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16 DE OUTUBRO DE 2015

035ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO CORPO MUSICAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

 

Presidente: CORONEL CAMILO

 

RESUMO

 

1 - CORONEL CAMILO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CORONEL ARRUDA

Mestre de cerimônias, nomeia as autoridades presentes.

 

3 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene, a requerimento do deputado Coronel Camilo, ora na direção dos trabalhos, com a finalidade de "Homenagear o Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a exibição de vídeo institucional do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Destaca a importância do Corpo Musical, reconhecida, acrescenta, por leis que instituíram dias comemorativos relativos à unidade e aos policiais músicos. Faz histórico do Corpo Musical, a unidade mais antiga da Polícia Militar, destacando os desafios enfrentados ao longo do tempo. Afirma que o grupo é motivo de orgulho para a corporação e a aproxima da sociedade. Argumenta que a difusão da arte colabora na prevenção do crime. Declara que, no período em que comandou a Polícia Militar, procurou prestigiar o Corpo Musical.

 

4 - EDSON FERRARINI

Coronel e ex-deputado estadual, expressa sua satisfação por participar desta solenidade. Discorre sobre a Assembleia Constituinte do Estado de São Paulo, da qual participou, que funcionou entre os anos de 1988 e 1989. Relata que, na ocasião, houve tentativas de denegrir as Forças Armadas, com propostas de acabar com a Justiça Militar e desmilitarizar a Polícia. Afirma que, graças a esforços contrários, tais mudanças não foram levadas a cabo. Ressalta que a Polícia Ambiental paulista, a maior do País, foi criada pela Constituição Estadual de 1989. Fala sobre seu pai, Ítalo Ferrarini, que lutou na Revolução de 1932. Destaca que o Corpo Musical já atuava na época. Comenta que o Dia do Policial Militar Músico foi instituído por projeto de lei de sua autoria.

 

5 - REYNALDO SIMÕES ROSSI

Coronel e diretor de Ensino e Cultura da Polícia Militar do Estado de São Paulo, agradece pela homenagem. Reafirma o compromisso de colaborar com os parlamentares que representam a Polícia Militar. Declara que só teve uma visão adequada do papel desempenhado pelo Corpo Musical após assumir a Diretoria de Ensino da Polícia Militar. Afirma que o trabalho da unidade é imprescindível para a Segurança Pública. Lembra que os policiais militares músicos exercem uma função dupla, pois não ficam desobrigados de seus deveres de policiamento.

 

6 - CORONEL TELHADA

Deputado estadual, destaca que não existe organização militar sem um corpo musical. Critica aqueles que tentaram, ao longo da história, relegar a unidade ao segundo plano. Afirma que tem uma forte ligação com o Corpo Musical. Descreve evento em que assumiu o comando da Rota, que contou com a participação da Banda da Polícia Militar. Afirma que vê como sua missão, nesta Casa, trabalhar a favor dos interesses dos policiais militares e educar os demais deputados quanto à importância das forças de segurança. Lamenta o alto índice de policiais mortos no estado de São Paulo e no Brasil. Argumenta que as Forças Armadas garantem a manutenção do Estado Democrático de Direito.

 

7 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Diz que a tradição não é incompatível com a modernidade. Argumenta que as tentativas de acabar com unidades tradicionais da polícia, como o Corpo Musical e a Cavalaria, são equivocadas. Destaca a presença do Corpo Musical em homenagens a policiais mortos em serviço.

 

8 - CORONEL ARRUDA

Mestre de cerimônias, faz leitura de breve histórico do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Anuncia a apresentação da Seção da Banda do Corpo Musical. Faz leitura a respeito do significado da Láurea de Mérito Pessoal, a ser concedida nesta sessão.

 

9 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Presta homenagem a diversos policiais militares, com a entrega de Láureas de Mérito Pessoal em 5º, 4º, 3º e 2º graus.

 

10 - ELIAS BATISTA DO NASCIMENTO

Major e comandante do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, faz histórico das bandas militares no Brasil, que tiveram início em 1808, com a vinda da família real portuguesa ao País. Menciona a participação do Corpo Musical da Polícia Militar paulista em diversos eventos, como a inauguração de Brasília e um concurso nacional de bandas militares, em que o grupo obteve o primeiro lugar. Informa que as apresentações da unidade alcançam um público estimado em 185 mil pessoas por ano. Descreve a composição do Corpo Musical.

 

11 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO

Convida o público a cantar, de pé, a "Canção do Corpo Musical". Lembra de apresentação do Corpo Musical em homenagem à Polícia Militar, no período em que foi comandante da corporação. Faz agradecimentos gerais. Convida a todos para uma apresentação da Banda Sinfônica da Polícia Militar, no Hall Monumental. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Camilo.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CORONEL aRRUDA - Sessão solene com a finalidade de homenagear o Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Senhoras e senhores, boa noite. Sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Nesse instante, daremos início à sessão solene com a finalidade de prestar homenagem aos 158 Anos do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Dia do Policial Militar Músico e entrega da Láurea de Mérito Pessoal a integrantes desta unidade, que é a mais antiga unidade da Polícia Militar de São Paulo.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV WEB e será retransmitida pela TV Assembleia no próximo domingo, dia 18, às 21 horas; pela NET, canal 07; TV Vivo, Canal 66, analógico, e digital, 185; e pela TV Digital Aberta, canal 61.

Anunciaremos neste momento a composição da Mesa desta solenidade. Para presidir a Mesa gostaríamos de convidar o proponente desta sessão, o deputado estadual, presidente da Frente Parlamentar de Segurança, líder do PSD nesta Casa, o deputado estadual Coronel Camilo. (Palmas).

Convidamos à Mesa o nobre deputado estadual, Coronel Telhada. (Palmas).

Com muito carinho, o sempre deputado estadual, autor do Projeto de Lei do Dia do Policial Militar Músico, Coronel Edson Ferrarini. (Palmas).

Ilustríssimo senhor coronel PM Reynaldo Simões, diretor de ensino e cultura da Polícia Militar. (Palmas). O coronel Reynaldo Simões Rossi é diretor de Ensino e Cultura da Polícia Militar, diretoria a qual está subordinado o Corpo Musical.

E também o major músico PM Elias Batista do Nascimento, comandante do Corpo Musical da Polícia Militar. (Palmas).

Palavras do presidente desta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Senhores e senhoras, boa noite. Sejam todos bem-vindos à nossa Casa de Leis.

Eu queria cumprimentar o meu amigo, o deputado estadual Coronel Telhada, que está prestigiando o nosso evento aqui do Corpo Musical, seja sempre bem-vindo; meu mestre, o idealizador do Dia do Policial Músico, o nosso coronel Ferrarini, um exemplo nosso aqui nesta Casa, e se Deus quiser voltará também aí ao nosso Parlamento, seja aqui, seja na Câmara.

Saúdo também o nosso amigo, Reynaldo Simões Rossi, diretor de ensino da nossa querida Polícia Militar; o major músico Elias Batista do Nascimento.

E todos, então, sejam bem-vindos a esta Casa, as demais autoridades que vamos nomear durante o transcorrer da solenidade.

Agradeço a presença de vocês do Corpo Musical, é um prazer tê-los nesta Casa, é um prazer poder fazer esta homenagem. Agradeço a todos os familiares, os amigos aqui presentes, o pessoal do Conseg, a todos que estão na galeria, ao nosso Corpo Musical, sejam todos muito bem-vindos.

Senhoras e senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente efetivo desta Casa, o nosso deputado Fernando Capez, que tem feito um protagonismo muito bom aqui, fortalecendo a imagem do deputado estadual e atendendo à solicitação deste deputado com a finalidade de prestar homenagem aos 158 anos do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, ao Dia do Policial Militar Músico. Também faremos a entrega da Láurea de Mérito Pessoal aos integrantes do Corpo Musical.

E para começarmos bem, dentro do patriotismo e do civismo, convido a todos os presentes para que, em posição de respeito, possamos entoar o Hino Nacional Brasileiro, executado pela nossa Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do nosso querido subtenente Rogério Prado de Carvalho. Muito obrigado.

 

* * *

 

- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE CORONEL CAMILO - PSD - Muito obrigado à nossa Banda do Corpo Musical, muito obrigado ao subtenente Rogério Prado de Carvalho.

Eu gostaria de agradecer também a presença do coronel Wanderley Júnior, representando, neste ato, o general Cid, comandante militar do Sudeste, muito obrigado; capitão de fragata André Durães de Souza, nesse ato representando o vice-almirante Glauco Castilho Dall’Antonia, comandante do 8º Distrito Naval; a 2º tenente Ana Nery, representando o major-brigadeiro do ar Damasceno, comandante do 4º Comar; o nosso coronel de polícia, o Coronel Castilho, comandante da Escola Superior de Sargentos; o tenente -coronel Jonas Vicente de Oliveira, que foi nosso comandante do Corpo Musical, seja bem-vindo, Jonas; o nosso tenente-coronel João Antão Fernandes, seja bem-vindo também, viu comandante?

E eu gostaria de fazer um agradecimento especial ao coronel Antão, que foi muito tempo instrutor na nossa Academia do Barro Branco, e ontem foi Dia do Professor, não é? Então eu peço uma salva de palmas ao nosso coronel Antão Fernandes. (Palmas).

Saúdo também a inspetora Evely, representando o comandante da Guarda Civil, o meu amigo Gilson Menezes; Ney Cardoso, representando o deputado estadual Antonio Salim Curiati, o nosso amigo desta Casa de Leis.

Eu gostaria, também, de saudar os demais aqui presentes, dos Consegs, a Cleusa Badanai, representando as nossas associações, sejam todos bem-vindos.

Nós vamos agora assistir uma apresentação institucional do Corpo Musical da nossa Polícia Militar.

 

* * *

 

- É feita a exibição do vídeo.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns, mais uma vez, ao nosso Corpo Musical. (Palmas).

Senhoras e senhores, eu vou falar um pouquinho sobre o nosso Corpo Musical e o que a gente pensa a respeito dessa grande instituição, que me ajudou muito no comando geral. Uma das primeiras coisas que eu fiz quando eu assumi o comando, que eu achava importantíssimo, foi voltar a retreta que tinha na frente do comando geral. Mudamos até para o meio-dia e acredito que continue até hoje lá, trazendo o pessoal da comunidade ali do Bom Retiro para ouvir música na hora do almoço. Parabéns.

Bom, é com grande alegria, então, que nós estamos hoje reunidos aqui para homenagear o nosso querido Corpo Musical, uma unidade paulista tão importante que esteve presente nos principais momentos da história de São Paulo. Ela é tão importante que existem duas leis estaduais que reconhecem a sua relevância. Uma é a Lei 9.782, de 24 de setembro de 97, do então deputado Erasmo Dias, que instituiu o dia 7 de abril como o Dia do Corpo Musical.

E a outra, que nós temos a grata satisfação até de tê-lo presente, é a Lei 14.989, de 29 de abril de 2013, do nosso deputado e grande amigo, coronel Edson Ferrarini, que instituiu o Dia do Policial Músico. Muito obrigado, viu comandante? Uma salva de palmas para o nosso comandante, o coronel Ferrarini. (Palmas).

E os profissionais do Corpo Musical são muito especiais. Porque, além de fazer o que todos nós, policiais militares, sabemos fazer, eles fazem uma coisa que nós, a maioria de nós, pelo menos, não consegue fazer- ou seja, encantar as pessoas através da música. São policiais que, além de trabalhar no serviço operacional, servindo e protegendo as pessoas, se dedicam à música.

Ao longo de sua história, o Corpo Musical enfrentou muitos desafios, como a Guerra do Paraguai, onde muitos de seus integrantes tombaram durante a retirada da Laguna; a Revolução de 24; uma explosão ocorrida no Quartel da Luz, então sede do Corpo Musical, vitimou o comandante e grande parte do efetivo da unidade.

Mas o Corpo Musical resistiu a todos esses desafios, sobreviveu, e aos que não conseguem entender a sua missão, desponta hoje como a mais antiga unidade da Polícia Militar, motivo de orgulho para todos nós, paulistas, e em especial para nós, policiais militares. O Corpo Musical difundindo a arte e educando os jovens reforça valores e colabora poderosamente com a prevenção criminal.

Eu destaco também que o nosso Corpo Musical, além de fazer o policiamento, além de levar a música, é um grande instrumento de um dos principais princípios que rege a Polícia Militar de São Paulo, que norteiam todas as ações da Polícia Militar, que é a Polícia Comunitária. Então, onde o Corpo Musical toca, normalmente, a comunidade acompanha, vem, gosta, está presente - é uma forma de aproximar a Polícia Militar do cidadão através da Polícia Comunitária.

A presença desses profissionais é aplaudida sempre em vários pontos da cidade. Nos últimos meses, estivemos presentes em Pinheiros, na “Rua Cidadã”, Rua 25 de Março, com a presença do Corpo Musical. Em shoppings, no vão do Masp, Festival de Inverno, em Campos do Jordão, no Campo de Marte e em muitos outros lugares.

No meu comando, sempre procurei prestigiar o Corpo Musical. Nós trabalhamos muito forte não só no fardamento, na época que nós tínhamos problemas, mas também nos instrumentos, e principalmente na construção de uma nova sede que mereça aí a pujança do nosso Corpo Musical, que, segundo o Elias, rapidinho vai estar pronta - vamos terminar o restinho que está faltando lá.

Eu gostaria de destacar o coronel Antão, não só por isso, mas porque ele integra a minha equipe aqui. Ele é descendente do nosso Joaquim Antão, o criador do nosso Corpo Musical. Muito obrigado, viu Antão? Por tudo que a sua família fez pelo Corpo Musical de São Paulo. Ao seu tio aqui presente também. Nos deixa muito satisfeitos.

A obra, que já está em fase final lá no Corpo Musical, deve ser inaugurada recentemente. Construímos um grande auditório, reformamos um grande auditório que tinha lá.

Eu gostaria de deixar aqui os meus agradecimentos a todos vocês do Corpo Musical por tudo que fazem pela nossa Polícia. Saibam que, aqui na Assembleia Legislativa, eu, o Coronel Telhada, os que passaram por aqui como o Coronel Ferrarini, mas principalmente nós, que estamos aqui, agora, continuando o trabalho do Coronel Ferrarini, nós estamos à disposição de vocês, estamos à disposição da família Policial Militar, nós continuamos a ser coronéis da Polícia Militar. Fizemos questão, inclusive, que até a forma, o nome no painel, ficasse coronel da Polícia Militar, justamente para lembrar a todos aqui que nós pertencemos a essa grande instituição e que tem essa brilhante unidade, que é o nosso Corpo Musical.

Então, mais uma vez, parabéns a vocês do nosso Corpo Musical, uma salva de palmas, agora vocês mesmos, o nosso Corpo Musical, muito obrigado. (Palmas).

Eu gostaria de chamar agora, para fazer uso da palavra, esse homem que é um exemplo para a gente, que eu aprendi a conhecer ainda quando era tenente da Polícia Militar, naquela época ele era comandante da Rota. Foi nosso deputado por várias legislaturas e criou essa homenagem ao Corpo Musical. Com a palavra, o nosso coronel Edson Ferrarini.

 

O SR. EDSON FERRARINI - Muito boa noite a todos os senhores, as senhoras. É um prazer saudar o coronel Camilo presidindo esta sessão. Ele foi um comandante-geral brilhante na história da Polícia Militar, ao lado do Coronel Telhada também, que nos representa aqui com bastante dignidade, bastante entusiasmo.

E com muito prazer nós estamos aqui homenageando essa corporação, que completa 158 anos, que é o Corpo Musical. E hoje tão bem comandada pelo major Nascimento, os oficiais que compõem o Corpo Musical, o capitão Kleber, o tenente Ismael, o tenente Jassen, e mais o pessoal do quadro de administração, o tenente André Luiz, o tenente Pereira, o tenente Marcos, são as pessoas que nós temos o orgulho de dizer que estão no nosso Corpo Musical.

Eu vou, depois, agradecer o coronel Wanderley Júnior, representando o Sr. General Cid, comandante do Sudeste, o capitão de fragata André Durães de Souza, representando o comandante do 8º Distrito Naval, o coronel PM Reynaldo Simões Rossi, o major músico Elias Batista do Nascimento, o coronel Castilho, comandante da Escola Superior de Sargentos, o tenente-coronel Jonas Vicente de Oliveira, a inspetora Evely, representando o comandante da Guarda Civil Metropolitana, o tenente Coronel João Antão Fernandes, a 2ª tenente Ana Nery, representando o major brigadeiro, todas as pessoas que estão representando o capitão Wlader, representando o comandante do CPAmb, da Polícia Ambiental.

Eu queria cumprimentar também a minha amiga Cleusa Badanai, os meus amigos do bairro do Ipiranga, o Laerte Toporcov, que está aqui junto com o maestro Norberto Sorato, muito prazer em tê-los aqui.

E eu me lembro de que aqui, nesta Assembleia, havia uma mesa, exatamente neste corredor, em 1958, que cuidava da vida da Polícia Militar de São Paulo. Era a Constituição que estava sendo feita, a Constituinte, imagine isto... A revolução acabou em 1984, nós tínhamos que fazer a Constituição Estadual, este livro, este documento. E eu era deputado e tinha o apanágio. O objetivo de tudo aquilo que estava ali era deteriorar, acabar com a Polícia Militar e denegrir o mais que podia as Forças Armadas.

Imagine isso lá atrás. Eu estava representando a Polícia Militar. Entre os deputados que estavam aqui, para os senhores entenderem como o negócio era muito sério, vários deputados estavam aqui. Era 84 e a revolução tinha acabado, todos queriam acabar conosco. José Dirceu era um dos deputados estaduais junto comigo que estava na minha frente, aqui, sentado.

E graças a Deus, a cada momento que eu estava aqui eu me lembrava do meu pai, soldado da Força Pública. Quando eu nasci, ele, na sala da minha casa, contava histórias, contava da Revolução de 32, pegava o capacete de aço e me mostrava como um troféu e dizia: “Meu filho, eu estava lá no túnel, nós estávamos lá, aquela história da matraca é verdadeira, nós não tínhamos munição. Minas Gerais nos traiu, nós ficamos sozinhos. E nós fomos cantando, e nós íamos em forma, e a banda de música já tocava Paris-Belfort, e nos entusiasmava, nos enchia de alegria. Nós queríamos era democracia. Getúlio Vargas prometeu e já não marcava, não fazia a democracia”.

Eu então pude, aqui nesse corredor, impedir. Era objetivo de toda a oposição acabar com a Polícia Militar, deteriorá-la neste documento aqui, que é a Constituição de São Paulo - o Exército também. Eles queriam combater as Forças Armadas. E eu estava aqui, eu não podia deixar que nada disso acontecesse. Eu me lembrava do meu pai, o coronel Ítalo Ferrarini, me contando as histórias.

E meus amigos, nesta Constituição, nós não perdemos uma vírgula, com que orgulho eu lhes conto isso. Cada um tem a sua marca, a sua passagem. Não perdemos uma vírgula aqui. O apanágio, o que eles mais queriam era acabar com a Justiça Militar de São Paulo. Só três estados têm Justiça Militar, os outros que estavam em criação, iniciando, eles acabaram, mas a de São Paulo não. Aprendi a negociar, e nós aumentamos uma vaga, foi tomada a posse já.

Então, meus amigos, aqui não se perdeu. A Polícia Militar não tinha o CPAmb, a Polícia Ambiental - eu pude incluí-la no artigo 191 de São Paulo, agora ela está aqui. Nela, na CPAmb, nós temos hoje 2.300 soldados, é a maior Polícia Ambiental do Brasil, modelo para o Brasil. Eu incluí o artigo 191, parágrafo 1º, está aqui, eu pude redigi-lo. Polícia Ambiental que hoje é comandada orgulhosamente por um homem, que é o coronel Rogério Oliveira Xavier, filho do meu colega de turma, coronel José Ilo Xavier, que fez a música da Academia do Barro Branco - num estudo noturno ele redigiu a canção da Escola de Oficiais.

Então, meus amigos, só para lhes contar que cada um de nós vai marcando a sua defesa para a nossa alma, o nosso coração, está aqui: não perdemos uma vírgula. Ela foi promulgada no dia 5 de outubro de 88. E a Polícia, a Banda Musical, o Corpo Musical, precisava ser fortalecido, e nós conseguimos. Eu criei o Dia do Policial Militar Músico, prestando uma homenagem aos senhores. Prestando uma homenagem aos senhores que, como disse o coronel Camilo, sabem fazer tudo o que nós fazemos e mais. E eu, além de não tocar coisíssima nenhuma, ainda morro de inveja de quem sabe cantar. É um pecado, mas Deus vai me perdoar. Mas, qualquer hora, eu ainda tenho uma esperança. Outro dia um cidadão falou para mim: “Se o senhor sabe falar, se o senhor falar no ritmo, o senhor canta”. Eu falei: “Tem alguma esperança, é uma esperança”.

Encerrando, meus amigos, parabéns ao Corpo, à nossa Banda Musical, o nosso Corpo Musical. Nós temos orgulho dos senhores. Major Nascimento, parabéns ao senhor, parabéns a você, Antão, que criou, que já tem lá atrás a sua tradição.

E assim, meus amigos, eu pude criar esse dia para homenageá-los, mas pude lhes contar que nesta Constituição nós não perdemos uma vírgula. Foi em 88, e assim é que eu pude defender a nossa querida Polícia Militar. Fiquem com Deus, um grande abraço a todos. (Palmas).

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns. Parabéns ao nosso deputado, coronel Ferrarini, pelas palavras, pela homenagem, pelo carinho que tem com o nosso Corpo Musical.

Eu gostaria de chamar agora o nosso diretor de Ensino e Cultura, o coronel Rossi, para que faça o uso da palavra em nome do comando da Polícia Militar de São Paulo.

E aproveito também para agradecer a presença dos nossos cadetes da Polícia Militar de São Paulo, da nossa querida Academia de Polícia Militar do Barro Branco, sejam todos bem-vindos. Saibam que esta Casa de Leis está sempre aberta, a hora que quiserem conhecer, venham, frequentem, e vão acostumando que a política deve fazer parte da nossa vida, representatividade é fundamental para a nossa instituição.

Com a palavra, então, o coronel Reynaldo Rossi.

 

O SR. REYNALDO SIMÕES ROSSI - Bom, boa noite a todos e a todas. O Coronel Camilo, o Coronel Telhada, o Coronel Ferrarini, na pessoa de quem eu, em nome do comando geral, agradeço essa deferência dispensada à Polícia Militar em geral, e ao Corpo Musical em especial. E reafirmo o nosso compromisso e a nossa crença que os senhores, cada vez mais, têm colaborado com a Polícia Militar na busca das suas demandas e, em especial, em atender os anseios da sociedade.

Major Nascimento, o nosso comandante do Corpo Musical, meus parabéns. As autoridades das Forças Armadas, já aqui nominadas, autoridades da Guarda Civil, da sociedade em geral, policiais militares, senhoras e senhores, muito obrigado.

É com grande alegria que eu me dirijo aqui para, primeiro, ratificar a brilhante descrição do que o Corpo Musical fez e tem feito ao longo da história, feita pelo senhor no seu breve relato, Coronel Camilo.

E para reafirmar que essa existência do Corpo Musical, assim como a existência da Polícia Militar, elas são garantidas por quê? Apesar de serem organizações seculares, elas têm a capacidade de ser permeáveis à sociedade, não sofrerem qualquer tipo de processo de entropia, e conseguirem se aperfeiçoar e atender aos anseios institucionais e aos anseios da própria sociedade.

Eu confesso que até chegar ao comando da diretoria de ensino, não tinha a visão da importância e do papel que a música e o Corpo Musical têm para a Polícia Militar. Hoje, como diretor de ensino, eu posso afirmar com convicção, esses homens e mulheres - e eu me refiro assim porque nós temos as bandas regimentais - são imprescindíveis para a política de segurança pública da Polícia Militar. E são imprescindíveis por quê? Porque eles mantêm essa dupla função citada pelos senhores e conseguem se atualizar e responder aos anseios da sociedade.

O major Nascimento há pouco tempo me disse o seguinte: “Se nós queremos ser seguidos...”, talvez fazendo referência a Napoleão, foi isso, Nascimento? Napoleão Bonaparte?

 

O SR. ELIAS BATISTA DO NASCIMENTO - (Fora do microfone - inaudível).

 

O SR. REYNALDO SIMÕES ROSSI - Exatamente, ele dizia que a música tem esse condão e essa capacidade de fazer homens e mulheres de bem segui-los, e em qualquer tom. E a Polícia Militar tem no Corpo Musical esse instrumento de garantir que a sociedade perceba a sua importância e consiga estar ombreada com a Polícia Militar para atender as suas demandas.

Eu me arrisco a dizer o seguinte: a modernidade do Corpo Musical se confunde com essa modernidade da polícia, e assim como a polícia foi ousada recentemente, em conjunto e através da Secretaria de Segurança Pública, em propor um verdadeiro Poupatempo da Segurança, à medida que ele editou normas que visam agilizar o atendimento de ocorrências e minimizar a permanência do policial militar em atividades burocráticas, nós vemos o Corpo Musical ousando hoje - participando de “flash mobs, participando de atividades e apresentações voltadas para o policial militar e, acima de tudo, cumprindo o compromisso de fazer o policiamento e levar o seu talento para as ruas de São Paulo. Muito obrigado. (Palmas).

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns. Parabéns ao nosso diretor de Ensino e Cultura, a quem hoje está subordinado o Corpo Musical.

E eu passo a palavra agora, nesse momento, ao nosso colega aqui, também desta Casa de Leis, que nos ajuda muito na Segurança Pública, o nosso Coronel Telhada.

Enquanto ele se dirige à nossa tribuna, eu gostaria de agradecer também a presença da sua esposa Ivânia aqui, seja bem-vinda, viu Ivânia? Veio prestigiar o evento do Corpo Musical. E a todos vocês do Corpo Musical, mais uma vez, muito obrigado pelo grande serviço que prestam à nossa sociedade paulista.

Com a palavra, o Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PSDB - Sr. Presidente desta sessão solene, Coronel Camilo, coronel Edson Ferrarini, o nosso sempre deputado estadual, coronel Reynaldo, diretor de Ensino e Cultura da Polícia Militar, major Monteiro... Nascimento, major Nascimento, eu lembrava que era com “m” ou “n”, major Nascimento, comandante do nosso Corpo Musical.

Eu estava pensando no que falar para vocês, e queria dizer a todos os irmãos e irmãs de armas aqui, policiais militares: quando resolvemos ser policiais militares, quando começamos a nos interessar pela Polícia Militar, toda a pesquisa que fazíamos, filmes que víamos, sempre havia a participação do Corpo Musical. O Corpo Musical, a banda, ela é a alma, ela é a alma do militar. Não existe militar, não existe uma Polícia Militar sem um Corpo Musical.

Então, eu quero parabenizar aqui o coronel Ferrarini pela felicidade de ter proposto, enquanto nesta Casa, esta sessão solene, parabenizá-lo por tudo que ele fez pelo Estado de São Paulo e pela Polícia Militar. Porquanto foi muito bem lembrado que o nosso Corpo Musical, a unidade mais antiga da Polícia Militar, é a alma da Polícia Militar.

Infelizmente, ao longo da história, várias pessoas tentaram, uma vez ou outra, desprestigiar o Corpo Musical, tentaram relegar o Corpo Musical ao segundo plano, mas graças a Deus e vários companheiros que passaram antes de nós, foi destituída essa ideia.

Eu conversava há pouco com o coronel Reynaldo, ele me informava que hoje mesmo foi assinado pelo comando - não é isso, Reynaldo? - quatrocentos mil reais em compras de equipamento para o Corpo Musical. Também me informava sobre a lei de ingresso na Polícia Militar - estão previstas o preenchimento de 11 vagas de tenente músico, que é algo que havia sido pedida há muito pelo Corpo Musical. Nós vamos trabalhar forte nisso, o Coronel Camilo e eu junto ao secretário, para que isso prospere com rapidez, porque nós sabemos a deficiência de oficiais hoje no Corpo Musical. E sabemos da necessidade de policiais e oficiais preparados tecnicamente para essa função.

Também quero parabenizar aqui dois amigos de longa data. O coronel Jonas, nós fomos amigos de infância, tocávamos na igreja juntos, ingressamos na Polícia Militar, eu em 79 e ele em 80, e em nossas carreiras sempre fomos nos encontrando ao longo dos anos. Hoje, ele já na reserva, mas ex-comandante do Corpo Musical. É um prazer vê-lo aqui, Jonas, muito obrigado por tudo.

Outro amigo que eu gostaria de cumprimentar, com um grande carinho, é o coronel Antão. O coronel Antão foi nosso tenente no curso preparatório de formação de oficiais, dava aula de música para todos os alunos oficiais. E nós sabemos o carinho que ele sempre teve pelo Corpo Musical, o carinho não só da família dele, tendo em vista que o seu antepassado foi o fundador do Corpo Musical da Polícia Militar, mas dele mesmo, como comandante, o carinho que ele tinha pelo Corpo Musical e tem até hoje pela música, como é o caso do Danilo Antão também, que é nosso amigo - o coronel Antão, também músico.

Então, nós temos uma ligação muito forte com o Corpo Musical. A minha ligação com o Corpo Musical é muito forte, não só por ser policial militar, mas por ser músico há 43 anos - e todos os senhores sabem o carinho que eu tenho por vocês. Aliás, nos vemos em muitos eventos, o pessoal da Camerata, o pessoal da Banda Marcial, nos vemos em muitos eventos e eu nunca deixo de pedir que toquem uma marcha, toquem uma música.

E um dos momentos mais fortes na minha carreira foi quando eu assumi a Rota, eu lembro tranquilamente, como se fosse hoje. Quando eu assumi a Rota em 2009, eu me preparei para passar em revista a tropa, junto com o comandante que me passava o comando. Quando eu me posicionei à frente da tropa, bem no caso à direita do quartel, e a banda começou a tocar “Ardor do Infante”, a vibração naquele momento fazia fluir de todo o meu ser o espírito militar - tanto que eu sempre peço para tocar o “Ardor do Infante”.

Então, como foi dito aqui, sem música nós não temos a Polícia Militar. Parabéns a todos os senhores, contem conosco. Hoje, o Coronel Camilo e eu aqui nesta Casa não abrimos mão da nossa condição de policiais militares, sempre dizemos: “Estamos deputados estaduais, somos policiais militares e nós não abrimos mão disso”. Aliás, praticamente todo dia o Camilo e eu vamos à tribuna, falamos sobre a polícia diariamente no Pequeno Expediente, falamos e falamos, os deputados já não aguentam mais ouvir a gente falar de Polícia Militar, mas nunca se falou tanto em Polícia Militar nesta Casa, com todo o respeito, porque nós tínhamos o coronel Ferrarini, o major Olímpio, mas nós estamos aqui trabalhando na cabeça do pessoal diariamente, eles vão cansar de ouvir falar em polícia.

Infelizmente, nós temos trazido também a realidade da polícia, que são os nossos heróis a morrer diariamente, policiais que têm sofrido na mão do crime e muitas vezes, na grande maioria das vezes, os deputados não percebem isso, porque eles não têm a vivência que nós temos e não conhecem a Polícia Militar como nós conhecemos. Então, a nossa missão aqui hoje é fazer com que todos os 94 deputados desta Casa entendam o que é a Polícia Militar, respeitem a Polícia Militar. Tal qual o coronel Ferrarini fez no passado. Nós estamos aqui com a missão de cada vez mais elevarmos o nome da Polícia Militar e garantir todos os direitos de trazermos mais direitos.

É importante, como o Coronel Camilo falou, que os senhores entendam, se acostumem com esta Casa. A política faz parte da vida da Polícia Militar. Aquele passado que nós temos que nós não nos envolvíamos em política, que política não era discutida por nós, é problema da Polícia Militar sim. Nós vamos brigar pelos nossos direitos sim, nós vamos fazer a população e o Governo de São Paulo entenderem que, sem a Polícia Militar, não existe Estado de São Paulo unido, não existe um Estado de São Paulo democrático. Nós, da Polícia Militar, garantimos a democracia no Estado de São Paulo e todas as Polícias Militares junto com as Forças Armadas garantem a democracia no Estado brasileiro.

 Os senhores do Corpo Musical são peça preponderante da nossa Polícia Militar. Se orgulhem por pertencerem ao Corpo Musical, se orgulhem por pertencerem à Polícia Militar, porque tenham certeza que nós fazemos a diferença neste Estado. Parabéns a todos por serem soldados, parabéns a todos por serem artistas. Deus abençoe a todos e nós estamos sempre à disposição. Muito obrigado. (Palmas).

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns ao nosso Coronel Telhada pelas brilhantes palavras.

E eu gostaria de complementar a fala dele. Ele falou de tradições. Eu queria deixar bem claro para vocês e para todos que nos assistem, até pela TV, já que essa nossa sessão está sendo transmitida ao vivo, para que lembrem que tradição não tem nenhuma incompatibilidade com a modernidade. Então, todos aqueles que tentaram, em algum momento, destruir as tradições da Polícia Militar, seja a Cavalaria, seja Corpo Musical, eles caminham na contramão da história.

Eu estive no Japão conhecendo a Polícia Comunitária, e o Japão tinha na época em que eu fui, em 2009, mais de 800 pequenas seções de banda na polícia do Japão, tamanha a importância da música.

O Telhada falou dos nossos entes queridos, eu infelizmente - e infelizmente porque ninguém gostaria de passar por uma situação dessas - entreguei 47 bandeiras nacionais aos familiares de policiais heróis que deixaram este mundo durante o meu comando. E nesse momento também estava presente a música, é infelizmente um toque que nos emociona muito, nos deixa muito tristes, que é o Toque de Silêncio. Então, mais uma vez aí vemos a presença da música.

Eu gostaria de passar agora ao nosso Cerimonial, o coronel Arruda, para falar um pouquinho do nosso Corpo Musical e depois nós vamos passar às homenagens.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CORONEL ARRUDA - Criado em 7 de Abril de 1857, com base na Lei 575, oriunda desta Casa Legislativa, o Corpo Musical teve o seu início histórico contando com 17 componentes e um sargento mestre. No seu passado, tinha como função levar entretenimento às praças aquarteladas. Ao longo dos anos, a banda deixou de entreter apenas a tropa para integrar-se à comunidade paulista.

Um dado importante da história da banda remonta ao ano de 1886, quando Sua Majestade, o Imperador Pedro II, visitou mais uma vez a província de São Paulo. Da Capital Bandeirante, seguiu para Ribeirão Preto, para ver de perto os cafezais que faziam a riqueza do Brasil. E para tornar mais alegre essa excursão do imperador, acompanhou-o a Banda de Música da Polícia Militar, dirigida pelo então jovem maestro Joaquim Antão Fernandes.

O crescente e contínuo progresso da cidade fez com que as grandes obras que urbanizaram São Paulo, tais como o Viaduto do Chá, inaugurado em 8 de novembro de 1892, o Teatro Municipal, em 1911, tivessem a presença marcante da Banda da Polícia Militar. Também na inauguração da Avenida Paulista e em outros eventos marcantes da vida de São Paulo, como o féretro de Tancredo Neves e também do piloto Ayrton Senna.

Atualmente, o Corpo Musical é composto por Banda Sinfônica, hoje a mais antiga em serviço no país, o Jazz Band, a Camerata, o Coral Masculino e Seções de Banda distribuídas por todo o território paulista.

O Corpo Musical vem divulgando a cultura por meio da arte e da música nos mais diversos setores da sociedade, nos momentos de festa e de dor, abrilhantando eventos cívicos militares, realizando concertos, apresentações, homenageando autoridades nacionais e estrangeiras, distribuindo a alegria e o entusiasmo adquiridos ao longo de sua rica história.

Ouviremos agora a apresentação das Seções de Banda do Corpo Musical, sob a regência do subtenente PM Rogério Prado de Carvalho, que vai executar de Glenn Miller, “Marchando através da Geórgia”.

 

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- É feita a apresentação musical. (Palmas).

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns a nossa Banda da Polícia Militar, parabéns ao subtenente Rogério Carvalho.

E agora nós vamos desfazer a Mesa da Presidência e vamos nos deslocar para o plenário, a Mesa toda, para fazermos a entrega das Láureas do Mérito Pessoal, enquanto o nosso Cerimonial, o coronel Arruda, chama os nossos agraciados. Muito obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CORONEL ARRUDA - A Láurea do Mérito Pessoal foi criada em 1974, com a denominação de PMzito do Mérito Pessoal, como forma da Polícia Militar homenagear e reconhecer seus integrantes, para distinguir oficiais e praças da instituição, que por seus méritos pessoais se sobressaíssem, fazendo jus ao reconhecimento da Polícia Militar.

Essa condecoração, ostentada com orgulho pelos policiais militares, é concedida em cinco graus que se sucedem a partir do 5º grau: 5º grau em bronze, 4º grau em cromo, 3º grau em prata, 2º grau em ouro e o 1º grau, o mais elevado, nas cores do Pavilhão Paulista.

Temos a honra de convidar, para que se coloquem em posição de destaque, a fim de receber a sua Láurea de Mérito Pessoal em 5º grau, os seguintes policiais militares: soldado PM Ismael Paravani de Souza (Palmas); soldado PM Leandro Patrício da Silva (Palmas); soldado PM Rafael Ribeiro da Costa (Palmas); soldado PM Wesley da Conceição Carvalho (Palmas); soldado PM Juliano dos Reis Santos (Palmas); e soldado PM Emanuel Gomes (Palmas).

Convidamos para receber a Láurea em 4º grau os seguintes policiais militares: cabo PM Wendel de Souza Silva (Palmas); cabo PM Clayton Sidney de Brito (Palmas); cabo PM Michel Willians Candido (Palmas); e o soldado PM Yargo Arrais Gonçalves. (Palmas.)

Para receber a Láurea em 3º grau chamamos à frente o 1º tenente QAOPM José Carlos Pereira (Palmas).

E para receber a Láurea em 2º grau chamamos o 2º sargento PM Jesiel da Fonte Ramos (Palmas).

Neste momento, o deputado Coronel Camilo e as autoridades convidadas, o comandante do Corpo Musical, major Elias Batista do Nascimento, o deputado Edson Ferrarini, o coronel Reynaldo Simões Rossi, passarão a impor a Láurea de Mérito Pessoal aos agraciados.

Nós gostaríamos de convidar a família dos policiais militares agraciados a também virem até a frente para acompanharem esse momento de reconhecimento aos seus familiares por parte da Polícia Militar. Por favor, os familiares podem se aproximar.

O Coronel Camilo convida também o coronel Antão e o coronel Jonas a descerem para cumprimentar as agraciados, por favor.

 

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- São feitas as homenagens.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CORONEL ARRUDA - Nós vamos pedir agora a todos, para as autoridades, por gentileza, formarem uma fila aqui em frente, sob a orientação do deputado Coronel Camilo, para fazer uma foto geral de todos os agraciados, as autoridades (Palmas).

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns então mais uma vez. Retomando a Mesa dos trabalhos, parabéns a todos os homenageados, vocês representam tudo o que nós desejamos: homenagear todos os integrantes do Corpo Musical. Levem esse nosso abraço a todos que não estão aqui, levem o nosso abraço aos seus familiares, a presença da família é muito importante. Nós estamos aqui, a razão de ser da polícia é o cidadão de São Paulo, e a gente sabe que a razão de ser da nossa existência é a nossa família. Levem àqueles que da família não puderam estar presentes o nosso grande abraço também.

E agora, para falar sobre o nosso Corpo Musical, eu chamo nada menos do que o seu comandante. Chamo agora o major músico Elias Batista do Nascimento para que faça o seu pronunciamento.

Parabéns ao nosso coronel Nascimento, e mais uma vez agradeço a presença do nosso coronel Jonas, do coronel Antão, que também comandaram essa grande unidade, levando a música que encanta a nossa alma. E como foi falado aqui também, a Polícia Militar sem a música fica sem alma.

Elias, major Nascimento, a palavra é sua.

 

O SR. ELIAS BATISTA DO NASCIMENTO - Eu cumprimento o nobre deputado estadual Coronel Camilo, que preside esta sessão, cumprimento o nosso deputado, o Coronel Telhada, cumprimento o coronel Ferrarini, cumprimento o nosso digníssimo diretor de Estudo e Cultura, o nosso coronel Reynaldo Simões Rossi, em nome de todas as autoridades presentes.

Senhoras e senhores, boa noite. A origem da formação das bandas militares no Brasil começou com a transmigração da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808, ocasião em que Dom João VI trouxe a banda da Brigada Real Portuguesa.

Passando 49 anos, ou seja, em 7 de abril de 1857, nasceu o Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, através da Lei nº 575 da então Assembleia Provincial, quando foram reunidos 17 músicos sob a direção de um primeiro sargento mestre, com a missão de levar entretenimento às praças aquarteladas.

Até 1905 o seu efetivo já havia alcançado o número de 90 músicos. Em 1911 participou das solenidades de inauguração do Teatro Municipal de São Paulo, onde até hoje vem realizando frequentemente concertos sinfônicos. No dia 21 de abril de 1960 participou das solenidades de inauguração da cidade de Brasília. Em 1964, através de uma esplêndida apresentação, sagrou-se campeã das bandas militares brasileiras, durante o concurso realizado nesta capital.

No dia 3 de junho de 1973 participou das solenidades de hasteamento da grande Bandeira Nacional na cidade de Brasília, ofertada pelo Estado de São Paulo. Em 25 de janeiro de 2004 participou, de forma histórica, das comemorações dos 450 anos de fundação da cidade de São Paulo através de um concerto de gala na Sala São Paulo, representando o Governo do Estado.

Atualmente o Corpo Musical atua em solenidades militares junto à comunidade geral, prestando os diversos serviços sociais a hospitais, casas de repouso, orfanatos, escolas públicas e privadas, retretas em praças públicas, teatros, igrejas e outras instituições, alcançando anualmente um público estimado de 185 mil pessoas.

Além dos serviços citados, o Corpo Musical desenvolve um projeto piloto de valorização do policial militar e aproximação da comunidade, por iniciativa do diretor de Ensino e Cultura, o coronel PM Reynaldo Simões Rossi.

Sendo que para o público interno são realizadas apresentações durante as trocas dos turnos de serviço nos pelotões e sedes das companhias PM, e há um efetivo administrativo dos batalhões em CPA da capital, cuja finalidade é levar entretenimento e promover maior reflexão no desempenho profissional e familiar do policial militar.

Para o público externo, através da realização de apresentações em “flash mob e em locais públicos, como praças, shoppings centers, terminais urbanos e rodoviários. Simultaneamente são realizadas atividades de policiamento a pé, o que promove maior sensação da segurança pública, contribuído ainda para a diminuição dos índices criminais.

O Corpo Musical tem em sua responsabilidade técnica 13 bandas de música arregimentais atribuídas de forma estratégica no Estado de São Paulo.

Senhores, eu gostaria também de fazer aqui já alguns agradecimentos. Inicialmente farei referência aos mestres de banda que estão presentes, que vieram dessas bandas de música distribuídas no Estado. Agradeço a presença de todos vocês. Essas bandas de música arregimentais seguem as atividades similares às bandas aqui da capital, atuando dessa forma que foi citada anteriormente.

Quero agradecer o meu subcomandante, o capitão Kleber de Azevedo, e os oficiais de praça, pelo apoio que têm me dado. Quero agradecer o nosso digníssimo, excelentíssimo coronel da Polícia Militar, comandante-geral, o coronel Ricardo Gambaroni, pelo apoio que tem prestado ao Corpo Musical.

Quero agradecer ao senhor deputado, coronel de Polícia Militar Camilo, que, juntamente com o coronel Danilo muito nos ajudou quando estava no comando da corporação. Esses dois coronéis, o comandante e o subcomandante, determinaram o início das obras do Corpo Musical. Sou muito grato e falo em nome dos ex-comandantes que passaram no período dos senhores, e incluo-me nessa gratidão. Muito obrigado.

Quero agradecer aqui o nosso diretor de Ensino e Cultura, o coronel Reynaldo Simões Rossi, pelo apoio prestado. O coronel Reynaldo me deu um susto no início quando assumiu, mas ele falou que vai continuar me assustando, mas a gente vai em frente trabalhando e fazendo o melhor, que quem sabe ele mude de ideia. Então, eu sou muito grato, coronel, por tudo o que o senhor tem feito por nós. Muito obrigado.

Quero agradecer, embora não esteja aqui presente por motivos anteriormente agendados, a coronel PM Claudia Barbosa Rigon, que é diretora de pessoal. Ela também tem nos ajudado muito. Então, agradeço a ela também. Quero também agradecer o nosso diretor de logística, o coronel de Polícia Militar Celso Aparecido Monari, que não se encontra presente também. Mas eu sou muito grato a ele no apoio que tem dado com relação às viaturas.

Eu não posso deixar de agradecer também o coronel Arruda, que sempre esteve ao nosso lado, sempre nos ajudou muito. Muito obrigado coronel Arruda. Não posso deixar jamais de agradecer o coronel Antão Fernandes, que é a nossa referência como comandante e como pessoa, nobre coronel Antão Fernandes, muito obrigado.

Assim eu encerro a minha fala dizendo: viva o Corpo Musical! (Palmas).

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Viva. Parabéns, Elias, o nosso major Nascimento, pelas palavras. Pudemos ver, pessoal, a importância do nosso Corpo Musical.

Eu gostaria também de deixar um agradecimento a uma coronel da Polícia Militar, a quem também o Corpo Musical por muito tempo foi subordinado, a coronel Maria. Não está presente aqui, passou para a reserva há dois dias, deixou a ativa da Polícia Militar. Mas tenho certeza que, como eu, como o Telhada, como o coronel Ferrarini, vai continuar levando a bandeira sempre da nossa Polícia Militar, do nosso Corpo Musical, por esse Brasil afora, onde quer que ela esteja.

Convidamos agora a todos os presentes, para ouvir a Canção da Polícia. Depois nós vamos ter um show do nosso Corpo Musical no Hall Monumental.

Convidamos a todos os presentes para entoarmos juntos, e em posição de respeito, a “Canção do Corpo Musical”, executada pela Seção de Banda do Corpo Musical, sob a regência do subtenente Rogério Prado de Carvalho, a letra e música é do 2º tenente PM Gildo Vendramini.

 

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- É executada a “Canção do Corpo Musical”. (Palmas).

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Senhoras e senhores, então, só para finalizar, também agora uma questão pessoal, eu gostaria de deixar o meu agradecimento ao Corpo Musical.

Durante os três anos do meu comando eles fizeram um grande show de final de ano a toda família Polícia Militar, um show brilhante, eu convido todos que ainda não assistiram, assistam esse show de final de ano do nosso Corpo Musical.

Em 2011, o último ano do meu comando, eu tive a felicidade de ser brindado pelo Corpo Musical com um dobrado que leva o meu nome feito pelo Corpo Musical. Então, vocês vão estar sempre no meu coração, e eu agradeço muito a homenagem, e agradeço muito a vocês por tudo que fizeram pela nossa Polícia Militar, tudo que fazem pela nossa Polícia Militar, e tudo que fazem pela população de São Paulo. Que Deus os abençoe sempre.

 E esgotado o objeto da presente sessão, agradeço a presença de todos e convido para a apresentação da Banda Sinfônica, que ocorrerá no Hall Monumental. E como disse o nosso major Nascimento, viva o nosso Corpo Musical! (Palmas).

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 32 minutos.

 

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