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25 DE ABRIL DE 2016

022ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AOS 10 ANOS DA ACADEMIA BRASILEIRA DE EVENTOS E TURISMO

 

Presidente: CÉLIA LEÃO

 

RESUMO

 

1 - CÉLIA LEÃO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - ANDERSON SILVA

Mestre de cerimônias, nomeia as autoridades presentes.

 

3 - PRESIDENTE CÉLIA LEÃO

Informa que a Presidência Efetiva convocara a presente sessão solene, a pedido da deputada Célia Leão, ora na condução dos trabalhos, com a finalidade de "Comemorar os 10 Anos da Academia Brasileira de Eventos e Turismo". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Saúda as crianças presentes e o regente Eduardo Nogueira. Valoriza a relevância do voto e a representatividade deste Parlamento.

 

4 - ALINE CARDOSO

Representante do deputado estadual Celino Cardoso, saúda os presentes. Parabeniza os acadêmicos e representantes de entidades e de estabelecimentos comerciais presentes na solenidade. Versa a respeito da relação entre o turismo e o desenvolvimento econômico.

 

5 - ADRIANA RAMALHO

Representante do deputado estadual Ramalho da Construção, saúda os presentes. Tece comentários acerca da atuação da autoridade no setor da construção civil. Faz paralelo entre a geração de empregos e práticas relacionadas a eventos e turismo.

 

6 - HERCULANO PASSOS

Deputado federal, saúda as autoridades presentes. Lembra momentos como presidente da Aprecesp - Associação das Prefeituras das Cidades Estância do Estado de São Paulo. Rememora a aprovação de emenda à Constituição Estadual, cujo objeto possibilitou a divulgação, em todo o País, do turismo no estado de São Paulo. Aduz que o setor fomenta o desenvolvimento econômico e social. Comenta a regulamentação do turismo rural e projeto de lei tendente a regularizar jogos, mormente os de cassino.

 

7 - PRESIDENTE CÉLIA LEÃO

Tece considerações a respeito da solenidade. Enaltece a capacidade de iniciativa de cada cidadão.

 

8 - SÉRGIO MEDINA PASQUALIN

Presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, saúda os presentes. Ressalta a atividade parlamentar do deputado federal Herculano Passos, e a iniciativa da deputada Célia Leão em propor a solenidade. Tece considerações a respeito de Juscelino Kubitschek. Comenta a comemoração dos 10 anos da entidade.

 

9 - ANDERSON SILVA

Mestre de cerimônias, lê mensagem enviada por Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República. Anuncia a posse dos novos acadêmicos, eleitos por seus pares, em função das notáveis e relevantes contribuições realizadas junto ao setor de eventos e turismo.

 

10 - SÉRGIO MEDINA PASQUALIN

Presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, faz breve histórico da instituição. Informa enunciados estatutários a respeito da eleição de seus membros.

 

11 - ROLAND DE BONADONA

Acadêmico, saúda os presentes. Apresenta e exibe foto de Toni Sando, eleito para a Cadeira 22, tendo como patrono Arthur José de Lemos Britto. Narra breve histórico profissional do empossado. Assevera que cerca de 15 milhões de turistas visitam São Paulo, anualmente. Faz referência a Lemos Brito, falecido em 2015.

 

12 - ANDERSON SILVA

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de colar a Toni Sando.

 

13 - TONI SANDO

Acadêmico, saúda os presentes. Agradece a homenagem recebida. Faz reflexão filosófica sobre a imortalidade. Comenta a atividade profissional de Lemos Brito. Lembra frase de seu pai sobre leveza. Narra breve histórico de sua atividade profissional no terceiro setor e no universo de eventos. Acrescenta que se considera um facilitador de encontros. Afirma que a sensação de incompletude impulsiona o seu trabalho.

 

14 - ANITA PIRES

Acadêmica, saúda os presentes. Apresenta e exibe foto do acadêmico Alexandre Sampaio, eleito para a Cadeira 38, tendo como patrono Eduardo Tapajós. Manifesta-se honrada por participar da solenidade e por representar o acadêmico Eraldo Alves da Cruz. Faz breve narrativa do histórico profissional do recém-eleito.

 

15 - ANDERSON SILVA

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de colar a Alexandre Sampaio.

 

16 - ALEXANDRE SAMPAIO

Acadêmico, cumprimenta os presentes. Agradece a seus pares pela eleição. Discorre sobre a relação entre o segmento de eventos e o desenvolvimento econômico do País. Lembra a realização da Copa do Mundo, no Brasil. Tece considerações sobre Eduardo Tapajós.

 

17 - SÉRGIO JUNQUEIRA ARANTES

Acadêmico, saúda os presentes. Apresenta e exibe foto da acadêmica Érica Drumond, eleita para a Cadeira 39, tendo como patrono Tancredo Neves. Faz breve histórico profissional da recém-eleita.

 

18 - ANDERSON SILVA

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de colar a Érica Drumond.

 

19 - ÉRICA DRUMOND

Acadêmica, saúda os presentes. Agradece a seus pares pela eleição. Aponta a hotelaria como importante área geradora de emprego. Reverencia a trajetória política de Tancredo Neves. Comenta a capacidade empreendedora de seu pai. Registra que o turismo chancela o País no cenário internacional. Acrescenta que adota o slogan "Somos Todos Hóspedes Neste Planeta".

 

20 - MARIO CARLOS BENI

Acadêmico, saúda os presentes. Apresenta e exibe foto do acadêmico Virgílio Nelson de Carvalho, eleito para a Cadeira 40, tendo como patrono Waldemar Albien. Menciona dizer de Santo Agostinho, a respeito da passagem do tempo. Faz breve narrativa da trajetória acadêmica e profissional do recém-eleito. Enaltece a relevância de São Paulo no cenário turístico do País.

 

21 - ANDERSON SILVA

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de colar a Virgilio Nelson de Carvalho.

 

22 - VIRGILIO NELSON DE CARVALHO

Acadêmico, saúda os presentes. Discorre a respeito da PEC 01, que possibilitou a divulgação do turismo, pelo estado de São Paulo, ao longo do território brasileiro. Agradece a seus pares pela eleição. Acrescenta que o Turismo é atividade associativa e distributiva. Faz breve narrativa da atividade empreendedora de Waldemar Albien.

 

23 - EDUARDO SANOVICZ

Acadêmico, cumprimenta os presentes. Apresenta e exibe foto do acadêmico correspondente internacional de Portugal, Luiz da Gama Mór, eleito para a Cadeira 06, tendo como patrono Paulo Machado de Carvalho. Ressalta o espírito inovador de profissionais do turismo. Comenta breve histórico profissional do recém-eleito, principalmente no cenário da aviação civil. Tece considerações a respeito da conectividade entre o nordeste brasileiro e países estrangeiros.

 

24 - ANDERSON SILVA

Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de colar ao correspondente internacional em Portugal Luiz da Gama Mór.

 

25 - LUIZ DA GAMA MÓR

Acadêmico, saúda os presentes, agradece a seus pares pela eleição. Reflete sobre sua atividade corporativa em Portugal. Acrescenta que o Turismo é a principal fonte de receita do país. Enaltece a relevância do setor para o Brasil. Lamenta que problemas estruturais fragilizam os governos estaduais e dificultam medidas de longo prazo, tendentes a beneficiar a pasta. Aponta a Associação de Turismo de Lisboa como instrumento garantidor da permanência das políticas da pasta, em detrimento de interesses eleitorais circunstanciais.

 

26 - ANDERSON SILVA

Mestre de cerimônias, anuncia a Posse da Nova Diretoria Executiva, Gestão 2016/2017.

 

27 - SÉRGIO MEDINA PASQUALIN

Presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, deseja boas-vindas aos recém-eleitos. Lista realizações da Diretoria que cumprira seu mandato. Nomeia a nova Diretoria recém-eleita. Cita frase de Lao Tsé, a respeito da liderança. Anuncia o Ato Comemorativo ao Dia do Profissional de Eventos. Destaca a atuação da deputada estadual Célia Leão em prol do fomento do setor.

 

28 - ANDERSON SILVA

Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo institucional da Academia Brasileira de Eventos e Turismo.

 

29 – ANTONIA MARISA CANTON

Acadêmica, saúda os presentes. Parabeniza os recém-eleitos. Tece considerações a respeito da história dos eventos, desde o Brasil Colônia até a contemporaneidade. Reverencia Mario Carlos Beni. Lembra o PL 592/12, de autoria da deputada estadual Célia Leão.

 

30 - SÉRGIO MEDINA PASQUALIN

Presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, homenageia a Presidência com entrega de colar.

 

31 - PRESIDENTE CÉLIA LEÃO

Agradece a homenagem recebida. Parabeniza os recém-eleitos à Academia Brasileira de Eventos e Turismo. Valoriza o trabalho executado pela entidade. Cita frase de Cora Coralina. Lembra que exerce o sétimo mandato parlamentar. Anuncia a entrega de placa ao presidente Sérgio Medina Pasqualim. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Célia Leão.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - De posse dos novos acadêmicos, posse da diretoria executiva, gestão 2016/2017, homenagem ao dia do profissional de eventos, e aos dez anos da Academia Brasileira de Eventos e Turismo.

Neste momento, senhoras e senhores, anunciaremos a Mesa de Honra. Receberemos a Exma. Sra. Deputada Estadual Célia Leão, autora do Projeto de lei nº 592, de 4 de outubro de 2012, do Dia do Profissional de Eventos, e proponente desta sessão solene.

Receberemos o deputado federal Herculano Passos e também o acadêmico Sergio Medina Pasqualin, presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo.

A Academia Brasileira de Eventos e Turismo é formada pelos seguintes acadêmicos:

Cadeira 1 - Ciccillo Matarazzo; Sérgio Junqueira Arantes;

Cadeira 2 - Modesto Mastrorosa, Goiaci Alves Guimarães;

Cadeira 3 - Lourenço Mazzuca, Roosevelt Haman;

Cadeiras dos acadêmicos presentes:

Cadeira 6 - Rubem Martim Berta, Mario Carlos Beni;

Cadeira 8 - Juscelino Kubitschek de Oliveira, José Rafael Guagliardi;

Cadeira 9 - Othon Lynch, Antonio Maurício Dias;

Cadeira 11 - Engenheiro Armando Arruda Pereira, Armando Arruda Pereira de Campos Mello;

Cadeira 16 - Stella Barros, Ibrahim Geroges Tantoun;

Cadeira 18 - Octávio Guinle, Antonia Marisa Canton;

Cadeira 19 - Alberto Santos Dumont; Raimundo Argolo Peres;

Cadeira 23 - Amélia Whitaker de Oliveira, José Guillermo Alcorta;

Cadeira 25 - José Tjurs, Roland de Bonadona;

Cadeira 29 - Bruno Antônio Caloi, José Estavão Cocco;

Cadeira 33 - Sérgio Murad, Anita Pires;

Cadeira 35 - Virgílio Loureiro, Romano Pansera;

Cadeira 36 - Silvia Zorzanello, Milton Zuanazzi;

Cadeira 37 - Silvia Mangabeira, Elza Tsomuri;

Cadeira 38 - Eduardo Tapajós, Alexandre Sampaio;

Cadeira 39 - Tancredo Neves, Érica Drumond;

Cadeira 40 - Valdemar Albien, Virgílio Carvalho;

E também os acadêmicos correspondentes Cadeira 6, Portugal, Paulo Machado de Carvalho, Luiz da Gama Mór.

Vamos aplaudir, senhoras e senhores, os acadêmicos. (Palmas.)

Ouviremos as palavras da deputada Célia Leão.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Quero cumprimentar todas as senhoras e os senhores presentes. Esta sessão solene foi convocada pelo nosso presidente efetivo da Casa, deputado Fernando Capez, a pedido nosso. Um dos momentos desta sessão solene é a comemoração dos dez anos da Academia Brasileira de Eventos e Turismo.

Trago o abraço, a recepção e o carinho do deputado Fernando Capez, que não pôde estar aqui neste momento para a abertura solene dessa nossa sessão. Contudo, ele pediu-me que trouxesse aqui não só o abraço, mas o compromisso dele com toda a causa do “trading” e do turismo e, especialmente, com a Academia Brasileira de Eventos, na pessoa do nosso presidente, Sergio Pasqualin.

Convido a todos os presentes para, de pé, ouvirmos o nosso Hino Nacional Brasileiro, que será entoado pelo grupo de crianças da Associação de Amparo ao Menor - Casa do Tiaminho, de Embu das Artes. Convido-os neste momento para que estejam conosco entoando o Hino Nacional Brasileiro.

Uma calorosa salva de palmas a essas nossas crianças lindas e brasileiras, que entoarão o Hino Nacional Brasileiro. (Palmas.)

Sejam bem-vindos à nossa Casa de Leis, nossos meninos e meninas. Podemos dar início ao Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

A SRA. CÉLIA LEÃO - PSDB - Podemos aplaudir, sim, a todas as crianças, agradecendo muito à Associação de Amparo ao Menor - Casa do Tiaminho, e de forma muito especial ao nosso querido regente Eduardo Nogueira, ao qual peço uma salva de palmas. Certamente, regente Eduardo Nogueira, essas crianças não estariam aqui fazendo essa maravilha que fizeram a todos nós e ao Brasil se não fosse a liderança de um grande regente.

Portanto, muito obrigada. Esta Casa se sente envaidecida em receber aqui um grupo seleto, como este, de crianças que já entendem a importância do nosso País, da nossa sociedade, da nossa Bandeira e do nosso Hino.

Muito obrigada. Mais uma vez, uma salva de palmas às nossas crianças, que vieram embelezar esta noite, que já está marcada nos anais desta Casa. (Palmas.)

Esta Presidência quer comunicar e informar aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web e será transmitida pela TV Alesp neste próximo sábado, dia 30, às 9 horas; pela Net, no canal 7; pela TV Vivo nos canais 6 analógico e 185 digital; e pela TV digital aberta no canal 61.

Portanto, esta sessão está sendo assistida em diversos lugares do Brasil e do mundo, o que muito nos lisonjeia e alegra.

Agradecemos a presença de todas as senhoras e os senhores que estão aqui conosco. É uma alegria poder recebê-los, cada um e todos vocês. Esta é uma festa bonita. Como o próprio nome diz, é uma sessão solene, no plenário principal desta augusta Casa de Leis.

Para mim, presidente Sérgio, esta é literalmente uma Casa sagrada, um chão sagrado. Certa feita, neste mesmo plenário, eu dizia que eu pisava nesta Casa, neste plenário, num chão sagrado. E um deputado, com todo o direito, me perguntou, num aparte: “Mas, deputada Célia Leão, chão sagrado não é chão de igreja?

E eu contestei a ele exatamente o que passo aos senhores e às senhoras neste momento, de um sentimento profundo e verdadeiro, do fundo do meu coração. Eu disse a ele: “Certamente, deputado, independente da denominação, chão de igreja é chão sagrado. Mas, para mim, e espero que para todos os pares desta Casa, o sentimento é o mesmo, entendo que esta augusta Casa de Leis também é um chão sagrado.

É um chão sagrado porque para os 94 parlamentares, homens e mulheres de mais de 20 partidos, estarem aqui representando os quase 44 milhões de brasileiros e estrangeiros que moram no estado de São Paulo, todos que vieram para cá, independente de sexo, religião e questão socioeconômica, vieram com aquilo que existe de mais sagrado que um cidadão pode depositar, que é o seu voto, o voto de confiança.

O deputado Herculano Passos sabe do que eu estou dizendo, porque é um homem de vida pública, um homem ilibado na sua vida pública, trabalhador, honesto e decente.

Ele é um deputado que já foi prefeito no município de Itu, e hoje é um parlamentar que faz a diferença no Congresso Nacional, falo isso com muita transparência e liberdade, pois nem somos do mesmo partido político. Portanto, luto por ele, além de ter carinho e amizade, essa é a verdade.

O deputado sabe o que eu estou dizendo, o voto é sagrado. As pessoas dão o voto, que é aquilo em que elas mais confiam, é aquilo que elas têm dentro do coração. Então, presidente, fazemos uma sessão solene para, em quatro momentos diferentes, minha professora Marisa Canton, podermos gravar nos anais da Casa, que ficarão para sempre na história da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo - e o que acontece em São Paulo ecoa para o Brasil, quer seja posse, quer seja o dia dos profissionais de evento. Ou seja, essa sessão solene como um todo, para nós, como um chão sagrado, tem um sabor especial.

Eu disse ao senhor ali dentro, e vou reproduzir o que sinto e o que disse ao presidente. De muitas sessões que aqui já fiz ou participei, e há alguns anos pela bondade do povo e a benção de Deus nós estamos aqui na Casa representando o povo do estado de São Paulo, das diversas sessões que fiz, com muito carinho, respeito, animação e entusiasmo, eu disse: “nem começou a sessão e, para mim, é uma das mais emocionantes”. Eu lhe disse isso ali fora e quero reproduzir no início dessa sessão para dar início a tudo o que vai acontecer aqui, que foi muito planejado, meticulosamente cuidado, as pessoas com uma atenção ímpar, singular, os acadêmicos aqui representados pela professora Marisa Canton e o presidente Sérgio Pasqualin, que não mediram esforços para que tudo ocorresse na mais perfeita ordem e, de preferência, nenhuma falha.

Eu acompanhei tudo, e foi de um carinho e um amor que, talvez os senhores, por não terem participado da elaboração e do momento da construção dessa sessão - e não têm culpa -, talvez não consigam avaliar como foi feita por mais de duas mãos e com muito coração. Para mim, essa sessão é solene, diferenciada, bonita, feliz e vai ficar, de fato, gravada não só nos anais da Casa, pelo vídeo, pela gravação, pela voz, pela fotografia. Ela vai ficar gravada porque a Assembleia Legislativa será, até hoje, uma Assembleia e, a partir de hoje, uma nova história. Tenham certeza disso.

Uma salva de palmas aos senhores e à Academia Brasileira de Eventos. (Palmas.)

Eu já justifiquei a ausência e trouxe o abraço do deputado Fernando Capez. Diversos deputados, por uma série de razões, tinham suas agendas e seus compromissos, mas deixaram aqui na Presidência as suas justificativas.

Eu faço questão absoluta de convidar, agora, duas jovens que estão representando dois deputados desta Casa que não puderam vir. Um está em Brasília e o outro está representando a Assembleia Legislativa em uma solenidade. Eu queria chamar a senhora Aline Cardoso para trazer, por favor, as palavras do seu pai, o deputado Celino Cardoso.

 

A SRA. ALINE CARDOSO - Boa noite a todos.

Muito obrigada pelo convite ao deputado Celino. Eu tenho o privilégio de representá-lo. Eu gostaria de dizer que ele aprecia muito, tem muito carinho e respeito pelo setor de turismo e eventos, até porque, além de parlamentar, ele também é empresário e atua nesses setores.

Então, ele tem plena consciência de todas as dificuldades, de todos os desafios, de todos os pequenos e grandes dilemas e dramas do dia a dia desses setores. Mas ele também tem convicção e certeza do potencial incrível desses setores e da capacidade de geração de desenvolvimento econômico, social e, principalmente, de capital humano que esses setores têm porque são setores, antes de tudo, baseados em pessoas. São setores em que formamos gente e atendemos pessoas.

Eu trago o abraço dele, pedindo desculpas pela sua ausência nesta noite.

Eu gostaria de fazer uma menção especial aos 10 anos da academia e parabenizá-los por isso. Parabenizar todos acadêmicos, os profissionais do setor que, graças à deputada, têm essa data para comemorar a sua profissão, e todos os representantes de entidade e de empresas.

Um abraço especial ao senhor, presidente Sérgio Pasqualin e parabéns pela condução dos trabalhos.

Ainda mais no momento em que vivemos de muita cautela e de esperança, nós sabemos que alguns países do mundo conseguiram se recuperar de crises profundas graças ao turismo, a eventos e ao capital humano de pessoas desses setores.

Eu termino com uma mensagem de otimismo e de esperança. As pessoas que estão nesta sala e as pessoas dessa academia são pessoas que podem, com certeza, ajudar a reerguer o nosso país.

Obrigada.

 

A SRA. CÉLIA LEÃO - Obrigada pelas palavras.

Com a mesma emoção e entusiasmo, eu quero convidar também uma outra jovem senhora que está aqui representando um grande deputado desta Casa. Queria chamar Adriana Ramalho, que está representando o deputado Ramalho da Construção.

Peço uma salva de palmas.

 

A SRA. ADRIANA RAMALHO - Boa noite.

Na pessoa da presidente Célia Leão, eu cumprimento todos da Mesa e toda a Casa. Na pessoa do presidente Sérgio Pasqualin, eu cumprimento todos os acadêmicos da Academia Brasileira de Eventos e Turismo.

Em nome do deputado Ramalho da Construção, eu venho saudá-los e venho trazer um abraço e contar um pouco da história do deputado Ramalho da Construção, que também é presidente do Sindicato da Construção Civil, defende a classe trabalhadora.

Eu, por 10 anos, trabalhei no Sindicato dos Hoteleiros, o Sinthoresp. Então, são dois sindicatos que andam de mãos dadas, trabalhando pelos setores e visam o turismo como uma solução. Diante dessa crise, do desemprego - no setor da construção civil são mais de 400 mil -, nós podemos avaliar que a dificuldade pode ser uma solução. A solução vem com mais eventos e com a exploração do turismo aqui na cidade de São Paulo.

Na cidade de São Paulo, a capital nacional do país, nós conseguimos avaliar que em torno de 12 milhões de pessoas passam por aqui com a finalidade de participar desses eventos e do turismo.

Então, essa visão que nós temos de desenvolvimento e economia, visando o turismo como uma atividade fim, é muito propícia nas discussões que nós temos realizado nos últimos tempos. Eu acredito que o empenho dos deputados desta Casa em enfrentar a crise que estamos passando desde setembro do ano passado é fazer com que a nossa capital seja ainda mais aberta a receber as pessoas e gerar empregos através do turismo e, principalmente, dos eventos.

Cumprimento a todos com muita alegria. Eventos como esse vêm mostrar a força que nós temos mesmo diante da crise. Parabéns a todos vocês e muito obrigada.

 

A SRA. CÉLIA LEÃO - Obrigada pelas palavras.

Quero passar a palavra a ele que fiz menção agora há pouco. Para nós da Casa é uma alegria saber que, em Brasília, exista o eco - e o bom eco - da luta e do trabalho pelo “trade”, pelo turismo, pelos profissionais de eventos. Essa é figura do deputado Herculano Passos. Como eu já disse, prefeito que foi, deputado que é, uma grande liderança, e não só está no seu DNA, mas também na família.

Deputado Herculano Passos é marido da nossa deputada estadual Rita Passos, aqui da Casa, uma grande parlamentar que tem nos ajudado muito na questão do turismo e em outros temas também. Para nós, deputado, é uma alegria recebê-lo nesta Casa. O senhor tem uma vivência nacional e muito bem nos representa no Congresso Nacional.

Por gentileza, tome a tribuna desta Casa.

Tenham a certeza que, em Brasília, nós estamos muito bem representados e sempre muito bem defendidos nesta área.

 

O SR. HERCULANO PASSOS - Boa noite a todos. É uma satisfação muito grande estar aqui. Quero parabenizar a nossa presidente dessa sessão solene, a deputada Célia Leão. Quero cumprimentar o Sérgio Pasqualin e, através dele, cumprimentar todos os homenageados e os que fazem parte desta instituição.

Eu tenho a convivência muito estreita e muito próxima do turismo, até porque eu fui prefeito de Itu, que é uma instância turística. Nós vivenciamos o turismo quando eu fui presidente da Aprecesp - Associação das Estâncias do Estado de São Paulo - por três mandatos.

Eu sempre digo, nos lugares onde vou, que um prefeito, um gestor do executivo, tem que entender um pouco de cada coisa, delegar poderes e cobrar das pessoas para ter sucesso na sua gestão. Agora, um parlamentar, como a Célia Leão, tem que ter um foco, ou dois, ou três no máximo, para que faça bem feito aquilo que é possível fazer. A Célia Leão é uma grande lutadora pelo turismo.

Eu, quando fui presidente da Aprecesp, vim aqui no Colégio de Líderes convencer as lideranças dos partidos para que nós pudéssemos aprovar uma proposta de emenda à Constituição da Célia Leão que era, justamente, para que o estado de São Paulo pudesse divulgar o turismo no Brasil. É um absurdo falar uma coisa dessas, divulgar nos veículos de comunicação, porque a Constituição do Estado de São Paulo não permitia que isso acontecesse, e todos os outros estados divulgavam o turismo aqui em São Paulo. Ou seja, o turismo vive de quê? De um equipamento turístico, dos eventos, de tudo o que ele consegue mobilizar e da divulgação. Se não tem divulgação, o turismo não anda.

Então, eu quero cumprimentar a deputada Célia Leão por essa iniciativa, que foi muito importante, um grande avanço para o Turismo.

 Fui para Brasília, no meu primeiro mandato, e montamos essa Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo, porque agora estamos focados no Turismo. Entendo que é um fator de desenvolvimento econômico e social, que gera emprego, renda, e promove o comércio e tudo que vocês sabem.

 Nós conseguimos produzir muita coisa com a Frente Parlamentar. No ano passado conseguimos aprovar e regulamentar o Turismo Rural. Conseguimos a criação das estâncias no Brasil. Conseguimos deixar de exigir o visto de quatro países, no ano olímpico, por três meses. E conseguimos aprovar muitos projetos. Apresentei alguns que estão tramitando, que é um trabalho intermitente agora para as Olimpíadas, e muitos projetos estão em andamento.

A Frente Parlamentar acompanha nas comissões os projetos. Peguei a relatoria de vários deles, para podermos ajudar o desenvolvimento do Turismo.

Está em pauta, e está muito polêmica, a legalização dos jogos. Está no Senado e vai vir o projeto para a Câmara. Na Câmara, montamos a Comissão Especial do Marco Regulatório dos Jogos. Estão sendo debatidos os jogos, a legalização do bingo, os cassinos e o jogo do bicho. Mas o foco principal são os cassinos. Esse é um tema que está em pauta, e que está sendo muito debatido. Tenho muita confiança de que vai ser legalizado. Isso vai ajudar o desenvolvimento do nosso País, em venda, empregabilidade, eventos. É um momento único, porque o governo vai poder ter uma grande arrecadação e, consequentemente, poderá investir nas áreas sociais.

Esse é um pequeno resumo do que eu queria dizer. Quero parabenizar a Célia Leão, por este evento. Conversei com o Sergio agora pouco, e estou querendo copiar. Não precisamos inventar muitas coisas. Mas eu queria organizar um evento desses lá na Câmara dos Deputados, no mesmo formato, muito parecido, para podermos promover o Turismo.

Agradeço a atenção de vocês. Desejo uma boa noite e uma ótima sessão solene. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada, deputado Herculano Passos, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo.

Quero adiantar ao deputado Herculano que para esse evento em Brasília, que V. Exa. vai fazer, convidando os acadêmicos, faço questão de ser convidada. Se eu for convidada, eu vou. E se eu não for convidada, vou do mesmo jeito. Então, aguarde-me em Brasília. Muito obrigada.

Digo que essas coisas é que marcam o trabalho de cada um no dia a dia, marcam um evento como este, que é bonito, elegante, bem cuidado, cheiroso, enfeitado, colorido, enfim, é um evento diferente, dá-nos emoção mesmo.

Todos que falam têm a sua devida importância, os presentes mais ainda, os convidados. Sem os senhores e as senhoras não teríamos a sessão solene. Fico olhando daqui de cima, porque tenho o privilégio de poder enxergar o rostinho de cada um e do todo. Não é possível falar o nome de todos, mas fico olhando o Jarbas Favoretto conosco, que tem todo um trabalho no Turismo há anos, há décadas, muitos de nós não estávamos nem pensando na área, e o Jarbas já estava.

Nosso querido Garutti, com o Sinfac, que pode parecer que não tem a ver, mas tem muito a ver. Nosso querido Beto Leão, do Sindi-clube, os clubes que fazem parte do trabalho também, que envolve de alguma forma o Turismo, além do Esporte. Meu querido Bruno Mori, Abih, rede hoteleira nacional, enfim, gente grande, importante.

Quero resumir para dar a palavra a quem de fato tem todo o direito de falar, de nos representar, de se emocionar. Cada um de nós temos a obrigação de fazer acontecer. E uma sessão como esta é o fazer acontecer. Tenho certeza absoluta, meu querido Pasqualin, que Deus existe, cada um na sua religião, cada um na sua fé. Sou cristã católica, casada com um judeu. Enfim, temos as nossas diferenças lá em casa, boas diferenças. Sou filha de baiano, ele é filho de alemão. Sou brasileira, ele é argentino. Mas escolhi o melhor argentino para casar, tenham a certeza disso.

Tenho certeza de que Deus existe na vida de cada um, e nos ajuda a fazer as coisas. Mas Ele sozinho não vai fazer. Estou convicta, meu querido presidente Sergio Pasqualin, de que é a ação da mão humana que faz, é a ação da mão humana que transforma. É a ação da mão humana que realiza. Se nós não fizermos, fica sem fazer. Portanto, depende de cada um de nós.

Olho à minha direita e vejo esses homens e mulheres diferenciados, não só pela vestimenta, que é linda, harmoniosa, chique, diferente, como eu disse, mas pelo que eles são, pelo que cada um representa, não só aqui nesta noite, mas na Academia, nos eventos, em São Paulo e no Brasil. Mas, certamente, eles não seriam o que são, ou eles não estariam onde estão, se não existisse um maestro que conduzisse a sua orquestra. Isso é uma verdade. Deus sozinho não fará. Cabe a nós fazermos. Mas a algumas pessoas, Herculano, cabe mais o fazer no dia a dia. Essas são as lideranças.

Quero passar o microfone, com muito amor, com muito carinho, com muito respeito, e dizer que na pessoa dele eu de fato vi, na prática, um ditado ser verdadeiro. O ditado diz o seguinte: “a gente conhece e reconhece a existência de um líder quando ao lado dele todos crescem”. E esse é o Sérgio Pasqualin. Não importa quem e que tamanho. Mas quando nós chegamos ao lado dele, nós crescemos. Ele faz questão, não que sejamos do tamanho dele, mas que nos tornemos maiores que ele. Isso é sinônimo literal de uma liderança, porque palavras convencem e o exemplo arrasta. E o Sérgio Pasqualin, para mim, representando a Academia Brasileira de Eventos, tem essa liderança é inconteste.

Com muita alegria, uma salva de palmas ao nosso presidente, Sérgio Pasqualin, representando aqui a Academia Brasileira de Eventos e Turismo. (Palmas.)

 

O SR. SERGIO MEDINA PASQUALIN - A primeira coisa que vou pedir é que as plaquinhas que estão em cima das mesas sejam viradas para cá. Foi programado assim. Nós temos aqui 21 entidades do setor, para podermos sentir a participação não somente desta Academia, mas de todos nós.

Agradeço primeiramente ao presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez, por ter aberto as portas desta Casa do povo. E, como a nobre deputada falou, um solo sagrado, um solo sagrado que acabou de ser energizado por um coral de crianças que, realmente, é energia pura, uma energia tão necessária para podermos continuar.

Agradeço ao nosso querido deputado Herculano Passos, deputado federal, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo, que lidera um trabalho muito importante para o nosso setor. E agora, também, nossa nobre e querida deputada Célia Leão, que sempre apoiou as causas do setor, sempre teve proximidade, conhecimento e reconhecimento do que representa isso na nossa economia, sendo que hoje temos qualquer coisa como uma representatividade em torno de 5% do PIB e, em vários países, esse percentual chega a 10 por cento. Portanto, temos estímulo e demonstração do que ainda pode ser feito pelo nosso setor.

Hoje estamos no plenário chamado Juscelino Kubitschek que, por coincidência, é um dos patronos da nossa Academia, pessoa essa que soube reconhecer e teve a visão do desenvolvimento do Brasil, transferindo a capital, tantos anos atrás, e que é responsável pelo desenvolvimento de todo o centro-oeste, norte e nordeste. Realmente, algo maravilhoso.

Nossa nobre deputada também teve um momento fantástico, quando foi apresentada pela Academia, e mais algumas outras entidades, a solicitação do desenvolvimento de um projeto para o dia do profissional, de que logo falaremos também.

Desta forma, então, para dar seguimento, teremos quatro momentos distintos. A posse dos novos acadêmicos, Alexandre Sampaio, Érica Drumond, Toni Sando, Virgilio Carvalho, Luiz da Gama Mór. Sejam bem-vindos a nossa Academia.

E também teremos o Dia do Profissional de Eventos, como eu falei, a comemoração dos 10 anos da nossa Academia e a posse, que estou tendo a honra de poder ser eleito por mais um biênio.

Desta forma, então, vamos dar continuidade aos nossos eventos. Agradeço a todos, mais uma vez, pela presença. Essas plaquinhas todas viradas para cá deram um outro colorido.

Para terminar, quero dizer que é uma grande honra, e na mesma intensidade, uma imensa responsabilidade de representar esse quadro de acadêmicos, de brasileiros consolidados no nosso setor, aos quais eu reverencio, por ter esta oportunidade.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB – Nós é que agradecemos. Uma salva de palmas ao nosso querido presidente, amigo, sempre companheiro de todos nós, nosso Sérgio Pasqualin.

Dando continuidade aos eventos, estou vendo também o rostinho do meu querido Túlio Bian, da GCSN. É só gente grande que está neste plenário. Só gente importante, todos vocês aqui.

Para que comande, doravante, os trabalhos de posse dos acadêmicos, e de outros momentos que todos nós apreciaremos, concedo a palavra ao nosso querido Anderson, do Cerimonial. Aliás, gostaria que os senhores e senhoras prestassem atenção à voz do Anderson. Sua voz é um diferencial. Ainda bem que ele não é candidato, porque ele certamente ganharia com essa voz. Por favor, Anderson.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Muito obrigado, deputada. Temos a honra de receber o acadêmico Eduardo Sanovicz, da Cadeira 12-Roberto Gheler. Senhoras e senhores, vamos recebê-lo com aplausos, por favor. (Palmas.)

Este cerimonial gostaria também de destacar e agradecer a presença das seguintes autoridades: Danielle Julião, da Secretaria do Meio Ambiente; Rogério Hamam, secretário nacional do Futebol; e Walter Ferreira, presidente da Embratur. (Palmas.)

Enviaram mensagens de êxito à sessão solene as seguintes autoridades: o Sr. José Luiz Ribeiro, secretário de estado do Emprego e Relações do Trabalho; o Sr. Marcos Monteiro, secretário de Planejamento e Gestão; o Sr. Duarte Nogueira, secretário de Logística e Transportes; o Sr. Paulo Correa Jr, deputado estadual; o Sr. José Renato Nalini, secretário de estado da Educação; o Sr. David Uip, secretário de estado da Saúde; o Sr. Antonio Donato, da Câmara Municipal de São Paulo; o Sr. Paulo Dimas Mascaretti, presidente do Tribunal de Justiça; o Sr. Alencar Burti, da Associação Comercial de São Paulo; e o Sr. Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente, que enviou uma carta, a qual este Cerimonial passa a ler:

“Caro Pasqualin e acadêmicos,

Fiquei honrado com o convite para assistir à posse dos novos membros da Academia Brasileira de Eventos e Turismo a realizar-se neste dia do mês de abril. Sei da importância da Academia que, aliás, em outra oportunidade, me deu um evento similar e, claro, de forma bem sucedida, com o programa educacional.

Aproveito o ensejo para confraternizar com os novos membros e desejar-lhes êxito. Certo de que tanto o presidente como os eminentes acadêmicos vão compreender a minha ausência física, peço que acreditem que meus votos e pensamentos estarão com a Academia nesta honrosa noite.

Fernando Henrique Cardoso.” (Palmas.)

Neste importante acontecimento, senhoras e senhores, temos a honra de anunciar a posse dos novos acadêmicos, cujas cadeiras vêm completar o quadro do Colégio Acadêmico, formado por 40 acadêmicos nacionais, efetivos e perpétuos, à semelhança de outras academias no Brasil e no mundo.

A Academia é formada também por 20 acadêmicos correspondentes internacionais, cujas cadeiras ainda estão sendo completadas. Todos os acadêmicos são eleitos pelos seus pares, em função das notáveis e relevantes contribuições realizadas junto ao setor dos eventos e do turismo.

Para presidir o ato de posse dos novos acadêmicos, anunciamos a palavra do acadêmico Sérgio Medina Pasqualin, presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo.

 

O SR. SÉRGIO MEDINA PASQUALIN - A nossa entidade, a Academia, teve início em 17 de fevereiro de 2006, com o nome de Academia Brasileira de Eventos. O nome “Turismo” foi incorporado à instituição em março de 2012, frente à atualização e ampliação dos seus objetivos.

A cada cadeira ocupada por um acadêmico, será sempre eleito um patrono definitivo e sem substituição ou sucessão, cuja personalidade tenha deixado, através de sua vida e obra, legado fundamental e histórico para a continuidade e crescimento do setor.

A Academia Brasileira de Eventos e Turismo tem como patrono Caio de Alcântara Machado, o idealizador e o instituidor dos grandes eventos no Brasil. Como foi citado, a Academia, por estatuto, prevê não só a instituição do Colégio Acadêmico, representado pelos seus 40 acadêmicos nacionais, como também a eleição de 20 acadêmicos correspondentes internacionais, cujo quadro atual já conta com correspondentes representantes de oito países. Por ordem de entrada, temos: Espanha, Estados Unidos, Venezuela, Uruguai, Argentina, Chile, Alemanha e Inglaterra.

Hoje, teremos a honra de dar posse ao nosso acadêmico correspondente internacional de Portugal, Luiz da Gama Mór. Desta forma, vamos iniciar a posse dos acadêmicos.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Convidamos o acadêmico Sérgio Medina Pasqualin, presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, para que se posicione na tribuna desta Casa.

Ato de Posse dos novos acadêmicos. Neste ato, convidamos o acadêmico Roland de Bonadona. (Palmas.) O acadêmico fará a apresentação do acadêmico Toni Sando, eleito para a Cadeira 22, ocupada anteriormente pelo saudoso acadêmico Lemos Britto, falecido em 2015, tendo como patrono Arthur José de Lemos Britto. Na tela, em destaque, projetam-se as imagens do acadêmico Toni Sando e do seu patrono Lemos Britto. Vamos à apresentação do novo acadêmico.

 

* * *

 

- São exibidas as imagens.

 

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O SR. ROLAND DE BONADONA - Boa noite a todos. Nas pessoas da deputada Célia Leão e do deputado Herculano Passos, gostaria de cumprimentar as autoridades presentes. Na pessoa do meu presidente Sérgio Pasqualin, cumprimento todos os meus confrades da Academia e os meus colegas do turismo. Boa noite, senhoras e senhores.

Quando aceitei o desafio de fazer a apresentação de uma personalidade como o Toni, que tem um “background” tão rico, uma grande história e farta experiência, eu não sabia que seria uma missão impossível fazer isso em três minutos.

Então, irão faltar alguns traços e algumas cores, mas você é muito conhecido no meio do turismo e irei tentar ser direto e focado para facilitar um pouco as coisas. Na verdade, eu conheci o Toni há 18 anos, quando ele entrou para o Grupo Accor. Antes disso, ele tinha se preparado, feito uma graduação na São Judas. Depois, ele se formou em marketing na ESPM, e em management na Getúlio Vargas. São faculdades muito boas.

Ele iniciou sua carreira no mercado financeiro. Isso não está nada errado, porque o Turismo é uma área bem transversal. Portanto, também é interessante saber um pouco de finanças. Trabalhou na área de seguros, de bancos e de cartões de crédito, sempre no relacionamento com o cliente.

Ele foi convidado a trabalhar na Accor quando ela ainda era uma empresa com 40 hotéis no Brasil, em 1998. Quem o trouxe foi o Paulo Salvador, que muitos de vocês conhecem, pois ele é uma autoridade do Turismo e do Marketing. Toni cuidou da instalação das grandes marcas do Grupo Accor no Brasil.

A Ibis, a Novotel, a Mercure e a Sofitel foram marcas que ele promoveu quando estava à frente da nossa área de marketing, iniciando o posicionamento dessas marcas no mercado. Ele as tornou conhecidas, vendendo-as junto aos canais de distribuição. Enfim, ele iniciou o processo dessa empresa, que se tornou uma companhia com 240 hotéis no Brasil, mais os 150 que estão sendo construídos. Só na Região Metropolitana de São Paulo, há mais de 50.

Chegou um momento em que o Orlando Souza, que trabalha comigo, assumiu a posição de presidente do Convention & Bureau. Ele precisava de alguém para ajudá-lo a dar uma virada, a dar um novo destino ao Convention & Bureau, que precisava suportar o turismo da nossa cidade. Respondendo ao meu convite de assumir o Convention & Bureau, ele tirou o Toni Sando da Accor, tornando-o diretor executivo do Convention & Bureau.

Acredito que o que Toni fez no Convention & Bureau neste período, de 2004 até agora, é algo extraordinário. De tudo o que eu já vi na minha carreira, aprendi que os grandes executivos têm que juntar três energias, a energia da visão, que traz os grandes objetivos e o caminho estratégico para chegar; a energia da execução, que irá traçar os planos de ação, as agendas e todos os pequenos dispositivos, fazendo a organização e a arrecadação do dinheiro; e, finalmente, algo que é muito importante, isto é, o relacionamento, o elo, a motivação das pessoas.

Isso faz com elas vistam a camisa, suando para chegar aos objetivos. Tudo é um trabalho de motivação e de relacionamento que deve ser feito dentro e fora da organização, mas que é muito difícil.

Tudo o que o Toni e os sucessivos presidentes do Convention & Bureau fizeram foi realizado de uma forma brilhante. Este Convention & Bureau tornou-se um modelo para todos os Convention & Bureau do Brasil e do mundo inteiro.

Hoje, Toni é uma personalidade do Turismo, que participa de muitas organizações do Turismo, tanto na cidade de São Paulo quanto no mundo dos eventos do Convention & Bureau. Isso é relacionamento, não apenas através das organizações profissionais, mas também com todos os envolvidos com a área do Turismo, desde políticos até com a Polícia, recepcionistas dos hotéis e pessoal do aeroporto, mostrando a importância do atendimento, do sorriso e da hospitalidade.

Graças a essa atividade que ele desenvolveu, o Turismo em São Paulo, em dez anos, passou de sete milhões para 15 milhões de pessoas e de turistas. Não é só o Toni, mas sei que ele contribuiu muito. Isso é algo muito importante, porque reclamamos do pouco número de turistas no Brasil. Há seis milhões de turistas internacionais no Brasil.

Nesse período, o turismo internacional passou de 500 milhões para um bilhão. Assim, seis milhões é pouca coisa. Pior do que isso é uma participação que caiu pela metade, considerando o turismo mundial. Contudo, o que foi feito em São Paulo é justamente o contrário. Duplicou-se o número de turistas durante este período, turistas nacionais e turistas internacionais. O Toni e sua equipe são parte disso.

Portanto, Toni, você é uma personalidade, uma autoridade e um grande profissional. Você entende de management, de marketing e de estratégia de negócios. Além disso, você é um grande companheiro, é um pai de família, que tem quatro filhos. Você é também um amigo.

Tenho certeza que você irá trazer à nossa Academia a riqueza do seu “background”, as suas capacidades empresariais e o seu bom humor, que alegrará muito os nossos encontros e eventos. Você irá suceder o saudoso Lemos Britto, que também foi um grande empreendedor do Turismo, jornalista, proprietário de jornal, promotor de eventos, promotor de feiras, sendo ainda um grande fotógrafo. Ele criou muitas fotos que são referências e arquivos do nosso turismo.

Eu lhe desejo boas-vindas. É um privilégio ter você na Academia. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Convidamos à tribuna, neste momento, o mais novo acadêmico Toni Sando.

 Senhoras e senhores, convidamos à tribuna a madrinha deste ato, Sra. Andréa Lemos Britto, filha do acadêmico Lemos Britto. Neste ato, ela vai entregar o colar ao acadêmico Toni Sando e, claro, receberá os cumprimentos das personalidades e acadêmicos. Juntos, entregarão o primeiro certificado ao nosso mais novo acadêmico.

Na sequência, ouviremos as palavras do mais novo acadêmico Toni Sando. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a homenagem.

 

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O SR. TONI SANDO - Deputada Célia, deputado Herculano, presidente Sérgio, imprensa, fotógrafos, amigos e amigas, serei bem breve nesses meus trinta minutos.

Nos últimos dias, fiquei pensando sobre o que significava ser imortal, sobre o conceito da imortalidade. Cheguei à conclusão de que a imortalidade se resume a ser lembrado, a não ser esquecido. Queremos todos, de alguma forma, dar continuidade a nós mesmos, após a morte. A única maneira de fazer isso é através da memória dos outros.

Ser memorável, ser digno de memória, digno de ser lembrado, é resultado de como vivemos nossas vidas. Ser imortal é fruto de como lidamos com nossa mortalidade: como estamos vivendo nossas vidas, onde estamos investindo o curto tempo que temos aqui, qual é a mensagem que vamos deixar como legado e qual é o legado que vamos deixar como mensagem.

Há pessoas memoráveis. A cadeira que ocupo nesta academia foi ocupada pelo homem das coisas impossíveis. O imortal Lemos Britto se imortalizou pela sua inquietude e capacidade de realização. Foi uma daquelas raras pessoas que são sonhadoras e realizadoras ao mesmo tempo, que carregam consigo a cabeça idealista e os braços operacionais de fazer acontecer.

Certa vez, ele se definiu como alguém que, ao nascer, ganhou um passaporte que dava direito a fazer tudo o que quisesse, mas alertou que era preciso trabalhar dia e noite e colaborar com as outras pessoas, senão esse passaporte perderia a validade.

Há frases que nos definem e imortalizam de alguma forma. Meu finado pai Osvaldo, amadurecido pelas vivências, entendendo melhor como a vida funcionava, sempre usava a mesma frase para se posicionar em relação a algumas situações. Ele sempre dizia: “não tem necessidade”. Em alguns momentos, lembro-me de meu pai, imortalizado na minha memória, dizendo: “não tem necessidade”. Era uma mensagem de que podemos viver a vida com leveza.

Qual mensagem nós deixaremos? Por qual frase seremos lembrados? Acho que uma das frases que mais falo para minha equipe é que “as coisas acontecem com quem acontece”. Acontecer é um conceito interessante. O que acontecemos na vida? Lemos Britto fez muitas coisas acontecerem - a Augusta Chic, as feiras, os shows de Hebe Camargo, os shows de Chico Anysio e tantos outros eventos -, assim como outros acadêmicos patronos que serão citados no decorrer deste evento.

Quando pensei em qual nome podemos dar para aqueles que fazem coisas acontecerem, cheguei ao termo “acontecedor”. Meu pai era um acontecedor. Ele foi operário, mestre ferramenteiro, trabalhava criando moldes de metal para injetoras de plástico e indústrias de brinquedo.

Eu, de certa maneira, segui os passos de meu pai. Considero-me um operário. Meu ofício é trabalhar para fazer as coisas acontecerem. Não sou um empreendedor, sou um executivo, um administrador da formação.

Comecei minha vida como office-boy, quase estudei artes plásticas, mas acabei ingressando no mercado financeiro e no mundo do marketing. Entrei para a hotelaria e, depois, para o São Paulo Convention & Bureau, onde tenho o privilégio de viver com Marisa Canton, nossa acadêmica, como a primeira funcionária do Convention & Bureau em 1983.

Enfim, entrei para o terceiro setor e entrei para o universo de eventos. Existem pessoas que são criadores de futuros. Eu, como executivo, sou uma espécie de administrador de presentes, uma ponte entre o ideal e a realidade. Mas, como dizia Britto, é preciso trabalhar dia e noite e colaborar com as pessoas para realizar as coisas.

Não fiz nem faço nada sozinho. A vida é feita de realizações, de relações, de convivência, de encontros, o que tem muito a ver com a indústria de eventos, de viagens e de turismo. Facilitamos encontros, criamos espaços de convivência, promovemos relações, lidamos com vidas, instigamos, estimulamos e incentivamos movimentos de vida.

Desde a minha época de office-boy, sou movido por uma sensação de incompletude que me leva a trabalhar sem pressa e sem pausas para realizar coisas. Não consigo expressar com palavras a honra que sinto por estar ingressando nessa academia de realizadores, mas posso garantir que minhas ações honrarão a cadeira que estou a ocupar.

Ainda movido pela sensação de que não realizei tudo aquilo que quero fazer acontecer, sinto que, hoje, aos 54 anos, estou apenas começando. A vida é um recurso precioso, não pode ser usado em vão. Como usamos nossas vidas? Com quem usamos nossas vidas? Para que usamos nossas vidas? No que usamos nossas vidas? São perguntas que devemos nos fazer todos os dias pela manhã e responder para nós mesmos todas as noites.

No fim, o que nos imortaliza são as pessoas que nós tocamos e que nos tocam ao longo de nossas vidas, pessoas como a minha mãe, Hedy; a Carol; os meus filhos, Vinícius e Rafael, que estão aqui presentes; o meu primeiro chefe no Convention, Orlando; o Bonadona, que me trouxe junto com o Paulo Salvador; o Fernando, que foi meu primeiro chefe, há 35 anos, que também está presente; a minha equipe, com a Elenice, a Bete, a Kelly, a Sara, a Flávia e todas as nossas equipes que estão juntas aqui.

Somos mortais, mas podemos nos imortalizar na memória daqueles com quem compartilhamos a vida. Fazemos todos parte de um todo. Precisamos incorporar a responsabilidade que temos com aqueles que dependem de nós e com aqueles de quem dependemos. Interdependência é a palavra. Somos interdependentes. A forma como lidamos com nossa interdependência nos imortaliza.

Já que as coisas acontecem com quem acontece, aconteçamos juntos enquanto temos tempo para acontecer. E vocês são a melhor parte do todo.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Convidamos, neste momento, o acadêmico Roland de Bonadona para que acompanhe, por favor, o mais novo acadêmico Toni Sando a se acomodar do lado esquerdo da mesa de honra, no mesmo momento em que agradecemos à madrinha Andréa Lemos Britto, pedindo que ela retorne à sua posição original. Mais aplausos, senhoras e senhores. (Palmas.)

 

O SR. SÉRGIO MEDINA PASQUALIN - Antes de chamar o próximo, eu gostaria de dizer uma coisinha sobre o nosso saudoso Lemos Britto, que está ali na tela. Ele tem uma passagem que eu tenho que dividir com vocês.

Na época em que tínhamos o presidente Figueiredo, o Lemos Britto queria falar com ele e não conseguia. Olha só, Herculano, o que ele fez: ele ficou sabendo que o Figueiredo viria para São Paulo e iria descer em Congonhas. Em vários pedaços da Av. Rubem Berta, ele colocou um outdoor: “Presidente Figueiredo, quero falar com o senhor e não consigo”. No dia seguinte, ele teve a audiência marcada com o presidente Figueiredo. Esse era o Lemos Britto, o homem das coisas impossíveis. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Seguimos com o ato de posse dos novos acadêmicos. Convidamos à tribuna a acadêmica Anita Pires, que fará a apresentação do acadêmico Alexandre Sampaio, eleito para a cadeira número 38, tendo como patrono Eduardo Tapajós.

Na tela, senhoras e senhores, acompanhem o acadêmico Alexandre Sampaio em destaque, juntamente com sua referência, seu patrono, também sendo apresentado. Para a apresentação, as palavras da acadêmica Anita Pires.

 

A SRA. ANITA PIRES - Boa noite a todos os convidados e acadêmicos. Faço um cumprimento especial à deputada Célia Leão, que preside uma sessão solene histórica para o turismo do passado - do resgate do passado - e da construção do futuro. Cumprimento também o deputado Herculano, com quem temos interagido muitas vezes, discutindo as questões tão sérias do turismo brasileiro; o nosso presidente, que, com muita competência e calor humano, conduz com maestria a nossa academia; e os nossos colegas acadêmicos.

Gostaria de dizer que me sinto duplamente honrada em estar aqui hoje, neste momento, por duas razões: a primeira é porque estou representando o padrinho do nosso querido Alexandre Sampaio. O seu padrinho é o nosso acadêmico, amigo muito querido por nós todos, Eraldo Cruz, que não está aqui neste momento porque está hospitalizado.

Todos nós conhecemos a fé e a força desse homem extraordinário. Durante muitos anos, ele tem lutado. A sua fé é tão grande que ele superou todos os momentos difíceis de sua saúde. Hoje, mais uma vez, ele está lá e é uma pessoa que acredita muito na oração, que tem uma fé extraordinária. Com certeza ele está fazendo uma daquelas belas orações que ele sabe fazer, pelo Alexandre e pelo nosso turismo.

Em segundo lugar, gostaria de apresentar o Alexandre Sampaio. Eu não conheço o Alexandre há muitos anos, mas estes poucos anos em que pude conhecê-lo melhor, em que trabalhamos juntos, foram uma surpresa prazerosa. Trata-se de um dirigente, de um líder que tem um papel, a nível nacional, de liderança junto ao nosso setor de turismo, que precisa tanto de apoio, que precisa tanto de políticas públicas efetivas, que precisa de um empresariado cada vez mais fortalecido para que possamos, realmente, construir o turismo brasileiro em um País com esse potencial que nós não conseguimos explorar devidamente.

Então, sou extremamente admiradora do Alexandre, um homem que tem uma vida muito intensa e que está em todos os lugares do Brasil quase todos os dias. Às vezes ficamos até cansadas de olhar a agenda dele, mas ele nunca diz não, está sempre presente.

O Alexandre já atua no mercado hoteleiro e imobiliário há 37 anos. Ele é presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da Confederação Nacional de Comércio, de Bens e de Turismo, da CMC, membro do Conselho Nacional de Turismo, vice-presidente de hotelaria do SindRio, Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro.

Ele foi presidente do SindRio de 2002 a 2010, quando assumiu a presidência da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação. Hoje ainda é diretor jurídico e vice-presidente da ABIH Nacional. Então, nós trazemos para o seio da academia uma das pessoas, uma das lideranças que mais conhece a realidade do turismo brasileiro e que vem, com certeza, enriquecer muito o debate na academia.

Ele tem como patrono uma figura histórica do turismo brasileiro, Eduardo Tapajós. Ele é um marco na hotelaria e no turismo nacional. Ele é de agosto de 1928, de São Paulo, casado com a dona Maria Clara Pereira dos Santos Tapajós, que está aqui.

Ele iniciou suas atividades como hoteleiro em 1949, como diretor do Hotel Glória, no Rio de Janeiro, e foi presidente e fundador da ABIH, ficou dez anos como presidente da ABIH e idealizou muitas feiras, exposições e congressos durante sua vida como hoteleiro, trazendo para o Brasil muitos estrangeiros e experts para discutir o turismo brasileiro. Ele foi fundador do Rotary Club do Rio de Janeiro, membro do Conselho Nacional de Turismo, diretor da Confederação Nacional do Comércio e, também, presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares.

Vemos que a trajetória do patrono do Alexandre tem o perfil do Alexandre Sampaio, assim, é com uma alegria muito grande que a Academia Brasileira de Eventos e Turismo acolhe Alexandre Sampaio, tendo certeza de que ele trará uma contribuição muito grande para a definição e a construção conjunta dos caminhos do turismo brasileiro, como gerador de renda, de riqueza e fortalecimento do nosso País, que está precisando de lideranças, como já temos na Academia e como a de Alexandre Sampaio, Toni Sando e outros que aqui assumiram hoje.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Receberemos, neste momento, o acadêmico Alexandre Sampaio, que se junta às autoridades da Academia Brasileira de Eventos e Turismo.

Também convidamos ao palco a madrinha deste ato, a Sra. Regina Helena Tapajós, irmã do patrono, para que, em nome do Sr. Eduardo Tapajós, patrono da cadeira nº 38, possa levar o colar ao acadêmico Alexandre Sampaio. (Palmas.)

Alexandre Sampaio também recebe o certificado e, claro, os cumprimentos. Das mãos de sua madrinha, Regina Helena Tapajós, ele receberá o colar e, na sequência, ouviremos sua mensagem e suas palavras agradecendo sua eleição.

 

* * *

 

- É feita a homenagem.

 

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O SR. ALEXANDRE SAMPAIO - Boa noite a todos e a todas. Gostaria de saudar a deputada Célia Leão, que conduz brilhantemente este evento. Saúdo o deputado Herculano Passos, nosso dileto amigo e companheiro de Brasília, assim como o Pasqualin e todos os acadêmicos aqui presentes, que prestigiam essa cerimônia.

Hoje, aqui reunidos, me sinto honrado com tamanha deferência dos meus pares, por merecer um lugar entre os acadêmicos desta prestigiada entidade, lugar de verdadeiros próceres do turismo nacional, com especial dedicação à vertente das mais importantes no nosso setor, o segmento de eventos.

Hoje nosso País vive dias conturbados, com perspectivas não muito animadoras, pois os desafios são imensos. Sem dúvida o turismo, dentro das áreas de negócios do Brasil, emerge como uma possibilidade indelével de rápidas respostas, pois conta com inúmeras possibilidades e ramificações, não apenas internas, como externas. Faz captação no exterior de turistas e de convencionais para congressos, seminários, encontros e outras inúmeras atividades.

Apesar de uma conjuntura adversa, politicamente falando, temos um câmbio favorável, infraestrutura invejável, mão de obra qualificada e empreendedores dispostos a gerar negócios e que sabem receber e organizar bem. Prova disso foi termos recepcionado uma Copa do Mundo de maneira impecável e de termos a oportunidade de receber as Olimpíadas, o maior evento do planeta.

Portanto, organizações como a Academia, sendo depositárias dos participantes que pensam e estudam esse universo, têm a responsabilidade de contribuir com sugestões, indicar caminhos e apontar correções de rumo, sem soberba, mas com o intuito de contribuir para engrandecer nosso campo de trabalho, gerar riqueza e desenvolvimento.

Neste aspecto e com essa ideia em mente, não podia, ao me ver instado a escolher um patrono, não voltar minha memória a um dos grandes líderes da hotelaria brasileira, Eduardo Tapajós. Anfitrião por excelência, um gentleman nato, visionário que soube dotar o Hotel Glória com um nome que transcendeu as nossas fronteiras. Era um empresário que sabia receber a todos, dos mais humildes a celebridades, com igual fidalguia, hospitalidade profissional e instalações impecáveis que marcaram época no Rio.

Apesar de não militar na política, soube exercê-la de fato pelo lado empresarial, ao defender a categoria ao longo de sua existência. Tanto que nos antecedeu na presidência da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares e dotou essa entidade de patrimônio, expertise, reconhecimento e respeito de todos os níveis de Governo, no Legislativo e no Judiciário.

Homem carismático, com inteligência arguta, soube encaminhar as demandas dos meios de hospedagem e de alimentação fora do lar com rara competência e sucesso, além de abrigar e sediar nos famosos salões do Glória um sem número de eventos.

Estou extremamente grato por sua família, aqui representada por sua irmã Regina Helena Tapajós, agregar o nome de Eduardo a esta cadeira que é uma referência da hotelaria brasileira. Espero humildemente poder contribuir, inspirado em um ícone da nossa atividade empresarial, para que possamos, todos juntos, construir um Brasil melhor.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Convidamos a acadêmica Anita Pires para que, por gentileza, conduza o acadêmico Alexandre Sampaio à esquerda desta mesa solene. Agradecemos, também, a senhora Regina Helena Tapajós pela participação. (Palmas.)

Continuaremos com o ato de posse dos novos acadêmicos.

Convidamos à tribuna o acadêmico Sergio Junqueira Arantes, que, neste momento, apresentará a acadêmica Érica Drumond, eleita para a cadeira nº 39, tendo como patrono Tancredo Neves.

Na tela, senhoras e senhores, em destaque, Érica Drumond. Ela também faz uma rápida referência a seu patrono, Tancredo Neves. A partir deste momento ouviremos a apresentação, realizada pelo acadêmico Sergio Junqueira Arantes, da acadêmica Érica Drumond.

 

O SR. SERGIO JUNQUEIRA ARANTES - Boa noite a todos. Boa noite, deputada Célia Leão, que abrilhanta esta noite. Boa noite, deputado Herculano Passos, que nos dá a alegria de estar conosco hoje.

Dizem que de mulher não se diz a idade, mas vou pedir licença para fazer essa indelicadeza, porque estamos aqui dando posse a mais jovem acadêmica da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, que, com apenas 40 anos, vem para esta nossa Casa.

Muitos podem pensar por que uma jovem com 40 anos já tem lugar nesta casa. Ela tinha pouco mais de 20 anos quando o pai a colocou nas obras do Hotel Ouro Minas, para começar a construir aquele hotel, aquele cinco estrelas de Belo Horizonte. Era uma jovem com pouco mais de 25 anos tocando um hotel cinco estrelas no Brasil.

Bem quieta, em pouco tempo também estava tocando o hotel de Araxá, mas mais inquieta ainda, em pouco tempo ela se desligou dos hotéis e foi ser secretária de Turismo de Minas Gerais na gestão de Aécio Neves.

Sob sua gestão na Secretaria, muitos daqui devem se lembrar, por exemplo, do maravilhoso estande que Minas Gerais construiu no Rio de Janeiro com o Barroco mineiro. Foi talvez um dos mais belos estandes de uma Abav no Brasil. Também muitos daqui devem se lembrar quando ela teve a coragem de patrocinar uma Abav no Rio de Janeiro, e na abertura daquela Abav, em que todos esperavam a abertura, o que apareceu foi um clipe de Minas Gerais. E ela estranhando que o clipe, ela falando e defendendo o seu estado, numa tela enorme no Riocentro. Essa era a coragem que ela tinha. Fez um trabalho que deixa lembranças ainda como secretária de Turismo.

Quando ela deixou a Secretaria, ao invés de voltar ao Ourominas e se aquietar tocando o principal hotel de Minas Gerais, ela durante um ano negociou com a Windom para trazer uma marca internacional de hotéis para o Brasil. Deixou os irmãos cuidando do hotel e foi criar seu novo rumo. Os hotéis Ramada, a marca que ela trouxe ao Brasil, inauguraram esta semana o 14º hotel, em um pouco mais de quatro anos. A proposta da empresa é chegar, até 2020, a 50 hotéis no Brasil. Quando ela fizer 45 anos, já vai ter 50 hotéis, um hotel para cada ano de vida. Essa é a marca? Essa jovem corajosa é que veio tomar posse conosco, mas, além disso, é uma estudiosa, tem uma preocupação - aliás o que chamou muita atenção na Windom, nos Estados Unidos - com a sustentabilidade. Lembro-me de quando ela fez um projeto para o hotel no Corcovado, perto do trem, Paineiras, totalmente sustentável. Aliás, o projeto foi feito junto com outro acadêmico, que está aqui, um projeto maravilhoso. A sustentabilidade foi um dos motivos por que a Windom a escolheu para representar a marca na América Latina. É com muito orgulho que tenho aqui a satisfação de apresentar Érica Drumond, uma jovem que certamente ainda tem muito a contribuir para o Brasil. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Estamos recebendo a acadêmica Érica Drumond, que neste ato receberá das mãos do presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo o colar e também o certificado das mãos do acadêmico Sergio Junqueira Arantes.

 

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- É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Ouviremos agora as palavras da acadêmica Érica Drumond.

 

A SRA. ÉRICA DRUMOND - Boa noite a todos. Quero cumprimentar a deputada Célia Leão e dizer que é muito bom ver quando um ente público reconhece a nossa atividade. E mesmo assim, os turistas são visitantes. Aprontamos a casa, ficamos todos bonitos para que eles cheguem. E os eventos também são assim, não é Sergio? Aprontamos nossa casa para receber os participantes. Herculano Passos, é a terceira vez que o encontro. Espero que o senhor continue trilhando o caminho do nosso setor e fazendo o que precisamos.

Quero cumprimentar o Sérgio Medina Pasqualin pelo trabalho que tem sido feito, espero contribuir; e o Sergio Junqueira, que é um querido amigo de muitos anos, fazendo esse agrado, essa brincadeira de ter 40 anos, mas cada um tem a idade que sente.

Quero cumprimentar também os acadêmicos, hoteleiros, o Antonio Dias, o Alexandre Sampaio, Bonadona, porque acho que a hotelaria, assim como toda a área produtiva do turismo, talvez seja a que mais emprega.

Quero agradecer aqui a presença do Bruno Guimarães, que é meu diretor de vendas e marketing na Vert Hotéis. Quero agradecer meu irmão, Douglas Drumond, meu irmão mais novo, aqui representando minha família mineira; a nossa professora Maria Canton, porque uma academia sem professor não é uma academia; o presidente da ABIH Nacional, meu amigo Dilson Fonseca, que tenho a honra de ser diretora agora na entidade; a nossa ABHI-São Paulo, com Bruno Omori, que faz um excelente trabalho; parabéns. Não é à toa que São Paulo é São Paulo. E todo o “trade” brasileiro aqui presente.

Tancredo Neves, para mim foi uma experiência de liberdade. Nascer em Minas Gerais e estar aqui hoje na Assembleia de São Paulo. O amor move montanhas, mas o trabalho também. Naquela época, quando Tancredo nos deixou, eu tinha 18 anos e ele foi um presidente eleito com muita luta. Quem acompanhou a ditadura do Brasil sabe que quando ele foi eleito foi uma vitória muito grande para nós, mineiros, que também tínhamos vivido o trabalho de um grande homem que leva o nome deste plenário, Juscelino Kubitschek. Era nossa oportunidade novamente de fazer um grande trabalho. Então minha homenagem a ele, a sua família, com quem tive a honra de trabalhar por quatro anos, e viver um pouquinho desse lado público, que eu adorei. O setor público é uma demanda gigante que não nos deixa dormir, porque é uma demanda impossível de ser atendida, mas que fazendo com muita determinação é possível.

Como o Sérgio mesmo disse, fui presidente do Convention & Bureau. Meu pai, José Décio Drumond, fundador do Ourominas, conseguiu uma casa. Então o Convention tem uma sede própria na Avenida Brasil. Conseguimos ter 300 associados. Levamos a ABIH para dentro do Convention & Bureau, fizemos uma campanha, amo BH radicalmente, que foi conhecida mundialmente. Fizemos uma casa aqui em São Paulo, na rua Minas Gerais com a Paulista, que nos deu muito orgulho. Capacitávamos em torno de 100 agentes de viagem por semana, mas nada disso seria possível se eu não tivesse um pai empreendedor, porque ninguém está fazendo um trabalho de abertura de um hotel por mês, a não ser os que já estão aí por mais de 30 anos, num país que hoje pouco valoriza o empreendedor, o empresário, o gerador de emprego e renda.

Os empregadores, nos países desenvolvidos, recebem colares como esse, medalhas, talvez mensalmente, anualmente, porque são eles que realmente geram a força do trabalho num país. E aqui nós, às vezes, até por ter uma posição um pouquinho melhor, viramos reféns e culpados. Peço um momento de reflexão para reconhecermos que onde há riqueza, chega mais riqueza; onde há pobreza, chega mais pobreza. (Palmas.)

O nosso país é rico, inovador, de um povo com muita garra, de muito trabalho, e está na hora de mostrarmos essa riqueza para o mundo. Não há nada mais grandiosa do que a atividade do turismo para isso. Quem tem a marca do turismo, levando a chancela do seu país, vende qualquer coisa. Vende a medicina, a indústria, a mineração, o que quiser.

Então meu momento de reflexão é esse, para dizer que a Vert Hotéis nasceu de um sonho pela sustentabilidade. Criamos as nossas próprias marcas, mas com a permissão desse grande empreendedor, que foi meu pai, que me permitiu sair de uma empresa familiar, que não é fácil, tudo nos puxa, como também não é fácil deixar o setor público. Porque deixamos então um tanto de gente penduradas. Mas temos que saber, realmente, dar passos maiores. Meu pai então me permitiu abrir essa empresa. Hoje são 14 hotéis abertos, 24 em andamento. Estamos inaugurando um por mês desde janeiro deste ano. Espero gerar muitos empregos para quem faz o trabalho com amor e com alegria. O nosso slogan é um pouquinho diferente dessa academia, “Somos todos hóspedes desse planeta. A nossa passagem é pequenininha e curta. Vamos fazer dela o melhor que pudermos”.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Convidamos nesse momento o acadêmico Sergio Junqueira Arantes, para que acompanhe a acadêmica Érica Drumond para que se posicione ao lado esquerdo desta mesa solene.

Continuaremos neste momento com o ato de posse. Neste momento convidamos à tribuna o acadêmico Mário Carlos Beni. (Palmas.)

O acadêmico Mário Carlos Beni fará a apresentação do acadêmico Virgílio Nelson de Carvalho, eleito para a cadeira 40, tendo como patrono Waldemar Albien.

Nesse momento, o acadêmico Mário Carlos Beni apresentará o acadêmico Virgilio Nelson de Carvalho. Vamos ouvi-lo.

 

O SR. MÁRIO CARLOS BENI - Sra. Presidente, deputada Célia Leão, exemplo de tenacidade e doçura. Deputado Herculano, que nos representa no Congresso Nacional, na Frente Parlamentar Mista de Turismo; e meu presidente Sérgio Pasqualin. Foi a Célia que me proporcionou, nos últimos tempos, voltar a esta tribuna. Exerci um mandato legislativo em 1967, quando a Assembleia mudou para este majestoso Palácio Nove de Julho.

Para apresentar o Virgílio, quero me lembrar de um pensamento de Santo Agostinho, segundo quem o tempo é sempre presente, porque temos o passado como lembrança presente. Então, me lembro daqueles dias da faculdade de turismo do Morumbi, onde fui o primeiro professor registrado no MEC, como regente da disciplina de Turismo e Desenvolvimento. Mais tarde, atuei na USP, na Ibero-Americana e em tantas outras universidades. Virgílio se destacou como aluno, e tenho hoje a grata satisfação e a recompensa de ter cinco acadêmicos ex-alunos: Marisa Canton, Ibrahim, Vigílio, e, como alunos de pós-graduação, Caio Carvalho e Eduardo Sanovicz.

Portanto, tenho grande satisfação e alegria por esse passado estar presente na data de hoje. Trago a vocês esse jovem que, já no segundo ano, me ajudava como professor, monitor e regente em algumas disciplinas em outras faculdades. Chegou a me substituir na USP algumas vezes, já formado, e foi diretor do Futur - Fundo Nacional de Turismo. Foi também diretor da Embratur e coordenador-geral de turismo do estado de São Paulo. Passou por diferentes rotas no turismo de negócios e sempre se destacou, tanto na empresa privada quanto na pública. Virgílio realmente foi um dos meus alunos que mais se destacaram em diferentes momentos do turismo nacional, em diferentes instâncias do turismo. Portanto, tenho essa lembrança do aluno de ontem e do acadêmico de hoje.

Experimentos o tempo presente aqui e agora, neste ato solene, em que a Academia Brasileira de Eventos e Turismo completa seu quadro de acadêmicos. E nesse sentido quero abraçar com muito carinho cada um dos meus confrades, na pessoa do meu presidente Pasqualin, esse empreendedor nato. Tanto na iniciativa privada como em todas as funções que exerceu, foi sempre um desbravador, um pioneiro, um inovador.

Temos também o futuro como expectativa presente. A expectativa que nos traz hoje a esta Casa pelas mãos da nossa fada madrinha, a Célia Leão, nesta sessão solene, que se enaltece com a presença de todos os que aí estão. Portanto, é no pensamento e na tridimensionalidade do tempo que quero trazer efetivamente, à lembrança de todos, a satisfação do momento presente e a certeza do futuro, com a convicção de que a academia promoverá, através dos seus membros, cada um na sua linha de atuação, um desenvolvimento maior para a área de eventos e turismo. Nós precisamos disso. O País atravessa um momento difícil, de incertezas, e o turismo pode efetivamente contribuir com divisas, com os eventos, sendo São Paulo a grande capital de eventos. É o maior destino turístico do País, o maior emissor e o maior receptor, exatamente pelos eventos que recebe, pelos negócios que faz, e por tudo que representa no contexto da nação brasileira. Por todas essas razões, através de Santo Agostinho e sua tridimensionalidade do tempo, digo a vocês: muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Receberemos neste momento o acadêmico Virgílio Nelson de Carvalho. (Palmas.) Como padrinhos e como madrinha deste ato, convidaremos sua esposa Cilene Carvalho e os filhos Artur e Adriano Carvalho, para que colaborem neste momento ao colocar o colar no acadêmico Virgílio Nelson de Carvalho. Teremos também a entrega do certificado, senhoras e senhores. Saudamos uma vez mais a família Carvalho. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a homenagem.

 

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Tem a palavra Virgílio Nelson de Carvalho.

 

O SR. VIRGÍLIO NELSON DE CARVALHO - Não sabia que era difícil assim, Herculano e deputada Célia Leão. Quero dar as boas-vindas a todos e todas desta Casa, que tem trabalhado pelo turismo, não por uma fada madrinha, mas por uma guerreira chamada Célia Leão, presidente da Frente Parlamentar de Turismo. Poucos aqui sabem, mas muitos já viveram isso. Vejo aqui o presidente do Fohb, Manuel Gama; meu primo e arquiteto Gil Carvalho, que já fez os seus hotéis; e tantos amigos e amigas que vieram esta noite. O deputado Herculano é outro guerreiro, em Brasília.

Quando falamos no que já foi feito quanto ao turismo no Brasil, muitos dos senhores e senhoras já viveram e sabem, mas muitos ainda não sabem. Quando ainda era proibido divulgar o turismo e os negócios de São Paulo fora do estado, a guerreira resolveu mudar a nossa Constituição, com a PEC 001, que permitiu a São Paulo voltar a ser empreendedor. O deputado Herculano tem feito trabalhos não só com a liberação e aperfeiçoamento do turismo rural. Perdemos mais de 600.000 passageiros durante a Copa, porque não conseguimos entregar os vistos necessários. Algumas dessas dificuldades vêm sendo resolvidas exatamente pelas pessoas que acreditam nessa atividade chamada turismo, atividade geradora de emprego e renda, que tem ajudado e vai ajudar muito mais no desenvolvimento e na distribuição da renda nacional.

Eduardo Gianetti da Fonseca, economista do Insper, fala muito bem em seu livro “O Valor do Amanhã” sobre as economias criativas - e o turismo é uma delas. Quero agradecer a todos os acadêmicos. Foi graças aos votos e à confiança de Ibrahim, Marisa, Armando e tantos outros, que pude estar aqui compartilhando com o presidente Sérgio Pasqualin essa emoção de ser um imortal. Eu sei que ser imortal é uma coisa muito relativa. Ser imortal é ser capaz de ter muitos amigos, como todos que estão aqui; é ser capaz de enfrentar as dificuldades que teremos. Quero agradecer também, em especial, à minha família, que tem me aturado durante esses anos. E vocês sabem o quanto trabalhar em turismo é um problema sem solução, embora tudo aconteça com horários marcados. E o Mór é responsável para que o avião saia todo dia na mesma hora e seja capaz de levar o maior número de passageiros.

Mas na verdade a atividade de turismo já foi de consumo supérfluo. E cada vez mais deverá ser para todos nós. Vejo aqui, o Alberto Toussaint, da RDC Clube de Férias, que trabalha pelo desenvolvimento do turismo social, em especial o turismo dos trabalhadores. Ele vê o quanto nós todos devemos participar dessa economia, de uma maneira que não precisemos de ninguém lá fora para cuidar do estacionamento. A atividade de turismo é associativa e distributiva. O turismo é um produto perecível. A cada decolagem, o que se ocupou, ocupou; o que não se ocupou não se ocupa mais. A ocupação hoteleira se encerra à meia-noite, e não recuperamos aquela diária não ocupada.

Isso fez parte do trabalho e do esforço de um homem como Waldemar Albien. O Armando, inclusive, teve a oportunidade de trabalhar com o Waldemar, assim como eu. E foi ele, aqui em São Paulo, que começou o primeiro restaurante-escola, ainda na Tiradentes, que foi o primeiro modo de formação e desenvolvimento profissional para a atividade de restaurantes e hotéis. Foi ele, com o seu pequeno Hotel Líder, que ajudou a desenvolver essa atividade e, ainda - tendo na Federação do Comércio, Sesc e Senac a presidência de um homem como José Papa Júnior -, ele foi capaz de incentivar o desenvolvimento do hotel-escola de Águas de São Pedro, logo depois o hotel de Campos e os restaurantes-escola do estado de São Paulo e do Brasil.

Ele presidiu a Federação Nacional de Hotéis e foi um homem que, desde muito cedo, mesmo sendo um pequeno hoteleiro, foi capaz de desenvolver essa atividade e dar valor a cada um de nós, que antigamente trabalhávamos em hotéis, para ser um gestor hoteleiro, para ser um profissional empreendedor nessa área.

Waldemar Albien deixou muitas saudades. Não está aqui presente o seu neto, que vive em Santa Catarina atualmente, o Júlio Albien, por uma dificuldade do transporte aéreo. Ele pediu que, em especial, nós déssemos um abraço em cada um dos senhores e das senhoras que tiveram oportunidade de estarem com o avô e com o pai dele, Júlio Albien, aqueles que deram início à história que nós vamos começar a contar. Muitos desses que estão aqui, e estão na Academia também, viveram com ele.

Quero citar o desenvolvimento do primeiro restaurante-escola, do hotel-escola, do convênio e do Ceatel, que a Marisa teve oportunidade de estar comigo nesse projeto, quando o Brasil começou a receber os professores de Cornell, Lausanne e Glion para desenvolver a formação profissional e empresarial neste País. Um homem que tinha um pequeno hotel foi capaz de nos ajudar a ter grandes hotéis e grandes empreendimentos.

O importante é que ele viveu para sua atividade. Ele viveu em uma época em que nós tínhamos a tabela da Sunab, ele viveu cinco planos econômicos e ele viveu um tempo em que café era tabelado, não havia livre iniciativa e no momento dos governos militares, em especial no pós-governo militar, quando nós tivemos o xerife dos preços, quando nós tivemos perseguições na atividade de hotelaria e restaurantes, que os mais jovens não souberam. Este País teve, naquele momento, um líder que era o Waldemar Albien.

Quero falar em nome dele e agradecer a presença de todos, não pela minha posse, mas pela posse e continuidade de todos os nossos acadêmicos e a lembrança um homem que fez com que a nossa atividade, não só a hotelaria, restaurantes, mas também turismo e eventos pudessem chegar até hoje.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - O acadêmico Mario Carlos Beni conduz, neste momento, o acadêmico Virgílio Nelson Carvalho para que ocupe seu espaço, seu lugar à mesa solene, do lado esquerdo.

Convidamos à tribuna o acadêmico Eduardo Sanovicz, que apresentará o acadêmico correspondente internacional de Portugal, Luiz da Gama Mór, eleito para a cadeira nº 06, tendo como patrono Paulo Machado de Carvalho. (Palmas.)

Na tela, em destaque, a foto do acadêmico e também de seu patrono. Ouviremos a apresentação do acadêmico Eduardo Sanovicz.

 

O SR. EDUARDO SANOVICZ - Boa noite a todos. É um prazer imenso estar aqui, deputada Célia Leão, deputado Herculano.

Como todos contaram histórias, permitam-me contar apenas uma. Eu estava me recordando que a primeira vez em que passei uma noite naquelas cadeiras foi em 1984. Naquele tempo não havia internet, WhatsApp ou TV. Era o final da ditadura militar e o movimento estudantil - eu era o presidente do DCE da universidade - decidiu que acompanharia aqui, na Assembleia, a noite de votação da emenda das Diretas, que acabou derrotada. O secretário da Assembleia era o deputado Waldemar Chubassi, já falecido. O Chubassi recebia telefonema da sala do plenário da Câmara e, neste microfone, ele contava às pessoas como o voto estava indo. Naquele tempo, como a Globo era contra a eleição, isso não passou na TV. Foi diferente do que nós assistimos agora. Eu estava vendo isso e me lembrando daquele momento.

Acho que esta Casa também é uma casa que presenciou eventos muito interessantes, importantes na história da República. É um prazer estar aqui, estou muito grato a ambos os parlamentares por estarem conduzindo isso.

Presidente Sérgio, companheiros acadêmicos, senhoras, senhores, amigos de tantos lugares, eu vou começar ao contrário. Creio que o Mór vai me permitir isso. Paulo Machado de Carvalho era conhecido como marechal da vitória. Todos conhecem várias histórias dele. Eu estava pesquisando uma delas e achei das mais saborosas.

Ele dirigiu a seleção em duas copas, na de 62 e na de 58. Quando fomos jogar a final da Copa contra a Suécia, em 62, como eles eram o time da casa, a cor amarela era preferência deles. E a seleção tinha feito toda a sua campanha de camisa amarela. Quando pensamos em jogadores da seleção que ganharam o campeonato, no Garrincha, pensamos que eram monstros, mas eram meninos de pouco mais de 20 anos, meninos muito simples, muito religiosos. Então, o Paulo Machado de Carvalho falou: “Gente, como eu saio dessa? Se eu disser a esses meninos que eles vão ter que trocar de camisa na final, isso vai dar uma complicação danada e vai mexer com a cabeça dos meninos”.

Depois o Paulo - e eu tenho a benção de Ibraim para contar essa história, pedi a permissão a ele antes - ficou pensando o que fazer, e não existia um segundo uniforme. Ele deu um jeito com o pessoal da roupa, que fez uma camisa azul. Falou para os meninos que a final era superimportante, que teriam que jogar tudo o podiam, que iam jogar sob a proteção do manto de Nossa Senhora e, por isso, a camisa seria azul. Os meninos disseram: “Legal, Deus nos abençoou, então vamos em frente”. E ganharam o jogo. Isso está nos livros, está na internet.

Eu cito isso porque significa que a criatividade, a inventividade, esse espírito inovador é uma marca permanente de profissionais como Luiz Mór, é uma marca permanente da aviação. Quis a história que eu estivesse aqui para saudá-lo.

Mór tem 40 anos de experiência profissional, é esposo, pai, avô, passou pela Varig, por praticamente todos os cargos de destaque da empresa, passou por uma série de áreas de operação, manutenção, vendas. Todo esse currículo, toda essa história profissional dele é de conhecimento público, ao longo das dezenas de homenagens que ele recebeu aqui e fora do País.

Eu queria me permitir compartilhar algo que não está na internet, que foi como eu conheci, convivi e aprendi a admirar Luiz Mór. No final dos 90, eu assumi, a convite do Aristides, a direção no São Paulo Convention & Visitors Bureau. Era um tempo um pouco mais aventureiro, um pouco menos estruturado do que é hoje. Eu sou o primeiro resultado da implantação do Runtex, já contei essa história ao Toni.

Quando o Runtex foi implantado, a primeira consequência foi a minha contratação. Então eu cuidava da captação internacional, da captação nacional, chupava cana, assobiava, cuidava da captação de associados, fazia tudo mais ou menos ao mesmo tempo. Nós começamos o programa de captação internacional, que, naquele momento, era, fundamentalmente, voar com a Varig - na realidade, você contribuir com a taxa de ocupação de hotelaria, com volume de eventos -.

Naquele momento Mór e João Sabino, segundo em comando nesse processo, eram os dois diretores que representavam a Varig, no São Paulo Convention & Visitors Bureau. E é uma coincidência, estou superfeliz de ver o João Sabino aqui. Os dois entusiasmadíssimos, cada vez que eu ligava pedia uma passagem. “Olha, eu estou indo para tal lugar, porque nós vamos disputar tal evento”. Não só sentimos o apoio da Varig como o entusiasmo de ambos com a disputa. Confesso que ganhávamos muitos, mas também perdíamos muitos. Foi nesse processo que eu aprendi o que era persistência, o que era resiliência e por que a viação funcionava, apesar de todo o cenário de dificuldades e desafios.

Passaram-se alguns anos, fui à presidência da Embratur. Tomei posse em meados de janeiro de 2003. Quarenta e oito horas depois eu estava já na primeira feira, tínhamos uma agenda antiga de feiras, depois a mudamos inteirinha, era uma feira acho que em Madrid. No dia seguinte, às oito e meia da manhã, tivemos a minha primeira reunião formal como presidente da Embratur, com executivo de companhia aérea, com Luiz Mór já dirigindo a TAP. Na época, nós, mais jovens, morríamos de orgulho de vermos uma equipe de brasileiros à frente de uma empresa europeia.

Nós dois nos sentamos - o Valtinho vai se recordar dessa história, nós já a compartilhamos várias vezes - e o Mór explicou o seguinte: “Olha, nós estamos pensando nesse cenário para a TAP, em relação à Atlântico Sul, em relação ao Brasil”. Era um cenário de crescimento e desenvolvimento. A minha missão na Embratur era de tirá-la do ramo de certidão, de porta de ônibus, de porta de ônibus, aquelas coisas do mercado nacional, festa do tomate, e cuidar de promoção internacional. Foi aquele movimento lá atrás, em 2003.

Era fundamental, portanto, rever toda a conectividade aérea do País. Eu encontrei do lado de lá da mesa o cara que estava pronto para operar isso, tinha todos os instrumentos necessários, à vontade, e tinha tomado essa decisão. A TAP tinha tomado essa decisão e cabia ao Mór implementá-la.

A partir daí foram quase quatro anos de trabalho incessante. Mór teve paciência digna de , porque eu confesso a vocês, publicamente, que entendia praticamente entre o zero e o nada de aviação naquele momento. Quis a ironia que, 12, 10 anos depois eu estivesse dirigindo uma organização do setor aéreo.

Nós passamos a costurar cada passo da implantação de toda a conectividade que a TAP estabelece no nordeste brasileiro, que hoje é algo comum para as pessoas olharem, mas se vocês fecharem os olhos e pensaram suas vidas 13, 14 anos atrás, nós reinventamos a geografia. As pessoas saíam de Lisboa, voavam 12, 13 horas até São Paulo, conectavam três em Guarulhos e subiam mais cinco ou seis até Fortaleza, por exemplo. Levava-se um dia para vir, um dia para voltar. Isso nos custava milhões de desistências em passageiros. Quando a TAP começou a conectar direto, Fortaleza e, na sequência, vieram dezenas de voos pelas capitais do nordeste, do norte, assim sucessivamente, isso fez com que o Brasil tivesse uma nova porta de entrada.

A TAP acabou se estabelecendo, porque já se sabia o que ia acontecer com a Varig. A Varig foi embora e a TAP se colocou como, praticamente, uma rainha do Atlântico Sul. Isso, de alguma forma, garantiu que a hecatombe, representada para nós pela quebra da Varig, o número de assentos que nós perdemos - nós caímos de 27, 29% de empresa de bandeira nacional conectando o mundo para sete ou oito - isso fez com que o Brasil não ficasse cego de um olho, porque isso permitiu que o Brasil continuasse conectado ao mundo. Eu queria compartilhar com vocês porque o responsável por esse processo é aquele jovem ali sentado, chamado Luiz Mór. Eu tenho muito orgulho, eu tenho uma emoção enorme de poder, portanto, contar isso a vocês e de pedir que ele venha aqui, portanto, para ser formalmente empossado como nosso acadêmico correspondente. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - O presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, juntamente com o acadêmico Eduardo Sanovicz entrega um certificado ao correspondente internacional e também o colar que entrega nesse momento ao mais novo acadêmico Luiz da Gama Mór. Ouviremos também o agradecimento de sua eleição em seu pronunciamento.

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. LUIZ DA GAMA MÓR - Boa noite a todos. Quero cumprimentar a Deputada Célia Leão, cumprimentar a todas as autoridades, meus colegas acadêmicos, os senhores que estão há tanto tempo esperando essa cerimônia.

Primeiro uma palavra de agradecimento por ter sido convidado para participar de um grupo de pessoas tão qualificadas e com uma história tão bonita - eu não sabia da metade dessas histórias. Eu estou em Portugal há dezesseis anos. É uma situação que eu vivo do turismo lá que é bem diferente da minha vida aqui, é uma empresa aérea com trabalho corporativo muito forte. Eu vivo num país pequeno que tem no turismo a sua principal fonte de receita e, portanto, a minha vida com turismo lá é bem mais intensa.

Pertenço a diversos organismos de turismo, inclusive na Confederação de Turismo em Lisboa, e nós desenvolvemos um trabalho com o Brasil que já faz 15 anos e que nós temos tido ocasião de uma interface muito grande, com diferentes setores no turismo aqui no Brasil.

E eu levanto isso porque talvez alguma experiência que Portugal tenha nessa área possa ajudar o Brasil. Eu vejo o Brasil em um momento complicado sob o ponto de vista econômico, e ao mesmo tempo perdendo uma quantidade muito grande de oportunidades, principalmente nessa atividade que é uma atividade geradora de emprego. Talvez o Brasil nunca antes tenha precisado tanto do turismo quanto precisa agora, e talvez nunca antes os órgãos públicos brasileiros estiveram tão despreparados para aproveitar a oportunidade.

O mundo procura novos destinos turísticos em função das crises que têm acontecido na Europa. Não é à toa que Portugal e Espanha explodem agora no último ano, este ano já lotando para o ano que vem em função de Turquia, norte da África, diversos países da Ásia. O mundo está com destinos turísticos estabelecidos com problemas, no entanto o Brasil não está aproveitando essa oportunidade. Não é só por essa crise política que nós vivemos. Acho que nós temos alguns problemas estruturais de como gerir o turismo na área pública - e eu queria fazer um comentário e dar um exemplo. Eu acho que a fragilidade do setor público, principalmente dos governos estaduais, é violenta. Nós já tivemos até momentos melhores, mas o turismo necessita de um planejamento de médio e longo prazo e as sucessões de governos não permite que isso aconteça. Se por acaso nós conseguimos algum secretário de turismo com alguma sensibilidade para o turismo e que consiga trabalhar de uma forma profissional, logo em seguida o ciclo eleitoral o tira e o trabalho vai por terra abaixo.

Isso não é muito diferente de algumas regiões de Portugal. No entanto Lisboa fundou uma entidade chamada Associação do Turismo de Lisboa (ATL), que é presidida pelo prefeito. Ele participa das reuniões dessa associação, na cabeceira da mesa, uma vez por mês. Eu sou um dos vice-presidentes dessa Associação, e ela é formada por metade pública, metade privada. Isso tem garantido ao longo do tempo uma permanência das políticas e uma visão não utilitária do turismo em função dos ciclos eleitorais ou dos interesses eleitorais, e ao mesmo tempo dá um profissionalismo maior para a gestão do turismo.

Eu tive uma experiência muito boa deste tipo de integração. Foi exatamente no Convention & Visitors Bureau de São Paulo, que talvez tenha sido uma experiência diferente na época porque trouxe setores para dentro do turismo que não era só hotelaria e empresa de aviação. Talvez o Convention & Visitors Bureau possa ocupar um espaço tipo o da ATL, e assumir uma responsabilidade maior na promoção de turismo, ou então nós temos que viver essa forma de promover o turismo.

Mas eu garantir para vocês, em cima da minha experiência de campo - 16 anos trabalhando com Secretarias de Turismo - que aqui no Brasil não funciona. Se não tiverem algo melhor para fazer, fechem e usem o custo de funcionamento e subcontratem o Convention & Visitors Bureau do seu estado. Só que até agora foi um problema. Hoje, com a necessidade que temos de gerar empregos - principalmente no Nordeste, que depende bastante do turismo -, é uma tragédia.

Eu quero trazer esse e outros tipos de reflexões para a academia. Eu estou muito honrado em receber esse convite para participar desse evento. Muito obrigado Eduardo Sanovicz. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - O correspondente acadêmico Luiz da Gama Mór é convidado nesse momento e conduzido pelo acadêmico Eduardo Sanovicz também a ocupar a cadeira reservada à esquerda da mesa de honra. Nesse ato também o convite ao Presidente da Academia para que, por favor, tome novamente seu lugar à mesa solene. Senhoras e senhores, ato de posse da nova diretoria executiva, gestão 2016/2017. Para a Presidência do ato de posse da nova diretoria da academia, gestão 2016/2017, convidamos o acadêmico Sergio Medina Pasqualin, reeleito presidente da academia por mais esta gestão. Vamos ouvir o seu pronunciamento.

 

O SR. SÉRGIO MEDINA PASQUALIN - Vamos agradecer as falas dos nossos companheiros, os novos acadêmicos. Sejam bem-vindos.

Vamos falar um pouco e de maneira bem resumida da posse da nova diretoria, mas antes eu gostaria de fazer um agradecimento à nossa diretoria anterior. Eu gostaria que os acadêmicos que fizeram parte dessa diretoria se levantassem para que pudéssemos fazer esse agradecimento. O Ibrahim Tahtouh, Armando Arruda de Campos Mello, Elza Tsumori, Marisa Canton, Sergio Junqueiro, e agradecendo a todos pela maneira brilhante como nós pudemos conduzir todos os trabalhos nesse biênio 2014/2015, onde tivemos o compromisso em julho de 2014 de fazer alguns projetos que foram realizados graças ao bom empenho e dedicação.

Desses projetos, citamos dois em especial. O projeto educacional que envolveu 11 empresas aqui em São Paulo. Tivemos a participação de pavilhões, montadoras, promotoras e também junto com cinco instituições de ensino, FGV, ESPM, FAAP, Anhembi Morumbi e Senac; e do lado internacional tivemos quatro pavilhões no exterior, dois na Alemanha - Düsseldorf e Colônia -, um na cidade do Porto - Exponor -, e outro nos Estados Unidos - em Orlando, o Orange Conty Convention Center. Certificamos nove alunos dessas instituições de ensino, criando dessa maneira uma plataforma para o futuro.

E falando em futuro, peço a essa nova geração que está sendo certificada que todos vocês trabalhem por uma entrega melhor do que as gerações atuais. Infelizmente, deputada Célia Leão e deputado Herculano Passos, o que nós estamos entregando para as novas gerações deixa muito a desejar do ponto de vista de qualidade. Mas temos sempre que acreditar e dar passagem para as novas gerações. Isso não é uma crítica somente a nós. Isso, infelizmente, é mundial, porque nós não temos mais uma grande guerra, nós temos muitas guerras disseminadas por esse planeta. E hoje nós temos uma situação inusitada, nós temos uma invasão pacífica que está acontecendo na Europa. Não são mais exércitos que invadem, mas pessoas fugindo de seus países, e, infelizmente, falo novamente, por uma péssima entrega que nós estamos fazendo em nível mundial.

Essa nova geração, esses garotos que cantaram aqui hoje, vão saber contribuir para melhorar um pouquinho aquilo que a gente deixou a desejar.

Agradeço a essa nossa diretoria. Peço a vocês que se sentem em seus respectivos lugares, para chamarmos a nova diretoria. Ibrahim Tahtouh, Marisa Canton, Elza Tsumori, Sergio Junqueira, Toni Sando, Romano Pansera. Estamos, então, oxigenando. Contamos com vocês. E para terminar, eu diria uma frase de um filósofo chinês Lao Tse sobre liderança. No final, nós vamos dizer todos “fomos todos nós que fizemos”. Muito obrigado a todos.

Desta forma, então, nós temos mais uma pequena parte aqui que é com relação ao nosso Dia do Profissional de Eventos. Esse Dia do Profissional de Eventos foi um projeto que a nossa querida deputada, através da Lei nº 592, de 04 de outubro de 2012 - temos que citar deputada, porque a senhora conseguiu através de uma solicitação da Academia de Eventos e Turismo, da ABIH, da Ubrafe, Abeoc, Abraccef, todas juntas signatárias dessa solicitação. E hoje, através do FOR Eventos, são mais de 18 entidades que participam deste dia comemorativo ao profissional de eventos.

Portanto, gostaríamos de agradecer a senhora por esta maravilha que foi feita. E hoje já existe um projeto em nível nacional com o mesmo intuito. Isso é algo que muito nos envaidece. Temos a honra de tê-la como a pessoa responsável por essa aprovação.

Deputada Célia Leão, há uma equipe fantástica aqui, nas pessoas do Edson, do Machado, da Isabel. Temos a oportunidade de poder compartilhar esse esforço. Ou seja, mais uma vez fomos nós que fizemos. A equipe da Assembleia compartilha com todos nós.

Marisa Canton, eu gostaria que você pudesse falar algumas coisas para nós, de uma forma rápida, por favor. Certo ou não? Vamos lá!

Enquanto a Marisa Canton fala alguma coisa sobre o Dia do Profissional de Eventos, eu gostaria que o Machado, um dos grandes colaboradores nossos na Assembleia, colocasse o nosso vídeo. O vídeo vai ilustrando um pouco a passagem da história de dez anos da Academia, que é bem resumida, e terá uma música de fundo para as palavras da nossa professora e primeira doutora em eventos no Brasil, Antonia Marisa Canton.

 

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- É feita a exibição de vídeo.

 

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A SRA. ANTONIA MARISA CANTON - Exma. Sra. Deputada Estadual Célia Leão, Exmo. Sr. Deputado Estadual Herculano Passos, Sr. Sérgio Medina Pasqualin, presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; prezados senhores e senhoras, é com muito prazer que ao lado de tantos profissionais ilustres do setor de eventos eu possa expressar felicitações e parabéns pelo Dia do Profissional de Eventos a todos os profissionais do setor aqui presentes, em especial aos representantes das entidades de classes e associações de classes, seus associados, aos prestadores de serviços do setor, professores e professoras.

A atuação do profissional de eventos nos orgulha e, como sabemos, nos estimula sempre a novos desafios. Somos grandes aventureiros. Falo em aventura pensando em destino, em aventura imaginando escolhas. Fizemos escolhas para chegar a esse mercado tão amplo e segmentado, no qual nada se repete e, ao mesmo tempo, construímos castelos, florestas, ilusões e sonhos. Criamos oportunidades e mostramos caminhos. Somos grandes mágicos. Falo em emoção e transformação.

Nesse aspecto, hoje os eventos organizados são verdadeiros panos de fundo para o mundo da magia e da fantasia, do novo e do surpreendente. O evento gera nova memória que constrói uma nova realidade. A partir da participação em um evento, a distinção entre o mundo real e o mundo possível fica definitivamente comprometida. É um surpreendente espetáculo o resultado de um trabalho de vários atores profissionais de eventos.

Aniversário e comemoração lembram balanços. Assim, não posso deixar de registrar algumas histórias e vivências que valem a pena ser compartilhadas. Nesse contexto, temos uma bela história dos eventos no nosso Brasil. As festas, consideradas grandes eventos que se manifestaram no Brasil colonial e se tornaram regulares e tradicionais por mais de 200 anos, não significaram nada mais do que eventos de oportunismo lúdico, num meio social cuja simplicidade favorecia em tudo o controle da nobreza e das autoridades eclesiásticas sobre a população local.

Ao longo da história, e no Brasil não foi diferente, vemos acontecer, concomitantemente, a história dos eventos, marcante na sua trajetória e refletindo a sociedade, ao mesmo tempo em que sua existência volta a refletir sobre ela. É interessante e maravilhoso o ciclo de grande movimentação e de surpreendentes resultados. Aos poucos o caráter divertido se valorizou. Tornou-se mais frequente e independente das festas puramente institucionais. Passaram a criar a possibilidade de expressão livre, cujo limite está nos meios próprios de cada classe social e nos diferentes tempos sociais.

Na feliz imagem do sociológico francês Michel Maffesoli, é como se, após dois séculos de domínio do Prometeu, o deus grego do trabalho, Dionísio, o deus do prazer, voltasse a inspirar os homens no novo meio de sua existência. Diante da desenvoltura da própria sociedade os eventos se tornaram mais complexos. Os profissionais devem sempre estar atualizados e habilitados para sua organização. Temos hoje um mercado de profissionais de evento de expressão internacional e um mercado local competente, diversificado e inspirador na sua diferenciada atuação. Não é por acaso que todo acadêmico tende a escrever um livro, que promove com orgulho, assim como raramente se recusa a escrever um periódico, com a fantasia secreta de que será lido por milhões. Diria que tais literaturas aspiram uma longa duração e, como tal, será um farol para quem é do campo, independentemente de que lado esteja jogando. Na teoria das academias, ou nas práticas de mercado, eles serão úteis. Aliás, como sempre diz o colega acadêmico e profissional de mercado Carlos Alberto Júlio: afinal, a teoria na prática funciona.

Nosso mercado de eventos transita entre os vários setores. No setor público, me lembro muito da fala da nossa colega Érica Drumond, muito importante, interessante e de grande espaço para os organizadores de eventos pelas políticas públicas estabelecidas, incluindo aquelas que mais diretamente afetam o processo de desenvolvimento. Temos ainda os setores do mercado, cujas atividades principais consistem em produzir mercadorias e serviços, gerando emprego, produção e renda, e ainda o terceiro setor, que implica em um conjunto de iniciativas privadas com fins públicos.

Diante de tal conjuntura, o profissional de eventos terá sempre um espaço de participação em experimentação, de novos modos de pensar e agir e novos canais de interlocução com a sociedade - novos conceitos, novos aspectos, novos formatos, novas tecnologias, enfim, um cenário de constantes mudanças. Precisamos estar sempre atentos para aproveitar as oportunidades antes inexistentes, ou pelo menos nos mantermos atualizados, pois a velocidade da era contemporânea não nos permite que nos acomodemos, na ilusão de estar fazendo a coisa certa nos moldes considerados de vanguarda.

A grande questão hoje é de não sermos só comparativos, mas especialmente competitivos. Tudo nos leva a crer que a aproximação da academia ao mercado nesse contexto se torna preponderante. Não há mais espaço para ensaio e erro. Através da atualização, reciclagem, troca de informações e obtenção de conhecimento o profissional poderá concretizar suas aspirações com maior velocidade e acabamento. O capital humano exige cada vez mais seres com disposição incansável, senso crítico, criatividade e iniciativa. Como exemplo, vemos hoje grandes empresas investindo em seus próprios centros de formação profissional. É um investimento que tem valido a pena.

Temos um excelente mercado a nosso favor. O evento de visibilidade hoje é considerado um instrumento poderoso frente às estratégias de marketing das empresas. Há poucas décadas, comunicação e publicidade eram quase sinônimos. Uma empresa se comunicava anunciando, ou promovendo ações internas. Atualmente, as formas de comunicação já não pertencem, na sua maior parte, à publicidade convencional. O conceito de comunicação se ampliou, tendendo cada vez mais na atualização de ferramentas segmentadas e subliminares.

Diante dessas perspectivas aqui apresentadas, tomo a liberdade, antes de encerrar, de reverenciar o grande mestre dos muitos dos mestres aqui presentes: o professor doutor Mario Carlos Beni, pela ampla produção acadêmica, livros, artigos, palestras e outros, possibilitando aos seus orientandos, alunos e gestores dos diferentes setores a busca de novos caminhos e de investimento científico junto ao setor. Mario Beni mobilizou seguidores na iniciativa privada, instituições de ensino e nas políticas públicas deste País. Seus ensinamentos e livros são bíblias sagradas para os professores de eventos, alguns presentes neste momento, e também para as produtoras de expressivo referencial bibliográfico hoje no Brasil sobre o assunto. Dentre elas, tomo a liberdade de citar Andréa Nakane, Vanessa Martin e Marlene Matias. Em nome delas, reverencio todas as demais professoras que investem seriamente, com muita dedicação, no setor.

Queridos colegas, profissionais de mercado e das universidades, que vocês sejam sempre muito iluminados na criatividade e inovação junto ao setor. Que mais investimentos acadêmicos, pesquisas e práticas éticas e bem sucedidas façam parte de nosso universo de trabalho. Sejam sempre muito ricos nas propostas e nos resultados. Que todos se sintam abraçados e festejados pelo especial Dia do Profissional de Eventos, conforme o Projeto de lei nº 592, de 4 de outubro de 2012, de autoria da deputada Célia Leão, à qual agradecemos reiteradamente pelo apoio e determinação.

Registro a todos que a sugestão de comemoração desta data foi inicialmente do acadêmico Roosevelt Hamam, a quem homenageamos nesta data. Aproveitamos para homenageá-lo duplamente, por ter sido o primeiro a instalar uma empresa de eventos no Brasil. Agradecemos também ao acadêmico Virgílio de Carvalho pela orientação e acompanhamento no processo junto a esta Assembleia e junto à deputada para o reconhecimento desta data.

Foi um privilégio poder falar a todos, e em nome de todos, na comemoração desta memorável data. Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. SÉRGIO MEDINA PASQUALIN - Obrigado por suas palavras, Marisa. Já que a Marisa citou que a ideia, a iniciativa do Dia do Profissional de Eventos teve início com Roosevelt Hamam, eu gostaria de pedir a presença dele aqui juntamente com o Armando de Arruda, para fazer a entrega desta placa à nossa nobre deputada Célia Leão.

A razão de ser do acadêmico Roosevel Hamam, como a Marisa falou, é o fato de ele ser o idealizador dessa ideia. A razão de termos chamado o Armando é que ele participou da diretoria por praticamente dez anos. Ele não faz mais parte desta nova diretoria, mas ele não está livre de nós. Em nome do colégio acadêmico e em meu nome, agradecemos a sua colaboração nesses anos todos.

 

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- É entregue a placa.

 

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Muito bem, antes de passar a palavra para a nossa deputada Célia Leão encerrar esta solenidade, gostaria de agradecer o nosso Conselho Fiscal nas pessoas do Goiaci Alves Guimarães, Eduardo Sanovicz, José Augusto de Oliveira e Norton Lenhart.

Querida deputada Célia Leão, os nossos agradecimentos por este momento tão importante para nós, para o setor, reforçando que tivemos a presença praticamente de todas as entidades do setor de eventos e turismo nesta Casa, uma Casa apartidária, onde tivemos oportunidade de mostrar, neste Brasil tão cheio de desentendimentos, que o turismo é uma boa alternativa para o entendimento.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada, presidente Sérgio Pasqualin. O bom é que o tempo passa, e melhor ainda é passarmos com ele, do contrário não teria sentido a nossa vida. Ele passa e nós vamos construindo.

De fato, houve o adiantado da hora, mas eu penso que o tempo é nosso. É o momento em que esta Casa presta uma homenagem a quem de direito. São todos vocês, senhoras e senhores presentes.

Quero dizer aos nossos novos companheiros - digo nossos porque já me sinto como de casa - ao querido Toni Sando, ao Virgílio, ao Alexandre Sampaio, ao Luiz Gama, à Érica, que vocês foram mais do que bem-vindos. Esta Casa quer dizer novamente a vocês bem-vindos hoje como serão certamente no próximo ano, quando teremos o privilégio de estar aqui novamente com uma sessão solene para comemorar algo grande do que todos vocês fazem no dia a dia.

Quero encerrar, primeiro, agradecendo este carinho, esta placa, esta homenagem que guardo mais do que numa parede, no coração como um pedacinho do dever cumprido. Eu olho o Beto Leão, que me chama de prima, e lembro do que me disse ali fora “Nossa, vocês aqui na Casa vão homenagear os grandes.”

É verdade. Foi uma noite em que homenageamos os grandes, Herculano, cada um dos grandes que por aqui passaram e que por aqui estão: os acadêmicos do lado direito e os acadêmicos do lado esquerdo que se juntam em uma só Academia.

O trabalho só aumenta, presidente. Agora são palmas, alegria, festa, mas depois o peso nos ombros, graças a Deus, fica maior.

Eu tenho uma filósofa lá em casa, a Francisca, conhecida como Chica, que cuida de mim e da família há mais de 20 anos. Um dia ela me assustou, no bom sentido, quando me disse - havia muitos problemas a serem resolvidos, como todos têm: “Deputada, a vida é dura para quem é mole.” E fiquei pensando, eu tenho uma filósofa dentro de casa e não sabia. É a filósofa Chica. Isso serve para finalizar este trabalho de hoje, um trabalho de semanas, meses, anos e décadas de todos vocês apresentado aqui em fotos, vídeos e falas. E se tem alguém que não teve tempo para reclamar e o tempo todo para fazer, foi o “trade” do turismo, porque nas horas mais difíceis, foi nele que vocês cresceram e se fortaleceram.

Portanto, quero dizer, para não deixar nenhum dos tópicos fora - e são apenas três - que todas as palavras aqui tocaram o meu coração de forma profunda, mas quando o Eduardo diz que sentado ali ele viu esta Casa viver outros momentos, eu me emocionei. Por isso disse que esta Casa para mim - e tenho certeza que doravante a todos nós - terá esse sabor de chão sagrado, e quando disse que esta Casa seria diferente e melhor a partir de hoje, eu não exagerei.

Aqui é o fórum, aqui é o lugar do debate da sociedade, aqui é o lugar em que as coisas acontecem e o “trade” do turismo fortalece esta noite aqui.

Quero dizer para a Érica que não é pecado ser empresário e não é crime ter lucro. O empresariado é a mola propulsora para o desenvolvimento de qualquer sociedade e o crescimento de qualquer nação que é o seu povo. O país é a sua terra, a nação é a sua gente, Herculano, e nós só podemos crescer com pessoas arrojadas, com pessoas que acreditam, com pessoas que investem, com pessoas que não têm medo, com pessoas que são corajosas. E o “trade” me parece muito isso, Érica.

Além da beleza, da alegria, do lúdico, da família, do passeio, da cultura, do conhecimento, o “trade” traz a coragem, que são vocês.

Quero ainda dizer para o Pasqualin que ser presidente de um grupo como este, além do grande trabalho, deve ser um dos grandes presentes que você já recebeu na vida porque ao lado dos grandes a gente cresce. E eu sempre reconheci a sua grandeza. Agora eu vejo por que você é grande. Além das suas qualidades pessoais, você só anda com gente que pode te fazer crescer.

Além de agradecer o Herculano - já estou comprando minha passagem para Brasília para fazermos esse evento lá, para ecoar no Brasil todo -, eu não poderia deixar de dizer ao meu querido Mario Beni que me disseram que a febre que tinha estava alta e que você não conseguiria vir.

Eu lamentei por duas razões. Primeiro, pela ausência de um professor como Mario Beni, e depois pelo fato do meu querido Virgílio não poder contar com esse grande apresentador da sua história, do seu currículo, o Virgílio que é prata da casa, de dentro da minha casa.

Mas ele superou a febre. Deve ter vindo quente ainda, mas ele nos mostra que não tem desculpa, quando se quer fazer, a qualquer hora, a qualquer tempo, a qualquer febre, a qualquer momento, Mór, a gente sai de Portugal e vem para cá para fazer, como alguém já disse aqui, as coisas acontecerem.

Parabéns pela aula que mais uma vez o professor Beni nos dá.

E vou encerrar com a pessoa dela, porque não poderia ser diferente. Da professora Canton, mestre, doutora, eu vou dizer do ser humano que é, da pessoa querida, que passou a tarde no meu gabinete pegando papel, somando, contando, escrevendo, apagando, chamando, ligando, mandando mensagem, foi se trocar na hora de vir para o evento, o sapatinho guardado na sacola, a roupinha pendurada no gabinete, nem sei se deu tempo de passar batom, mas ela ficou o tempo todo pensando na Academia, na festa e no evento. Para mim, ela é um pouco - ou muito - da Cora Coralina.

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

Pelos dez anos, eu quero cumprimentar os ex-presidentes Rafael Gualhardi, Roosevelt Hanan, Marisa Canton e Wagner Ferreira.

Uma salva de palmas aos nossos ex-presidentes que fizeram muito para que estivéssemos hoje aqui. (Palmas.)

Mas quero dizer à Marisa, lembrando Cora Coralina, para que continuem assim: perseverantes, determinados, acreditando, fazendo, com coragem, sem medo.

Eu estou nesta Casa, minha querida Aline Cardoso, minha querida Adriana Ramalho - eu vim aqui um pouquinho antes dos seus pais - há sete mandatos, eu coloquei parte da minha vida e todo o meu coração aqui dentro. Minha família cresceu sem mim, mas uma família bonita. Meus filhos cresceram e eu não percebi. Já são homens e uma menina de 21 anos. Mas valeu a pena. Eu faria tudo outra vez, Pasqualin, porque esta Casa para mim tem sabor de vitória, tem sabor de mudança.

Portanto, quero encerrar dizendo que esta Casa é de vocês. Usem, fiquem, o meu gabinete é o gabinete de todos.

O meu querido Antonio, de Campinas, tem uma história, que infelizmente não dá tempo de contar.

O pai dele veio sem nada de Portugal, literalmente falando, Mór, com uma maleta na mão. O pai do Antonio veio e comprou um caminhão a prazo e pagou com trabalho vendendo chocolate derretido. Ele não aceitava que o chocolate derretesse de São Paulo até o Nordeste. Depois comprou o segundo caminhão. Para encerrar a história: hoje o Antonio e a família Armindo Dias são os donos do maior resort que há em um dos grandes estados do Brasil, se não o maior, o Herculano conhece. Trabalham com vendas de todos os tipos, hotéis, carros empreendimentos. Começaram pequenininhos e são geradores de emprego e renda e são turismo.

Quando a gente fala que o turismo gera emprego e renda, não é frase feita para fazer política. É frase que deu certo na prática.

Leve meu carinho a Armindo Dias, à sua família. Campinas cresceu muito mais com vocês lá.

Gostaria de falar a noite inteira, mas não posso. Então, mais uma vez, agradeço a todos, mas antes de encerrar protocolarmente como tenho de fazer pelo Regimento, quero pedir ao Herculano para me ajudar.

Todos são importantes, a Academia é única, os acadêmicos são pessoas absolutamente diferenciadas, o currículo de cada um nos mostrou, mas a gente tem de simbolizar numa pessoa. A orquestra sentou, tocou maravilhosamente, mas tem o maestro. É muito simples, talvez uma parede, mas mais do que uma parede, no coração. O Herculano e eu, com toda a Academia, por favor, venham aqui todos ao meu lado, do jeito que der para tirar foto, tira-se. Se não der, fica no coração, mas nós queremos entregar uma placa da Assembleia Legislativa ao presidente Sérgio Pasqualin pela Academia, pelos 10 anos, pelo trabalho, pelo turismo, pelos eventos e pelo grande amigo de São Paulo e do Brasil que é.

Uma salva de palmas a ele, uma salva de palmas à Academia, uma salva de palmas ao turismo, uma salva de palmas a vocês, querendo que voltem na Casa que é do povo e é de vocês. Muito obrigada. (Palmas.)

Agora tenho de encerrar de forma protocolar. Esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades, à minha equipe, aos funcionários dos serviços de Som, Taquigrafia, Atas, Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa, da TV Assembleia, das assessorias das Polícias Civil e Militar e a todos vocês, senhoras e senhores, por abrilhantarem a nossa noite. Eu contava e encerro com isso, estou aqui há 25 anos e nunca uma sessão chegou quase até meia noite. Mas é a sessão mais bonita, mais emocionante e com a maior presença mesmo tarde da hora. Muito obrigada.

Estão encerrados os nossos trabalhos.

 

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- Encerra-se a sessão às 23 horas e 36 minutos.

 

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