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19 DE MAIO DE 2014

019ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO “DIA NACIONAL DO CONGREGADO MARIANO”

 

Presidente: MARCO AURÉLIO

 

RESUMO

 

1 - MARCO AURÉLIO

Assume a Presidência e abre a sessão. Convida os presentes para homenagear a entrada das bandeiras e passa a nomear as autoridades presentes. Informa que o Presidente Samuel Moreira convocara a presente sessão solene, a requerimento do deputado Marco Aurélio, na direção dos trabalhos, com a finalidade de comemorar o "Dia Nacional do Congregado Mariano". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Convida todos os presentes para ouvirem o Hino da Congregação Mariana e acompanharem pelo telão a oração de Nossa Senhora de Guadalupe.

 

2 - PAULO LÚCIO

Presidente da Confederação das Congregações Marianas do Brasil, cumprimenta o deputado Marco Aurélio e todas as autoridades presentes. Saúda todos os congregados marianos do Brasil. Diz ser esta homenagem um orgulho para todos os congregados marianos. Discorre sobre o porquê da devoção à Maria. Agradece o deputado Marco Aurélio e todos desta Casa.

 

3 - FRANCISCO LIMA

Congregado Mariano, lê Ato de Consagração do Brasil ao Sagrado Coração de Jesus.

 

4 - PRESIDENTE MARCO AURÉLIO

Anuncia apresentação musical do grupo "Esplendor do Oriente", de São José dos Campos.

 

5 - JOAQUIM FELIPE

Congregado Mariano, faz reflexão sobre o que somos. Conta história de "Tia" Joana, congregada mariana. Explica que o rosário de Nossa Senhora possui três terços e que reza durante o dia com os mesmos. Afirma que o congregado mariano deve gostar de ler. Cita a Bíblia e o Manual Mariano. Diz que convidou, há algum tempo atrás, o deputado Marco Aurélio para participar da congregação. Informa ser dever do congregado mariano entrar no meio político e tentar trazê-los para o seu lado. Elogia o deputado Marco Aurélio.

 

6 - PRESIDENTE MARCO AURÉLIO

Dá conhecimento de mensagens relativas à efeméride. Lê o histórico do mestrando Leandro Souza. Informa que o mesmo mostrará parte de sua apresentação na universidade em junho.

 

7 - LEANDRO SOUZA

Mestrando, que apresenta seu estudo sobre a Nossa Senhora de Guadalupe, saúda os presentes. Discorre sobre o histórico da devoção à Virgem de Guadalupe. Menciona seus estudos no México sobre o assunto. Afirma que os jovens continuam a tradição de devoção. Explica sobre a simbologia da Virgem de Guadalupe, de 483 anos. Diz ser a Virgem um exemplo da devoção mariana. Agradece o convite do deputado Marco Aurélio. Informa que realiza estes estudos há seis anos.

 

8 - PRESIDENTE MARCO AURÉLIO

Agradece Leandro Souza pela sua apresentação. Afirma que o mesmo se debruçou de corpo e alma ao estudo. Ressalta sua admiração pelo trabalho de Cláudio Miguel Gonçalves, presidente da Federação das Congregações Marianas de São Paulo.

 

9 - CLÁUDIO MIGUEL GONÇALVES

Presidente da Federação das Congregações Marianas de São Paulo, saúda o deputado Marco Aurélio e todos os presentes. Ressalta sua alegria em estar presente nesta homenagem. Destaca o compromisso do congregado mariano com a sociedade. Informa que o Congregado Mariano nasceu dentro da escola dos jesuítas. Menciona o objetivo principal, de mudança pessoal para ajudar outras pessoas e a sociedade a serem melhores. Diz ser o congregado mariano um cristão com um compromisso a mais em relação aos outros: ser melhor para que possam melhorar a vida das pessoas. Cita o deputado Marco Aurélio como exemplo. Lembra o trabalho do deputado de evangelização, com o objetivo de tentar ajudar e melhorar a vida das pessoas. Comenta que o objetivo primordial é chegar a Cristo através do exemplo de humildade de Maria. Comunica a existência do grupo dos marianinhos, para as crianças.

 

10 - PRESIDENTE MARCO AURÉLIO

Anuncia apresentação musical do grupo "Esplendor do Oriente", de São José dos Campos.

 

11 - MAURÍCIO ANTONIO

Congregado Mariano, saúda todos os presentes. Diz ser músico, missionário e congregado mariano. Elogia o deputado Marco Aurélio por possibilitar os congregados marianos a conhecerem os estudos de Leandro Souza sobre a Virgem de Guadalupe. Afirma que o mesmo enriqueceu a homenagem à Congregação. Ressalta a sabedoria de Maria através da humildade. Agradece a oportunidade de estar nesta Casa hoje e todos os presentes.

 

12 - FRANCISCO LIMA

Congregado Mariano de São José dos Campos, ressalta a importância do ato proposto por esta Casa. Menciona a importância da Congregação Mariana na história do Brasil. Discorre sobre as explicações de Leandro Souza sobre a Virgem de Guadalupe. Destaca a evangelização pela devoção.

 

13 - SEBASTIÃO DA SILVA BONFIM

Vice-Presidente da Federação das Congregações Marianas da Diocese de Presidente Prudente, declama poema de "Zé Fortuna" sobre Nossa Senhora.

 

14 - PRESIDENTE MARCO AURÉLIO

Agradece todos os presentes. Afirma que uma sessão como esta ajuda a readquirir o ânimo para continuar na política. Diz ser uma sessão solene uma forma de trazer as manifestações das pessoas que vivem de maneira honesta no seu dia a dia para esta Casa. Ressalta a importância desta sessão, realizada pela terceira vez neste Legislativo. Lê e reflete sobre trechos do evangelho. Parabeniza todos os congregados marianos. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Marco Aurélio.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Esta Presidência convida a todos para, em pé, homenagearmos a entrada das bandeiras.

 

 

* * *

 

- É feita a entrada das bandeiras. (Palmas.)

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Vamos fazer a composição da nossa Mesa.

Quero chamar, para estar aqui conosco, o Sr. José Maciel da Luz, coordenador da Coresp, Coordenação das Congregações Marianas do Estado de São Paulo.

E chamo também Paulo Lúcio, nosso presidente da Confederação Nacional das Congregações Marianas do Brasil. (Palmas.)

Esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, deputado Samuel Moreira, atendendo solicitação deste deputado, com a finalidade de comemorar o Dia Nacional do Congregado Mariano.

E agora, dando continuidade a esta solenidade de abertura, vamos ouvir o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

- É feita a execução do Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Quero cumprimentar nosso deputado Reinaldo Alguz. Bom dia e seja bem-vindo.

Quero cumprimentar a Mesa estendida aqui conosco.

Cumprimento o Sr. Joaquim Felipe, nosso congregado mariano.

Sr. Lourival Luiz, presidente da Federação das Congregações Marianas da Diocese de Jundiaí. Antônio Aparecido Garcia, presidente da Federação das Congregações Marianas da Diocese de Presidente Prudente.

Cláudio Miguel Gonçalves, presidente da Federação das Congregações Marianas de São Paulo.

José Natal da Rocha, presidente da Federação das Congregações Marianas da Diocese de São José dos Campos.

E Maria Cristina Machado, do Conselho Fiscal da Federação das Congregações Marianas.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida, ao vivo, pela TV Web, será transmitida pela TV Assembleia no sábado, dia 24 de maio, a partir das 22 horas, com reprise no domingo, dia 25 de maio, ao meio-dia, pela Net, canal 07, pela TV aberta, canal 61 e pela TV Vivo digital, canal 185, e analógico, canal 66.

E após a transmissão dos dias 24 e 25, nós disponibilizaremos também a cópia em DVD. Então, se alguém quiser a cópia em DVD desta sessão, basta entrar em contrato com a nossa assessoria que nós encaminharemos logo em seguida.

Vamos agora, então, ouvir o nosso hino, o Hino dos Congregados Marianos.

 

* * *

 

- É feita a execução do Hino dos Congregados Marianos.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Quero saudar também o Sr. Sebastião da Silva Bonfim, que é o vice-presidente da Federação das Congregações Marianas da Diocese de Presidente Prudente.

O Sr. Assib Rodrigues dos Santos, vice-presidente da Federação das Congregações Marianas da Diocese de Jundiaí. O Sr. Ney Cardoso, representando o deputado estadual Antonio Salim Curiati. Muito obrigado ao Ney pela sua presença.

E também quero saudar minha mãe, que está aqui, também acompanhando e participando desta sessão solene.

Vamos acompanhar agora, no telão, a oração de Nossa Senhora de Guadalupe.

 

* * *

 

- É feita a oração.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Rezemos todos juntos.

Ó gloriosa Mãe de Deus, Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas, tu és nossa mãe compassiva.

Curai nossas penas, nossas misérias e dores.

Acolhei-nos no aconchego do teu manto.

Escutai, mãe, as nossas preces.

Amparai os doentes e desempregados.

Abençoai nossas casas e nossas famílias.

Protegei nossos filhos, livrando-os das maldades e dos perigos desse mundo.

Guardai nossos lares, escondendo-os dos olhos dos maus.

Que neles o nome de Deus seja sempre invocado com respeito e amor.

Que os seus mandamentos sejam observados com fidelidade.

Que vosso bendito nome, ó mãe querida, seja sempre lembrado com muita devoção.

Que a palavra de Deus seja sempre meditada, e seguida todos os dias da nossa vida.

Que a nossa obediência a teu filho Jesus exale como rosa um perfume de santidade.

Amém.

Vou pedir agora para usar da palavra o Sr. Paulo Lúcio, presidente da Confederação das Congregações Marianas do Brasil.

Aqueles que irão fazer uso da palavra, pode ser daqui ou da tribuna, mas quando é feito na tribuna me parece que fica em uma posição mais próxima, então fica... é muito positivo.

Quero agradecer muito ao Sr. Paulo, nosso presidente, tem a palavra.

 

O SR. PAULO LÚCIO - Quero saudar nosso irmão congregado mariano, deputado Marco Aurélio, todos os componentes da Mesa, saudar meus irmãos.

Salve Maria, todos.

 

TODOS - Salve Maria.

 

O SR. PAULO LÚCIO - Então, quero agradecer de coração a todos desta Casa, especialmente o deputado Marco Aurélio, esta homenagem prestada ao Movimento Mariano do Brasil.

Faço em nome e na condição de presidente da Confederação Nacional das Congregações Marianas do Brasil, em nome de todos os congregados marianos espalhados por este Brasil afora, de norte a sul, do Oiapoque ao Chuí, os congregados estão presentes, e com certeza levarei essa mensagem a eles, deputado, eles vão receber esta homenagem, levarei o seu abraço a todos eles.

Trago a todos um forte abraço do nosso vice-assistente nacional, padre Ivan Pedro, que por motivo de compromissos em sua paróquia não pôde estar presente, mas mandou seu abraço a todos, e está rezando pelas nossas intenções. Então, que Deus o abençoe.

Irmãos, receber esta homenagem hoje, nesta sessão especial, é motivo de orgulho para todos congregados marianos, e a certeza de que Deus e a Virgem Maria se fazem presentes nesta Casa.

Alguém poderia perguntar, questionar-nos, por que essa devoção, esse amor à Maria?

E o nosso saudoso padre Antonio Vieira ressaltou muito bem o que é essa devoção a Nossa Senhora em um dos seus sermões.

“Querei saber quão alto e quão digno de ser festejado o nascimento de Maria, vede para que nasceu, ela nasceu para que dela nascesse Deus.

Pergunte aos enfermos para que nasceu essa celestial menina, e eles dirão que nasceu para Senhora dos Remédios.

Pergunte aos desamparados e eles dirão que nasceu para Senhora do Amparo.

Perguntai aos desconsolados, dirão que nasceu para Senhora da Consolação.

Perguntai aos tristes, e dirão que nasceu para Senhora dos Prazeres.

Perguntai aos desesperados, e eles dirão que nasceu para Senhora da Esperança.

Perguntai aos que sofrem tentações, e dirão que nasceu para Senhora Auxiliadora.

E se todas essas vozes se reunirem numa só voz, dirão que nasceu para ser Maria, a mãe de Deus, a mãe de Jesus.”

E é por esse motivo que nasceram as Congregações Marianas no mundo inteiro, e estou muito feliz de estar aqui, como representante do movimento mariano junto com vocês para receber esta homenagem.

Então, muito obrigado a todos desta Casa, muito obrigado ao deputado, a todos vocês que vieram, e que Deus continue abençoando o trabalho e a vida de cada um de vocês.

Muito obrigado e salve Maria.

 

TODOS - Salve Maria.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Salve Maria.

Muito obrigado, Sr. Paulo.

Quero chamar agora o Francisco Lima. Ele vai fazer para nós o Ato de Consagração do Brasil ao Sagrado Coração de Jesus.

Enquanto ele lá se dirige, quero agradecer aos músicos do grupo “Esplendor do Oriente”. Muito obrigado pela presença, de estar aqui também animando esta sessão.

 

O SR. FRANCISCO LIMA - Salve Maria a todos.

 

TODOS - Salve Maria.

 

O SR. FRANCISCO LIMA - Senhor presidente, antes da leitura do Ato de Consagração ao Brasil, ao Sagrado Coração de Jesus, queria dirigir a palavra a V. Exa. como presidente da Mesa, deste ato solene, para lembrar três fatos importantes da nossa história do movimento mariano no Brasil.

Vamos lembrar o nosso, hoje, santificado padre Anchieta, que trouxe para nós a devoção a Nossa Senhora, e vamos lembrar o nosso atual Papa Francisco que, oriundo da ordem dos jesuítas, traz dentro de si a vocação mariana para junto do nosso povo brasileiro.

E hoje, neste ato, quisera oportunamente que todas as Assembleias tivessem o mesmo ato contemplativo à Nossa Senhora, nossa padroeira do Brasil.

Então, é neste ato que a gente faz essa oração de consagração ao Brasil ao Sagrado Coração de Jesus.

Eu convido a todos que fiquem de pé para o efeito desta oração.

Coração eucarístico de Jesus, coração do Homem-Deus, coração de Cristo Rei, Salvador da humanidade, Senhor dos senhores, Juiz Supremo dos indivíduos e das nações. Nós, confiando na vossa misericórdia, queremos entregar-vos os destinos de nossa Pátria.

Neste momento de nossa história, juntamente com todas as vozes que confiam na vossa divina misericórdia, quero consagrar o Brasil ao vosso divino coração.

A vós consagro o nosso Estado, o Estado de São Paulo, o Distrito Federal, todos os Estados do Brasil, suas capitais e cidades, suas riquezas naturais, suas empresas e realizações, suas riquezas materiais, seu patrimônio espiritual e moral.

Reinai em todos os nossos lares, santificando todas as nossas famílias.

Reinai em todas as atividades dos homens.

Sede a luz dos homens de estudo, a defesa da pátria pelas Forças Armadas, a sabedoria dos legisladores, a justiça dos magistrados, a orientação do governo.

Agradecemos as vossas dadivosas bênçãos à nossa pátria, e, reconhecendo nossos erros e ingratidões, pedimos vosso perdão e misericórdia.

Por Maria Santíssima, a Virgem Aparecida, rainha e padroeira do Brasil, suplicamos vossas bênçãos para felicidade do nosso povo agora e sempre.

Amém.

Nesta intenção, rezemos um Pai Nosso e uma Ave Maria e um Glória ao Pai.

 

* * *

 

- São feitas as orações.

 

* * *

 

- É feita a apresentação do grupo musical “Esplendor do Oriente”, de São José dos Campos.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Agora vou abrir a palavra a um congregado mariano muito especial para mim, Sr. Joaquim Felipe, que é a pessoa que me colocou na Congregação Mariana, que insistentemente foi à prefeitura várias vezes, até o dia em que, por bondade da Congregação, eu recebi a fita.

 Muito obrigado, Sr. Joaquim. Tem a palavra.

 

O SR. JOAQUIM FELIPE - Meus queridos irmãos e irmãs em Cristo, salve Maria.

Meu querido amigo, deputado Marco Aurélio, é para a gente uma grande satisfação, e um momento também de nós refletirmos um pouquinho sobre o que somos.

Nós somos soldados de Cristo, na batalha contra o mal.

Nós entramos para a Congregação Mariana, somos consagrados a Nossa Senhora, para servir. Tem uma mensagem de uma senhora muito simples, retirada da revista “Estrela do Mar”, da cidade de Itu, chamada Joana.

Tia Joana, como é conhecida de todos, vendia suas verduras nas vizinhanças, e um belo dia ela foi vender suas verduras na casa de um protestante, e perdeu o terço no jardim da sua casa.

Passados alguns dias, tia Joana voltou novamente àquela casa e o protestante veio logo zombar de tia Joana.

“Você perdeu seu Deus”.

Ela, como congregada mariana, disse: “Jamais perderia meu Deus”.

Ele pegou o terço: “Não é esse o seu Deus?”.

Ela disse: “Graças a Deus, o senhor encontrou o meu terço”.

“Por que você não troca esse cordãozinho, com essa sementinha, pela Bíblia?”.

Tia Joana responde: “Porque a Bíblia, não sei ler, e com o terço, eu medito as palavras de Deus”.

O protestante responde: “Como assim, poderia me explicar?”.

Tia Joana responde: “Pegando no terço posso sim. Quando pego na cruz lembro que o filho de Deus morreu pregado numa cruz para a salvação do mundo. Essa conta primeira lembra que há só um Deus onipotente. Essas três contas pequenas lembram que há três pessoas santíssimas na

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo. E o rosário de Nossa Senhora contém uma terceira parte, três terços, primeiro o gozoso, segundo o doloroso, terceiro o glorioso.

Quando levanto de manhã para iniciar a luta da vida eu rezo o mistério gozoso, lembrando do simples lar de Maria de Nazaré. Ao meio-dia, no meu cansaço, na fadiga do trabalho, eu rezo o doloroso, lembrando a dura caminhada de Jesus ao caminho do calvário. Ao fim da tarde, com a minha luta toda vencida, eu rezo o glorioso, lembrando que Jesus ressuscitou dos mortos para nós. E agora, diga para mim onde está a idolatria”.

O protestante pensou, pensou: “Eu não sabia dessa, tia Joana, ensina eu a rezar o terço”.

Então, por isso o valor da oração. O congregado mariano, primeiramente tem de gostar de ler. Nós temos a Bíblia, é o caminho, a seta que nos leva ao caminho da Casa do Pai.

O Manual Mariano é um livro que deve ser do mariano para que ele possa ser instruído, para que possa também levar adiante a palavra de Deus.

Sendo congregado mariano, eu me atrevi a ir até o Gabinete do prefeito, na época, do deputado Marco Aurélio, marquei uma entrevista com ele e falei, convidei se ele quisesse formar conosco o soldado de cristo, e ele disse sim, na hora, aceito, e me levou ao gabinete de Maria Cristina, me apresentou a ela também, eu a convidei.

No primeiro ano já levei ele a Aparecida. Então, ali ele já incorporou como congregado mariano, a Maria Cristina levei a um retiro em Santos.

Então, essas duas pessoas, tem mais pessoas que a gente convidou, não estão no nosso meio, muitos já se foram para a Casa do Pai, então isso para a gente não é motivo de orgulho, mas é motivo de dever do congregado mariano entrar no meio político.

Nós sabemos que o deputado Marco Aurélio é uma pessoa muito boa, uma pessoa dinâmica, que ele, para ele, ele é o homem do povo, onde ele está, seja pobre, seja rico, ele está abraçando e está conversando.

Então, é um dever da gente convidar os políticos, entrar no meio político e trazer, ver se traz ele para o nosso lado. Para nós é uma grande alegria ter um deputado mariano.

Salve Maria.

 

TODOS - Salve Maria.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Salve Maria. Obrigado.

Quero convidar o Sr. Leandro, mestrando, que apresentará um estudo, um resumo, porque o estudo é longo, sobre Nossa Senhora de Guadalupe.

 Então, pedi para ele fazer um resumo, algo em torno de 15 a 20 minutos, porque ele está fazendo um estudo profundo de Nossa Senhora de Guadalupe.

Enquanto ele se dirige à tribuna quero registrar aqui o expediente que nós recebemos do presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Sr. Edson Simões, agradecendo pelo convite a esta Sessão Solene, e justificando a impossibilidade de estar aqui neste momento.

Quero registrar também outro expediente, recebido do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Sr. José Américo Dias, que também acusa o nosso convite e por impossibilidade de agenda não pode estar presente, mas deseja a todos nós sucesso a este evento. Muito obrigado aos companheiros que justificaram a ausência.

Então, o Leandro, que é formado em história e tem como tese de mestrado Nossa Senhora de Guadalupe. Ele inclusive já esteve duas vezes no México para fazer constatações in loco, para poder subsidiar seus estudos.

Apresentará a sua tese agora no mês de junho, portanto, depois da apresentação da tese, será publicada, mas no momento ele nos agracia, podendo participar de uma parte que ele vai apresentar em junho na universidade.

Leandro, desde já muito obrigado e fique à vontade.

 

O SR. LEANDRO SOUZA - Primeiramente, bom dia.

É um prazer estar compartilhando esta solenidade com vocês e espero poder contribuir com um pouquinho mais de informação relacionada à Virgem de Guadalupe.

A devoção da Virgem de Guadalupe começa em meados do século XVI, oficialmente pela Igreja ela é datada de 1581, quando a Virgem Maria aparece a um indígena chamado Juan Diego, entre os dias 9 e 12 de dezembro.

Essa história está contada numa narrativa, num documento escrito, chamado “Nican Mopohua”.

Esse “Nican Mopohua” tem a seguinte característica em relação a outras narrativas marianas: originalmente ele está escrito em uma língua indígena chamada “nahuatl”, que é a língua que era utilizada pelos povos indígenas do centro do México. Então, esse fato possibilita a difusão dessa tradição mariana, dessa história.

A devoção mariana no México é uma parte da vida dos mexicanos.

Na primeira vez que estive em território mexicano, no ano de 2009, eu me lembro bem de uma conversa que estava tendo com um taxista que estava me levando para a basílica, se não me engano, para o santuário, e ele me falou assim: “Você é católico? Acredita em Nossa Senhora de Guadalupe?” Ele falou com essas palavras para mim: “Antes de eu ser católico apostólico romano, eu sou guadalupano”.

Então, muitas vezes a gente percebe, tendo contato direto com as pessoas, por observação, por trocas de experiências, que Guadalupe para os mexicanos, às vezes assume o papel primeiro, através dela eles entram em contato com Deus.

Já na segunda vez que fui para o mestrado, para fazer uma pesquisa para o mestrado em arquivo, em pude perceber que esse período de quatro anos a devoção a Nossa Senhora de Guadalupe teve uma característica principal. Ela tem uma capacidade de atualização muito grande. A gente percebe, estando lá, que os jovens estão dando continuidade à tradição e o que a gente mais percebe lá é que o México é uma mistura de povos muito grande. E Guadalupe, pela sua simbologia, presente desde o manto até a fita, que estão presentes na imagem dela, já possibilita com que essas populações mestiças, que a gente tem de lembrar que o México é uma nação proveniente de uma guerra de conquista entre espanhóis e indígenas, então a gente percebe que a imagem da Virgem de Guadalupe possui, em si, uma série de códigos que os indígenas identificaram durante o processo da catequização dessas populações.

Como experiência pessoal, a Virgem de Guadalupe para mim, apesar de eu procurar observar a Virgem de Guadalupe hoje com um olhar um pouco mais científico, não descentre, mas um pouco mais científico, ela possibilitou a mim ter contato com três coisas básicas: a multiplicidade de características que uma religiosidade pode ter; a capacidade que ela tem de dialogar com dois mundos que, inicialmente, pareciam completamente distintos e rivais, ou seja, o cristianismo europeu e a religiosidade indígena, com seus códigos e sua capacidade de modernização, porque a devoção da Virgem de Guadalupe, esse ano está completando 483 anos. É uma das devoções marianas mais antigas da Igreja Católica.

E a Igreja está conseguindo encontrar meios de estar se atualizando em relação à modernidade. Existem diversos fatores que possibilitam a modernização dessa devoção.

Então, de modo geral posso acrescentar que a Virgem de Guadalupe é um ótimo exemplo de uma denominação mariana que consegue combinar uma cultura ancestral com uma cultura cristã moderna. Ela tem essa capacidade e creio que nos próximos anos aparecerão muitas coisas que a gente possa estudar, refletir sobre isso, para compreender tanto a multiplicidade, quanto a força do ícone de Maria.

Gostaria, mais uma vez, de agradecer profundamente o convite feito pelo deputado Marco Aurélio, e gostaria de me colocar à disposição de vocês para a gente poder conversar em outras oportunidades com mais profundidade sobre o assunto.

É uma coisa que me acompanha há seis anos, estou indo para o sexto ano de estudos já ligado a Nossa Senhora de Guadalupe, e eu acho que, pelo caminho que as coisas estão tomando, vou mais décadas, porque tem muita coisa para se discutir, muita coisa para se refletir sobre ela, porque ela tem um papel importante dentro do cristianismo na América Latina por um longo tempo.

Muito obrigado e fiquem com Deus. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Quero agradecer muito ao Leandro, e depois, se alguém quiser ter contato, para que ele possa ter mais tempo e se aprofundar na exposição que ele tem total capacidade de fazer, fica à disposição.

E me chama a atenção, Leandro, a exposição que você faz, você não trouxe nenhuma anotação. Está tudo nele, exatamente porque ele se debruçou de corpo e alma no estudo, e ainda esteve no México por duas vezes para que agora ele possa falar com propriedade.

Meus amigos, queria, neste momento, abrir a palavra, porque de repente alguém está com o coração batendo e gostaria de fazer uso da palavra. Gostaria de deixar o microfone aberto, mas a gente só pede que as pessoas sejam objetivas, mas quem quiser fazer uso, quero até provocar o Cláudio, o Maurício, as outras pessoas que puderem dar sua mensagem.

Cláudio se você quiser fazer de lá, ou daqui, faça sua mensagem, o Maurício, quem quiser, para que a gente possa, então, depois, caminhar para o encerramento. Então, Cláudio, se for de lá, ou daqui, fique à vontade.

Então o Cláudio, quando eu encontrei com ele, falei: você tem de falar, porque no primeiro encontro que fui, que o Sr. Joaquim citou, em Aparecida, Sr. Maciel, era ele que estava animando. Eu fui, na época era minha namorada, que depois minha esposa, e a gente, na hora, já teve uma grande admiração pelo seu trabalho e seu testemunho. Fique à vontade, Cláudio.

 

O SR. CLÁUDIO MIGUEL GONÇALVES - Salve Maria.

 

TODOS - Salve Maria.

 

O SR. CLÁUDIO MIGUEL GONÇALVES - Excelentíssimo Dr. Marco Aurélio, deputado, e demais membros da Mesa, é com grande honra que a Federação das Congregações Marianas de São Paulo expressa aqui a sua alegria de estar presente nesta Sessão, e deixar aqui uma palavra, que eu creio, importante.

Hoje nós estamos na Casa das Leis, na verdade aqui nascem as leis que regulam o nosso comportamento. Isso mostra o compromisso do congregado mariano com a sociedade.

E onde é que nós nos encontramos vinculados nessa relação?

Primeiro, eu disse que as leis regulam comportamentos, e o congregado mariano?

Nós ouvimos aqui o nome de alguns jesuítas, padre José de Anchieta, o Papa Francisco...

A Congregação Mariana nasceu dentro do Colégio dos Jesuítas, e um dos princípios de formação do congregado mariano são os exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola, jesuíta.

E os exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola têm um primeiro ponto que precisa ser alcançado.

Qual é?

A mudança pessoal.

Eu só vou poder ser alguém, aliás, eu só vou poder fazer alguém melhor, e com isso a sociedade melhor, a partir do momento em que eu seja melhor do que sou, a partir do momento em que eu passe a progredir, a partir do momento em que eu passe a refletir os meus erros, e onde eu posso ser melhor. Isso é um crescimento. Então, essa é uma das fases.

A gente tem que lembrar, desde criança, nós congregados marianos, sempre aprendemos que o congregado mariano é um cristão com um sinal a mais.

Esse sinal a mais significa que nós somos melhores do que os outros cristãos?

Não.

Significa que nós assumimos um compromisso a mais em relação aos outros.

Qual é esse compromisso?

Não significa que os outros não tenham assumido, mas nós assumimos perante Deus e perante a sociedade, de sermos melhores, de sermos melhores para que possamos melhorar a vida das pessoas. Isso é ser o cristão com um sinal a mais, aquele que assume esse compromisso.

E assumir esse compromisso não é simplesmente ir lá e fazer a sua consagração e ficar de braços cruzados.

E eu vou até citar um exemplo muito próximo daqui. O deputado Marco Aurélio certamente deve ter uma agenda que precisa até ser controlada por assessores porque o tempo dele deve ser muito curto, deve, como dizem os meus pais lá na roça, “deve ‘fartar’ muito tempo”. Então, deve ter um tempo muito exíguo. Mesmo assim, tenho certeza que na agenda dele não falta um espaço para que conviva com os filhos, que acompanhe a educação dos filhos, um convívio com a esposa, com a família. Tivemos, recentemente, a comemoração das bodas de prata?

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Bodas de perfume, seis anos ainda.

 

O SR. CLÁUDIO MIGUEL GONÇALVES - Mas vai chegar a bodas de prata.

Mas, o que quero dizer? Com toda essa indisponibilidade de tempo, eu recebo toda semana uma mensagem chamada Gotas de Espiritualidade, que é um trabalho que ele faz e divulga através dos e-mails, para quem está cadastrado. E não deixa de ser um trabalho de evangelização.

Isso é um trabalho, que, queira ou não, demanda tempo, e mostra uma preocupação em tentar ajudar e melhorar um pouco a vida das pessoas.

Não se esqueça que o nosso lema, que é esse que está no distintivo: XPM, significa “A Cristo por Maria”, então, o nosso objetivo primordial não é Maria, é Cristo, é chegar a Cristo através de Maria, através do exemplo de Maria.

E o que Maria nos disse? Olha, ela pregou a humildade.

Eu vejo o maior exemplo de humildade no dia em que ela foi eleita a maior de todas as mulheres, na hora que o anjo disse: “Você será mãe de Jesus”. O que ela diz? “Eis aqui a escrava”. A mais baixa de todas as categorias que podiam existir naquele tempo. Eis aqui uma escrava, a escrava do Senhor. Na hora em que ela é eleita a maior de todas, ela se diz escrava.

E hoje, quando a gente ganha alguma coisa, a gente bate no peito com orgulho. A gente vê os times, por exemplo, o Corinthians ganha um título, “Eu sou corintiano”, ou o São Paulo ganha, “Eu sou campão mundial”, bate no peito, o Santos, “Eu tive Pelé e fui campeão mundial”, e bate no peito as estrelas, o Palmeiras.

Então, os diversos times, a gente tem essa mania de se engrandecer. Mas olha o exemplo de Maria. No momento em que é eleita a maior, se diz a menor, e se coloca a serviço: “Eis aqui a serva do senhor, faça-se em mim”. Ela se coloca à disposição.

Agora, por que ela se colocou à disposição e se proclamou tão humilde dessa forma? Porque ela havia se preparado. Havia se preparado para ser a mãe de Deus.

Nós estamos preparados?

E é isso que os exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola nos propõem, que nos preparemos.

Por quê?

Porque sair às ruas, fazer manifestações, é um direito de todos, isso é até necessário, desde que não sejam violentos, mas antes a solução às vezes é tão simples, porque passa primeiro pelas famílias.

E será que nós estamos melhorando a ponto de deixar que as nossas famílias também nos acompanhem nessa melhora?

Porque hoje o grande mal que assola a sociedade é largar as crianças. Os adultos também, mas nós não podemos nos esquecer das sementes que estão sendo semeadas. Se de um lado, hoje, as crianças não podem trabalhar com 14, 15 anos, esse espaço tem que ser preenchido de alguma forma.

E aí está a nossa oportunidade.

Vamos fazer com que as crianças voltem a ter atividades para o bem da sociedade, educação, dentro das nossas paróquias, dentro das nossas igrejas, dentro das nossas Congregações Marianas. Por isso que nós temos o grupo dos marianinhos.

Sem nos esquecer, nunca, que Maria, no momento em que Jesus foi assim, nunca tinha feito milagre nenhum, Maria viu aquela cena terrível nas bodas de Caná, e falou: “Filho, acabou o vinho”. E agora? Jesus falou: “Bom, ainda não chegou a minha hora, mamãe”. Só que como ele ia negar um pedido da mãe? Maria sabia que ele não ia negar e falou: “Vocês encham aqueles toneis de água e façam o que ele vos disser”. Maria disse: “Faça o que ele vos disser”.

Se nós queremos chegar a Cristo, nós temos de fazer o que ele disse. E o que Jesus disse?

“Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais”.

Deixai vir a mim as crianças. A partir do momento que a gente não faz nada para levar as crianças a Cristo, nós estamos impedindo, porque essa é a nossa missão, essa é a nossa função.

E essa é a nossa função na sociedade. Por isso que eu ligo a atividade da Congregação Mariana à nossa sociedade, porque nós estamos fazendo, com isso, da sociedade um bem maior, valorizando aquilo que é o mais importante para a nossa sociedade, aqueles que virão e ficarão no nosso lugar. “Deixai vir a mim as crianças e não as impeçais”.

E também ele disse: “Ide pelo mundo e pregai o evangelho”.

Então, essa é a nossa missão, a missão do congregado mariano, que eu vejo que se aplica perfeitamente neste belo dia em que somos homenageados nesta Casa, onde as leis são feitas, onde nós podemos, inclusive, associar as nossas regras de vida, que é seguir o exemplo de Maria.

Salve Maria. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - O Maurício dará também sua mensagem para nós.

 

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- É feita a apresentação do grupo musical “Esplendor do Oriente”, de São José dos Campos.

 

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O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Grupo “Esplendor do Oriente”, de São José dos Campos.

Antes do Maurício, registrando que quem fez uso da palavra foi o Cláudio Miguel Gonçalves, presidente da Federação das Congregações Marianas de São Paulo.

Esse registro nós fazemos, Cláudio, para que depois, no vídeo, possa ser identificado.

Então, agora peço ao Maurício, antes de dar a sua mensagem, você se identifique para que no vídeo possa ser também identificado.

 

O SR. MAURÍCIO ANTONIO - Muito bem. Quero saudar a todos com Salve Maria. Meu nome é Maurício Antonio, mas todo mundo me conhece como Maurício Negão, e com essa alegria de estarmos já viajando o Brasil cantando os louvores que falam de Maria, mas também do filho dela, Jesus Cristo.

Então, a gente já está nessa jornada há 14 anos, como músico consagrado. Há 14 anos consagrei a minha voz, e consagrei a minha vida também como missionário cristão e como congregado mariano, e temos vivido grandes momentos de experiências com Deus e com a mãe dele.

Marco Aurélio, V. Exa. hoje possibilitou a todos nós, congregados marianos, que pudéssemos presenciar esta experiência fantástica desse jovem, concluindo já o mestrado, e trazendo para nós, com detalhes riquíssimos, a história da Virgem de Guadalupe.

Quero dizer para você, meu jovem, para sua mãe, que deve estar cheia de orgulho agora de ter um filho tão especial como você, que veio nos enriquecer nesta manhã de hoje com palavras de tamanha sabedoria.

Isso mostra o mesmo caminho de Maria, é a sabedoria através da humildade.

A primeira coisa que nós devemos sempre aprender do filho de Maria e dela é que Deus age sempre através da humildade, que nesta manhã de hoje, caríssimo amigo Marco Aurélio, demais integrantes da Mesa, nós pudemos receber esse presente de humildade na fala desse jovem, que veio enriquecer a cada um de nós.

Agradeço a Deus, Marco Aurélio, a oportunidade mais uma vez de estarmos em uma das Casas Legislativas mais prestigiadas do Brasil, que é a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. E aos meus irmãos congregados marianos eu não poderia pedir nada mais do que uma salva de palmas a esta Casa, que nos recebe de braços abertos, que é a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. (Palmas.)

É a nossa forma simples e humilde de agradecer a abertura desta Casa.

E é a forma também simples e humilde de agradecermos este presente de Deus, Leandro, que foi você, e que vai ser você para todos nós Brasil afora, porque você tem muito para falar para todos nós. E cada vez mais, Leandro, nós queremos te ouvir, porque você tem muito a acrescentar, com a sua simplicidade, na vida de cada um de nós.

Meu muito obrigado e salve Maria.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Salve Maria.

Mais alguém gostaria de fazer uso da palavra? Uma mensagem, uma frase?

O Sr. Francisco, e depois do Sr. Francisco a gente caminha para as finalizações, a não ser que alguém também queira fazer uso.

A mesma coisa, Sr. Francisco, peço, para efeito de gravação, a prévia identificação.

 

O SR. FRANCISCO LIMA - Sou Francisco Lima, sou da Congregação Mariana do Jardim Paulista São Judas Tadeu, em São José dos Campos.

É oportuno que nós das congregações, nós congregados, possamos avaliar a importância do ato proposto pela Assembleia Legislativa, a partir do deputado Marco Aurélio, pela importância que tem a Congregação Mariana na história do Brasil.

Oportunamente eu vivi aqui em São Paulo uns 15 anos, trabalhando no serviço público, e conheci bem a importância da Congregação Mariana aqui em São Paulo. Hoje tenho o prazer de conhecer o presidente da federação de São Paulo.

Pela experiência que tive aqui na vida paulista, a igreja São Luiz, que é dos jesuítas, tem uma congregação mariana, e essa congregação mariana da igreja São Luiz, da Avenida Paulista, representa o que realmente é o movimento mariano para São Paulo, a importância que tem a devoção a Nossa Senhora. Porque as pessoas procuram a devoção.

O Leandro, na sua exposição, colocou que, no México, antes de tornar-se católico, o mexicano, aquele povo, foi devocionário, então, a partir da devoção a Nossa Senhora ele chegou a ser realmente um católico convicto da sua fé.

Qual o papel, hoje, do congregado mariano? É a evangelização pela devoção. Nós temos de resgatar esse nosso carisma, porque cada movimento da Igreja tem o seu carisma e o nosso carisma é a devoção a Nossa Senhora. Agora, essa devoção é feita de várias formas.

Alguns citaram o tempo do interior, da roça, mas nós hoje somos um povo urbano e temos um diferencial, que é a comunicação. Nós estamos, cotidianamente, pulverizados por informações, comunicação.

E essa comunicação de Nossa Senhora, de Deus para com a sociedade, vem muitas vezes pela devoção. Então, é pela devoção que nós podemos evangelizar. Talvez o grande desafio que nós temos é como a Congregação Mariana pode evangelizar nos tempos modernos. É pela devoção a Nossa Senhora. Esse é o nosso papel.

Acho que oportunamente é muito importante esse registro, nesse momento, para que todos nós, das congregações, das nossas comunidades, das nossas regiões, possamos levar este espaço, que é um espaço nobre, que é a Casa de Leis do Estado de São Paulo, para a devoção a Nossa Senhora, que é o nosso papel.

E lembrando que aqui, no Pátio do Colégio, em São Paulo, onde o padre José de Anchieta, recém-canonizado, transformado santo, tem as suas relíquias, ali é um foco para as congregações marianas fazerem as suas excursões para conhecer o início de São Paulo, a devoção mariana, os devocionários do padre José de Anchieta. É um bom passeio para a Congregação Mariana também. Isso fica muito claro para nós também.

Muito obrigado e salve Maria.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Salve Maria.

Novamente, só lembrando, da identificação prévia, para efeito do registro desta Casa.

 

O SR. SEBASTIÃO DA SILVA BONFIM - Sou um congregado mariano, Sebastião da Silva Bonfim, da cidade, da diocese de Presidente Prudente, da Congregação Imaculada Conceição e São Luiz Gonzaga, sediada na paróquia Santa Rita, de Presidente Prudente.

A todos, bom dia e salve Maria.

Como nós estamos falando de Nossa Senhora, eu, como simples artista, quero fazer a minha mensagem a Nossa Senhora, dedicando a todos os nossos congregados e a todo o povo brasileiro, dizendo o seguinte. Do José Fortuna, nosso saudoso José Fortuna, escreveu um poema: “Nossa Senhora Aparecida”. Diz o seguinte:

“Oh, Senhora Aparecida, que por Deus foi escolhida Padroeira do Brasil.

Em todo o lar é adorada, entre as flores conservadas num manto azul, cor de anil.

Desde o palácio enfeitado até o rancho abandonado, lá nos confins do sertão, existe a imagem querida da Senhora Aparecida dando a todos proteção.

És a luz dos viajantes que estando do lar distante numa oração diz assim: oh, Senhora Aparecida, olhai minha mãe querida que está bem longe de mim.

Um prisioneiro fechado, vendo o céu por entre as grades, lembrando o destino seu diz com uma voz comovida: oh, Senhora Aparecida, perdoai os erros meus.

Quantas mães junto ao bercinho vendo morrer o filhinho seu santo nome ela chama e a Senhora Aparecida devolve de novo a vida ao filhinho que ela ama.

Oh, Senhora Aparecida, tu és a sublime guarida de quem no mundo padece como a estrela matutina que a noite escura ilumina quando no céu aparece.

Oh, Senhora Aparecida, tu és a estrada florida que nos leva aos pés de Deus, porque em todas as estradas se encontram na encruzilhada que é a cruz dos braços seus.

Eu, sendo um simples artista, à procura de conquistas, vou pela estrada da vida, mas levo, com confiança, a imagem da esperança da Senhora Aparecida.

Se encontro algum fracasso, sou dominado pelo cansaço, eu aperto a sua imagem, e a minha fé decidida da Senhora Aparecida, de novo, me dá coragem.

Oh, Senhora Aparecida, tu és a mãe querida, que nos protege a vida inteira, protegei nosso Brasil, com orgulho varonil, esta terra brasileira”. (Palmas.)

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Muito obrigado.

Mais alguém? Não?

Eu quero, quero, de coração, agradecer a todos que estão aqui presentes. Sei que não é fácil vocês se deslocarem até aqui, seja pelo horário, seja pela localização geográfica, pessoas que andaram muito tempo, não é, Maurício? Caminharam bastante para poder estar aqui. Os músicos, nossos presidentes. Muito obrigado mesmo pela participação de vocês.

Como deputado, a gente vive muitas experiências aqui nesta Casa, algumas boas e outras não tão boas, e o exercício do poder às vezes nos isola.

Então, há necessidade de termos sessões como esta, para que a gente readquira o ânimo de continuar na política, como disse o Cláudio, que é uma das ações, dentre tantas, para que a gente possa perseverar na caminhada.

Ontem nós comemoramos o Dia do Congregado Mariano. Não sei se saiu na Globo, na “Veja”, na “Folha de S. Paulo” ou no “Estado de S. Paulo”. Acho que não. No entanto, quando a gente vai assistir a esses jornais, a gente vê muitas notícias. E aqui nessa Assembleia, que é a maior Casa Legislativa do Brasil, depois do Congresso Nacional, fazer esta sessão solene é trazer para aqui dentro as manifestações de pessoas que vivem a sua fé de maneira simples, de maneira honesta, justa, no seu dia a dia.

Que bom que o Brasil avançou e que a nossa Constituição hoje permite fazer atividades numa Casa Legislativa como esta, trazendo pessoas que nem sempre têm seus títulos de doutores, mas têm as suas vivências espirituais profundas, que mudam a sociedade brasileira.

Então, vejo que é muito importante esta sessão.

É a terceira vez que nós fazemos este tipo de atividade. Espero que ano que vem esta atividade continue. Caso eu não esteja aqui, que a gente peça para que haja esta sessão aqui, para que marque na Assembleia Legislativa o espaço do congregado mariano.

No evangelho de hoje, que é o de João, está escrito assim: “Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama, será amado pelo meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele. Judas, não o Iscariotes, perguntou-lhe: ‘Senhor, como explica que tu te manifestarás a nós e não ao mundo?’ Jesus respondeu-lhe: ‘Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada’.”

Refletindo sobre este texto de hoje, eu queria destacar duas coisas.

Primeiro que Jesus fala claramente “esse que me ama, a ele me manifestarei”. Aí, até na minha reflexão, eu penso, não é nem questão de amar, mas o desejo de amar, a busca pelo amor, Jesus se manifesta a ele.

Então, o elo do ser humano com Deus não é, necessariamente, a religião e nem a igreja, mas é o amor. Cabe à igreja apresentar-nos Deus e Jesus para que, conhecendo ao Pai, nós o amemos, ou nós percebamos o amor que ele tem por nós. E nessa relação do amor, então, aí Deus se manifesta a cada um de nós.

Mas Jesus continua. “Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará e nós viremos e faremos nele a nossa morada”. É interessante porque num outro trecho do evangelho Jesus fala: “Não se perturbe o vosso coração, crede em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas”.

Quando a gente lê este trecho, na minha cabeça, erroneamente já cheguei a pensar que Jesus se referia a uma vida depois da morte, como que se depois da morte tivesse várias moradas nos esperando no céu. No entanto, quando você lê esse outro trecho, em que Deus fala “Aquele que me ama, viremos até ele e faremos nele a nossa morada”, aí dá um sentido diferente. A morada é cada um de nós. A morada onde Deus quer habitar é cada um de nós. Não é um lugar depois da morte só, mas Deus fala “Aquele que me ama, viremos a ele e nele faremos a nossa morada”.

E na minha reflexão eu estava pensando, Maciel, o primeiro sem teto a ser acolhido é o próprio Deus, que clama para nós: “Deixe-me fazer a morada em você. Deixe-me fazer a morada na tua vida, na tua história, no teu coração”.

E aí eu pensei, quem é o grande exemplo de pessoa que permitiu que Deus fizesse morada nela? E aí nós temos, como exemplo supremo, a pessoa de Maria. Essa permitiu que Deus fizesse morada dentro dela.

E ao permitir, aliás, tem uma música que fala isso, “Procuro abrigo nos corações, de porta em porta desejo entrar, se alguém me acolhe com gratidão, faremos juntos a refeição”. E Maria abriu a porta, e Maria disse para um sem teto, chamado Deus: “Pode entrar”.

É gozado, porque às vezes a gente acha que nós é que, somente nós é que precisamos de Deus, e parece que Deus, nessa humildade, diz assim: “Eu também preciso de você, porque se você não permitir, eu não tenho como morar”. Aqui nesta terra, aqui nesta vida, aqui nesta história. Deus faz esta história através das pessoas que se abrem para que Ele seja, para que Ele tenha morada e para que possa agir na história.

E nesse sentido, então, Maria passa a ser nosso grande exemplo, de pessoa que se abriu e permitiu a Deus fazer morada nela de maneira plena.

Por isso, homenagear os congregados marianos é homenagear as pessoas que querem imitar Maria. É homenagear as pessoas que falam: “Nosso coração está aberto, nossa porta está aberta, para que você não fique sem teto, para que você tenha sua morada”.

Nosso Deus clama pelo nosso coração, e os congregados marianos, quando buscam viver como Maria viveu, estão se deixando ser morada de Deus.

Eu não sei quem precisa de quem, se somos nós que precisamos dele ou ele que quer se usar de nós. Só sei de uma coisa, essa relação tem um nome e o nome é amor. Amor.

E o fruto desse amor são as atividades, são as ações, são os testemunhos, são os trabalhos que são feitos pelos congregados marianos na liturgia, na catequese, no serviço, no apoio, enfim, aonde cada um for chamado.

Não existe ministério maior ou menor, nem deputado, nem padre, nem bispo, nem pedreiro, nem pintor, nem catequista, nem músico. Não existe nenhum ministério maior, porque o único ministério maior chama-se amor. E cada pessoa que se abre para que Deus faça morada nela, por consequência, será a presença do amor onde estiver.

Parabéns a todos vocês, congregados marianos, e que Deus nos dê a graça de nos abrirmos a ele para que possamos, de fato, ser a morada dele em nós.

Muito obrigado e salve Maria. (Palmas.)

Esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades, aos funcionários presentes, à nossa equipe, aos funcionário dos serviços de Som, de Taquigrafia, de Atas, ao Cerimonial, à Secretaria-Geral Parlamentar, à Imprensa da Casa, à TV Legislativa, às Assessorias Policiais Civil e Militar, bem como a todos que com as suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade, que é oficial, que está dentro do registro desta Casa Legislativa.

Meu agradecimento a todos e está encerrada a presente sessão.

Salve Maria. E uma música para a gente terminar, vamos lá.

Está encerrada a sessão.

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- É feita a apresentação do grupo musical “Esplendor do Oriente”, de São José dos Campos.

 

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- Encerra-se a sessão às 12 horas e 09 minutos.

 

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