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14 DE MARÇO DE 2016

007ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO DIA DA SEICHO-NO-IE DO BRASIL

 

Presidente: JOOJI HATO

 

RESUMO

 

1 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que o Sr. Presidente Fernando Capez convocara a presente sessão solene, a requerimento do deputado Jooji Hato, na direção dos trabalhos, com a finalidade de "Homenagear o Dia da Seicho-No-Ie do Brasil". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a quem tece agradecimentos.

 

2 - CINTIA SAYURI ABE NAKANISHI

Preletora em grau aspirante, conduz a leitura da Revelação Divina da Grande Harmonia.

 

3 - ITAMAR BORGES

Deputado estadual, diz ter sido prefeito de Santa Fé por três vezes. Ressalta que teve contato com a Seicho-No-Ie na cidade. Cumprimenta toda a família Seicho-No-Ie. Parabeniza o deputado Jooji Hato pela iniciativa desta sessão solene. Destaca a importância da instituição. Afirma que a mesma promove a busca de paz.

 

4 - PRESIDENTE JOOJI HATO

Cumprimenta todos os presentes. Agradece a oportunidade de realizar esta sessão solene. Destaca sua alegria em recebê-los neste Parlamento. Ressalta a importância do amor ao próximo em um momento no qual a violência e a falta de fé estão tomando conta da vida das pessoas. Afirma que no País falta consciência e sobra paciência nas pessoas. Menciona a manifestação pacífica realizada ontem em São Paulo. Parabeniza a Seicho-No-Ie por aproximar pessoas do amor, luz, fé, equilíbrio mental e espiritual, e ajudar pessoas em momentos difíceis. Diz que a filosofia prega o compromisso com a verdade e a paz. Coloca o seu mandato nesta Casa à disposição de todos.

 

5 - GEORGE HATO

Vereador, informa que hoje atua como representante da Câmara Municipal de São Paulo. Demonstra sua gratidão, reconhecimento e admiração por todos os presentes nesta sessão. Agradece o deputado Jooji Hato pela realização desta sessão solene. Cumprimenta as autoridades presentes. Destaca que, em um mundo de guerra e violência, a sociedade precisa de mais adeptos a Seicho-No-Ie. Menciona que a filosofia prega a harmonia, paz e o amor. Lembra a fundação da Seicho-No-Ie e sua história. Parabeniza todos que trabalham à frente da entidade.

 

6 - TUGUIO TERAMAE

Diretor-presidente da Seicho-No-Ie no Brasil, diz estar honrado com a cerimônia realizada na maior Casa de Leis do Brasil. Agradece o deputado Jooji Hato pela homenagem. Ressalta que esta filosofia prega que os povos devem viver em harmonia e irmandade, e gratos pelas coisas do céu e da terra. Demonstra sua felicidade em viver em um país no qual os povos vivem em harmonia. Afirma que todos os povos são irmãos e que estes ensinamentos devem ser levados para toda a América Latina e outros países do mundo. Agradece a todas as coisas do céu e da terra, tudo que Deus criou, por este dia e esta Casa.

 

7 - JUNJI MIYAURA

Presidente doutrinário da Seicho-No-Ie para a América Latina, cumprimenta as autoridades presentes. Agradece a presença de todos, o deputado Jooji Hato e esta Casa pela comemoração. Cita a fundação da Seicho-No-Ie em março de 1930. Informa que a mesma está presente hoje em mais de 40 países, na América Latina e em todas as capitais do Brasil. Cita a realização, no Japão em 11 de março, de cerimônia para orar pela grande harmonia entre Deus, a natureza e os seres humanos. Menciona a preocupação do presidente da Seicho-No-Ie com o aquecimento global. Diz que esta data foi instituída como forma de orar pelas vítimas do terremoto, ocorrido em 11 de março de 2011 no Japão. Destaca a necessidade de sermos cidadãos éticos, preservando a natureza e os seres humanos em harmonia e preocupados com as futuras gerações. Pede para que sejam intensificadas as orações pela paz mundial. Agradece esta Casa pela divulgação da filosofia da Seicho-No-Ie.

 

8 - PRESIDENTE JOOJI HATO

Convida os presentes para, em pé, cantarem a música "A vida fala mais alto".

 

9 - RAIMUNDO HELIERSON OEIRAS MAIA

Preletor em grau máster, relata sua experiência com o Seicho-No-Ie. Demonstra sua felicidade ao seguir os ensinamentos da Seicho-No-Ie há 36 anos, que revolucionaram sua vida. Diz ser hoje uma pessoa feliz graças aos ensinamentos desta filosofia. Agradece profundamente os seus pais. Discorre sobre sua história de vida desde a infância até o seu encontro com a Seicho-No-Ie.

 

10 - HEITOR MIYAZAKI

Preletor e palestrante, cumprimenta as autoridades presentes. Menciona a lei dos pisos drenantes e das árvores frutíferas, de autoria do deputado Jooji Hato. Diz ter sido Jooji um vereador ético. Afirma que votou no deputado em diversas eleições. Discorre sobre os benefícios da Seicho-No-Ie para a comunidade brasileira. Afirma que tudo é uma projeção da mente. Conta diversos casos de como a Seicho-No-Ie ajudou as pessoas. Apresenta seus livros aos presentes, tendo um deles a renda destinada para a Casa de Repouso da Seicho-No-Ie. Destaca a necessidade de agradecimentos aos pais e antepassados. Fala sobre o seu livro "Iluminando seu Caminho". Menciona os três pilares da Seicho-No-Ie.

 

11 - ARNALDO ALVES DA SILVA

Preletor em grau júnior, conduz a oração pela paz mundial.

 

12 - PRESIDENTE JOOJI HATO

Afirma que Carlos Takahashi foi o grande responsável por este evento, em razão da criação da lei que comemora o Dia da Seicho-No-Ie no Brasil. Informa que o mesmo, quando vereador em São Paulo, também fez a lei para a cidade de São Paulo. Presta homenagem ao político. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - OLÍMPIO KOSONOE - Bom dia a todos. Sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Senhoras e senhores, autoridades, agradecemos a todos pela especial presença. Damos início neste momento à sessão solene convocada pelo presidente desta Casa, deputado Fernando Capez, por iniciativa legislativa do excelentíssimo deputado estadual Jooji Hato.

A finalidade da presente solenidade é homenagear o dia da Seicho-No-Ie do Brasil, de acordo com a Lei 10.195, de 30 de dezembro de 1998, de autoria do ex-deputado Hatiro Shimomoto.

Neste momento, chamamos para dirigir os trabalhos desta sessão solene o nobre deputado estadual Jooji Hato, vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e proponente desta sessão solene. (Palmas.)

Convidamos para compor a Mesa o senhor presidente doutrinário da Seicho-No-Ie para a América Latina, preletor da sede internacional Junji Miyaura. (Palmas.) Convidamos também o diretor presidente da Seicho-No-Ie do Brasil, preletor Tuguio Teramae. (Palmas.) Convidamos o palestrante do dia, preletor da sede internacional Heitor Miyazaki. (Palmas.)

Composta a Mesa, passamos a palavra ao Exmo. Sr. Jooji Hato, deputado estadual.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Senhoras e senhores, autoridades presentes, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, deputado Fernando Capez, atendendo solicitação deste deputado, com a finalidade de homenagear o dia da Seicho-No-Ie do Brasil.

Convido todos os presente para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar, sob a regência do 1º sargento PM Vaz.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Podemos nos sentar. Esta Presidência agradece aos integrantes da Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que muito nos honra. Agradecemos ao 1º sargento PM, Vaz, muitíssimo obrigado da Seicho-No-Ie e de todos os deputados desta Casa. Parabéns. (Palmas.).

Quero anunciar com muita alegria a extensão da Mesa: o mais jovem vereador da capital, George Hato; professor Yoshio Mukai, preletor da Sede Internacional e ex-presidente doutrinário para América Latina; Sra. Márcia Teramae, esposa do querido professor, Tuguio Teramae; preletora em grau aspirante, Sra. Cintia Sayuri Abe Nakanishi; o sempre amigo Carlos Takahashi, do Conselho Fiscal da Seicho-No-Ie, chefe de gabinete da Secretaria Executiva do Ministro das Cidades; Sr. Raimundo Helierson Oeiras Maia, preletor em grau máster. (Palmas.).

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web, e será retransmitida pela TV Assembleia no próximo sábado, dia 19 de março, às 21 horas; pela NET, canal 07; pela TV Aberta, canal 61.2; e pela TV Vivo, canal 185.

Convidamos nesse momento para conduzir a leitura da Revelação Divina da Grande Harmonia a preletora em grau aspirante, Sra. Cintia Sayuri Abe Nakanishi.

 

A SRA. CÍNTIA SAYURI ABE NAKANISHI - Bom dia a todos, muito obrigado. queiram assumir a posição de oração, por favor.

“Revelação Divina da Grande Harmonia. Reconcilia-te com todas as coisas do céu e da terra. Quando se efetivar a reconciliação com todas as coisas do céu e da terra, tudo será teu amigo. Quando todo o Universo se tornar teu amigo, coisa alguma do Universo poderá causar-te dano. Se és ferido por algo ou se és atingido por micróbios ou por espíritos baixos, é prova de que não estás reconciliado com todas as coisas do céu e da terra. Reflexiona e reconcilia-te. Esta é a razão por que te ensinei, outrora, que era necessário te reconciliares com teus irmãos antes de trazeres oferenda ao altar. Dentre os teus irmãos, os mais importantes são teus pais. Mesmo que agradeças a Deus, se não consegues, porém, agradecer a teus pais, não estás em conformidade com a vontade de Deus. Reconciliar-se com todas as coisas do Universo significa agradecer a todas as coisas do Universo. A reconciliação verdadeira não é obtida nem pela tolerância nem pela condescendência mútua. Ser tolerante ou ser condescendente não significa estar em harmonia do fundo do coração. A reconciliação verdadeira será consolidada quando houver recíproco agradecer. Mesmo que agradeça a Deus, aquele que não agradece a todas as coisas do céu e da terra não consolida a reconciliação com todas as coisas do céu e da terra. Não havendo a reconciliação com todas as coisas do Universo, mesmo que Deus queira te auxiliar, as vibrações mentais de discórdia não te permitem captar as ondas da salvação de Deus. Agradece à Pátria. Agradece a teu pai e a tua mãe. Agradece a teu marido ou a tua mulher. Agradece a teus filhos. Agradece a teus criados. Agradece a todas as pessoas. Agradece a todas as coisas do céu e da terra. Somente dentro desse sentimento de gratidão é que poderás ver-Me e receber a Minha salvação. Como sou o Todo de tudo, estarei somente dentro daquele que estiver reconciliado com todas as coisas do céu e da terra. Não sou presença que possa ser vista aqui ou acolá. Por isso não me incorporo em médiuns. Não penses que, chamando por Deus através de um médium, Deus possa Se revelar. Se queres chamar-Me, reconcilia-te com todas as coisas do céu e da terra e chama por Mim. Porque sou Amor, ao te reconciliares com todas as coisas do céu e da terra, aí, então, Me revelarei.”

Muito obrigado, muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência agradece a preletora Cíntia Sayuri Abe Nakanishi pela leitura da Revelação Divina da Grande Harmonia.

Neste instante, esta Presidência anuncia a presença do deputado estadual Itamar Borges, que foi o melhor prefeito de Santa Fé do Sul.

Quebrando o protocolo, eu gostaria de dar a V. Exa. a palavra, porque V. Exa. tem outro compromisso, inadiável.

Tem a palavra o nobre deputado Itamar Borges.

 

O SR. ITAMAR BORGES - PMDB - Muito bom dia a todas e a todos. Apenas passei para dar um abraço no meu amigo, no meu líder, nesta referência parlamentar que temos nesta Casa, que tem essa brilhante iniciativa.

Fui prefeito de Santa Fé do Sul por três mandatos e fui vereador. Lá, sempre tive, e tenho, uma convivência e participação efetiva com a Seicho-No-Ie, com todos os amigos que lá lideram e a conduzem de forma importante.

Não poderia deixar de trazer meu abraço ao Jooji, ao vereador George Hato e a toda a família Seicho-No-Ie pela comemoração deste dia. Comemoração que tem a iniciativa do Jooji que, todos os anos, como parlamentar tem essa brilhante iniciativa. Hoje, seu fílho é vereador aqui na Capital e ele é deputado aqui na Assembleia Legislativa .

Parabéns, Jooji! Além de ser um deputado que honra esta Casa, que orgulha seu mandato, também reconhece o valor das instituições. Este momento que V. Exa. presta aqui ao Dia da Seicho-No-Ie demonstra mais um dos seus valores.

Homenageio quem merece, porque sabemos da importância que a Seicho-No-Ie tem para a comunidade, na busca de trazer um equilíbrio, uma paz, a orientação e tantas contribuições importantes.

Um grande abraço, bom dia e uma boa reunião a todos vocês.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Caríssimo deputado Itamar Borges, agradecemos as palavras e, com certeza, a Seicho-No-Ie também.

Convido o vereador George Hato para assumir a cadeira aqui do lado. Ele é o vereador mais jovem e representa a Câmara Municipal de São Paulo, o maior parlamento legislativo.

Quero cumprimentar todos os presentes. É um dia difícil para todos nós, uma segunda-feira em que todos têm seus afazeres e deixam seus afazeres para ajudar na divulgação dessa grande instituição que é a Seicho-No-Ie.

Muito obrigado.

Mais uma vez, agradeço por esta oportunidade de participar das comemorações relativas ao Dia da Seicho-No-Ie no Brasil. É com grande alegria que os recebemos nesta Casa de Leis.

Os ensinamentos dizem que, independentemente de qualquer coisa, somos filhos de Deus, de um mesmo Deus. É primordial o amor ao próximo, principalmente nos dias de hoje, em que a violência, a frieza, a insensibilidade e a falta de fé têm tomado conta da vida das pessoas.

Isso faz com que passemos por grandes dificuldades na superação dos nossos problemas. É um país onde falta consciência, e sobra paciência. Chegamos ao ponto de termos uma manifestação muito pacífica ontem. Graças a Deus e graças, também, à Seicho-No-Ie.

Não podemos medir a felicidade baseando-nos em bens materiais. Esse é um dos grandes ensinamentos que devemos seguir, pois assim conseguimos enxergar a nós mesmos e aos outros pelo que realmente somos, e não pelo que, muitas vezes, aparentamos ser.

Gostaria de parabenizar a Seicho-No-Ie por aproximar tantas pessoas desse ideário, o ideário do amor, da luz, da fé, do equilíbrio normal, mental e espiritual, ajudando-as em seus momentos mais difíceis, como teremos a oportunidade de vivenciarmos aqui, através dos nossos queridos preletores.

Mantenho compromisso de vida com a verdade e com a paz, herdados de meus antepassados, seguidores do movimento da Seicho-No-Ie, coloco meu mandato nesta Casa à disposição de cada um dos senhores e das senhoras.

Agradeço ao Criador por essa oportunidade. Agradeço ao mestre Taniguchi, mais uma vez, muito obrigado.

Convidamos, nesse instante, para o seu pronunciamento, o nobre vereador George Hato, o mais jovem vereador da Câmara Municipal de São Paulo, que representa, nesse instante, o Poder Legislativo da maior cidade do nosso país.

 

O SR. GEORGE HATO - Bom dia.

Inicialmente, quero manifestar a minha gratidão, reconhecimento e admiração a todos aqui presentes. Muito obrigado pela presença de todos.

A meu pai, deputado Jooji Hato, pela honrosa sessão solene em homenagem, mais uma vez, a tão respeitosa filosofia de vida que é a Seicho-No-Ie e por outras honrarias realizadas para a comunidade nipo-brasileira.

Ao presidente doutrinário da Seicho-No-Ie da América Latina, o preletor Sr. Junji Miyaura, com as sábias palavras: não nascemos para sofrer com os problemas deste mundo.

Ao diretor-presidente da Seicho-No-Ie no Brasil, o preletor Sr. Tuguio Teramae; o palestrante do dia, o preletor Heitor Miyazaki; Carlos Takahashi; os dirigentes, senhoras e senhores, comunidade nipo-brasileira. Que Deus esteja na presença de todos vocês.

Como vereador, estou representando a Câmara Municipal de São Paulo. Hoje, mais do que nunca, precisamos elevar ainda mais a filosofia da Seicho-No-Ie. Um mundo de guerra e violência está precisando de mais adeptos à filosofia. Ela busca, cada vez mais, preencher nossos lares de felicidade, harmonia, paz, amor e todos os atributos de Deus. Uma filosofia onde palavras resolvem vidas, minutos consertam décadas. São milhares de almas e vidas salvas.

Quando as palavras “reconcilia-te com todas as coisas do céu e da terra” chegaram a esse mundo, o então jovem de 37 anos, professor Masaharu Taniguchi, fundador da Seicho-No-Ie, deu-se conta que tinha nas mãos uma luz de proporções épicas. Desde então, são milhões de almas e vidas salvas, famílias retiradas das ruínas e líderes que se formaram na trilha da verdade: homem, filho de Deus.

Há 86 anos a Seicho-No-Ie não é sinônimo de sectarismo religioso. Todos são recebidos de braços abertos pelo modo feliz de viver. Onde quer que você esteja, se tiver uma porta aberta da Seicho-No-Ie, você já tem um amigo.

Eu gostaria de estender os meus cumprimentos a essas pessoas que trabalham à frente dessa linda doutrina. Parabéns por tanto empenho, tanta luta, uma luta pautada em gratidão, amor e muita fé.

Obrigado pela atenção de todos e bom dia.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Agradecemos as palavras do nobre vereador George Hato e anunciamos as palavras do nosso querido diretor-presidente da Seicho-No-Ie do Brasil, preletor professor Tuguio Teramae.

 

O SR. TUGUIO TERAMAE - Bom dia. Muito obrigado.

Nós, da Seicho-No-Ie, nos sentimos imensamente honrados com esta cerimônia do Dia da Seicho-No-Ie que está sendo realizada nesta Casa, a casa do povo.

Através do nobre deputado Jooji Hato, queremos levar os nossos agradecimentos a todos os membros desta Casa por esta homenagem. Esta Casa é, sem dúvida, uma das maiores do Brasil porque o estado de São Paulo é o carro chefe do nosso imenso Brasil. Nos sentimos muito honrados em recebermos essa homenagem nesta Casa, neste dia. Muito obrigado.

A Seicho-No-Ie é uma filosofia de vida, é uma entidade religiosa que procura levar o ensinamento do homem filho de Deus para que todos os povos vivam irmanados e em harmonia, fazendo com que haja a gratidão a todas as coisas do céu e da terra, reconciliando com todas as coisas do céu e da terra.

Nós somos muito felizes porque vivemos em um país onde nós podemos verificar que esse ensinamento da Seicho-No-Ie, que diz que todos os povos são irmãos, é visto no nosso dia a dia e é uma verdade. Todos os povos do mundo vivem irmanados, felizes, amigos e com muita harmonia.

Aquilo que o mestre Masaharu Taniguchi disse uma vez: o Brasil é o país onde, realmente, o ensinamento da Seicho-No-Ie será verificado e vivido pelos povos? Estamos constatando hoje essa verdade: não temos desavenças raciais entre os povos e nós encontramos árabes e judeus irmanados. A guerra que existe lá não existe aqui no Brasil. Por quê? Porque realmente estamos vivendo esta verdade no País. Todos os povos são irmãos. Sentimo-nos muito gratos e felizes em poder levar esse ensinamento não só para o Brasil, mas para os países da América Latina e do mundo.

Todos os homens são irmãos. Quando Deus criou todas as coisas do céu e da terra, ele disse que tudo era bom. Na Seicho-No-Ie, nós aprendemos a agradecer por todas as coisas do céu e da terra. Quando falamos isso, não estamos apenas agradecendo pelos nossos familiares ou amigos, mas por tudo, pela natureza. Todos somos irmanados no amor de Deus.

Essa é a verdade que poderá levar a paz e a harmonia a todos os povos. Muito obrigado por este dia maravilhoso. Agradeço a Assembleia Legislativa por esta homenagem. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Agradecemos as palavras do preletor Tuguio Teramae. Tem a palavra o presidente doutrinário da Seicho-No-Ie para a América Latina, nosso querido professor e preletor, Sr. Junji Miyaura.

 

O SR. JUNJI MIYAURA - Bom dia. Muito obrigado a todos. (Palmas.) Deputado estadual Jooji Hato, presidente desta sessão solene; vereador George Hato; Tuguio Teramae, nosso diretor-presidente; preletor Heitor Miyazaki, palestrante do dia; Carlos Takahashi, nosso amigo de sempre; professor Yoshio Mukai, ex-presidente doutrinário para a América Latina, que sempre tem nos apoiado e incentivado; convidados especiais, preletores e divulgadores; adeptos e associados; senhoras e senhores, muito obrigado. Obrigado a todos pela presença.

Na pessoa do deputado estadual Jooji Hato, gostaria de agradecer a esta Casa pela comemoração do Dia da Seicho-No-Ie. Este dia é bastante importante para a Seicho-No-Ie, porque estamos nos lembrando da sua fundação. Em primeiro de março de 1930, o professor Masaharu Taniguchi iniciou o movimento da Seicho-No-Ie, no Japão, sozinho.

Hoje, a Seicho-No-Ie está presente em mais de 40 países, mostrando a força da sua filosofia, que vem cativando as pessoas em todo o mundo, principalmente o coração dos brasileiros, que é muito grande. Neste país maravilhoso em que vivemos, esta filosofia chegou como uma luva para confortar o coração dos brasileiros.

O homem é filho de Deus. Esta filosofia foi abraçada de uma forma tão maravilhosa que, hoje, estamos presentes em todos os estados e capitais do Brasil. São 83 regionais, mais as regionais em japonês, totalizando 119 no Brasil. Além disso, estamos na América Latina inteira, no México e em todos os países de língua portuguesa e espanhola, inclusive na Europa, em Portugal e Espanha. Recentemente, chegamos à Angola, na África.

Fico muito contente com a lembrança desta Casa, que propôs o Dia da Seicho-No-Ie. Coincidentemente, no dia 11 de março, nós fizemos no Japão uma cerimônia para orar pela grande harmonia entre Deus, natureza e seres humanos. O que é essa cerimônia?

O mundo vem se deteriorando com o tempo. Hoje estamos vivendo em uma época crucial da humanidade, que sofre com o aquecimento global. O nosso supremo presidente, Masanobu Taniguchi, está muito preocupado com essa questão do aquecimento global.

Como todos sabem, em 11 de março de 2011, houve aquele grande terremoto no leste do Japão, em que milhares de vidas foram ceifadas. Muito preocupado com essa questão, o professor Masaharu Taniguchi resolveu instituir uma cerimônia, no Japão, para orar pela grande harmonia entre Deus, natureza e seres humanos, orando pelas vítimas do grande terremoto e pela grande harmonia entre Deus, natureza e seres humanos.

Portanto, a situação fenomênica vem se apresentando cada vez mais deteriorada. A Seicho-No-Ie prega que o mundo da imagem verdadeira é perfeito. Nós, adeptos da Seicho-No-Ie, temos que trazer este mundo da imagem verdadeira perfeita para os dias atuais no mundo fenomênico, através da nossa atitude mental, do nosso comportamento no dia a dia e da nossa forma de viver.

Nós podemos trazer este mundo maravilhoso criado por Deus, referido pelo nosso diretor-presidente Tuguio Teramae.

Deus criou o mundo todo perfeito e viu que era muito bom. Temos que trazer esse paraíso para o mundo fenomênico. Nosso grande trabalho, hoje, é fazer com que o nosso pensamento e nossas atitudes sejam coerentes para manifestar esse mundo da imagem verdadeira aqui na Terra.

Então do professor Masaharu Taniguchi. Na diretriz do Japão, foi colocada uma frase dizendo que devemos ser cidadãos éticos. O que é o cidadão ético? O termo refere-se a uma pessoa que, do ponto de vista humano, além de ser atenciosa com os pobres e os socialmente vulneráveis, faz escolhas em suas atividades diárias - incluindo o que ela consome - com base na ética entre gerações e na ética ambiental, a fim de realizar uma sociedade em que a natureza e os seres humanos estejam em harmonia.

Então, o que é esse cidadão ético que nós, da Seicho-No-Ie, estamos propondo para todo mundo na diretriz quinquenal do Japão e que faz parte também da diretriz para 2016 aqui no Brasil?

O cidadão ético é aquele que tem um comportamento, no seu dia a dia, de acordo com a proteção ambiental. Temos que consumir produtos que não emitam muito gás carbônico. Então, devemos escolher produtos da região, produtos do local, produtos da época, para que se diminua o consumo de CO2 no transporte. Às vezes, um produto vem de outro país. O transporte aéreo consome muita gasolina, muito CO2.

O cidadão ético é aquele que se preocupa com o desmatamento também. Então, devemos escolher, por exemplo, produtos sem agrotóxicos, sem contaminantes. Ao invés de usarmos produtos derivados do petróleo, devemos usar aqueles derivados da cana e assim por diante. O Brasil tem uma grande extensão territorial e temos que usá-la de acordo com a proteção ambiental.

O cidadão ético é aquele que está preocupado com as futuras gerações. No Japão, a Seicho-No-Ie é contra a energia nuclear, pois ela deixa resíduos radioativos para as futuras gerações. Aqui, portanto, também ficamos muito preocupados com esse problema, incentivamos o uso da energia natural, como a energia dos ventos e do sol. Na sede central, na subsede em Ibiúna, já temos painéis fotovoltaicos funcionando para colher essa energia solar e transformar em energia elétrica, contribuindo, assim, com a natureza.

O cidadão ético é aquele que se preocupa em estar em harmonia com a natureza. Vivendo desta forma, podemos diminuir a emissão de CO2 no mundo, diminuindo então o impacto do aquecimento global, que é a causa das grandes catástrofes que vêm acontecendo no mundo. Essas enchentes, essas mudanças de temperatura e esses terremotos acontecem devido a essas causas climáticas relacionadas ao aquecimento global.

Na escola, estudamos o coeficiente de dilatação dos materiais. Aquecendo um pedaço de metal, ele dilata, não é verdade? Imaginem a Terra aquecendo, mesmo que seja só um pouco, que sejam 0,8º C. Imaginem o impacto que isso vai causar na crosta terrestre. Esses pequenos deslocamentos são as causas dos terremotos e tsunamis que acontecem frequentemente em torno do mundo.

Nós, da Seicho-No-Ie, estamos preocupados com esse problema mundial, mas também não podemos esquecer que somos filhos de Deus. Não somos perfeitos e temos essa missão, como filhos de Deus, de deixar para as gerações futuras um mundo de harmonia e qualidade como o que temos hoje, ou até melhor do que o que temos hoje. Esse é o compromisso da Seicho-No-Ie.

Peço a todos para intensificarem as orações pela paz mundial e pela manifestação da imagem verdadeira do Brasil. Neste momento, precisamos orar cada vez mais pela manifestação do mundo da imagem verdadeira aqui no mundo fenomênico.

Agradeço mais uma vez a esta Casa pela oportunidade de podermos divulgar um pouco mais da filosofia da Seicho-No-Ie, contando com o apoio para este ano e para os anos futuros.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Agradecemos as palavras de nosso presidente doutrinário da América Latina, nosso querido professor e preletor Junji Miyaura.

Neste momento, para entoarmos a música “A Vida Fala Mais Alto”, convidamos todos a ficarem de pé.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Após essa música maravilhosa, convidamos o preletor em grau máster, professor Raimundo Helierson Oeiras Maia, que fará seu relato de experiência. (Palmas.)

 

O SR. RAIMUNDO HELIERSON OEIRAS MAIA - Bom dia a todos. Muito obrigado. Estou tremendo aqui, porque é a primeira vez em que vou contar uma coisa bem íntima da minha vida. Mas estou muito feliz por este dia maravilhoso, porque este ano se completaram 36 anos que eu conheci a Seicho-No-Ie. Foi em fevereiro de 1980, no carnaval. O ensinamento da Seicho-No-Ie fez uma revolução na minha vida. Quando a conheci, eu tinha 33 anos. Hoje, estou chegando aos 70 anos, jovial. Talvez eu seja o preletor mais alegre do mundo - assim me considero. (Palmas.) Sou uma pessoa hoje muito feliz, graças a Deus e, principalmente, ao ensinamento maravilhoso da Seicho-No-Ie, através do querido mestre Masaharu Taniguchi. Não sei como vou fazer o enredo desse filme que quero contar a vocês. O filme é “Amor dos meus pais, meu pai é um herói”. Vou falar hoje com profundo agradecimento aos meus pais.

Até os 18 anos, cresci num lar vendo meus pais brigarem e dormirem em quartos separados. E a criança, quando vê aquela cena, vai gravando-a, embora a esqueça superficialmente. Vi muitas coisas entre papai e mamãe. Mas, ao mesmo tempo, eram muito carinhosos comigo e com meus irmãos. Fui um menino muito rebelde e travesso. Talvez para tentar me corrigir, meu pai - e herói - desde criança me colocou em colégios religiosos. No primário, estudei no colégio do Padre Crusius, de onde fui expulso. O padre lá puxou minha orelha e quase a arrancou. Eu falei: “Isso que é religião?”.

Eu tinha 10 anos. No Congresso Eucarístico Nacional, em Belém, num calor danado, eu estava de batina, como coroinha, e tinha muita fome. Então, vi na minha frente dois cálices, um deles com hóstia. Comi toda a hóstia do cálice. Me deu uma sede danada e tomei todo o vinho do padre - era vinho mesmo. Na hora, o arcebispo, Dom Gaudêncio Ramos, disse: “Dominus vobiscum”. E eu, com o sininho, fiz: “Plim, plim, plim!”. Eu tinha comido todo o corpo de Cristo. No intervalo, veio o padre responsável e me arrancou a orelha: “Você é um demônio, você é um capeta”.

Aí eu falei para o meu pai: “Papai, eu não quero mais estudar em colégio de padre, eles disseram eu sou o demônio, o capeta.” Então me colocaram em um colégio adventista, evangélico, durante quatro anos, estudando a Bíblia. Também fui expulso.

Conclusão, o segundo grau no Colégio Marista também não deu certo. Apesar de estar em contato com Deus 24 horas, eu era ateu e à toa. Dava muito trabalho para meus pais, e meu pai tentando me corrigir. Naquela época, meu pai era sargento da Aeronáutica e me alistou sem eu saber, para ser recruta da Aeronáutica.

Eu tinha os cabelos bonitos, eles cortaram e só deixaram um topetinho. Fui ser soldado. Aprendi muito no quartel. A primeira coisa que recebi no quartel foi uma canecada de um colega, porque eu achava que era melhor do que ele - tenho até hoje a marca.

Meu pai só olhava de longe aquelas coisas, porque ele não era meu sargento. O meu sargento colocou seis soldados em círculo e me colocou, junto com o colega que me deu a canecada, para brigar. Apanhei que só. Então cheguei em casa e contei para minha mãe. Minha mãe aproveitou e descarregou em cima do meu pai: “Henrique, você é um pai desalmado. É assim que você trata seu filho?

Não bastando isso, eu fiquei detido dois dias capinando na base aérea de Belém, junto com outros soldados. Eu nunca tinha pegado em uma enxada. Minha mão ficou cheia de bolhas. Meu pai estava em serviço e só olhava de longe. Eu chamava: “Papai!” Ele virava as costas e deixava o cabo me maltratar.

Cheguei em casa e contei tudo para a mamãe de novo. Eles brigaram de novo. Eu fui dormir triste. De madrugada, meu pai foi até a minha cama, passou a mão na cabeça e disse: “Meu filho, você é um menino muito travesso, você não gosta de estudar. Eu te coloquei para ser soldado para ver se você melhora. Se você quer ser gente na vida, estude, porque o estudo é a única coisa que ninguém rouba de você.” Eu disse: “Sim, papai”.

Ele disse que iria haver um exame para sargento da Aeronáutica em outubro. Ele disse: “É muito concorrido, mas se você estudar, você passa. Você quer passar?” E eu respondi: “Sim, papai”.

“Então vou mandar buscar as melhores apostilas no Rio de Janeiro, para você estudar”.

Ele mandou buscar e eu mandei brasa de julho a outubro. Só passaram cinco pessoas de Belém naquela época, para quatrocentas vagas, mais de vinte mil candidatos. Os dois militares que passaram: eu e o que me deu a canecada. Ele hoje é um de meus melhores amigos.

Então, vim de Belém para Guaratinguetá para fazer o curso de sargento, aos 18 anos. Antes de vir para São Paulo, meu pai disse: “Meu filho, vou ter dar uns conselhos, se você colocar em prática, será um grande cidadão. Você é muito mulherengo, muito namorador, você já está noivo em Belém e tem três namoradas. Procure se casar depois do 30 anos. Procure se casar quando você terminar uma faculdade. Procure se casar quando você tiver sua casa própria, seu carro próprio. Procure se casar com uma moça que tenha a mesma espiritualidade”. E eu só respondia “Sim, papai”.

Enfim, o pai me encheu de conselhos. Eu vim para Guaratinguetá, me formei sargento aos 19 anos. Estava tudo certo para eu voltar para minha terra, Belém. Na última hora, meu destino mudou. Fui designado para ficar na Escola de Especialistas, em Guaratinguetá. Mudou o meu destino.

Eu falei: “Por que isso está acontecendo na hora em que eu já ia voltar para minha terra?” No ano seguinte, tentei colocar em prática os conselhos do meu pai. No ano seguinte entrei na Faculdade de Economia, em Taubaté. Passei de primeira.

Em março, no baile de calouros, vi uma moça de olhos azuis, bonita. Ela também estava em cima de mim. Aquela moça era a “Miss Comerciária Taubaté”. Dancei com aquela moça a noite toda em março, e em outubro estava me casando com ela escondido dos meus pais e da noiva em Belém. Vejam o primeiro carma horrível que plantei na minha vida.

Casei, mas não tinha casa. Ganhei de presente um fogão jacaré, a querosene, que quebrou meu galho. Foi uma vida atribulada inicialmente. Tive que trancar a faculdade, porque tinha casado novo, não dava para pagar a faculdade e o aluguel.

Minha vida começou a desandar. Depois de dois anos, veio meu primeiro filho, depois veio o outro filho. Meu pai e minha mãe só foram saber que eu era casado quando fui para Belém com meu filho. “O que é isso, meu filho?” “É meu filho”, eu respondi. “E essa moça?”. “É minha esposa”. “Meu filho, porque você não avisou?”.

Conclusão, a minha vida conjugal não foi aquela vida com que tanto sonhei. Deus me deu de presente três filhos maravilhosos, mas a minha vida se tornou um inferno conjugal. Doenças, problemas financeiros.

Eu estava no auge do desespero e esfriou tudo em casa. Eu me casei em 1968. Em 1980, no auge de uma desarmonia conjugal, eu pedi transferência para o Rio de Janeiro, para ficar mais próximo de São Paulo, que é a terra da mãe dos meus filhos.

Nessa época, eu estava passando pela pior doença que tem no planeta, que é a doença do bolso. Ô doença desgraçada é ser pobre! Horrível. Em consequência, vieram doenças: tinha sinusite, otite, amigdalite, bursite, era um bando de “ite” que eu acho que o meu nome era Maite, de tanto “ite” que eu tinha.

A desarmonia com a minha esposa ficou mais acentuada. Era briga, briga e briga. Eu não tinha nem vontade de vir para cá. Um belo dia do mês de janeiro, quando voltei a casa, ela estava vazia. A minha ex-esposa saiu de casa com meus três meninos e foi a Taubaté. Eu não sentia saudade dela, mas sentia saudade dos meus filhos. Fiquei louco. Cadê meus filhos? Por que ela fez isso? Fiquei desesperado sem a presença dos meus filhos.

Aí caí em uma nova vida, chamada vida boêmia: farra, mulheres. Nossa, eu já estava pobre e fiquei mais pobre ainda. Saía do Ministério da Aeronáutica e ia direto à Praça Mauá, onde tinham aquelas boates. Teve uma noite que eu dormi na praça, bêbado. Sargento da Aeronáutica, militar da Aeronáutica. Os problemas foram aumentando, aumentando, e eu já estava ficando desesperado, com saudade dos meus filhos. Os problemas iam aumentando, aumentando tanto que eu tinha até vontade de me suicidar. Falei: “Por que viver esta vida tão infeliz, tão doente? Por que estou passando por isso?

Graças a Deus, Ele poupou o meu trabalho. Meu trabalho sempre foi abençoado por Deus. Servi na Força Aérea durante 30 anos e fui um militar exemplar. No meu gabinete de trabalho, alguém igual a vocês colocou na minha mesa uma revista da Seicho-No-Ie chamada “Acendedor”. Isso foi em fevereiro de 1980.

A princípio, perguntei: “Que revistinha é essa?”. Deixei-a de lado, mas, depois comecei a ler aquela revista. Uma frase do sagrado mestre Masaharu Taniguchi tocou o meu coração. Parece que ele estava falando para mim: “Maia, pode ser que ninguém possa ajudá-lo a pagar suas contas financeiras, mas Deus pode”. Opa, Deus pode pagar minhas contas financeiras, minhas dívidas. Estava essa frase naquela revista. Hoje essa frase está no livro “365 itens para alcançar o ideal”. Eu fiquei curioso, que Deus é esse que vai pagar as minhas contas, as minhas dívidas, vai cuidar da minha saúde?

Parece uma força estranha, que agora eu sei qual é, que fez com que eu fosse, pela primeira vez, assistir a uma reunião da Seicho-No-Ie no Catete, no Flamengo. Fui por livre e espontânea vontade. A princípio, eu pensei que aquela reunião fosse de malucos, porque todo mundo estava dando risada, e eu, triste, depauperado. “Meu Deus do céu, vim parar numa seita de malucos”. Treino de gratidão, um batendo nas costas do outro: “Obrigado, papai”, “Obrigado, mamãe”. E quando falou “Obrigado, esposa”, então, olha, foi difícil.

Mas aquelas palavras foram plantadas na minha mente. Aos poucos eu fui me interessando por aquele ensinamento e eu fui pedir orientação, na época com um japonesinho pequenininho, S. Yamada. Ele falou: “Você é um homem muito rebelde, eu vejo pela sua cara. Se você quer melhorar o seu destino, venha toda manhã aqui praticar a meditação shinsokan”.

Eu nem sabia o que era shinsokan naquela época, mas eu queria melhorar o meu destino. Alguma força estava me levando a melhorar o meu destino. Como eu entrava no trabalho ao meio-dia - até isso estava certo - e saía às 20 horas, eu comecei a ir toda a manhã no Catete, no Flamengo, treinar, junto com o S. Yamada, a meditação shinsokan. Só que ele fazia naquela oração tradicional, de joelhos. Eu tentava fazer, mas doía. “Faça direito, faça direito”. Eu ficava atrás dele. Um belo dia, eu estava de olhos fechados, mas levantei um pouquinho e, quando eu vi, levei uma paulada na cabeça. “Não vale nada”. Era o S. Yamada, que me deu um coque. “Faça a meditação direito”. Filho da mãe. O padre arrancava a minha orelha e esse aí me deu um coque. Esse é o caminho? “Não seja rebelde, faça a meditação”. Eu não reagi.

Graças a Deus, essas coisas foram modificando a minha vida. Passei a ler os livros da Seicho-No-Ie. Em maio de 1980, Dia das Mães, deu-me uma saudade dos meus três filhos, fiquei desesperado. “Cadê os meus filhos?”. Mas já estava começando a perdoar, do meu jeito. Eu tomei a decisão de ir a Taubaté atrás dos meus filhos, não da Nilza, mas dos meus filhos. Eu cheguei a Taubaté, fui à casa da minha sogra e bateram a porta na minha cara. Disseram: “Não queremos que você entre aqui, vai embora daqui”. Em outras épocas eu daria um chute naquela porta, mas não, fiquei calado, falei em qual hotel eu estava e disse que gostaria de ver meus filhos.

Em breve foi outro cunhado meu lá e falou: “Maia, amanhã vou trazer seus três filhos para você ver”. Eu não dormi a noite toda agradecendo a Deus pela oportunidade de ver meus filhos, mas deu sete, oito, nove, dez horas e nada de os meus filhos chegarem. Aí eu pensei: “Meus filhos devem estar na casa do meu cunhado, lá no Tremembé”. Peguei um táxi e fui. Quando dobrei a esquina, vi meus três meninos. Quando os meninos me viram, falaram: “O papai voltou, o papai voltou”. Abraçaram-me e disseram: “Papai, não nos abandone mais”.

Procurei tentar salvar meu casamento através dos ensinamentos da Seicho-No-Ie. Pedi transferência para o CTA, para São José dos Campos. Em São José dos Campos fui designado para ser presidente da Fraternidade São José dos Campos, coordenador de reunião das crianças; eu levava minhas crianças.

Eu estava começando a gostar cada vez mais dos ensinamentos da Seicho-No-Ie, mas meu relacionamento com minha esposa continuava gelado, eu não encontrava solução para aquela situação, mas, por causa dos meus filhos, eu ficava junto com eles. Lembrei-me do meu pai que, até antes de morrer, dormiu em quarto separado com minha mãe, mas não brigavam mais. Eu o estava imitando, sendo uma cópia autêntica do meu pai. Não brigava mais com a Nilza, mas dormia... puxa, esgotou.

Conclusão, através dos ensinamentos da Seicho-No-Ie, consegui salvar minha vida perdoando meus pais, visualizando meus pais perfeitos e maravilhosos. Antes de o meu pai partir para o mundo espiritual eu o vi dormindo na mesma cama, junto com minha mãe. Acho que aí houve o meu renascimento. Nessa época eu já estava divorciado, porque meu casamento não deu certo, mas depois dessa situação em que vi meu pai junto com minha mãe, meu destino melhorou, porque faz 18 anos que atrai para mim uma pessoa maravilhosa. Ela não está aqui, mas é preletora da Seicho-No-Ie e hoje, juntos, estamos trabalhando para levar essa verdade a todo mundo: que o homem é filho de Deus.

Deus os abençoe! Obrigado. Dentre os teus irmãos, os mais importantes são os seus pais. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Agradecemos ao preletor em grau máster, Raimundo Helierson Maia. Neste instante, concedo a palavra a nosso querido palestrante, Heitor Miyazaki, preletor da Sede Internacional. (Palmas.)

 

O SR. HEITOR MIYAZAKI - Digníssimo deputado Jooji Hato; digníssimo vereador George Hato; presidente doutrinário da Seicho-No-Ie para a América Latina, Junji Miyaura; diretor presidente da Seicho-No-Ie, professor Tuguio Teramae; preletores, senhores e senhoras, bom dia.

Aqui estamos para falar um pouquinho, mas antes de iniciar o que pretendo dizer, estava conversando com o professor Junji. Indo para a subsede, notei que estavam sendo feitas reformas nas calçadas e em todas havia bloquetes. Notei que aquilo era para que houvesse a infiltração das águas para o subsolo. Na hora pensei que era uma lei nova e uma ideia muito brilhante, porque, hoje, com as ruas asfaltadas, se não houver essa infiltração de água acabaria todo o lençol, o problema das águas subterrâneas. Fiquei sabendo hoje que o projeto é de autoria do nobre Jooji Hato quando era vereador.

Por isso acho que ele foi um vereador ético, porque também o projeto de plantar árvores frutíferas, que atraem pássaros, é dele. Eu tenho notado, ninguém me disse, mas tenho notado, que na época que eu estava no ginásio havia muitos pardais, e eles estão desaparecendo. Isso é decorrência da falta de alimentação para os pardais.

Ontem também notei que estava no meio do pai e do filho, mas vi que o filho tem um carinho muito especial pelo pai. A Seicho-No-Ie diz que as pessoas que amam os pais realmente estão de acordo com a vontade de Deus. Estão de acordo com a vontade de Deus porque a ligação pai e filho é cármica e o carinho que o George tem pelo pai eu já vi que é muito grande: “Pai, pai, pai”. Aqui não é deputado, deputado, é pai, pai, pai. (Palmas.)

Não digo que ele foi eleito para várias gestões com o meu voto, mas que eu votei nele várias vezes, confesso que votei.

Sábado agora teve o Dia da Seicho-No-Ie, comemorado em São Bernardo do Campo. Eu estive lá e até tudo começou com um telefonema. Eu liguei para o Sr. Teramae, que disse: “Heitor, São Bernardo é o seu reduto. Você não poderia ir me representar?

Por que ele disse que é o meu reduto? Foi meu reduto durante cinco anos, quando eu estive morando lá. Na ocasião, quando cheguei à Seicho-No-Ie, lá encontrei o Sr. Maçato Yamaoka. Eu morei em São Paulo desde 1949, porque eu sou caipira, do interior. Mudei para São Paulo em 1949. De 1949 até 1975 morei em São Paulo. Em 1975, comprei uma casa em São Bernardo. Foi quando comecei a participar da Seicho-No-Ie e ajudar lá.

Quando cheguei lá, pela primeira vez encontrei com o Sr. Maçato Yamaoka e ele disse: “Que bom que você está mudando para cá, porque eu estou voltando para São Paulo e é você quem vai tomar conta de toda a divulgação em português.” Não era o que eu queria.

Divulgação em português, naquele tempo, correspondia ao que hoje são Fraternidade, Pomba Branca, Apsib e Educadores. Todo esse movimento de divulgação em português estaria em minhas mãos. A região, na ocasião, era muito pequena. Era a menor da Grande São Paulo. Só tinha uma preletora recém-formada - eu já era veterano - e 22 divulgadores.

Aliás, há outro detalhe de que me lembro, do deputado Jooji Hato. Por que votei nele várias vezes? Porque fui diretor da Seicho-No-Ie por mais de duas décadas e sempre ficava observando quais eram os políticos que compareciam às cerimônias, às atividades da Seicho-No-Ie, ao aniversário da Seicho-No-Ie, ao aniversário do mestre, e quais eram aqueles que só apareciam no ano das eleições. O deputado Jooji Hato estava todo ano presente, mesmo quando não era ano de eleição, porque ele foi seminarista. Ele já participou de seminário na academia. Uma vez eu ouvi dizer que ele já esteve como seminarista da Seicho-No-Ie.

Lá em São Bernardo, na ocasião, comecei a dar duas aulas semanais e pensei sobre o que tinha que falar. Daqui a pouco, explicarei por que eu fiquei pensando no que falar nesse dia - porque as duas homenageadas eram preletoras. Exatamente, foi meu reduto porque comecei a dar aula duas vezes por semana para dirigentes, inclusive para a Lílian.

Eu vi que a Lílian está por aí porque ela apareceu no telão. Ela, na ocasião, participava como a mais jovem divulgadora. Ela tinha 11 ou 12 anos. Os pais estavam sempre presentes. A preletora Leonor Ichikawa começou lá, também. Até, um dia, ela me disse que, na primeira vez em que veio falar comigo, ela me perguntou: “Professor, o que eu faço para ser feliz?” A minha resposta foi bem malcriada. Eu disse: “Sorria mais, porque com essa cara a senhora não vai ser feliz nunca.” Hoje, ela fala sorrindo, porque o rosto dela era muito triste.

Pensei, hoje, sobre o que vou falar. Já que é “Dia da Seicho-No-Ie”, homenagem à Seicho-No-Ie, por que não falar sobre os benefícios que a Seicho-No-Ie trouxe para a comunidade? Foi isso que eu falei em São Bernardo e, da mesma forma, é o que é importante falar hoje - não somente como o Maia falou, mas que benefícios a Seicho-No-Ie trouxe.

Lá, lembrei-me de uma ocasião, quando eu fui participar da inauguração de uma associação no núcleo Centro de São Bernardo. Chegou uma avó segurando a mão do netinho e disse, quase chorando: “Professor, ajude, por favor, porque o meu neto está com um problema no dedo. Segundo os médicos, ele terá que amputar o dedo ou amputar a mão, caso não se acabe com a infecção.

Vi que ao lado do garoto estava outro, menor. Eu disse para o maior: “Você gosta do seu irmão, não gosta?” Ele disse: “Eu, não. Seria bom que ele não tivesse nascido.” Com cinco anos de idade, essa foi a resposta que ele deu. Ao menor eu perguntei: “Mas, você é o irmão dele?” Ele disse: “Sou.” Perguntei: “Mas você gosta dele?” Ele respondeu: “Eu gosto.” Disse o outro: “Mas eu não gosto.” Eu falei: “Mas você é um filho de Deus maravilhoso. Você vai gostar do seu irmão daqui para frente. Você vai amar o seu irmão, não vai?” Ele ficou quieto.

Na semana seguinte, voltei a esse núcleo. Veio a senhora, a avó, toda contente, segurando a mão do netinho, falando: “Muito obrigado, porque o dedo foi salvo. Não vai ser preciso fazer nada. Começou a cicatrizar. Acabou o problema.” Isso, por quê? Porque os dedos simbolizam os irmãos e cunhados. Para as mulheres que têm problema no polegar, é com o maridão. É com o cônjuge, viu?

Lembrei-me, também, de outros fatos que estão citados no meu primeiro livro, “Conquiste a felicidade com amor”. A única preletora que havia lá, quando eu cheguei, era a Antonia Corbalan Zocchio. Um dia ela me disse: “O senhor poderia conversar com a minha irmã? A minha sobrinha, filha da minha irmã, está com as duas pernas tortas. Ela está usando aparelho ortopédico, mas não há meio de curá-la.” Falei: “Sim, posso falar com ela.

Eu falei com a mãe, a irmã da preletora Antonia. Eu disse: “Olha, as pernas simbolizam os pais e os antepassados. Se a perna direita está dessa forma e a esquerda também está para dentro, significa que pai e mãe estão vendo defeitos um no outro, bisbilhotando a vida um do outro, criticando um ao outro.” Ela disse: “Isso é verdade. Eu só critico o meu marido. Ele só me critica.” Falei: “Então, entrem em comum acordo. Façam um acordo para que isso não aconteça mais.

Em casa, quando o marido voltou do trabalho, ela disse: “Querido, vamos fazer o seguinte? Doravante, eu não vou mais ver defeitos em você e você também não vê mais defeitos em mim. Está bom? Vamos combinar isso?” Combinaram e as pernas da menina foram endireitando cada dia um centímetro, até que ficaram totalmente no lugar certo. É isso o que mostra aquilo que foi dito na leitura da Revelação Divina da Grande Harmonia. Tudo é projeção da mente. Esse é um detalhe que nós precisamos compreender.

Dentre outros fatos que aconteceram, também, houve até o caso de um menino que estava com hepatite. A mãe e o pai vieram falar comigo: “Levamos nosso filho ontem ao médico, que disse para isolar talheres e toalhas, porque ele está com hepatite. É uma doença muito infecciosa. Ele não pode ter contato com ninguém da família.

Eu perguntei para o pai: “O senhor tem alguém na família que morreu com problema de fígado?” Ele respondeu: “Sim, meu pai morreu de cirrose”. Eu perguntei: “Seu pai era muito chegado a seu filho?”, e ele respondeu: “Nossa, se era! O sonho do meu pai era que o primeiro neto fosse homem, e é justamente o meu filho. Por isso, era muito apegado a ele”. Então eu perguntei se ele estava lendo orações pelos seus antepassados, e ele disse que sim. Disse a ele que fizesse isso separadamente para seu pai por alguns dias.

No mês seguinte, voltei à Associação e a esposa dele estava fazendo um relato. Disse ela que, no terceiro dia, o garoto levantou da cama com uma bola na mão e disse: “Mãe, vou jogar bola”. Ela respondeu: “Não, você não vai jogar bola, você precisa ficar em repouso”. E o menino disse que não sentia nada, que estava com disposição. Aquele amarelão do filho desapareceu, e a mãe o levou ao médico, dizendo que, se o médico o liberasse, ele poderia jogar bola.

Então o mesmo médico que o havia examinado fez todos os exames e disse que o garoto estava bem, perguntando como estava o outro, que estava com hepatite. A mãe explicou que era o mesmo garoto que ele havia examinado. O médico, que era amigo da família, deu uma bronca, dizendo que não gostava desse tipo de brincadeira. A mãe explicou que não estava brincando, que tinha um casal de filhos e que o menino que ele havia examinado era aquele.

Por que isso aconteceu? Porque o avô, que estava com ilusão de doença no mundo espiritual, compreendeu a verdade que está na Sutra Sagrada. Cristo disse: “A verdade vos libertará”. Ouvindo as palavras da verdade, o que aconteceu foi a cura do neto.

Utilizarei estes livros: “Guia para uma vida feliz”, “Ilumine seu caminho”, “A felicidade da mulher - volume II” e “Livro dos jovens”. São tantos livros para ler que acho que termino antes das três horas da tarde... Este é meu segundo livro, “Ilumine seu caminho”. O primeiro, “Conquiste a felicidade com amor”, teve a renda revertida para a Fundação Grande Harmonia, que é uma escola de 280 e poucos alunos em Maxaranguape, pela qual o professor Tuguio foi responsável durante um período. Já acima dos 70 anos, ele aceitou ir para escola e ser seu administrador.

Estive conversando com o George Hato, e ele disse que estava lendo o livro da Seicho-No-Ie, do marinheiro Zeca, mas depois vai ler o meu livro. Doei a renda de meu outro livro para a Casa de Repouso, que fica na Academia de Ibiúna. Aqui está a cessão de direitos autorais. Mencionei isso porque há pessoas que ficam duvidando, mas eu não ganho nenhum centavo, isso é para ajudar a Seicho-No-Ie.

O destino de milhares de pessoas mudou para melhor ao conhecerem e praticarem o ensinamento da Seicho-No-Ie. Até então, as pessoas pensavam que o destino fosse algo fixo, algo imexível, como disse o ex-ministro Magri. Elas aprenderam sobre a formação do destino e os fatores que regem o nosso destino, e muitas coisas mudam quando isso acontece.

Fui até a cadeia de São Bernardo do Campo porque um presidiário de lá, chamado Anísio, escreveu uma carta para a diretoria da Seicho-No-Ie pedindo que algum preletor fosse lá, porque o ambiente estava muito pesado. Ele era enfermeiro e foi preso por causa de uso de maconha. Houve até queima de colchões por causa da irritação dos presidiários.

Como eu morava em São Bernardo do Campo nessa época, levei um grupo de divulgadores até lá, porque havia poucos preletores naquele tempo. Escolhi os divulgadores a dedo, porque o ambiente era muito pesado, mas o ambiente da cadeia foi mudando, mudando, até que o delegado um dia me disse: “Professor, depois que vocês começaram a visitar os presidiários, o ambiente mudou. O senhor poderia fazer uma palestra para todos os presidiários?” Eu respondi que sim, como não.

O ambiente realmente mudou, porque aquele comportamento agressivo de muitos presidiários se tornou muito dócil. Muitos deles começaram a ler a Sutra dentro do presídio, um lia a Sutra para o outro. Um senhor, da cadeia, leu a Sutra para a filha que estava doente, e ela ficou curada. E um dia eu disse para o Anísio: “Você está conhecendo a verdade aqui, mas faça com que sua esposa também conheça, para que ela possa ser feliz”.

Então um dia, lá no bairro Planalto, em São Bernardo do Campo, uma preletora disse que, quando terminou a reunião, todos saíram da sala e uma mulher ficou de pé, chorando muito. Ela perguntou por que a mulher estava chorando, e ela respondeu: “É porque meu marido está preso, o nome dele é Anísio. Ele pediu para que eu comprasse um pano de um metro e meio e escrevesse no pano ‘Aqui é o paraíso’. Pensei que ele estava doido.” Quando essa mulher foi à Associação e começou a cantar “Aqui é o céu, aqui é o paraíso”, ela entendeu que o paraíso está dentro de nós.

Foi então que começaram a acontecer muitas mudanças dentro do presídio, até que os presidiários disseram: “Quando vocês vêm aqui, nós ficamos felizes, porque vocês não falam no passado, não falam que temos que pagar pelo pecado, vocês falam que nós somos filhos de Deus”. E eu respondi: “Foi assim que eu instruí todo o pessoal que vem para cá, é isso que a Seicho-No-Ie mostra”.

Havia momentos em que o carcereiro batia com uma barra de ferro umas 20 vezes em cada segmento de cada grade, para descobrir, pelo som, se estava sendo serrada ou não. Quando ele chegou à última cela, todo corcunda, com dor na coluna, um presidiário o chamou e perguntou: “Ei, você quer se livrar disso? Estou aprendendo com a Seicho-No-Ie, agradeça ao papai e à mamãe e aos antepassados, experimente fazer isso”. No dia seguinte, o carcereiro disse: “Funciona, viu? Funciona”. Ele sarou do problema da coluna. (Palmas.)

Vamos adiante. No livro, mencionei o que rege o nosso destino. Cinquenta por cento, essa parte maior, corresponde a carmas que trazemos de vidas passadas. E 25%, que é um quarto, é o “modus vivendi” de cada um. É por isso que não basta somente conhecer a Seicho-No-Ie, ouvir palestras ou ler livros. É importante praticar para que possamos mudar o nosso modo de pensar, de agir, e passemos a viver dignamente como filhos de Deus.

Esse um quarto inferior corresponde à ajuda dos espíritos elevados. Para todos, momentos antes de nascerem, diz o mestre Masaharu Taniguchi, é designado um anjo protetor. Esse anjo protetor, geralmente, é um espírito elevado da família que passa a ser o anjo da guarda. Às vezes ocorrem alguns casos de pessoas que dizem: “Mas meu anjo é fraco.” Não é que ele seja fraco, é você que está com uma vibração tão conflitante que o anjo não consegue ajudá-lo.

É diferente daquela mulher que estava passando na rua, no Rio de Janeiro, na Av. Copacabana, e escutou uma voz dizer: “Pare!” Ela parou e caiu um vaso na frente da cabeça dela; quase a acerta. Ela continuou andando, ia atravessar a rua, estava verde para os pedestres, e novamente a voz: “Pare!” Ela parou e um carro cruzou o farol vermelho. Ela pensou: “Duas vezes em um minuto...” Perguntou para a voz: “Quem é você?” E a voz respondeu: “Sou o seu anjo da guarda.” Ela reclamou: “Por que você não apareceu no dia do meu casamento?

Então, 50% do carma de vidas passadas, 25% do “modus vivendi” e 25% referem-se à ajuda dos espíritos elevados. Por isso é importante que passemos a manifestar gratidão a nossos antepassados. Se houver alguém que esteja necessitando de ajuda, esteja sofrendo, saia daquela situação e seja conduzido para um lugar mais iluminado. Com isso, temos muitas ajudas porque, diz o mestre, somos beneficiados com mais proteção, mais prosperidade. Inclusive, ele diz que paz e prosperidade é render orações aos antepassados. Paz, proteção e prosperidade ocorrem quando damos amor aos antepassados. Paz e harmonia na família começam a acontecer.

Na página 27, mencionei que o carma pode ser criado por três formas diferentes: o carma do falar. Muitas pessoas têm feridas, doenças na boca porque são muito agressivas, criticam, magoam, fazem fofocas. Saem palavras que causam transtornos para as outras pessoas. E Cristo disse: “O que contamina o ser humano não é o que entra pela boca, mas o que sai pela boca.” É por isso que, às vezes, quando vou para o exterior, alguém pergunta: “Você domina todas as línguas?” Praticamente, só domino o português. Arranho o espanhol, arranho o inglês, arranho o japonês. Foi perguntado a um rapaz se ele dominava todas as línguas. Ele disse: “Todas, não. Exceto uma: a da minha sogra.

O carma do pensar. Criamos carma pelo pensamento. Desejar coisa ruim é um carma que estamos criando pelo pensamento. E Cristo também falou sobre isso; é uma coisa de que os homens não gostam muito. Ele disse: “Aquele que olhar para uma mulher cobiçando-a, já cometeu adultério no coração.

E o carma do agir. No meu livro, mencionei vários casos reais de ladrão que foi roubado na saída do banco. Em Maringá, o ladrão reclamou que faltava policiamento porque foi roubado. Outro ladrão estava assaltando no Rio de Janeiro e foi assaltado. Outro assaltante assaltou a vítima e o próprio assaltante também. Por quê? Essa é a lei do carma, é a colheita do que a pessoa faz, daquilo que fala, daquilo que pensa e da forma como age.

Isso aconteceu em 1973, com uma senhora chamada Neide Godoi. Essa senhora, a convite de uma amiga, foi participar da Seicho-No-Ie. Ela foi assistir a uma palestra com a saudosa preletora Antônia Matsuo. Terminada a palestra, ela disse: “Alguém tem alguma pergunta?” Essa senhora Neide disse: “Tenho um filho excepcional, que é retardado, mais do que retardado.” A pretora Antônia disse: “Quem tem ressentimento contra pais, sogro, sogra, o filho pode nascer com esse problema.

Era o caso dela. O filho dela não era simplesmente retardado, tinha um grau de retardamento pior porque ele não reconhecia nem a mãe, não tinha reflexos. Andava com a cabeça torta, na verdade, não podia andar, a não ser com a ajuda da mãe. Ela disse que, realmente, pensando bem, odiava o sogro e a sogra e até havia proibido o marido de visitar os pais.

Mas ela começou a praticar o que a preletora Antonia disse, começou a fazer agradecimentos, a ler a Sutra na cabeceira do filho e a perdoar o sogro e a sogra. Até que um dia ela foi visitá-la. Entrou pela porta lateral, entrou na cozinha, e a sogra estava fazendo o almoço. Quando a viu, disse: “Neide, você por aqui! Que bom que você veio!” Ela disse: “Permita-me chamá-la de mãe. A senhora é minha mãe. Perdoe-me por todos os meus atos, por tudo o que fiz para a senhora.” Uma pediu perdão à outra. Depois, conversou com o sogro.

Naquela semana, ela estava na casa dela, no sofá, e o filho na janela. O filho, que não falava nada, que não reconhecia ninguém, olhando pela janela disse: “Uau, uau.” Ela estranhou. Era um sinal de que ele estava vendo o cachorro, reconhecendo o cachorro. Ela disse: “Paulinho, venha até aqui.” E o menino foi andando sozinho, sem a ajuda dela. Ela bateu o pé no tapete, o tapete ficou dobrado e ela disse: “Arruma o tapete.” Ele se agachou e arrumou o tapete. Ela começou a chorar. Meu filho está curado. Ela disse: “Eu era o terror nas redondezas e fui de casa em casa pedir perdão para todas as pessoas.

Quando ela fez o relato, se emocionou muito. Aqui estão a Dona Neide e o filho, quando tinha o problema. Vejam, aqui os olhos não abriam e ali, já de pé. Enquanto fazia o relato, o filho saiu correndo mostrando que estava realmente curado e o mestre pediu para que ela apresentasse a família. Isso aconteceu praticando a Seicho-No-Ie, purificando-se dos ressentimentos, do ódio, mágoa. Isso é consequência de que a nossa vida é perfeita. (Palmas.)

O Prof. Masaharu Taniguchi, no último seminário que fez no Brasil, fala dos três pilares da Seicho-No-Ie: verdade vertical.

Nós somos filhos de Deus. Pai Nosso que estais no céu é Deus. Cristo não disse Pai de Jesus. Ele disse Pai Nosso. Então somos filhos de Deus. Nós não somos filhos do pecado. Nós não somos fruto do pecado. Nós somos filhos de Deus. Por isso o mestre diz que as pessoas que acreditam que são fruto do pecado são pessoas que guardam complexo porque elas se equiparam a seres inferiores, mas nós não somos inferiores, nós somos feitos à imagem e semelhança de Deus e essa verdade é imutável.

Mesmo que um dia na Terra não tenhamos condições de vida, mesmo que acabe o planeta Terra, nós continuaremos sendo vida eterna, perfeita, sublime e sagrada vida de Deus e filhos de Deus.

Verdade horizontal.

Verdade horizontal é a lei do carma, a projeção da mente, a lei de causa e efeito, que é a mesma lei, tudo de acordo com a mudança da mente. Quando passarmos a mudar nosso pensamento, as coisas mudam também.

Outro fato acontecido, voltando àquele caso em São Bernardo da mulher que tinha a filha de pernas tortas, isso mostra a projeção da mente. Quando ela compreendeu o que é a projeção da mente, que mudando a mente também se cura, a filha curou-se. Com isso vamos entender que a verdade horizontal e vertical são verdades importantes.

E a identidade da religião na sua essência.

No símbolo da Seicho-No-Ie, o vermelhinho simboliza o xintoísmo, que é o sol, depois o branco é a lua, que é o símbolo do budismo, e dentro a cruz de Cristo em ponta de estrela simbolizando o cristianismo.

A Seicho-No-Ie não é seita, não se baseia em nenhuma delas. A Seicho-No-Ie transcende todo sectarismo religioso e explica todas as religiões.

Na Revelação Divina da Grande Harmonia aprendemos a verdade horizontal e o caminho para chegar à grande verdade vertical. Aí o mestre diz na verdade horizontal: se és ferido por algo, atingido por micróbios, alguma coisa não está bem, é prova de que você não está em harmonia com tudo e com todos. Você não está reconciliado com tudo e com todos.

Foi o que aconteceu com a Dona Neide.

Se quiseres me chamar - esse ‘me’ é Deus quem está falando -, reconcilia-te com todos. Esta é a lei. Não é que Deus criou ou impôs. Deus não impôs nada, Deus não obriga, Deus não julga nada, Deus não condena nem manda para o inferno porque o inferno não é criação de Deus.

Em Gênesis, Capítulo 1, não está escrito que Deus criou o sol e descansou, criou a luz e descansou, criou o inferno e descansou. A palavra do anjo explica bem. O espírito que está em ilusão, ele padece nesse ambiente.

O Paulinho ficou curado porque a vida dele é perfeita. Esta é a grande verdade.

Se a vida dele não fosse perfeita, ele continuaria retardado. Mas a vida é perfeita. Por isso a verdade o libertou daquela situação.

Diz o mestre no livro Felicidade da Mulher, volume 2: se o bebê chora nervosamente à noite, são os pais que estão emocionalmente irritados. Não culpe apenas o bebê. Se as amígdalas do seu filho estão inflamadas é porque os pais têm queixa contra alguém. Pode ser uma queixa mútua entre os cônjuges ou uma queixa contra o sogro e a sogra.

A inflamação é da adenoide, ocorre quando se guarda no fundo da garganta uma queixa e ela pode se manifestar. Isso acontece como projeção da mente. Por isso crianças que estão doentes na verdade são os pais que estão em desarmonia.

Sobre garganta citei no meu livro a cura do câncer na tireoide, da preletora Mabel, de Goiânia, que estando lá disse: “Estou preocupada e estou com medo, meu marido também está porque foi constatado que estou com câncer na tireoide.

Falei: “Mabel, você engoliu sapo, não o sapinho de pular não. Você reprimiu um sentimento de ódio, de mágoa contra alguém.

Ela puxou pela memória e lembrou-se de uma pessoa que havia feito algo indevido: levou uma mulher que ela conheceu na rua para pousar na casa dela, depois levou para a associação local. Essa mulher começou a transitar para lá e para cá, depois sumiu. Antes de a reunião terminar, notaram que ela havia roubado o aluguel da associação local. A Mabel deu uma bronca nessa mulher. Ela tinha se esquecido desse fato.

Um dia, essa mulher levanta-se publicamente e diz: “Eu não sou divulgadora da sua causa.” Foi quando ela lembrou e começou a perdoar, perdoar, mas perdoar do fundo do coração. Além de praticar o perdão ela dizia “eu te amo, eu te amo, eu te amo.” Ela começou a sentir um amor profundo por essa pessoa de quem tinha mágoa porque ela a fez passar vergonha. E quando ela sentiu uma paz, foi ao médico e mostrou-me o segundo exame. O médico falou “não tem mais câncer na tireoide”. Por isso que a mente cria, a mente cura.

E aqui finalizo o aparte. Muito obrigado a V. Exa., nobre deputado Jooji Hato, muito obrigado a todos os presentes.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Queremos parabenizar essa belíssima palestra do nosso preletor da Sede Internacional, preletor Heitor Miyazaki. Agradecemos o voto de confiança. Ganhei nove eleições com o ensinamento também muito importante do mestre Masaharu Taniguchi.

Neste instante, para conduzir a oração pela paz mundial, convidamos o preletor de grau júnior, nosso preletor Arnaldo Alves da Silva. Paz mundial, dever de todos.

 

O SR. ARNALDO ALVES DA SILVA - Bom dia a todos. Muito obrigado. Queiram assumir a posição de oração, por favor, e acompanhem mentalmente. Oração pela paz mundial.

“O infinito amor de Deus flui para o meu interior e em mim resplandece a luz espiritual de amor. Esta luz se intensifica, cobre toda a face da Terra e preenche o coração de todas as pessoas com espírito de amor, paz, ordem e convergência para o centro. O infinito amor de Deus flui para o meu interior e em mim resplandece a luz espiritual de amor. Esta luz se intensifica, cobre toda a face da Terra e preenche o coração de todas as pessoas com espírito de amor, paz, ordem e convergência para o centro. Muito obrigado, muito obrigado.”

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência agradece ao preletor júnior Arnaldo Alves da Silva pela oração da paz mundial. Estamos terminando a nossa sessão solene. Que pena. Esta Presidência agradece mais uma vez a todos pela presença e reiteramos grande satisfação em rendermos essa tão merecida homenagem à Seicho-No-Ie do Brasil.

Eu quero tomar 30 segundos - não poderia deixar de fazê-lo - para falar um pouco sobre o nosso grande preletor Carlos Takahashi, que é o grande responsável por este evento. Quando esteve na Assembleia Legislativa - e sempre está -, fez o projeto de lei do Dia da Seicho-No-Ie do Brasil, juntamente com o deputado Hatiro Shimomoto. Ele foi vereador da Câmara Municipal de São Paulo e lá também redigiu o Dia da Seicho-No-Ie na maior cidade do Brasil, na maior cidade do Hemisfério Sul, que é São Paulo. Estamos aqui exatamente também por causa do nobre vereador, preletor da Seicho-No-Ie, Carlos Takahashi. Por isso eu quero render essa homenagem. (Palmas.)

Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece as autoridades aqui presentes. Estamos aqui com o preletor, presidente da Seicho-No-Ie, professor Tuguio Teramae; presidente doutrinário da América Latina da Seicho-No-Ie, preletor professor Junji Miyaura.

Estamos também com o palestrante que deu essa belíssima palestra a todos nós, aprendemos bastante, o preletor Heitor Miyazaki; Raimundo Helierson Oeiras Maia, que é do Rio de Janeiro, militar, fez um depoimento. Quero cumprimentar todos os adeptos, simpatizantes, os admiradores da Seicho-No-Ie, do mestre Masaharu Taniguchi e quero cumprimentar também o vereador George Hato, que neste evento representa a Câmara Municipal de São Paulo.

Quero também agradecer aos funcionários dos serviços de Audiofonia, da Taquigrafia, de Ata, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar - SGP, da Imprensa desta Casa, da TV Alesp.

Este evento será divulgado em todo o estado de São Paulo para pessoas que, talvez, não conheçam ainda a Seicho-No-Ie. Isso vai ajudar muito na divulgação de tão importante instituição. Agradeço também às assessorias policiais Civil e Militar, bem como a todos que, com as suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade. Repito o agradecimento à Banda Municipal da PM que, brilhantemente, executou o nosso Hino Nacional.

Quero finalizar desejando que tenham um bom dia, muita saúde, muita paz e ajudem a iluminar as pessoas que não conhecem a Seicho-No-Ie. Bom dia, muito obrigado e parabéns a todos.

Está encerrada a presente sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 12 horas e 05 minutos.

 

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