta Suplicy, em 2012 foi eleita vice-prefeita da capital na gestão do prefeito Fernando Haddad. A homenageada da deputada Leci Brandão é ainda coordenadora da Copa do Mundo na cidade e da campanha da cidade à Expo 2020.

Vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão. (Palmas.)

A próxima deputada a fazer a sua homenagem, já foi citada por todas que passaram pela tribuna, pela iniciativa, deputada Maria Lúcia Amary. (Palmas.)

 

A SRA. MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Boa noite a todas e todos. Quero cumprimentar o presidente Jooji Hato, que tem sido um grande parceiro de nós mulheres na Assembleia Legislativa, quero cumprimentar todas as mulheres, na pessoa da referência que nós temos aqui, que é a sempre deputada delegada Rose. Foi a primeira delegada da mulher, uma mulher que tem histórico de ética, de transparência, uma tradição na luta de todas nós mulheres.

Queria cumprimentar cada uma das 13 deputadas desta Casa. Nós conseguimos hoje estarmos todas unidas, todas juntas, com as assessoras maravilhosas que se juntaram para que hoje nós pudéssemos fazer esta noite aqui, cada uma de nós podendo homenagear uma mulher que nós pudemos escolher.

Nós temos trabalhado muito, lutado muito para que pudéssemos fazer a diferença na sociedade. O nosso olhar feminino tem feito toda a diferença. Cada uma de nós tem um histórico de luta, cada uma de nós tem procurado fazer, cumprir a sua responsabilidade, porque fomos eleitas pelo voto popular e nós temos de aqui dar o exemplo de ética, luta e consciência social.

Eu não poderia deixar de homenagear Maria Lúcia Marques Henrique Coutinho, da minha cidade natal, Santos, porque a área social é uma área extremamente importante para cada uma de nós e nós sabemos que através dela podemos fazer justiça social, diminuir as distâncias entre a sociedade, fazer com que a nossa sociedade possa ser melhor.

Acho que sempre quando existir uma mulher em algum lugar, vai ter sempre uma palavra de paz. Acho que esse é o papel.

Com todo o respeito aos homens, no geral, quando os homens querem discutir, eles usam pela palavra, pelo debate, pela discussão, e nós pelo convencimento. Acho que é esse o papel que nós mulheres temos feito na Assembleia Legislativa, e tenho orgulho de cada uma dessas mulheres que fazem parte deste parlamento, porque são mulheres dignas, respeitáveis, que dão exemplo, e que mostram para a sociedade que nós podemos fazer, através da política, diferença na nossa sociedade.

Então, queria hoje, particularmente, Maria Lúcia, homenagear você pelo seu histórico social. Você, pelo seu exemplo dentro da cidade, por estar fazendo esse trabalho no voluntariado na cidade, pelo seu desprendimento em fazer esse trabalho que você vem fazendo, que é um exemplo para cada uma de nós, e acho que hoje é um momento importante para que nós pudéssemos, como disse a deputada Célia Leão, muito difícil nós escolhermos alguém, uma pessoa, mas você é referência.

Acho que quando a gente homenageia uma mulher que tem um trabalho social, que procura fazer a diferença dentro da sociedade, nós estamos estimulando que essa sociedade seja cada vez mais consciente, que ela divida o custo da sociedade, que nós possamos pagar o custo dessa sociedade pelas diferenças que elas apresentam e que cada uma de nós, através do nosso trabalho, podemos minimizar.

Então, que cada uma de nós possa fazer um mundo melhor através de cada uma das suas ações que vocês, cada uma de nós fazemos, que nós possamos contribuir para um mundo melhor.

E hoje, particularmente, Maria Lúcia, quero te homenagear em nome de todas as mulheres que fazem um trabalho social e que têm respeito pela sociedade, pelos menos favorecidos, e que nós, cada vez mais, vamos continuar trabalhando pela justiça social do nosso país.

Cuidamos de São Paulo, e cada uma tem cumprido a sua responsabilidade dentro deste parlamento, e têm sido exemplo de que pode sim, e podemos fazer política com ética, com respeito e com compromisso.

Então, que Deus abençoe seu trabalho. Nós estamos com um animal entrando aqui, que com certeza vai trazer mais sorte a cada uma de nós. Que Deus abençoe. Parabéns. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Maria Lúcia Marques Henrique Moraes Coutinho, professora, nascida em Santos, casada e mãe de um filho. Lecionou durante 30 anos no Colégio São José, foi presidente da Associação Promocional São José e desde 1995 do conselho deliberativo da Sociedade Portuguesa de Beneficência. Desde 2007 também faz parte do conselho deliberativo do Movimento de Arregimentação Feminina, o MAF. Foi coordenadora do Bem-Estar Social até 2013, e eleita Mulher do Ano de 2005 pelo MAF. A homenageada da deputada Maria Lúcia Amary ainda desenvolve uma série de trabalhos filantrópicos.

A próxima deputada a fazer sua homenagem é a deputada Rita Passos. (Palmas.)

 

A SRA. RITA PASSOS - PSD - Boa noite a todas e todos. Quero cumprimentar o presidente desta sessão, nosso querido amigo deputado Jooji Hato, e cumprimentar a todas as mulheres, como bem disse a deputada Leci Brandão, também as pessoas que ficam nos bastidores, as assessoras, as pessoas que limpam este plenário, enfim, todas elas se sintam homenageadas. Quero cumprimentar também as deputadas desta Casa e suas homenageadas.

Quero começar o meu discurso falando, já que foi tocado, sobre a vacinação do HPV. A mulher tem de ser cuidada, tem de ser tratada, valorizada. Vou falar sobre esse tema, não estava programada a falar sobre isso, mas devido à Ana Perugini ter citado a questão da vacinação contra o HPV. Infelizmente ela não está aqui, mas gostaria de informar a todos vocês, a todo o nosso Brasil, que a vacinação contra o HPV já acontece na cidade de Itu há cinco anos.

Meu marido, quando prefeito, até 2012, começou com essa campanha. Mandou uma lei à Câmara que autorizasse o município, a Prefeitura, a vacinar gratuitamente todas as meninas contra o câncer de colo de útero. Então, nós estamos em 2014, começou em 2010, nós já estamos no quinto ano.

E o Herculano Passos, meu marido, não se cansou, todo esse tempo, falando com o governo do estado e o governo federal para que os mesmos realizassem essa vacina. Até porque seria num custo mais baixo, com certeza. Enquanto que a única cidade do Brasil, Itu, vacina todas as crianças, todas as meninas contra o câncer de colo de útero, evidentemente o preço não é baixo. Todo mundo sabe que essa vacinação, são três doses, e é um preço alto.

E se vier através do governo do estado e do governo federal, com certeza o preço vai mais embaixo. E é notório o quanto, todos esses anos, as cidades vizinhas queriam usar essa vacinação em Itu, dessa campanha, mas o Herculano falava: "Sou responsável pela minha cidade, pela cidade de Itu".

Mas, com certeza, ele foi o pioneiro, e com certeza a atuação dele e a divulgação dele dessa vacinação contra o HPV, com certeza, fez com que mobilizasse o nosso governo federal. Fico muito contente, pena que a Ana Perugini não está aqui, mas nós vamos fazer chegar até ela, que Itu, já é o quinto ano que acontece essa vacinação.

Isso, por quê? Porque a mulher tem de ser cuidada, como falei, tem de ser valorizada. Se a vacinação é possível, acontece, por que não realizar? Chega de as meninas, as mulheres, morrerem com essa doença terrível que é o câncer. É o segundo câncer que mais mata mulher no mundo.

Bom, fora isso, eu gostaria de falar das mulheres. As mulheres, realmente, como já foi falado aqui, não quero ser repetitiva, mas as mulheres estão ganhando espaços muito grandes dentro da sociedade. Antigamente elas eram apenas donas de casa, hoje, além de ser dona de casa, porque elas não deixam de ser a dona de casa, elas ocupam espaços maiores. Elas são professoras, médicas, nós temos juízas, promotoras, conselheira do Tribunal de Contas, que nós votamos aqui, a Dra. Cristiana, primeira mulher conselheira, temos promotoras, juízas, como nós falamos, deputadas, vereadoras, prefeitas, e temos até mesmo a presidenta da República. As mulheres estão ocupando espaços gigantescos, não é verdade?

Uma vez me falaram: "Lugar de mulher é em casa, lugar de mulher é na cozinha". Eu falo para vocês, e todas vocês vão concordar comigo, lugar de mulher é onde ela quiser, porque ela tem capacidade, ela tem competência de voar muito alto.

E dizer que, infelizmente, as mulheres ainda têm os seus salários diferenciados dos homens, como também já foi falado aqui. Eu vejo, além, fora da questão, as empresárias, a única profissão que vejo que as mulheres ganham mais que os homens é na profissão de modelo. As mulheres modelos, se vocês olharem aí, elas ganham muito mais do que os homens modelos, como vocês veem tantas mulheres maravilhosas, Ana Beatriz Barros, a nossa Gisele Bündchen, enfim. As mulheres ainda precisam melhorar na questão do salário. Essa é a única que vejo que elas estão à frente.

Mas, vou discordar da Leci. Leci, hoje é dia de você cantar para nós. Leci Brandão falou que hoje não é lugar, não é dia, mas você tem de encantar toda essa mulherada. Com certeza vai deixar o nosso coração e a nossa noite muito mais bonita.

Bom, a minha homenageada ocupou tantos espaços que são folhas e folhas, e vou ter de resumir. Mas ela já foi secretária de estado de várias pastas, em diversos governos do estado. Ela também foi secretária municipal, da cidade de São Paulo. Foi presidente da Fundação Centro Brasileiro para Infância e Adolescência, a antiga Funabem. Ela também foi representante do Brasil junto ao Instituto Interamericano da Criança da Organização dos Estados Americanos. Ela também foi a vice-prefeita do município de São Paulo.

A minha homenageada é uma pessoa maravilhosa, que tem uma competência gigantesca. É uma pessoa, ela é pequenininha, gente, mas quando ela abre a boca, pena que ela não vai poder falar aqui, porque ela encanta todo mundo. É uma pessoa batalhadora, ela é guerreira, ela é gigante. É pequena de tamanho, mas é gigante de trabalho e de humildade, e simpatia.

Enfim, a minha homenageada é a Alda Marcantonio.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Alda Marcantonio, engenheira civil e especialista em saneamento. Foi vice-prefeita e secretária municipal de Assistência Social na cidade de São Paulo na gestão de Gilberto Kassab. Durante as gestões de Fleury e Quércia no governo do estado, foi secretária do Menor e também secretária de Relações do Trabalho, além de presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina na gestão de Franco Montoro, cargo hoje exercido pela delegada Rose, aqui presente na noite de hoje. No governo Itamar Franco foi presidente da antiga Funabem e a homenageada da deputada Rita Passos é reconhecida internacionalmente por vários projetos. (Palmas.)

A próxima deputada a fazer a sua homenagem é a deputada Sarah Munhoz.

 

A SRA. SARAH MUNHOZ - PCdoB - Boa noite. Boa noite a todas as mulheres que dão resultado. Nesta noite festiva quero agradecer, em nome do senhor presidente desta Casa que nos recebe, a deputada Rose, que não se lembra de mim, mas uns seis anos atrás fez um evento semelhante a este e me chamou para ser homenageada. Muito obrigada, deputada. Foi a primeira vez que aqui estive.

E hoje quero dizer que nós estamos aqui para homenagear somente mulheres que dão resultado. Desculpem o palavreado, mas só mulheres de muita categoria. Mulheres que dão resultado, mulheres que têm foco, mulheres que têm fato e mulheres que têm direitos. Mulheres que se diferenciam e que, além de tudo, com certeza, ainda pilotam fogão, também com categoria.

Porque não é o fato de estarmos aqui, como mulher, vencendo todas as etapas e todos os preconceitos, que tirou de nós a essência, a delicadeza, a feminilidade e, acima de tudo, a essência de ser mulher.

E eu sou mulher, baixinha, morena, digna de todos os preconceitos, e que represento aqui, com muita satisfação, os 100% da bancada feminina do PCdoB, que amanhã, orgulhosamente, completa 92 anos. O partido mais velho deste país. Por favor, peço salvas ao meu partido. (Palmas.)

Não é uma questão partidária, mas é uma questão de luta. Uma questão de luta, inclusive, pelo direito dessas mulheres. E pelo direito dessas mulheres eu teria muitas mulheres a homenagear, mas eu escolhi uma que está à parte de todas as questões que aqui foram postas. Foram postas questões muito importantes, defesa da terra, defesa do meio ambiente, na questão da gestão, na questão da educação, na questão do menor. “N” foram as facetas, mas eu escolhi homenagear a professora doutora Celina Castagnari Marra, por algumas razões.

Assim como eu, é uma enfermeira, é uma mulher, e representando a todas as mulheres desta Casa, é uma grande pesquisadora. Uma área em que as mulheres estão a todo vapor, e que pouco são mostradas. Uma área em que as mulheres desenvolvem e fazem ciência, e por poucos são notadas. Uma área em que, pelo fato de ser enfermeira, e durante o longo da sua vida ensinar gestão, é um fator ainda que a faz mais interessante. Porque ensinar a fazer gestão é fazer do milho ouro e do pó algo que se faz diferença.

E nesta noite quero render, em nome da Dra. Celina Castagnari Marra, a minha homenagem a todas as mulheres desta Casa e essas mulheres que são mulheres de resultado, e aqui, com certeza, mulheres que fazem e farão e estão mostrando a diferença.

Senhores homens, saibam que, dentro de vocês, vocês carregam um ‘X’ que são os 50% de nós mulheres. A nossa feminilidade também está em vocês. Portanto, senhores homens, mulheres, independente de questão de gênero, a mulher chegou para ficar, mulher chegou para mostrar a que veio e a mulher está aqui hoje mostrando, demonstrando e provando a sua diferença. Muito obrigada a todos e eu chamo a minha querida colega professora doutora Celina Castagnari Marra, de quem me orgulho da profissão de enfermeira. Obrigada. (Palmas.)

 

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Celina Castagnari Marra é doutora em enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo, e mestre em enfermagem pela USP. Foi professora titular da Universidade de Santo Amaro. Hoje é professora na Universidade Federal de São Paulo e do Centro Universitário São Camilo, junto ao programa de pós-graduação. Orientadora de monografias nos temas sobre gestão em saúde, é consultora em metodologia do trabalho científico e profissional premiada. A homenageada da deputada Sarah Munhoz também foi patronesse da turma de formandos da faculdade de enfermagem da Faculdade de Santo Amaro. Celina Castagnari Marra. (Palmas.)

A próxima deputada a fazer sua homenagem é a deputada Telma de Souza.

 

A SRA. TELMA DE SOUZA - PT - O caminho é longo, mas a gente chega lá. Senhor presidente, deputado Jooji Hato, meus cumprimentos. Sempre deputada, delegada Rose, representando o secretário de Segurança; a Sra. Norma Bonaccorso, que é superintendente de Polícia Técnica de São Paulo, obrigada pela presença, e querido André do Prado, também deputado como a gente, aqui presente.

Bom, em primeiro lugar, eu queria dizer que cheguei já no momento em que a Leci ia fazer uso da palavra. E por que cheguei nesse horário? Porque, por culpa da Maria Lúcia Amary, que, com uma iniciativa brilhante, precisava do dia 24, antes que nós terminássemos o mês dedicado à mulher para a gente fazer esta ação, que é inédita aqui na nossa Assembleia, eu tive também de dar uma placa, ao mesmo tempo, para a OAB de Santos, que a subseção completa hoje 80 anos.

Eu confesso que fiz algumas diabruras. Eu subi a 130 por hora, possivelmente podia não chegar aqui, mas foi um jeito de eu poder, pessoalmente, pedir desculpas às rosinhas, às amarelinhas, às verdinhas, pelo estado lastimável daquele ônibus que colocaram para vocês, mas a gente já vai corrigir na volta, e tem uma frota de carros aí maravilhosos. Depois vocês veem quem quer descer com qual modelo. Não tem nenhum Jaguar, não tem nenhuma Mercedes, mas em condições melhores.

Por que estou falando isso? Porque eu fiquei realmente aflita em tentar chegar aqui, porque este é um dia bastante inédito. Não só naquilo que está acontecendo aqui, mas a reverência que nós mulheres desta Casa estamos tentando fazer para outras mulheres, algumas de brilho inegável, todas impecáveis, mas algumas que não são conhecidas pelo conjunto das pessoas.

E eu tinha de fazer uma decisão. Que mulher seria aquela que a gente ofertaria este dia, este mês, este 8 de março de 2014? A minha cidade é pródiga de pessoas e mulheres excelentes. Maria Lúcia foi buscar a Maria Lúcia, e eu trouxe comigo a outra Maria Lúcia, que é a Prandi, que foi deputada aqui nesta Casa por quatro gestões, e a quem eu peço uma salva de palmas, especialmente pelas pessoas que vieram de Santos. Obrigado, amiga, por estar aqui com a gente. (Palmas.)

Então, eu tomei uma decisão, até porque tenho uma função, ajudada pelas minhas companheiras, eu sou a primeira procuradora especial da mulher desta Casa, cargo que eu reparto junto com a Rita, com a Regina e com a Analice, PSDB, PV e PSD, suprapartidariamente, para que a gente possa desenvolver um papel exclusivo em relação à questão da mulher aqui na Casa.

Este papel me dá outras atribuições. E quando Maria Lúcia Amary me pediu o dia, era inevitável que a gente pudesse fazer essa troca. E aí eu quero fazer algumas considerações. Qual o meu papel aqui nesta Casa? Eu fui vereadora em 1982, deputada estadual em 1986 e prefeita em 1988. De 1995 até 2006 eu fui federal. Aí, Alda, eu fiquei na primeira suplência e eu falei, fiquei mais um mês, no quarto mandato, eu pensei: “Já fiz 18 anos – viu, Vanessa – então vou começar tudo de novo.”

E, seis anos atrás eu virei novamente vereadora, há três anos virei deputada e quero seguir a vida fazendo dessa toada e desse caminho aquilo que eu posso oferecer para a comunidade de onde eu sou originária, mas também para outros lugares e outras mulheres para as quais eu possa dar meu apoio.

Quero aqui destacar uma das deputadas, quietinha, mas ela tem algo diferente de todas as outras. Ela acabou de ser mãe, quatro meses atrás. E a você, Vanessa, que simbolicamente traz o rebento e, principalmente, o futuro, eu quero desejar muitas palavras que estamos falando aqui.

Não quero falar de mim porque as pessoas já conhecem, eu sou a decana aqui, e tenho de trazer a Leci, trazer a Ana do Carmo, elas me chamam a atenção, eu chamo a atenção delas. E aí, como escolher as pessoas lá na minha terra?

Aí ficou complicado, porque tanta gente boa, como eu ia fazer? Então, tive uma ideia. Quem são aquelas que mais lenitivo acolhimento, o abraço na hora da dor, trazem isso às pessoas? E aí não tive jeito, tive de chegar na Santa Casa de Misericórdia de Santos, que foi a primeira Santa Casa deste país, fundada em 1543, por Brás Cubas, praticamente ao mesmo tempo em que a cidade foi fundada.

Ora, mas lá, e hoje é um dia duplamente alegre, eu não sei se as meninas sabem, o governador assinou e nós temos duas emendas para a Santa Casa, uma de R$60 mil para a brinquedoteca e outra de R$1 milhão para a UTI dos adultos, para 10 leitos SUS que a cidade, como a maioria das cidades, tem essa carência.

Então, há muito o que a gente hoje celebrar, eu particularmente. Mas como fazer? Aí quero apresentar a vocês um arco-íris da minha cidade. Nós temos as amarelinhas, nós temos as rosinhas, nós temos as verdinhas.

As amarelinhas são 142, as rosinhas são 80, as verdinhas são meninas ainda, estão chegando agora, são 30. Eu falei: bom, o Corpo de Voluntariado dessa Santa Casa, que é basicamente constituído por mulheres, embora também haja os cavaleiros da rosa, vamos ter de ver os cavaleiros das outras cores, são elas, é o Corpo de Voluntariado que tem de receber.

Sabe por que, pessoal? São elas que vão fazer um carinho, pegar um prato de sopa, cortar uma unha, buscar a família, e dar o lenitivo da atenção, e vou usar novamente a palavra, o acolhimento a milhares de pessoas que por vezes, e na maioria dos casos isoladamente, estão nas camas da Santa Casa de Misericórdia de Santos.

E aí, a Ana Kalyne vai depois ler para nós um pouco mais sobre elas, eu queria dizer o seguinte: as amarelinhas foram fundadas em 1957 e hoje elas são coordenadas pela Cidinha, mas o nome dela é Aparecida Regina Ramos Santos. Obrigada, Cidinha, pela presença, com as suas companheiras de cor e de solidariedade.

As rosinhas deveriam ser representadas pela Nelli Valente Cavallucci, que está doente. Então, elas estão sendo representadas aqui pela Noêmia da Anunciação Serra Augusto. Obrigada pela presença.

E as verdinhas são representadas aqui pela Miriam Pina Correa, que é a última da turma, que está também substituindo a Ana Maria, que virou a primeira mulher, desde o século XIV, a pertencer à Mesa Diretora da Santa Casa.

Eu já vou terminando, porque ainda temos a Vanessa, mas quero dizer algo a vocês. Eu não sei, não, eu sei que nós não somos melhores que os homens, nós somos complementares, e somos, principalmente, diferenciadas. O nosso olhar, a nossa cultura, o que a natureza colocou para nós em termos de maternidade, as profissões que têm a ver com essa maternidade, na grande maioria são ocupadas, essas profissões, por mulheres, mas nós estamos ao lado dos homens e eles ao nosso lado, como disse para mim a querida rosinha, porque a gente é complementar e necessária.

Já houve época que eu ia para cima dos homens no sentido de me dar o espaço, mas hoje vejo que eles também têm uma série de percalços e injustiças sociais que a gente não pode deixar de esquecer. Mas a gente também não pode esquecer que a gente também é vítima, genericamente falando, daqueles que são vítimas de uma situação social, e que muitas vezes descarregam em cima da gente.

E também é com alegria que digo, principalmente a Santos, mas para todas a mulheres, que Santos será a primeira cidade a ter uma Vara contra a violência doméstica, que vai ser instalada nos próximos dias, com a ajuda também da Prefeitura, que foi colocada pelo juiz do Tribunal do Estado.

Tudo isso para dizer que nós estamos celebrando aqui a solidariedade e a esperança. Nós estamos celebrando aqui a humanização. E eu termino a minha fala agradecendo demais a presença de todas, agradecendo a essas outras mulheres maravilhosas que aqui estão, as deputadas, que nós temos de ser referência para alavancar a ação de outras mulheres, e esta Casa tem de se abrir para isso como nós, as 13 agora, estamos conseguindo fazer.

Mas nós somos, antes de mais nada, e no meu caso em relação a essas mulheres que eu trouxe para receber o prêmio, o patrimônio de justiça social, de amor e de acolhimento. Viva vocês. Muito obrigada, Senhor Presidente. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - As homenageadas da deputada Telma de Souza fazem parte do Corpo de Voluntariado da Santa Casa de Misericórdia de Santos. Mulheres que, com seus uniformes coloridos, oferecem trabalho voluntário a pacientes e familiares. São as amarelinhas, rosinhas e verdinhas. As amarelinhas, com disse a deputada, surgiram em 1957. Hoje elas são coordenadas pela Aparecida Regina Ramos Santos. Depois vieram as rosinhas, coordenadas pela Nelli Valente Cavallucci. E as verdinhas, sob coordenação da Miriam Pina Correa. Esperança, generosidade e humanização. Essas são as homenageadas da deputada Telma de Souza, as amarelinhas, rosinhas e verdinhas, patrimônio da Santa Casa de Santos, e pessoas de boa vontade. (Palmas.)

Representando a dona Nelli Valente Cavallucci, Noêmia da Anunciação Serra, veio em nome das rosinhas.

A próxima deputada a fazer sua homenagem é a deputada Regina Gonçalves.

 

A SRA. REGINA GONÇALVES - PV - Boa noite a todas e a todos. Queria cumprimentar, na pessoa do deputado Jooji Hato, que está presidindo a nossa sessão solene, a todos os deputados e ao nosso representante, que tenho de falar, o deputado André, que está aqui nos prestigiando, isso é muito importante também para nós. Quero cumprimentar minha amiga pessoal, pessoa que eu, por muito tempo, nas batalhas políticas e na constituição de comitê suprapartidário nós estivemos muitos momentos juntas, que é a nossa querida, sempre deputada, delegada Rose. (Palmas.)

Gostaria de cumprimentar todas as minhas companheiras da Assembleia legislativa, as deputadas Vanessa Damo, Ana Perugini, Ana do Carmo, Célia Leão, Heroilma Tavares, Leci Brandão, Maria Lúcia Amary, Rita Passos, Sarah Munhoz, Telma de Souza, e todas as suas homenageadas.

Nós somos uma bancada muito pequena, diante da proporcionalidade do que representa o eleitorado feminino. Mas tenho certeza que, apesar de sermos ainda poucas, somos bastante representativas e bastante atuantes para fazer, a tal ponto de termos uma procuradoria da mulher aqui, entre outras conquistas.

Não é simples o nosso dia a dia, mas também não é mais importante, ou mais complicado, do dia a dia de cada mulher brasileira. Cada uma tem uma missão e cada uma de nós escolheu a sua missão.

E aí, nessa homenagem de hoje, eu fiquei pensando. Nós que militamos tantos anos na questão da política feminina, do papel da mulher na política, e todas nós deputadas, dentro do seu partido tenho certeza que desempenham isso, falar sempre as mesmas, pontuar sempre os mesmos problemas de representação, nos indignar diariamente pelo, ainda, alto índice de violência doméstica, nos indignar de nós mulheres, apesar de estarmos cada vez mais conquistando espaços, e espaços importantes, mas ainda nós conseguimos ter uma diferença salarial, em média, de 30% com os nossos colegas homens.

Essa é a nossa realidade. Essa realidade que permeia os nossos debates, essa realidade que nos move a seguir em frente, entre outras. E aí eu pensei, e aquelas mulheres que transformam a sua comunidade, e que nenhuma de nós, ou poucos de nós, conhecemos o seu trabalho? Aquela liderança de bairro, que da sua humildade, voluntariamente, transforma a sua comunidade através de tantas ações diariamente?

E diante disso, eu, desta vez, eu quis homenagear uma mulher que, para mim, representa um pouco disso, a Viviane, que fez da sua vida, que fez da sua luta, a transformação através das artes. E tenho certeza que essa transformação, como tem a Viviane, lá em Diadema, tem outras tantas Vivianes em tantas cidades, transformando as suas realidades.

Então, quando estou aqui homenageando a Viviane, na verdade, através dela, estou recuperando um pouco da essência da mulher brasileira, que diariamente transforma a sua realidade.

Então, a nossa, e a minha homenagem hoje é para a Viviane Cristina. Muito obrigada.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Viviane Cristina Tapia da Costa, casada, mãe de dois filhos, nasceu em Teófilo Otoni, nas Minas Gerais. Da quinta geração de uma família de circenses, hoje é diretora da Associação Cultural e Educacional Circense Tapias Voadores na cidade de Diadema. Atende 1,4 mil crianças, jovens e adultos no projeto Circo Escola, que é uma porta para o acolhimento e a realização social. A homenageada da deputada Regina Gonçalves quer levar o circo para todos e desenvolver o amor por essa arte. (Palmas.)

Eu gostaria de parabenizar todas as deputadas, as homenageadas e as mulheres aqui presentes. E saindo um pouco do protocolo, agradecer às deputadas por esta homenagem e por estar participando deste momento, que tenho certeza que é marcante para cada uma de vocês aqui presentes. Muito obrigada.

Tem a palavra o deputado Jooji Hato, vice-presidente da Assembleia de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - O presidente desta Casa quebrou o protocolo, e a nossa querida Ana Kalyne também quebrou o protocolo, e eu também quero quebrar. Eu posso, com a licença de vocês?

Nós queremos homenagear todas as mulheres aqui da Assembleia Legislativa, as funcionárias, as deputadas, naquela pessoa que, diuturnamente, convive com as nossas queridas deputadas que proporcionaram este evento maravilhoso, Ana Kalyne. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANA KALYNE - Eu não esperava. Muito obrigada. Eu sempre digo que as nossas 13 deputadas, hoje 13 graças à vinda da deputada Sarah Munhoz, fazem muito mais do que 100 deputados juntos. Vocês podem ter certeza disso, e eu sou testemunha disso, diariamente aqui na Assembleia Legislativa. E muitas fazem falta, deputada Prandi, deputada Martins, deputada Rose, e muitas outras que passaram por aqui. Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência congratula com todas as deputadas, Vanessa Damo, Ana Perugini, deputada Ana do Carmo, deputada Célia Leão, deputada Heroilma Tavares, deputada Leci Brandão, Maria Lúcia Amary, que teve a feliz iniciativa deste evento, deputada Rita Passos, deputada Sarah Munhoz, nossa caçulinha, deputada Telma de Souza, deputada Regina Gonçalves, ao lado aqui da Norma Bonaccorso, que é superintendente da Polícia Técnica Científica de São Paulo, representando nosso secretário, Dr. Fernando Grella Vieira, ao lado da delegada Rosmary Corrêa, subsecretária de Assuntos Parlamentares do Governo do Estado, deputada estadual por muitos anos aqui, por muitos mandatos.

Quero aqui cumprimentar o André do Prado, deputado Jamil Murad, que foi meu colega como vereador na Câmara; os prefeitos, vereadores, ex-prefeitos de tantas cidades aqui do interior, os visitantes, quero cumprimentar os queridos homenageados na noite de hoje, a deputada Ana Martins, que foi vereadora comigo também na capital, a vice-prefeita Nádia Campeão, a vice-prefeita Alda Marcantonio, que foi do nosso partido.

Quero cumprimentar a todos os presentes, tantas autoridades, e dizer o seguinte. À minha querida deputada Célia Leão e todas as deputadas aqui presentes, já que vocês falaram mal dos homens, nós queremos ler algumas frases do que pensam os homens. O meu pensamento é que a mulher é o maior espetáculo da Terra ou da natureza.

Mas eu quero dizer aqui, de Adriano Soares, que fala assim: "Eu admiro todas as mulheres, as sinceras, as lindas, as loiras, as morenas, as ruivas, mas as que mais me fascinam são as que têm garra e coragem".

Fala o Arthur Schopenhauer: "A mulher é um efeito deslumbrante da natureza".

Olha o que os homens pensam: "A sabedoria das mulheres não é só raciocinar, é sentir", Immanuel Kant.

Tem aqui do Leon Tolstoi: "A mulher é uma substância tal, que por mais que as estudem, sempre encontrarás nelas alguma coisa totalmente nova".

Fala Honoré de Balzac: "Sentir, amar, sofrer, devotar-se, será sempre o texto da vida das mulheres".

Estou cansando, mas vou terminar aqui com a frase de Frédéric-César: "Apenas em torno de uma mulher que ama se pode formar uma família".

Quero, então, encerrar, dizendo que é uma honra muito grande nós estarmos no dia de hoje, e dizer da grande alegria. A mulher, foi falado aqui, cumpre jornada dupla, tripla, chega em casa e faz os trabalhos de casa, dá carinho e amor a todos. Mas a mulher, a mãe, a avó, jamais dorme enquanto o filho ou a filha não voltar de uma festa, de uma baladinha, de uma reunião à noite, num grau de violência que o nosso país está mergulhado. Os homens, às vezes, adormecem um pouquinho, cochilam, mas a mulher, a mãe, a avó, jamais.

Parabéns a todas as mulheres. E eu quero, então, terminar este evento tão maravilhoso, esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades, à equipe do nosso presidente deputado Samuel Moreira, aos funcionários em disposição, Taquigrafia, Atas, ao Cerimonial, à Secretaria Geral Parlamentar, à Imprensa da Casa, à TV Legislativa, às Assessorias Policiais Civis e Militar, bem com a todos que com as suas presenças honraram esta Casa e colaboraram para o êxito desta solenidade.

Declaro encerrada a presente sessão. (Palmas.)

Está encerrada a sessão.

 

* * *

 

- Encerra-se a sessão às 22 horas e17 minutos.

 

* * *