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18 DE AGOSTO DE 2016

109ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidente: ANALICE FERNANDES

 

Secretário: CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

1 - ANALICE FERNANDES

Assume a Presidência e abre a sessão. Cumprimenta o público presente nas galerias.

 

2 - CORONEL TELHADA

Parabeniza as atletas Ágatha e Bárbara, sargentos da Marinha do Brasil, pela conquista de medalha de prata nos jogos olímpicos. Comenta as circunstâncias de um assalto em São Paulo. Tece críticas aos parlamentares que reprovam a atuação da Polícia e, a seu ver, defendem criminosos. Cita diálogo com os ex-deputados Roberval Conte Lopes Lima e Afanasio Jazadji, em que refletiram sobre a possibilidade de equiparação da violência entre os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, o que, segundo ele, está acontecendo atualmente. Reprova a atuação de representantes políticos na Segurança Pública.

 

3 - CORONEL TELHADA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

4 - PRESIDENTE ANALICE FERNANDES

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 19/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Analice Fernandes.

 

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A SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Coronel Telhada para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - CORONEL TELHADA - PSDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Esta Presidência agradece imensamente as pessoas que nos visitam e estão nas galerias do plenário da Assembleia Legislativa.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre deputado Aldo Demarchi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Alencar Santana Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Leci Brandão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Ramalho da Construção. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Cezinha de Madureira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Marcia Lia. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Márcio Camargo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Welson Gasparini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Marcos Neves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Coronel Camilo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PSDB - Sra. Presidente, funcionários, assessores, os que nos assistem nos gabinetes, público presente nas galerias, policiais militares, telespectadores da TV Assembleia, hoje quero falar da parte boa da Olimpíada. Temos mais uma medalha de prata conquistada pela Ágatha e pela Bárbara. Elas foram vencidas pelas alemãs. Aos que não sabem, as duas são sargentos da Marinha. Tenho aqui diariamente cumprimentado as Forças Armadas pelo desempenho dos atletas militares nessa Olimpíada, para calar a boca daqueles que falam mal dos militares, dos policiais militares. Eles não sabem o que falam. Nós fazemos esse contraponto da mediocridade e da hipocrisia do pessoal de esquerda, que adora criticar os militares dizendo que nós somos o problema do Brasil, sendo que o problema do Brasil vem deles. Nós, diariamente, bateremos nessa tecla cumprimentando sempre e cada vez mais os atletas militares que têm se desempenhado e destacado nessa Olimpíada do Brasil.

Vamos agora falar da realidade. Estamos aqui com uma série de ataques a carro- forte no estado de São Paulo e em todo o Brasil, praticamente. É só abrir o jornal: “Novo mega-assalto tem bomba, ruas bloqueadas e carro queimado em São Paulo.” Ontem, o deputado Ed Thomas falou que está assustado, inclusive o deputado Milton Vieira que, ao ligar a televisão de manhã, se assustou quando viu aquela cena de guerra que ele só via no Iraque, na Síria ou no Líbano. Estamos agora vendo isso nas ruas de São Paulo. São cenas de guerra: carros incendiados, casas atacadas, pessoas mortas, policiais com carros explodidos. É uma verdadeira guerra urbana.

Ontem, nesse roubo, praticamente 11 veículos foram destruídos durante a fuga dos criminosos. Passaram pelo ABC e acabaram na zona leste de São Paulo. O interessante é que muita gente não coloca na ponta do lápis o prejuízo que isso traz. Nós tivemos carros, caminhonetes e caminhões destruídos. Creio que, em danos materiais, podemos calcular uma média de 700 mil reais a um milhão de reais jogados fora, ontem, nessa fuga dos criminosos. Não sei se eles chegaram a realizar o roubo, se conseguiram levar o dinheiro da Protege. Mas, enfim, é um problema que a cada dia se agrava.

E onde está a Polícia? Onde está a Segurança Pública? Quero aqui deixar bem claro, dizer que a Polícia está amarrada. A Polícia está sem atuação. A Polícia não tem como agir. Primeiro, por causa dessa nossa lei hipócrita, essa nossa lei retrógrada que só protege criminoso; o policial não consegue agir, porque quando ele age contra o crime, não faltam pessoas ligadas ao crime, porque, para mim, quem defende o crime só pode estar ligado ao crime.

Eu defendo o cidadão de bem. Eu defendo o policial. Eu defendo o trabalhador. Por quê? Porque estou ligado ao cidadão de bem, estou ligado ao trabalhador, estou ligado ao policial. Agora, não consigo entender um parlamentar vir aqui defender bandido, em nome dos chamados direitos humanos. Para mim, quem defende bandido no mínimo está ligado ao crime, está ligado ao bandido. Acho que sou muito inocente, coronel José Paulo, porque não consigo entender uma pessoa defender um criminoso sem qualquer interesse. Nós que somos trabalhadores, nós, pessoas que pagamos os nossos impostos, nós, que lutamos para trabalhar no dia a dia, somos vítimas do crime também. Então, quando a pessoa vem aqui, ou em qualquer lugar, defender um criminoso, alguma intenção ele tem. Não é de graça.

Assusto-me em ver a situação a que chegamos em São Paulo. Lembro que quando eu era tenente de Rota, nos anos 90, íamos dar entrevista no programa do Afanasio Jazadji, que foi deputado aqui, e no programa do Conte Lopes, que também foi deputado aqui. Falávamos, naquela época, que São Paulo não iria virar um Rio de Janeiro. Vou falar uma coisa: não só está ficando igual, se não estiver pior. Está feio o negócio. O que me assusta é a inércia das autoridades. Ninguém faz nada para mudar as leis; ninguém faz nada para valorizar a Polícia; ninguém faz nada para proteger o cidadão. Aqueles que fazem e se apresentam são chamados de fascistas, de violentos, ou seja, os violentos somos nós, não os criminosos.

Então nós precisamos mudar essa situação. Vi hoje um programa na Record e os próprios reportes falavam da situação insustentável do estado de São Paulo, da cidade de São Paulo. A Segurança Pública tem que reagir à altura. E quando falo em reagir à altura é combater o crime de frente. Não dá para combater o crime de costas. Combater uma pessoa que está com um fuzil na mão é trocar tiro com ladrão, sim. É enfrentar o ladrão, sim. Não dá para ficar tomando tiro de ladrão e ficar escondido. Ou enfrentamos ou nos acovardamos. A nossa Justiça tem que se apresentar, a nossa Segurança Pública tem que trabalhar com uma Polícia forte e atuante, e liberar a Polícia para trabalhar, e valorizar o policial. Hoje, um policial, quando responde um processo na Justiça, é obrigado a vender o carro, a casa para pagar o advogado, porque o Estado não valoriza o policial. O policial não tem proteção. Ele trabalha para o Estado, luta pelo Estado, toma tiro pelo Estado, morre ou mata pelo Estado, mas não tem a proteção do Estado. E nesta Casa temos um projeto, se não me engano do deputado Welson Gasparini, que tem nosso apoio, visando uma Defensoria para os funcionários públicos, não só para os policiais militares.

Quero dizer aqui que não estou conformado com a situação de São Paulo. A Segurança Pública está muito retida, muito amarrada. Ou nós trabalhamos da maneira correta contra o crime, ou então quem vai sofrer é toda a população do estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PSDB - Sra. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE - ANALICE FERNANDES - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 45 minutos.

 

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