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11 DE DEZEMBRO DE 2015

053ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM À POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO PELOS SEUS 184 ANOS DE EXISTÊNCIA

 

Presidentes: FERNANDO CAPEZ e CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

1 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que convocara a presente sessão solene, a pedido do deputado Coronel Telhada, com a finalidade de "Homenagear a Polícia Militar do Estado de São Paulo pelos seus 184 anos de existência". Convida o público a ouvir, de pé o "Hino Nacional Brasileiro". Saúda os presentes. Destaca o papel da Polícia Militar na integridade do território nacional. Faz histórico da instituição. Destaca a renúncia e a solidariedade de seus integrantes por doar a vida para defender a população.

 

2 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência. Saúda as autoridades presentes e anuncia a entrega da Medalha da Constituição e de diploma em homenagem aos Srs. Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e deputado estadual; Coronel Ricardo Gambaroni, comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo; Gil Lancaster, deputado estadual; e Floriano Pesaro, secretário de Desenvolvimento Social.

 

3 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Assume a Presidência. Anuncia a execução da Canção da Polícia Militar, executada pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

4 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

5 - DELEGADO OLIM

Deputado Estadual, cumprimenta as autoridades presentes. Parabeniza a Polícia Militar por seu aniversário de 184 anos. Lembra que em seus 22 anos como delegado sempre pode contar com o apoio dos soldados da Polícia Militar em diversas operações. Defende a união das Polícias civil e militar em busca do bem da população.

 

6 - GIL LANCASTER

Deputado Estadual, saúda a todos. Cumprimenta as autoridades presentes. Informa que é membro da Comissão de Segurança desta Casa. Discorre sobre sua trajetória pessoal como soldado da Rota. Lamenta que a mídia e a sociedade não deem o devido valor à Polícia Militar. Comenta que os índices de criminalidade em São Paulo caíram. Defende a aprovação de projeto de lei, de sua autoria, que propõe blindagem do vidro de viaturas policiais.

 

7 - CAPITÃO AUGUSTO

Deputado federal, enaltece a instituição da Polícia Militar e do Exército. Faz histórico de sua trajetória na Força Policial.

 

8 - MAJOR OLÍMPIO

Deputado federal, cumprimenta as autoridades presentes. Parabeniza o presidente Fernando Capez e o deputado Coronel Telhada pela luta em defesa dos policiais militares. Enaltece a Força Policial. Critica corte de recursos das Forças Armadas antes da realização das Olimpíadas. Considera que, há 184 anos, a Polícia Militar é a instituição que está mais presente na vida da população. Pede respeito aos policiais e valorização da carreira. Defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

 

9 - CORONEL CAMILO

Deputado Estadual, cumprimenta as autoridades presentes. Parabeniza a corporação pela queda no número de homicídios no estado de São Paulo.

 

10 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Comemora a aprovação de projeto de lei de sua autoria que proíbe os chamados "pancadões" no Estado. Anuncia a exibição de vídeo institucional.

 

11 - RICARDO GAMBARONI

Coronel e Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, agradece o recebimento da Medalha da Constituição. Cumprimenta as autoridades presentes. Discorre sobre novas metodologias da Força Policial e sobre a queda da criminalidade em todo o Estado. Defende a criação do Planejamento Estratégico de Longo Prazo da Polícia Militar.

 

12 - RIYUZO IKEDA

General-de-Brigada, representante do Comando Militar do Sudeste, manifesta seu respeito à instituição da Polícia Militar de São Paulo. Comenta momentos históricos de atuação destacada da Força Policial.

 

13 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Defende a participação ativa e intensa de policiais na política brasileira. Destaca a força, disciplina e coesão dos membros da instituição. Manifesta-se contra campanhas difamatórias dentro da Força Policial. Lembra a morte do soldado Diego Felipe Soares da Silva e o estado de saúde do sargento Wesley Carlos Turíbio, de 30 anos, ambos baleados em serviço. Incentiva a valorização das tropas e dos comandantes da instituição. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Abre a sessão o Sr. Fernando Capez.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Muito bom dia.

Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Sessão solene com a finalidade de homenagear a Polícia Militar do Estado de São Paulo pelos seus 184 anos.

Chamamos para compor a Mesa: o deputado proponente desta sessão solene, o deputado estadual Coronel Telhada; o coronel da Polícia Militar Ricardo Gambaroni, comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo; o general-de-brigada Riyuzo Ikeda, representando o Comando Militar do Sudeste; representando S. Exa. o governador do estado de São Paulo Geraldo Alckmin, o secretário de Desenvolvimento Social Floriano Pesaro; representando o nosso Congresso Nacional e os deputados federais, o também integrante da Corporação da Polícia Militar, que foi meu colega aqui na Assembleia, o deputado federal major Olímpio Gomes. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Solicito a todos para que, em pé, ouçamos o Toque de Continência reservado ao chefe do Poder Legislativo.

 

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- É executado o Toque de Continência.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Ainda em tempo, vamos fazer uma dupla representação do Congresso Nacional, porque temos dois deputados federais integrantes da corporação. Peço ao Cerimonial que também acomode à Mesa o nosso deputado federal Capitão Augusto. Solicito uma salva de palmas. (Palmas.)

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta não é uma sessão comum. Esta não é uma sessão qualquer. Esta é uma sessão solene. Sendo uma sessão solene, obedece à rígida forma sacramental dos termos expressos no Regimento Interno desta Casa. Uma sessão solene só pode ser solicitada por deputado em exercício do mandato perante a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o segundo maior parlamento da América Latina, menor apenas que o Congresso Nacional.

Feita a solicitação, ela percorre diversos órgãos internos da Casa até chegar à apreciação do Colégio que congrega todas as lideranças dos partidos no estado de São Paulo. Se a sessão solene for autorizada por maioria de votos ou unanimidade, é convocada pelo presidente. Ela é realizada às segundas e sextas-feiras porque ocupa o plenário principal da Casa, o plenário Juscelino Kubitschek, no qual são realizadas as votações das leis do estado e no qual foi votada a Constituição do Estado de São Paulo, em 1989.

Há casos de sessões que são solicitadas e não são autorizadas, porque só podem ser convocadas por motivo de notório e relevante interesse público e social. Há casos de solenes solicitadas e aprovadas por maioria de votos; esta sessão solene, solicitada pelo nobre deputado Coronel Telhada - herói da Polícia Militar e deputado desta Casa, o que nos dá muito orgulho -, foi aprovada por unanimidade, e não é por outra razão. Ela tem a finalidade de homenagear a Polícia Militar do Estado de São Paulo pelos seus 184 anos de existência, os 130 de 1831.

Convido todos os presentes para, em pé e com vibração, cantarmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do segundo sargento Paulo Roberto. Lembro-os de que não há necessidade de nos voltarmos para a Bandeira, uma vez que não há precedência entre os símbolos da nação.

 

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- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sempre cooperando com esta Casa, em especial ao 2º sargento Paulo Roberto. Tenham a certeza de que essa honrada instituição sempre merecerá da Assembleia Legislativa todo o apoio e toda a gratidão e reconhecimento do povo paulista.

Não fosse essa histórica instituição, o Brasil talvez estivesse dividido em inúmeras republiquetas menores, dado que a Polícia Militar, após sua criação, em 1831, ajudou a manter a integridade do território nacional, ameaçado por tantas rebeliões separatistas, sobretudo no período regencial: Cabanagem no Pará, Sabinada na Bahia, Balaiada no Maranhão, Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul, e tantas outras.

Hoje, nas ruas, no dia a dia, a Polícia Militar luta e garante, com risco próprio e sacrifício pessoal de seus homens, a segurança da sociedade. Todas as profissões são sublimes, mas aquela em que o profissional é educado para, se necessário for, doar a sua própria vida ao semelhante, expressa o sentimento maior de renúncia e solidariedade.

Parabéns à Polícia Militar.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web e será retransmitida pela TV Assembleia dia 13 de dezembro, às 21 horas, horário nobre - prestígio do nosso deputado solicitante.

Aqueles que estiverem em casa, às 21 horas, domingo, coloquem no canal 7 da Net. Mas temos ainda a opção da TV aberta canal 61.2 e a TV Vivo digital canal 185.

Neste momento passo a palavra ao deputado proponente Coronel Telhada.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Bom-dia a todos. É um prazer recebê-los na Assembleia Legislativa, a Casa do povo, a Casa das leis. Esta sessão se destina a homenagear a nossa querida Polícia Militar. É motivo de muito orgulho, de muita honra ver esta Casa repleta de policiais militares, hoje com mais policiais militares. No passado nós tivemos o capitão Conte, o coronel Ferrarini, o Major Olímpio, que, hoje, junto com o Capitão Augusto, está em Brasília representando a nossa corporação. Mas nós continuamos nesta Casa, o Coronel Camilo e eu. Futuramente quem sabe com mais policiais militares lutando pelos nossos ideais, pelos direitos do policial militar e consequentemente brigando pela população na questão da Segurança Pública.

Esta solenidade destina-se a homenagear a Polícia Militar, mas nós aproveitamos para também homenagear quatro autoridades que deveriam ter sido homenageadas no dia 9 de julho, já que se encontravam em missão fora do País.

Portanto, nós iremos homenagear daqui a instantes o nosso presidente Fernando Capez, amigo da Polícia Militar muitos anos.

À época em que eu comandava a Rota, tinha muito contato com Fernando Capez, que sempre estava nos nossos eventos nos prestigiando.

Outros homenageados serão o nosso comandante-geral coronel Ricardo Gambaroni, o deputado Gil Lancaster.

Para quem não sabe, o deputado Gil Lancaster é policial militar, foi soldado da Rota sete anos, agora no mundo empresarial. Hoje conosco nesta Casa é um deputado de destaque, um deputado que tem trabalhado forte pela Polícia Militar.

Também homenagearemos o nosso amigo deputado federal, hoje secretário Floriano Pesaro. Trabalhamos juntos na Câmara Municipal, também destaca-se pela sua atividade intensa em todos os setores prestigiando sempre a nossa Polícia Militar.

Quero ainda destacar a presença do Delegado Olim, nosso amigo, deputado, grande batalhador da Polícia Civil, da Segurança Pública.

Quero citar o meu amigo Gilson Menezes, comandante da Guarda Civil representando o nosso prefeito de São Paulo, demais oficiais e praças, sejam todos bem-vindos.

Prosseguindo na solenidade, vou solicitar que se desloquem à frente o nosso presidente deputado Fernando Capez, o coronel Ricardo Gambaroni, comandante-geral da Polícia Militar, o secretário Floriano Pesaro e o nosso amigo deputado Gil Lancaster, quando seguiremos com as respectivas homenagens.

Vou solicitar ao general Ikeda, representando o comandante militar Sudeste, ao Major Olímpio, nosso deputado federal, ao Capitão Augusto, nosso deputado federal e ao nosso Delegado Olim, para que façam as respectivas entregas às autoridades que serão agraciadas com a Medalha da Constituição.

Para aqueles que não sabem, a Medalha da Constituição foi criada nesta Casa com a finalidade de homenagear os veteranos de 1932.

No passado, somente os veteranos, que realmente havia participado da Revolução, recebiam esta medalha.

Mas como o tempo passou e os veteranos praticamente estão extintos, essa medalha passou a ser uma medalha da Casa que homenageia autoridades civis e militares que se destacam nas suas atividades em prol do estado de São Paulo.

General Ikeda por gentileza.

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - O Major Olímpio entregará ao comandante-geral a Medalha da Constituição.

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - O deputado federal Capitão PM José Augusto Rosa entregará ao também deputado federal Floriano Pesaro a Medalha da Constituição.

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - O deputado Delegado Olim entregará ao deputado Gil Lancaster a Medalha da Constituição.

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Esta Presidência solicita uma salva de palmas a todos os homenageados, parabenizando-os e concitando a sempre continuarem trabalhando em prol do estado de São Paulo e também da nossa Polícia Militar do Estado de São Paulo. Parabéns a todos. (Palmas)

Esta Presidência cita aqui a presença das seguintes autoridades: representando o secretário e chefe da Casa Civil, coronel José Roberto, o tenente-coronel Homero de Jorge Cerqueira; nosso amigo, nosso aspirante na Rota, coronel Maximiano Cássio Soares, diretor de Finanças e Patrimônio; coronel Marco Antônio Severo Silva, chefe do Centro de Inteligência da Polícia Militar; coronel Cesar Branco de Araújo, comandante da Escola de Educação Física; coronel Celso Aparecido Monari, diretor de Logística; coronel Claudir Roberto Teixeira de Miranda, comandante do Policiamento de Área Metropolitana 5; coronel Reinaldo Priel Neto, nosso chefe de Assistência Militar aqui da Alesp; coronel Carlos Ricardo Gomes, comandante da Escola Superior de Soldados da Polícia Militar; coronel Paulo de Tarso Augusto Junior, comandante do CPA/M -11; coronel Sérgio Ricardo Moreti, nosso colega da área sul, comandante do CPA/M-2, responsável pelo policiamento em nossa região; coronel Adilson Luiz Franco Nassaro, chefe do Centro de Comunicação Social, fazendo um excelente serviço na divulgação dos trabalhos da Polícia Militar; coronel Erico Hammershimidt Junior, comandante do CPA/M-7- ontem nós estivemos lá no CPA/M-7, parabéns também ao CPA/M-7; coronel Jaime Gardenal Jr., comandante do Estado Maior do Comando de Policiamento da Capital (CPC); coronel Marcelino Fernandes Silva, comandante do CPA/M-3 - tivemos também o aniversário do CPA/M-3 ontem, uma bela festa, Marcelino; - coronel Dimitrios Fyskatoris, comandante do Policiamento de Trânsito; Antônio Carlos Amaral Duca, representando o presidente da Associação dos Cabos e Soldados Wilson de Oliveira Morais, o Cabo Wilson; Alfredo Pires Filho, comandante do Exército Constitucionalista; Sr. Carlos José Zigart, representando o deputado Itamar Borges; o Sr. Felipe Farah, representando o deputado Antonio Salim Curiati. Quero saudar a Dona Duce também, não oficialmente, mas sempre representando a nossa Associação de Ex-combatentes do Brasil, nossa querida FEB, esposa do nosso saudoso major Samuel, que sempre esteve conosco nos eventos, saudar todos os oficiais e praças mais uma vez.

Vou retornar a palavra ao Sr. Presidente, porque ele vai ter que prosseguir missão, e falou que não sai daqui sem cantar a canção da PM. Portanto, atendendo às determinações do nosso presidente, retorno a palavra ao presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Fernando Capez.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Muito obrigado ilustre deputado Coronel Telhada. Prosseguindo, nos termos do Regimento Interno, ouviremos agora a Canção da Polícia Militar, letra de Guilherme de Almeida e música major PM Músico Alcides Jacomo Degobbi.

 

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- É executada a Canção da Polícia Militar.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Neste momento a legalidade cede espaço à legitimidade. Enquanto permanece no plenário, por determinação legal e regimental, cabe ao presidente da Assembleia presidir os trabalhos, mas a lei, neste caso, atrapalha o que é legítimo, que o nosso proponente, grande deputado Coronel Telhada, por mérito e legitimidade, assuma esta Presidência.

Portanto, neste momento, o presidente deixa o recinto, passa a Presidência ao Coronel Telhada, e convida o deputado federal Capitão Augusto para integrar a Mesa nesse local que ficará vago. Um bom evento a todos. (Palmas.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Agradeço a Presidência do deputado Fernando Capez, presidente desta Casa, como costumamos dizer no quartel “assumo o comando”. Vamos prosseguir com a solenidade.

Quero, antes de mais nada, fazer alusão à presença do meu querido amigo, professor José Carlos de Barros Lima, presidente da Instituição Santo Ivo, entusiasta da Revolução de 32 - tem um museu na Lapa. Muito obrigado, professor, pela presença.

Abriremos a palavra, agora, às autoridades presentes. Tem a palavra o nobre deputado Delegado Olim.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Senhoras e senhores, um bom dia. Agradeço ao meu amigo e companheiro Coronel Telhada, por ter me concedido a palavra. Tenho a honra de falar para a Polícia Militar, falar em homenagem do aniversário dessa grande instituição, pela qual tenho um carinho especial. Sempre quando precisei foi essa instituição a primeira a chegar. Esta sessão solene é para homenagear a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Quero agradecer ao presidente da Casa, deputado Fernando Capez, amigo da Polícia Civil, amigo da Polícia Militar, amigo de todos, sempre deixando esta Casa aberta para que o povo venha e saiba que aqui é uma Casa de todos. Então nós hoje estamos aqui homenageando os senhores, porque também fazem parte do povo.

Queria também agradecer ao deputado Coronel Telhada, proponente desta sessão, parabenizá-lo e dizer que como foi na Rota V. Exa. é aqui: briga pelos interesses da população de São Paulo e da segurança de São Paulo através da Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Metropolitana, que fazem a segurança e prestigiam todos os eventos desta Casa.

Quero cumprimentar também o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ricardo Gambaroni, que hoje também faz parte desta Casa. Em todas as solenidades faz questão de estar aqui. Cumprimento também o general-de-brigada Riyuzo Ikeda, presente também em todas as solenidades. Cumprimento também Floriano Pesaro, meu amigo e secretário, neste ato representando o Sr. Governador do Estado, Geraldo Alckmin; o deputado federal Major Olímpio, meu amigo pessoal, de tantas campanhas, às cinco da manhã, horário que ele marcava para irmos para o Guarujá. “Mas aqui o pessoal acorda mais tarde.” Cinco da manhã ele já estava lá para fazer campanha, e a campanha começava às 10. É regime de militar, não tem jeito.

Cumprimento o deputado federal Capitão Augusto, que está sempre aí brigando pela população; todas as vezes que o vejo na Câmara dos Deputados ele está uniformizado, mostrando que é policial militar e tem a honra de mostrar a sua farda. Vossa Excelência não está de farda hoje. Cumprimento o inspetor Gilson Pereira de Menezes, chefe da Guarda Civil Metropolitana; o coronel PM, chefe de gabinete do comandante-geral, Ieros Aradzenka; coronel PM Francisco Alberto Aires Mesquita, subcomandante da Polícia Militar que está sempre em nossas solenidades.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, deputado Coronel Telhada, proponente desta sessão, excelentíssimos senhores oficiais de todos os componentes da Polícia Militar, senhoras e senhores, telespectadores da TV Assembleia, o fato de estar presente nesta sessão de homenagem, dos 104 anos da Polícia Militar, não pode deixar de ser registrado no exercício desses 22 anos como delegado de Polícia. Sempre tive a participação de soldados, sargentos e oficiais quando precisei, em todas as operações e atividades que se fizeram necessários, e pude contar com a sua dedicação e presteza.

Passei por vários - como se diz na polícia - apuros sozinho. Lembro-me bem uma vez no Educandário, eu e um investigador - porque na Polícia Civil não temos componentes à vontade para andar na viatura - fomos fazer a prisão de um ladrão de residência. Éramos só dois. Ainda parei uma viatura da Polícia Militar e perguntei: “O senhor sabe onde fica o prédio tal?” “Mas o senhor vai lá sozinho? Não acha melhor levar umas viaturas da Polícia Militar?” Falei: “Bom, vou lá primeiro investigar. Se eu precisar chamo o senhor.” Cheguei lá, já dei de cara e, como eu aparecia muito na televisão e em ocorrências, me ferrei. Todo mundo já sabia que eu estava lá. Troca de tiros e, graças a Deus, essa mesma viatura desconfiou, foi junto e nos apoiou. Graças a essa viatura foi que, infelizmente, baleamos um dos ladrões, e ajudou-nos com mais viaturas. E chamei a Polícia Civil para nos ajudar.

Eu nunca vou esquecer o pronto atendimento e a rapidez com que nos ajudaram. Estaríamos numa situação muito ruim se não fossem os senhores. Tenho isso a agradecer então. Sempre os tratei bem no distrito e em departamentos onde trabalhei, porque penso que nós, unidos, ninguém segura. Nós temos de estar de mãos dadas, porque é bandido que ganha quando nós brigamos. Com a Polícia Civil e a Polícia Militar, unidas, o inimigo são os outros, e não nós. Juntos, teremos o respeito da população, dos nossos governantes - que às vezes nos tratam tão mal que acham que somos os empregados deles. Ao contrário, eles têm de nos tratar bem, porque na eleição são eles que precisam da Segurança para que as pessoas tenham tranquilidade para ir e vir. E só nós é que podemos dar essa tranquilidade. Não somos valorizados como devíamos, mas vamos cobrar.

Temos aqui hoje policiais militares, policiais civis e também deputados. Os senhores podem ter a certeza de que iremos lá e bateremos a porta. Nós não temos medo de ir ao Palácio. Hoje, como deputado, posso falar o que quiser. Não sou policiado, não vou tomar um bonde - como diz a nossa gíria, vou parar no Jardim Miriam, na zona leste, não há problema nenhum. Todas as vezes que fui fiz o meu trabalho. Hoje vou, cobro e exijo respeito por nós.

Não terei muito mais que falar e quero deixar os meus agradecimentos a esses 104 anos da exitosa existência da Polícia Militar, e quero agradecer ao Coronel Telhada por ter me dado a palavra. Tenham certeza os senhores de que têm um amigo aqui. A gente não trabalha para a Polícia Civil, mas para o povo de São Paulo, e para os senhores, que são também o povo, pois quando tiram a farda correm o risco de chegar em casa e ter problemas. Vamos nos unir, não vamos brigar. Se tiverem problemas venham aqui, as portas estão abertas. Nós vamos lá cobrar se alguém não os tratar bem. Pode ser a Polícia Civil, pode ser quem for, coronel, tenente, delegado geral, secretário, que vamos lá e cobramos. Não somos subordinados a ninguém e quem nos colocou aqui foi o povo. Só quem foi votado pelo povo pode aqui subir e falar. Muito obrigado. (Palmas.).

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado, amigo deputado Olim, que conheço há mais de 30 anos. Quando patrulhava na zona sul, ele, delegado lá no 35, tivemos ocorrências juntos, e agora nesta Assembleia continuamos trabalhando em prol da população. O deputado Olim tem feito um excelente serviço. Parabéns, Olim.

Cito a presença do nosso corregedor, coronel Levy; do coronel Mesquita, nosso subcomandante; coronel Aradzenka; inspetor Coutinho representando, com os demais inspetores, a nossa querida GCM.

Com a palavra o deputado Gil Lancaster.

 

O SR. GIL LANCASTER - DEM - Bom dia a todos. É um motivo de muita honra, orgulho e prestígio receber a todos na Assembleia Legislativa de São Paulo, a maior da América Latina, perdendo apenas para o Congresso Nacional. Desejo um bom dia a algumas autoridades. Que se sintam abraçados pela nossa Assembleia. Quero dizer antes que nunca vi tantas estrelas nem no melhor céu do nosso estado de São Paulo. Sejam bem-vindos.

Deputado Fernando Capez, nosso presidente que já se ausentou; o nosso presidente ora em exercício, Coronel Telhada, proponente deste evento; o nosso comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ricardo Gambaroni; general-de-brigada, Ryuzo Ikeda, chefe do Estado Maior do Comando Militar do Sudeste; secretário de Desenvolvimento Social, o nosso amigo Floriano Pesaro, representando o governador Geraldo Alckmin; meu amigo particular, guerreiro, deputado federal Major Olímpio; capitão Augusto, deputado federal que tem feito um brilhante trabalho defendendo a nossa corporação em Brasília também; o nosso guerreiro, inspetor Gilson Pereira de Menezes, comandante da Guarda Civil Metropolitana, representando o prefeito Fernando Haddad.

Cumprimento o coronel Ieros Aradzenka, chefe de gabinete do comandante-geral, e o coronel PM Francisco Alberto Aires Mesquita, subcomandante da Polícia Militar.

Cumprimento as demais autoridades civis e militares, as senhoras e os senhores, que estão aqui presentes, tendo vindo aqui para nos homenagear.

Hoje sou membro oficial, com muito orgulho, da comissão - creio - mais importante desta Assembleia Legislativa. Pela primeira vez, em 180 anos desta Assembleia, nunca houve uma comissão de Segurança tão forte e que briga tanto pelas polícias Militar e Civil do nosso estado.

Somos quatro membros que entendem de Segurança Pública. Nosso presidente, Delegado Olim, que acabou de falar; nosso querido deputado, o Coronel Camilo, que não está presente aqui - pelo jeito ainda não chegou -; nosso querido deputado Coronel Telhada; e humilde deputado Gil Lancaster.

Este deputado, que ora se encontra eleito pelo voto popular no estado de São Paulo como 33º mais bem votado, com quase 108 mil votos, na sua primeira legislatura, tem a honra de dizer para vocês que, há 35 anos, um menino, um jovem, de apenas 19 anos, pisava, pela primeira vez, num quartel da Polícia Militar, no Primeiro Batalhão de Choque Tobias de Aguiar, a Rota, para fazer a Escola de Soldado.

Em 1981, eu me formei como soldado. Por lá, na Rota, servi, com muito orgulho. Digo, de peito aberto, com toda a sinceridade - está escrito e registrado no livro que eu já escrevi com a minha biografia - que nunca assisti um ato sequer de corrupção em sete anos na Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Honra-me ter sido dessa corporação, que muitas vezes não é reconhecida pela mídia, muitas vezes não é reconhecida pela sociedade. Mas, quando a sociedade precisa, ela se lembra de três dígitos: 190. É o primeiro socorro que a sociedade vai lembrar: o número 190. Até a mídia, ingrata, vai se lembrar quando precisar num sequestro relâmpago, quando a sua filha for estuprada, quando a sua família for assaltada: 190.

É verdade que nós somos guerreiros, vamos lutar e lutar e lutar. Porque não há vitórias sem luta. Por lá, na Polícia Militar, na Rota, permaneci por sete anos. Por motivo de saúde, tive que sair da Polícia Militar. Por isso, não tive a honra de me aposentar como coronel PM.

Mas, há 35 anos, o meu sangue é da Polícia Militar. Hoje, como deputado estadual, eu luto - e as pessoas, os meus colegas, os 94 deputados, até estranham: “Mas como você luta pela Polícia Militar se você saiu há 35 anos?” É porque eu tenho o DNA de policial militar. Eu conheço.

Quando eu entro num restaurante, minha esposa fala: “Como é que você sabe como todo mundo está no restaurante?” Porque eu aprendi, quando entrar, a olhar, observar e olhar as portas de segurança e tudo mais. A gente não esquece.

Eu cantei o Hino da Polícia Militar aqui. Eu nunca esqueci. Você não esquece. Tem coisas que você não esquece, porque são coisas boas.

Os menores índices de criminalidade são do nosso estado de São Paulo. Infelizmente, também não é reconhecido. Essa semana, o líder do Governo, o deputado Cauê Macris, do PSDB, me chamou - estava para ser pautado um projeto nesta Casa, que seria votado nesta terça-feira - e me disse: “Deputado Gil Lancaster, infelizmente, o seu projeto não vai entrar em pauta porque vai ser vetado pelo governador, porque é inconstitucional.

Eu falei: “Qual projeto, deputado? Porque eu tenho 74 projetos nesta Casa, um verdadeiro recorde para um novato: 74 projetos em oito meses significam quase nove projetos por mês.

Eu quero saber qual dos projetos é inconstitucional e vai ser vetado pelo governador. Ele falou: “O Projeto nº 1203, decore esse número, que você pediu que blindasse pelo menos o vidro dianteiro das viaturas policiais militares e das viaturas da Polícia Civil, para dar o mínimo de proteção aos policiais que estão nas ruas defendendo as nossas famílias.

Eu falei: “Não é inconstitucional, não.” Inconstitucional é ver os nossos policiais morrendo todo dia, como teve aí a nossa policial que foi baleada com um tiro de fuzil no para-brisa dianteiro, na ocorrência do Ceasa, que eu fui visitar. Inconstitucional é não dar equipamento de segurança aos nossos policiais, que morrem todos os dias pelas nossas famílias.

Eu coloquei a pastinha com o meu projeto, o B.O. e todos os casos de policiais que morreram com tiro através de para-brisa dianteiro e fui ao Palácio na quarta-feira.

Despachei com o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido. Expliquei a verdadeira essência do projeto. Ele disse: “Gil Lancaster, você tem razão”. Eu falei para ele: “Eu quero um voto de confiança para os nossos homens, que estão morrendo nas ruas”. Ele disse: “Eu vou dar esse voto de confiança, Gil. Volte à Assembleia e fale ao líder do Governo para pautar o seu projeto, que vai ser votado e não vai ser vetado no governo do estado.

Para isso, eu peço o apoio de vocês, para que esse e mais projetos que estão nesta Casa, meus, do deputado Telhada e de todos os deputados da Comissão de Segurança sejam votados, e não sejam vetados. Lutem, e nós vamos lutar por vocês. Contem conosco, contem com esta Assembleia. Parabéns pelos 184 anos da Polícia Militar. Deus abençoe a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado, prezado amigo deputado Gil Lancaster, policial militar, família de policiais militares. Os dois irmãos do Gil, sargentos Frazão, serviram comigo na Rota, e também toda a família policial militar. Obrigado, Gil. Parabéns por tudo.

Solicito, para suas considerações, nosso amigo, uma das revelações na política brasileira, tem feito um excelente serviço em Brasília, nosso querido amigo deputado federal capitão José Augusto Rosa.

 

O SR. JOSÉ AUGUSTO ROSA - Bom dia a todos. Excelentíssimo deputado estadual Coronel Telhada, V. Exa., sim, é a grande revelação política, para nossa grata surpresa e satisfação. Nas duas últimas eleições no estado de São Paulo foi a maior revelação, a maior surpresa política, e logo V. Exa. que tanto nos orgulha com seu passado dentro da Polícia Militar, tem sido o segundo mais votado deputado do estado de São Paulo. Sabemos como todos nós, candidatos, junto com o Major Olímpio, junto com o Coronel Camilo, sem recurso, sem apoio político e tudo o mais, ter conseguido a façanha de ser o segundo mais votado, e como deputado estadual também, ter tido essa votação surpreendente, fabulosa, que permite que V. Exa. tenha sonhos mais altos, e que alce voos mais altos em nome até da nossa Polícia Militar.

Excelentíssimo coronel Ricardo Gambaroni, comandante-geral; nossos deputados Major Olímpio, guerreiro, que briga tanto lá em Brasília, tem aprendido muito, tem observado muito, quiçá um dia trilhar os mesmos caminhos, fazer o mesmo sucesso; Delegado Olim, deputado estadual; deputado Gil Lancaster, já conhecia pela história, e hoje conheço pessoalmente.

General Ikeda, vejo lá em Brasília o orgulho realmente que todos nós temos das Forças Armadas. Não por acaso, nos últimos 10 anos todos os institutos de pesquisa, Datafolha, Instituto Getúlio Vargas, Ibope, no seu ranking das instituições colocam o militar como a instituição mais respeitada e confiável do Brasil. Então, não é por acaso realmente. É pelos valores que nós temos nas Forças Armadas, Polícias Militares, bombeiros militares, na questão do patriotismo, civismo, da ética, da moral, da honestidade, do comprometimento, da coragem, da vontade de servir.

Por isso, cada vez mais precisamos que integrantes das nossas carreiras militares ingressem na política e participem mais ativamente da nossa vida, agora do lado legislativo e do lado executivo. Estamos num processo ainda de amadurecimento. Temos muito ainda que caminhar nesse campo, mas é inegável que, se olharmos para o passado, eu que saí candidato pela primeira vez em 2002, podemos ver o avanço que tivemos no campo político.

E precisamos realmente, no ano que vem, eleger dezenas, quiçá centenas de vereadores, vice-prefeitos, prefeitos. Em 2018 mais deputados estaduais, federais, por que não senadores, que tenham esse compromisso com a instituição, e com esses mesmos valores, que são comuns a qualquer civil, mas que são sagrados dentro das instituições militares.

Os demais coronéis, comandantes aqui presentes, os policiais militares.

Aproveito para pedir desculpa da minha ausência. Vejo que peco muito realmente nas minhas vindas aqui, nas minhas ausências. Até o protocolo acaba esquecendo, mas é normal, porque eu tenho uma dificuldade muito grande, e pago um preço muito alto por morar a 400 quilômetros de São Paulo. Para poder vir aqui hoje tenho que sair às cinco horas da manhã, participar do evento aqui e vou chegar umas cinco ou seis horas da tarde lá na minha cidade de Ourinhos, em São Paulo.

Obviamente optei por estar mais próximo da minha família, do meu filho. É o preço que pagamos, mas infelizmente não permite que eu tenha um contato mais próximo, um contato mais pessoal, e que eu participe mais dos eventos e das solenidades aqui na Capital e na região metropolitana. Por isso, fica aqui realmente meu pedido de desculpas.

Lá em Brasília temos feito o possível e o impossível para honrar e trabalhar em prol da categoria da Polícia Militar. Ingressei em 1988, pouco mais antigo que o Gil Lancaster, que entrou em 91. Entrei como soldado na Polícia Militar, no Corpo de Bombeiros em Santo André. Ingressei na Academia do Barro Branco em 92, e me formei em 94. Tive toda a minha carreira, depois da Academia do Barro Branco, diretamente ligado ao policiamento, comandando o policiamento na região de Ourinhos.

Com muito orgulho agora ostento realmente a farda. Já falei que enquanto não mandarem eu retirar, usarei até o último dia, porque tenho um orgulho tremendo, imenso realmente, de representar essa instituição, que só nos enche de orgulho. É uma instituição repleta de valores.

Infelizmente os órgãos de imprensa e alguns políticos tentam denegrir com ações isoladas, atos isolados. Mas por isso mesmo precisamos agora ter o contraponto político para defender realmente toda a instituição, todos os senhores e senhoras que realmente merecem mais do que nunca serem valorizados.

Essa valorização que, se depender realmente da parte política, dificilmente virá, porque até mesmo em Brasília, e acredito que não seja diferente aqui na Assembleia Legislativa, o que não falta é gente jogando contra. Até o próprio Major Olímpio costuma dizer, nos eventos, e é uma grande verdade, que há muitas juras de amor para nós em eventos, solenidades, visitas, mas na hora da votação é que vemos realmente quem são os verdadeiros amigos nossos, quem realmente está do nosso lado.

Por isso precisamos, cada vez mais, eleger nossos representantes, para podermos aprovar nossos projetos. Fica aqui meu agradecimento, Coronel Telhada, muitíssimo obrigado realmente, por ter me convidado. Não poderia deixar de vir aqui comemorar esses 184 anos da Polícia Militar paulista. Estamos à disposição pela Câmara dos Deputados. Muitíssimo obrigado a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado, Capitão Augusto, presidente do nosso Partido Militar Brasileiro, que está sendo formado. Fazemos votos que, logo, esteja em plena atividade. Obrigado pela presença.

Solicito, para suas considerações, nosso amigo há mais 37 anos, meu veterano de curso preparatório na Academia, hoje, deputado federal, major Olímpio Gomes. (Palmas.)

 

O SR. MAJOR OLÍMPIO - Exmo. Presidente desta sessão solene, meu amigo, deputado Coronel Telhada. Aproveito pedir para que V. Exa. transmita, juntamente com os deputados Gil Lancaster e Delegado Olim, o nosso agradecimento, como policial militar, ao deputado Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, por se fazer presente - e não só nesta sessão solene - no exercício dos seus mandatos como alguém que tem defendido a Polícia Militar de São Paulo.

Coronel Ricardo Gambaroni, meu comandante-geral da Polícia Militar, meu amigo dos tempos de Academia do Barro Branco. Na terça-feira, dia 15, completarei 33 anos em que me formei na Academia e posso dizer que o juramento que lá fiz, a cada momento, está mais forte não pelas palavras ou pela forma de falar mais alto e gritar, que me é peculiar, mas por saber que não se tratam de palavras jogadas ao vento. Cada um dos integrantes da Polícia Militar, do mais jovem soldado ao mais antigo dos veteranos, faz o mesmo juramento de defender a sociedade e, se preciso for, sacrificando a própria vida.

O general Ikeda está se despedindo de São Paulo e vai para um comandamento maior. Seremos vizinhos, em Brasília. Muito obrigado às Forças Armadas pelo respeito permanente com as Polícias Militares - no caso, São Paulo. De forma muito especial, o tratamento, a camaradagem, o respeito que as Forças Armadas dedicam às Polícias Militares. Pode ter certeza, general, de que sabemos reconhecer e valorizar isso.

Na semana passada, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, esteve na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, da qual faço parte. No meu jeito meigo e tranquilo, já o cobrei de público e o arrebentei pelo contingenciamento, pelo corte de recursos para as Forças Armadas às vésperas de uma Olimpíada, com o mundo falando em terrorismo, e o governo, covardemente, cortando recursos do Sisfron, Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, da Marinha, da Aeronáutica - e não tem o que responder.

O nosso papel é exatamente esse. Estavam lá os nossos três comandantes das Forças. Tive o prazer de relacionamento e camaradagem com Adhemar, que era o então comandante militar do Sudeste. Tive a oportunidade de conhecer, na época, o Comando Militar do Amazonas, ainda não dividido. Hoje, o general Villas Bôas é o comandante da Força. Temos mais do que camaradagem, amizade, parceria e consideração mútua entre as Forças Armadas e as Polícias Militares.

Gilson Menezes, meu amigo de muitos anos, que, brilhantemente, comanda a Guarda Civil Metropolitana de São Paulo. A todos os policiais militares, amigos da Polícia Militar, que faz 184 anos de dedicação como a instituição que está mais presente no estado de São Paulo, nos 645 municípios, 24 horas por dia. Aliás, não tem nenhuma outra, nem no plano federal, nem estadual, 24 horas, permanentemente, à disposição do cidadão. Não existe.

Bem por isso, temos que lutar o tempo todo pela respeitabilidade. Pareceria óbvio respeitar aqueles que, se for necessário, dão até a vida pelo patrimônio de alguém que nunca viu. Não é nem por outra vida. Mas, não é isso que acontece. Dizia o Augusto da nossa luta. Fiquei oito anos nesta Casa, usando essa tribuna, e, a maioria das vezes, cobrando: “Pelo amor de Deus.” Autoridades constituídas que não respeitam! E não adianta dizer: “Olha, como eu adoro a Polícia Militar”! E o reajuste salarial é zero! “Olha, como eu respeito.” E vai se trabalhando a supressão de direitos e garantias.

Lá no Congresso Nacional, somos seis policiais militares - e estamos de mãos dadas. Mas, mesmo assim, é uma batalha hercúlea, com gigantes com uma força imensa e indestrutível.

Quero dizer a vocês que, por várias iniciativas, tenho consideração ao trabalho que vem fazendo o Augusto, o subtenente Gonzaga de Minas Gerais, o Rocha e o Sabino, do Ceará. Hoje, somos seis deputados federais - éramos sete, mas o capitão Fabio assumiu a Secretaria de Segurança Pública no Piauí.

Mas precisamos ser muito mais. Precisamos ter 30 parlamentares; precisamos ter senador. Precisamos ousar e dizer: “Nós temos comprometimento; nós temos condição de administrar com probidade, com respeito à coisa pública.” Nós temos que sonhar em administrar estados, sim, porque o juramento que nós fazemos, nós mantemos. Talvez não consigam ler quem está em casa, mas aqui está escrito: “Impeachment já”! Meu partido diz: não aceitamos e fazemos questão! Ninguém do PDT vota contra Dilma! Eu já não sou mais do PDT.

Não me dobra nos meus compromissos. Como disse o Gil, pelo tempo que ficou na corporação, de não presenciar, de não saber, de não aceitar ato de corrupção. Nós não aceitamos que estão roubando o país. Governo corrupto; presidente criminosamente doentia; presidente da Câmara dos Deputados, comportamento de ladrão; presidente do Senado, comportamento de ladrão.

Diante de verdadeiros heróis que não se dobram e até morrem no cumprimento da lei, nós temos que dizer: que orgulho pertencer à Polícia Militar do Estado de São Paulo. Estamos em uma luta sim - e não vamos parar. Nós estamos debatendo em todo o país o ciclo completo de polícia. Não é para tirar competência de nenhuma instituição policial; não é para desmerecer nenhuma instituição policial - é para dar condição de melhor atendimento, de empoderamento do reconhecimento que autoridade policial é o agente público, é o soldado de polícia que está atendendo a população.

Nós não vamos nos quedar. Não adianta fazer ameaça aos nossos no campo nas ideias, na Câmara dos Deputados e no Senado - vai valer o que a população mais quer e precisa e que não suporta mais um modelo anacrônico. Incompetente o modelo. Apesar disso, São Paulo tem os menores indicadores de criminalidade do país.

Hoje eu posso comparar e posso dizer, com absoluta tranquilidade para a população do estado de São Paulo: graças ao compromisso dos profissionais da Segurança Pública do estado de São Paulo. Não é por ação de governo, é apesar da omissão e da desconsideração de governo.

Imaginem se fossem mais prestigiados? Imaginem se tivessem o salário mais decente, carreira mais célere, garantias para o exercício da atividade, para os familiares?

Coronel Telhada, parabéns. O meu respeito, a minha consideração e a minha amizade. A nossa proximidade é quase que familiar. Vossa Excelência, onde está e onde esteve, prestigia a nossa Polícia Militar com ética, conduta e respeito, prestigia os valores da nossa história - é um historiador.

Fazer essa sessão solene, Vossa Excelência, neste momento, está fazendo o que 43 milhões de habitantes neste estado reconhecem. Vossa Excelência materializou. Que Deus lhe dê forças para perseverar nesta Casa e ter cada vez mais força para não fazer simplesmente um ato ao ano, mas fazer todos os dias e em todos os momentos do ano.

Parabéns à nossa Polícia Militar. Viva a nossa família policial militar. Grande Natal a todos.

Encerro como dizia o nosso general Ademar: daqui a 100 anos, nenhum de nós estará aqui. Mas, daqui a 100 anos, nós temos uma certeza inequívoca: haverá Polícia Militar do Estado de São Paulo nas ruas defendendo a sociedade. Viva a nossa Polícia Militar! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado ao deputado federal Major Olímpio, que durante oito anos nesta Casa defendeu arduamente a nossa corporação. Agora em Brasília, junto com o Capitão Augusto, continua na luta num plano mais avançado, mais amplo, lutando por todas as polícias militares e não só pela Polícia Militar de São Paulo.

Quero fazer notória a presença e a chegada do nosso amigo e deputado estadual Coronel Camilo, a quem já passo a palavra para que possa fazer suas considerações.

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - Bom dia a todos. Gostaria de saudar o presidente, nosso colega da Casa, Coronel Telhada. Parabéns pelo seu trabalho incansável na defesa da nossa Polícia Militar. Eu digo para vocês, todos os dias esse homem está neste plenário defendendo a nossa Polícia.

Quero cumprimentar nosso comandante-geral, coronel Ricardo Gambaroni, e já de antemão cumprimentar toda a nossa Polícia Militar. Cumprimento também o nosso Capitão Augusto, deputado federal, Major Olímpio, deputado federal e meus colegas de Casa que também estão aqui prestigiando - Delegado Olim e Gil Lancaster. Muito obrigado. Cumprimento nosso subcomandante, coronel Mesquita, nosso parceiro de longas datas Gil Menezes, o Gilson da nossa Guarda Civil, todos os nossos policiais militares, todos os presentes e demais autoridades.

Senhoras e senhores, não poderia deixar de vir aqui para dar os meus parabéns à nossa gloriosa Polícia Militar de São Paulo. Parabéns ao Coronel Telhada pela iniciativa, mas parabéns a vocês todos. Parabéns a você que continua fazendo acontecer na vida do cidadão paulista. Não é à toa que chegamos a indicadores invejáveis no mundo todo. O case que temos em São Paulo de Segurança Pública, graças ao trabalho de todos vocês, é melhor do que qualquer outro do mundo. Por favor, transmitam isso àqueles nossos soldados na ponta da linha, àqueles homens e mulheres que estão lá batalhando, nos defendendo e defendendo o cidadão enquanto estamos aqui. Muita gente nem fala isso. Foi melhor que Bogotá, uma cidade, melhor que Nova Iorque, uma cidade. Foram 15 anos ou quase 16 anos de queda consecutiva dos homicídios em São Paulo - 86% de queda, se não me engano 8,9 homicídios por 100 mil. Parabéns a todos vocês. Transmitam isso a toda a nossa tropa.

Não esqueçam também de agradecer aos seus familiares. Estamos agora numa briga pelo reconhecimento da família policial militar. Tenho certeza, não pude acompanhar, mas os que me antecederam aqui falaram da importância do reconhecimento e da falta de reconhecimento. Estamos indo atrás para conseguir, mas isso é tudo um grande trabalho de todos os senhores e senhoras. Transmitam aos nossos policiais militares. Aquilo que pudermos ajudar para melhorar a vida da família policial militar, eu, Coronel Telhada, Gil Lancaster, Delegado Olim, todos aqui da Assembleia Legislativa, faremos. Na área federal também temos os dois que estão aqui, Capitão Augusto e Major Olímpio.

Conquistas em outras áreas, que dependem do deputado, já estamos tendo. Eu e o Coronel Telhada aprovamos a lei dos pancadões, sancionada hoje. É um projeto meu e do Coronel Telhada. Porém, no campo dos benefícios, da assistência à Polícia Militar, da assistência aos policiais de São Paulo - Polícia Militar, Civil e Científica - dependemos exclusivamente do governador do Estado. Vamos batalhar junto a ele para que isso venha. Contem conosco na Assembleia Legislativa.

Deixo aqui os meus parabéns. Mais uma vez, nosso comandante, Ricardo Gambaroni, parabéns pelo seu trabalho, parabéns por esses índices conseguidos pela Polícia Militar com muito suor, também com a participação da Polícia Civil e Científica, logicamente. Sabemos que quem está na ponta da linha, o policial militar, está sofrendo bastante.

Parabéns a todos. Que todos tenham um feliz Natal. Aproveitem intensamente o momento com seus familiares e que no ano de 2016 possamos juntos, nós aqui da Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e todos os senhores e senhoras da Polícia Militar de São Paulo, fazer melhor pela nossa família policial militar e fazer melhor pelo cidadão de são Paulo. Feliz Natal. Que Deus abençoe a todos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado, meu amigo Coronel Camilo, nosso sempre comandante-geral e hoje deputado estadual nesta Casa. Parabéns também pela aprovação da Lei nº 16.049, que fizemos em coautoria - a chamada Lei do Pancadão. É um trabalho a mais para a Polícia Militar, mas com certeza será uma ferramenta para trabalhar nesse problema tão sério que todos os senhores enfrentam diariamente e nos finais de semana, ao serem solicitados pela população que não aguenta mais essa desordem urbana que impera no estado de São Paulo com esses famigerados pancadões. Esperamos que essa nossa contribuição possa facilitar o serviço da Polícia Militar e permitir uma ação mais eficiente e eficaz no combate a essa desordem urbana.

Antes de passar às considerações finais do comandante-geral e do general Ikeda, temos um vídeo institucional que eu gostaria que fosse passado neste momento. Por gentileza.

 

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- É feita a exibição do vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Muito legal, muito legal. É um orgulho pertencer a essa tão gloriosa corporação.

Para as considerações finais, solicito, neste momento, a presença do meu amigo há mais de 35 anos, hoje nosso comandante-geral, um dos grandes pilotos da Polícia Militar, um dos grandes expoentes, coronel Ricardo Gambaroni.

 

O SR. RICARDO GAMBARONI - Senhoras e senhores, um bom dia a todos os presentes.

É com muita honra e emoção que estou novamente na tribuna desta Casa de Leis, a Casa do Povo, em uma solenidade em homenagem à Polícia Militar do Estado de São Paulo. É uma grande emoção que nos toca.

Gostaria, neste ato, de cumprimentar o meu amigo que já entregou a nossa idade. São mais de 35 anos. Estou prestes a completar 35 anos de polícia e somos amigos desde o primeiro dia de minha estada na Polícia Militar. Refiro-me ao coronel Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, deputado estadual. Na sua pessoa, cumprimento também o deputado Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa, pela oportunidade de realizarmos esta sessão solene e de estarmos nesta tribuna agradecendo e falando em nome da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Nesta data, recebo, em meu nome e também em nome da Polícia Militar, essa medalha, a Medalha da Constituição. É uma resolução desta Casa, de 1962, que tem como objetivo homenagear os veteranos da nossa Revolução de 32 e, mais recentemente, também outras personalidades e autoridades. É uma medalha que, além de ser muito bonita esteticamente, traz os seguintes dizeres: “Pela lei e pela grei”. Pela grei, pelo povo, pelo conjunto de cidadãos que constituem uma nação e até por aqueles que não são cidadãos, mas que habitam no território.

É exatamente o que a Polícia Militar faz. Fez em 32, defendendo a Constituição, e faz hoje, defendendo a Constituição e o povo. É o que esta Casa faz, como garantidora da nossa Constituição Estadual, como garantidora das leis.

É uma grande honra estarmos aqui falando em nome da Polícia Militar nesta data.

Gostaria de cumprimentar também o meu amigo - pelo mesmo período de 35 anos - major Sérgio Olímpio Gomes, deputado federal, assim como o capitão José Augusto Rosa. Parabéns pela condução dos trabalhos. Vocês, juntamente com meu querido amigo coronel Alvaro Batista Camilo, deputado estadual, são a nossa voz nessas Casas de Leis, são a nossa voz defendendo a nossa instituição e os nossos direitos. Fico muito feliz com o trabalho que é realizado por V. Exas., defendendo a nossa instituição e falando em defesa de todos nós que hoje ostentamos essa farda. Vocês nunca deixaram de ostentá-la espiritualmente e até fisicamente.

Isso faz parte, como o deputado Gil Lancaster falou. Ele é de 81, o mesmo ano em que entrei na Academia, e também defende a instituição. Vossa Excelência falou que tudo isso está no DNA. Isso mostra que realmente estamos falando de um sacerdócio, de uma missão. Ser policial militar não é uma profissão, é uma missão. Por isso essa emoção. Então, deputado Gil Lancaster, gostaria de homenageá-lo e agradecê-lo pelas palavras.

Cumprimento também o Delegado Olim, deputado estadual, que nos deixou em razão de outros compromissos; o secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, também homenageado nesta data; e o meu amigo general-de-brigada Riyuzo Ikeda, representando o Comando Militar do Sudeste e o general Cid, que está em compromisso no Rio de Janeiro. Obrigado pela presença, essa parceria é sempre uma honra.

Gostaria de cumprimentar também o meu amigo subcomandante da Polícia Militar, Francisco Alberto Aires Mesquita, e o coronel mais antigo, Maximiano Cássio Soares, meu grande amigo também. Nas suas pessoas, cumprimento todos os coronéis da Polícia Militar aqui presentes.

Cumprimento também esse jovem de 14 anos, Alfredo Pires Filho. Quatorze anos, Sr. Alfredo? Noventa e cinco. Nove mais cinco são quatorze. Então, é um garoto de 14 anos que foi comandante do Exército Constitucionalista e que atuou como escoteiro na Revolução Constitucionalista de 32.

O senhor deve ter vibrado quando nossa banda do Corpo Musical tocou Paris Belfort. Seguramente todos voltamos no tempo, é uma grande emoção ouvir o Paris Belfort.

Inspetor Gilson Pereira de Menezes, comandante da Guarda Civil Metropolitana, representando o prefeito, muito obrigado pela parceria e pela presença constante. Gostaria de cumprimentar nosso Corpo Musical, o 2º sargento PM, Paulo Roberto Almeida Nascimento, maestro da 2ª sessão da Banda do Corpo Musical. Obrigado por abrilhantar com essa energia da música esta solenidade.

Há tanto a falar e a prestar contas, até disse para o Coronel Telhada que estou à disposição para falar e prestar contas do que a Polícia Militar faz em defesa da nossa sociedade. Aqui estamos entre amigos, entre irmãos de farda, irmãos que ostentam a farda espiritualmente. Muito já foi falado pelos que me antecederam, falando dos valores da Polícia Militar, então eu gostaria de ressaltar alguns pontos importantes, até para que nós todos conversemos como iguais, somos todos cidadãos, pessoas do povo e prestamos um serviço ao povo.

Foi mencionado pelo Coronel Camilo os indicadores do trabalho que a Polícia Militar vem fazendo. Este mês ela fechou com 8,92 homicídios por grupo de 100 mil habitantes por ano, mais uma vez um recorde. É um trabalho não só da Polícia Militar, mas de todas as forças de Segurança e de todas as outras entidades da sociedade que colaboram com isso.

Sabemos que isso tem um peso. O filme mostrou muitas das nossas atividades, já está um pouco defasado por ser de 2013, mas faremos um novo mostrando mais coisas. O que mudou de lá para cá é que nós melhoramos, continuamos nos aperfeiçoando. Novas metodologias, Projeto Radar, Detecta, todos trazendo excelentes resultados. Não é por acaso que as coisas vão melhorando.

Quando falamos em números não é passado o indicador dos dez, segundo o qual a população passou a se sentir mais ou menos segura. Chegamos a 9, a 8,92, mas, em questão de números absolutos, isso representa menos de quatro mil homicídios por ano no estado de São Paulo. Em 1997, nossos indicadores passavam da casa dos 30, era o quarto pior indicador do Brasil. Hoje somos, disparado, o menor indicador. Um quarto da média nacional, que está em torno de 27, contando com São Paulo, que leva essa média para baixo, ela passa dos 38 se tirarmos São Paulo.

Mas esse trabalho não representa nada para a sociedade, ainda morrem quatro mil. Temos que melhorar, temos que reduzir, mas, se mantivéssemos o número ou a média nacional, seriam mais de 13 mil mortos por ano. Ou seja, o que fazemos representa salvar a vida de, pelo menos, oito mil pessoas por ano. Isso não se fala.

Além de salvar vidas, como já foi dito, a Polícia Militar - muito bem lembrado pelo Major Olímpio -, é a única instituição presente 24 horas por dia, sete dias por semana, faça sol ou faça chuva, dia, noite, frio ou calor nos 645 municípios do estado de São Paulo e até naqueles distritos mais isolados desses municípios.

É isso que faz a diferença, é essa presença que traz essa redução. E, se não bastasse salvarmos todas essas vidas, ainda ajudamos a trazer vidas ao mundo. Só no ano passado foram 54 partos realizados dentro de viaturas da Polícia Militar, fora as mais de três mil ocorrências do resgate em apoio a parturientes e às diversas missões do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar.

Ou seja, os números impressionam. Eu me comprometi com o Coronel Telhada, assim que for solicitado, a vir a esta Casa, falar sobre a atividade da Polícia Militar, prestar contas do que está sendo feito e construído para o futuro, porque temos orgulho do nosso trabalho. A imprensa pode não ver isso e pegar apenas pequenos defeitos, infelizmente sempre digo que, embora voemos, muitas vezes levamos tiros e não nos ferimos, mas muitas vezes levamos tiros e nos ferimos, como a soldada Adriana, de que V. Exa. lembrou, deputado Gil Lancaster. Estive em uma solenidade com ela ontem, que está se recuperando de maneira fantástica.

Estamos naquela linha da proteção, com estudo no estado maior, para ver a maior viabilidade em termos de custo benefício, não só para blindagem dos para-brisas frontais, como de algumas outras áreas críticas das viaturas, trazendo menor impacto em termos de custo/benefício. São 18 mil viaturas de policiamento espalhadas pelo estado, então temos que pensar na questão da melhor viabilidade para tornar isso exequível a longo prazo, porque não pensamos apenas no hoje, a construção é perene.

Ainda dentro dessa linha, para não me alongar, gostaria de trazer uma notícia de que talvez nem todos tenham ciência, mas, há dois dias, conseguimos um passo muito importante dentro dessa construção da evolução constante da Polícia Militar. Assinamos um convênio com o Movimento Brasil Competitivo na presença do secretário da Segurança Pública, Dr. Jorge Gerdau, que é o presidente de honra do MBC, e do senhor Claudio Gastal, CEO executivo do Movimento Brasil Competitivo, para a construção de um Planejamento Estratégico de Longo Prazo na Polícia Militar, com todas as métricas, software, estruturas de monitoramento.

A empresa a cargo disso já foi selecionada e apresentou projeto - é a Brainstorm. Isso vai ser financiado com recursos da iniciativa privada, através do Movimento Brasil Competitivo, a fim de construirmos um Planejamento Estratégico de Longo Prazo, que não é deste comando ou deste comandante, mas da Polícia Militar como um todo. A ideia é fazermos estudos e análises prospectivos para analisarmos como vai ser o mundo daqui a 20 anos. O projeto, que se chama Polícia Militar 2031 - ano em que comemoraremos nosso bicentenário -, já está sendo construído. Já temos todo o know-how, através do programa de qualidade que vem sendo feito. O tripé da Polícia Militar é: gestão pela qualidade, direitos humanos e polícia comunitária.

E, com esse passo importante, nós todos poderemos, a cada momento, fazer uma análise da construção dessa polícia melhor no futuro. É um trabalho coletivo, e nossa geração vai deixar esse legado para as gerações futuras. Estamos numa busca constante pela melhoria. Vendo o filme, percebo o quanto a gente evoluiu de 2013 para cá. Como falei, tive a oportunidade de apresentar esse filme em 2013 na Academia Nacional do FBI, com a presença de 250 chefes de polícia dos cinco continentes e dos 50 estados americanos. Eles ficaram absurdamente impressionados com o que é a Polícia Militar. Vendo hoje esse filme, percebo que já evoluímos. O Copom já é uma realidade, integrando não só a capital, mas toda a Grande São Paulo. Em breve, o Corpo de Bombeiros estará lá também, economizando em recursos e agilizando nosso atendimento. O sistema Radar, integrado ao Detecta, foi construído por nós, policiais militares, e traz ao tablet - ferramenta digital da viatura - informações importantes para o policial.

Nosso progresso está sendo fantástico. Nada é por acaso; essa redução não é por acaso. É trabalho dos senhores. Esse trabalho obviamente deve ter um retorno em termos de reconhecimento do valor do policial, reconhecimento do seu trabalho. Contamos com as fortes palavras de V. Exas., defendendo nossa instituição. Nosso papel está sendo feito. Essa busca é contínua, como foi no passado. O presidente desta Casa, deputado Fernando Capez, ressaltou a importância da Polícia Militar na preservação das fronteiras, colaborando com o Exército, num momento em que consolidávamos o Brasil como conhecemos hoje. Aquele foi um momento histórico em que tivemos nosso papel. Hoje, nosso papel é garantir a segurança e a tranquilidade do cidadão, da sociedade. E estamos empenhados com a mesma ênfase do passado, das gerações que nos antecederam nessa busca; e continuaremos a fazê-lo.

Quem estiver aqui, nesta tribuna de honra, ostentando a farda e falando em nome da Polícia Militar - ou quem estiver já despido dela, mas com esse cinza bandeirante que representa as cores da bandeira brasileira impregnado em sua alma, em seu DNA -, cumprirá também essa missão. Vossas Excelências podem ter a certeza de que a Polícia Militar continuará a cumprir seu papel constitucional, defendendo a Constituição representada por esta medalha e defendendo a população, que é a grande destinatária dos valores da Constituição. Falamos isto para a população em geral: o lema da Polícia Militar é “Você pode confiar”. O cidadão pode mesmo confiar na Polícia Militar. Essa é a mensagem que eu gostaria de deixar nesta Casa de Leis.

Se não bastassem os fatos do dia a dia, de grandes feitos dos nossos policiais, os números são inegáveis. Os jornais de hoje criticam pequenos indicadores que sobem momentaneamente, mas deixam de ver o quadro geral. Então, ficam procurando perfeição num mundo imperfeito. Temos que construir a cada dia uma sociedade melhor. E temos certeza de que fazemos o melhor possível. E trabalhamos não pelo reconhecimento, que às vezes não vem nem na forma salarial; não fazemos pelo reconhecimento da sociedade. Trabalhamos para Deus e para a sociedade. E continuaremos trabalhando cada dia melhor e com mais empenho, para que a população um dia acorde e possa dizer com convicção: “Polícia Militar, você pode confiar”. E seguramente esse dia vai chegar. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Coronel Ricardo Gambaroni, comandante-geral da Polícia Militar, parabéns por tudo que tem desenvolvido durante seu comando.

Para as considerações finais, solicito a presença da mais alta autoridade militar, nosso amigo general-de-brigada Riyuzo Ikeda, representando o comandante militar do sudeste. O general Ikeda tem duas peculiaridades: ele também é aspirante do Barro Banco da turma de 1983; e é irmão do coronel PM Ikeda, aspirante da turma de 1984. Temos que falar da ligação do nosso general com a Polícia Militar.

 

O SR. RIYUZO IKEDA - Primeiramente, quero cumprimentar as ilustres autoridades que compõem esta Mesa. Gostaria de acrescentar, deputado Coronel Telhada, que tenho um irmão também, o segundo-sargento Ikeda, lá em Bauru. Foi soldado, cabo e terceiro-sargento, tendo sido promovido a segundo-sargento recentemente. Em termos de número, lá em casa a polícia ganha de dois a um.

Tenho muito orgulho de ter esses dois irmãos. Tenho orgulho da nossa Polícia Militar do Estado de São Paulo. É a melhor Polícia Militar do Brasil. Corresponde a metade do efetivo do Exército. É uma força que respeitamos, essa instituição, essa corporação que faz valer sua história de 184 anos, desde 1831.

É uma história que deve ser respeitada, que deve ser cultuada, uma história que está em cada um dos senhores, não pela idade, mas pelo que fizeram, desde a época do Império, passando pelo fato histórico importante que é a Revolução Constitucionalista de 1932.

Esses fatos importantes, que nosso coronel Ricardo Gambaroni já descreveu aqui, são conquistas diárias de cada um. Assim, parabenizamos cada um dos senhores, dos soldados mais simples a seus comandantes maiores, e também aqueles servidores civis, que fazem parte das nossas unidades, que estão ali labutando.

Ficam os cumprimentos do Exército brasileiro. Em nome do general Cid, nosso comandante militar do Sudeste, estou aqui representando e trazendo o abraço de cada um dos integrantes do Comando Militar do Sudeste a todos os senhores e senhoras que fazem a nossa Polícia Militar do Estado de São Paulo. Parabéns.

Gostaria também de aproveitar a oportunidade para expressar nosso feliz Natal. Que 2016 seja um ano de excelentes frutos. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado, general- de-brigada Riyuzo Ikeda. Falar após tantas autoridades é até difícil. Para encerrar esta solenidade, quero agradecer a presença de todos os senhores e senhoras aqui.

Não só o País, mas a Polícia Militar também está passando por uma fase nova em sua história, uma fase de transformação, uma fase de participação política. É uma coisa que, quando nós entramos na academia, nem se pensava em comentar.

Quando os senhores mais antigos entraram na escola de soldados, nem se pensava em comentar algo desse tipo. Hoje, é uma realidade a participação ativa da Polícia Militar na política brasileira, e deve ser assim, como o Capitão Augusto e o Olímpio falaram.

No ano que vem, devemos ter uma participação mais intensa, porque através dessa participação é que nós vamos firmar a Polícia Militar no contexto político, porque a população confia em nós, mas as autoridades, muitas vezes se deixando levar por interesses próprios, criticam ou até não valorizam a Polícia Militar da maneira que ela deveria ser valorizada, e não aceitaremos isso aqui. Nós estaremos neste novo campo de batalha brigando pelos direitos do policial militar, pelas conquistas dos policiais militares.

Com a permissão do comandante-geral, quero fazer um pedido a todos, neste dia de aniversário da Polícia. Passamos no mundo por uma fase de tecnologia. Peço para que todos tenham cautela e se apercebam do que está acontecendo no WhatsApp, no Facebook, em todos os meios de comunicação.

Muitas informações estão sendo jogadas para dividir a nossa força. Tenham consciência disso. Cuidado com o que vocês leem e com o que vocês retransmitem. Muita coisa é feita para minar a nossa tropa, para minar nossa instituição, para dividir nossa força.

O que incomoda esse pessoal, como disse aqui o Major Olímpio, é a nossa força, a nossa disciplina, a nossa coesão. Isso, para eles, é o pior inimigo do mundo, eles querem minar isso, e muitos de nossos colegas estão se deixando levar por isso.

Se você joga uma mentira deslavada no WhatsApp, aquilo corre como fogo em mato seco. Dali a pouco a população inteira está falando mal do comandante-geral, do delegado, do deputado, do presidente, e aquilo é uma informação mentirosa. Quando você prova que é mentirosa, mesmo assim fica o prejuízo.

Então, temos que ter essa cautela, esse profissionalismo, porque estamos lutando. Não é fácil mudar as coisas, não é fácil. Todos os senhores são pessoas adultas, e sabem disso. É importante, meus amigos, que todos nós estejamos unidos em torno desse ideal, acreditando que tudo que nós fazemos é para a melhoria da corporação.

Muitas vezes conseguimos beneficiar um ou outro, individualmente, mas temos que pensar na corporação como um todo, e se a corporação sobreviveu a esses 184 anos, foi porque nós sempre trabalhamos com disciplina e hierarquia, e não podemos abrir mão desses dois pilares.

No momento em que abrirmos mão da hierarquia e da disciplina, deixaremos de ser Polícia Militar. No momento em que deixarmos de ser Polícia Militar, abriremos mão de dezenas de conquistas, dezenas de direitos que nós temos, e que muitas vezes não valorizamos porque temos. Só vamos valorizar quando perdermos.

Tenhamos essa cautela, tenhamos essa atenção. O general Ikeda falou sobre o ano que se aproxima. Será um ano difícil para todos nós, principalmente para os senhores e senhoras patrulheiros que estão na rua enfrentando todo esse problema. São senhores que segurarão toda essa dificuldade em suas mãos.

Eu fui patrulheiro minha vida toda. Rádio-patrulha, tático móvel, Rota, fundador do Gate, com outros oficiais. Nós sabemos da dificuldade que é o patrulhamento. Nós sabemos do valor do patrulheiro.

Estejamos unidos. Nós temos nossas diferenças, é normal, até na família temos diferenças. Mas não se esqueçam de que nessa família cinza bandeirante a qual nós pertencemos, nós temos os mesmos ideais e lutamos pelas mesmas coisas. Não vamos enfraquecer, não vamos nos separar.

Eu queria sempre oficiais e praças juntos. Não existe essa diferenciação. Eu estava falando outro dia que, quando houve diferenciação junto à Polícia Civil, foi oferecido o mesmo à Polícia Militar, e o Meira recusou. Era para ter dado aumento só para os oficiais, e o Meira recusou, porque ou fazemos para o soldado e para o coronel ou não fazemos para ninguém. Não existe essa separação em oficiais e praças. Existe a hierarquia, a disciplina, o regulamento, isso não vai mudar, mas na questão de direitos nós não abrimos mão de estarmos todos juntos.

A coronel Geórgia pediu para avisar ao comandante-geral que o novo vídeo institucional será lançado hoje à noite. O coronel Franco já está liberado da missão. Obrigado, Geórgia.

Para encerrar, eu queria fazer uma homenagem a duas pessoas. Sem dúvida o comandante da corporação, os oficiais, as praças, todos são pessoas de suma importância. Eu queria lembrar duas pessoas, hoje, neste dia de festa, homenageando os homens e as mulheres que se sacrificaram nesses 184 anos de história.

Queria citar o nome de um soldado de 28 anos que foi morto este ano com tiro de fuzil na cabeça, em uma ocorrência no dia 28 de janeiro, soldado Diego Soares da Silva. Eu faço sempre questão de dizer o nome desse soldado, porque eu carreguei esse menino no colo. Ele é filho do sargento Sidnei, que foi meu cabo e meu soldado na Rota, no 4º Batalhão. Eu carreguei o Diego no colo, porque ele tinha a mesma idade do Rafael, meu filho, tenente Telhada, foram criados juntos, brincaram juntos e, infelizmente, o Diego, a esta hora, está enterrado dentro de um caixão. Não quero nem saber como ele está, porque deve estar em uma situação terrível. Ele tem idade para ser nosso filho, tem idade para ser amigo de vocês - um dia vocês terão um filho de 28 anos. Vocês não sabem como é difícil, graças a Deus eu também não sei e não quero saber, como deve ser terrível um pai e uma mãe enterrar um filho. O soldado Diego foi enterrado este ano com um tiro de fuzil na cabeça.

Quero lembrar também, para que todos vocês vão para casa pensando nisso, do sargento Turíbio, que estava junto com ele na equipe, era o comandante dele, era o ronda setorial dele, o CGP dele, que também foi baleado com tiro de fuzil na cabeça, na mesma ocorrência. Os dois foram baleados na cabeça. O Turíbio está sem metade do cérebro. Para quem teve oportunidade de visitá-lo, o estado em que ele se encontra é lamentável, está sem metade da cabeça, em estado vegetativo, em uma situação terrível.

Domingo agora haverá uma feijoada em homenagem à família para arrecadar fundos. Será na Ermelino Matarazzo, não é, Olímpio? Quem puder, vá, compareça, ajude essa família, porque no momento de festa não podemos esquecer os nossos heróis. É muito bonito falar em herói, fazer solenidade, como o Olímpio falou, mas na hora de se apresentar, não é todo mundo que se apresenta. Nós não podemos nos esquecer dessas pessoas.

Como eles, nós temos centenas de PMs na APMDFESP. Lembrem-se da APMDFESP. Meus amigos, nós estamos todos juntos, no mesmo barco. E nosso barco está em uma situação difícil. Vamos nos unir. Todos nós somos privilegiados, estamos andando, falando, enxergando, vamos sair daqui, vamos almoçar, vamos trabalhar, vamos ter um final de semana. Quantos milhares de irmãos nossos não terão isso?

Senhores comandantes, lutem por sua tropa, valorizem-na. Tropa, lute pelos seus comandantes, valorize-os. Aqueles que dizem que gostam de nós, não gostam, querem se aproveitar de nós. Quem gosta de nós é quem cumpre a lei. Vamos sempre trabalhar juntos, vamos fazer mais 184 anos. Nós não estaremos aqui, mas nossos filhos estarão, nossos netos e nossos bisnetos também estarão. Nós pertencemos a uma corporação super-respeitada e super invejada. Orgulhem-se disso, orgulhem-se da farda que vocês vestem. Quando vocês tirarem a farda como nós tiramos hoje, mas ainda nos sentimos fardados no nosso espírito, vocês vão ver o quanto foi bom terem cumprido a missão. Não há preço que pague a nossa missão cumprida.

Parabéns a todos os senhores e as senhoras, meus irmãos de armas, parabéns à Polícia Militar. Muito obrigado pela presença de todos, do comandante-geral, dos deputados, deputados estaduais Gil Lancaster, Delegado Olim e Coronel Camilo e deputado federal Olímpio, do general Ikeda, do Gilson Menezes, de todos os senhores e as senhoras presentes, do capitão Augusto, que está nessa labuta de ter que viajar, ir e voltar, não é fácil. Lembrem-se de que somos irmãos de armas, aconteça o que acontecer, isso ninguém tira de nós.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades, às equipes envolvidas. Quero agradecer ao coronel José Paulo Marcolino Rosa, meu chefe de gabinete, meu colega de turma, a todos os meus assessores e à minha equipe, aos funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial da Casa, à Vera, aos funcionários da Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Legislativa, das Assessorias da Polícia Civil e da Polícia Militar, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade. Obrigado a todos, excelente final de semana. Deus os abençoe, tenham um ótimo natal. Estaremos juntos na guerra em 2016. Parabéns a todos. (Palmas.)

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 12 horas e 13 minutos.

 

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