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15 DE AGOSTO DE 2016

048ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO DIA DO MAÇOM

 

Presidente: ALDO DEMARCHI

 

 

RESUMO

 

1 - ALDO DEMARCHI

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que a Presidência Efetiva convocara a presente sessão solene, a pedido do deputado Aldo Demarchi, com a finalidade de "Comemorar o Dia do Maçom". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

 

2 - ITAMAR BORGES

Deputado estadual, saúda os presentes. Elogia o deputado Aldo Demarchi pela propositura da solenidade. Manifesta apreço por ser membro da Maçonaria. Tece considerações a respeito de sua trajetória política, apoiada pela instituição. Enaltece princípios e conceitos adotados pela sociedade discreta. Defende a aprovação de projeto de lei que visa a instituir a cidadania na escola. Acrescenta que a ideia surgira em loja maçônica de Sorocaba.

 

3 - RAMALHO DA CONSTRUÇÃO

Deputado estadual, cumprimenta os presentes. Parabeniza o deputado Aldo Demarchi pela iniciativa da solenidade. Lembra livro, de sua autoria, a respeito da história dos sindicatos. Reflete acerca da satisfação sentida por ser membro da Maçonaria. Ressalta a atuação mundial da ordem maçônica. Destaca projeto levado a efeito no Maranhão, em defesa de doentes. Ressalta a solidariedade como importante norte seguido pela instituição.

 

4 - WELSON GASPARINI

Deputado estadual, saúda os presentes. Tece considerações a respeito de artigo escrito por Benedito Marques Ballouk Filho, em defesa da participação dos maçons na política. Cita frase de Martin Luther King sobre a omissão dos bons cidadãos, no cenário social. Reflete acerca da corrupção. Assevera que irmãos maçons são idealistas e líderes. Comenta índices de desemprego e consequências dessa realidade. Menciona escândalos anunciados pela mídia. Lembra resultado de pesquisa realizada em Ribeirão Preto, a desvalorizar o exercício consciente do voto. Responsabiliza os eleitores pela escolha de maus representantes. Cita o posicionamento do Papa Francisco, a respeito da valorização da política.

 

5 - OLÍMPIO GOMES

Deputado federal, saúda os presentes. Tece considerações acerca do papel fundamental da Maçonaria, no destino da sociedade brasileira. Ressalta os princípios defendidos pela Maçonaria. Corrobora o pronunciamento do deputado Welson Gasparini. Critica práticas corruptas. Comenta sua reação em pronunciamento da presidente suspensa Dilma Rousseff. Defende a adoção da disciplina cidadania, no ensino escolar. Parabeniza o trabalho realizado pelo Geap - Grupo Estadual de Ação Política.

 

6 - ANTONIO GOULART

Deputado federal, cumprimenta os presentes. Informa que o nascedouro de todas as suas campanhas eleitorais ocorrera dentro de loja maçônica. Reflete sobre a transformação da sociedade brasileira. Defende a instituição de conselho político da Maçonaria no Congresso Nacional. Expressa-se honrado por ser político. Defende o acompanhamento dos mandatos eletivos, pela população. Enaltece o trinômio liberdade, igualdade e fraternidade.

 

7 - SÉRGIO RODRIGUES JÚNIOR

Mestre de cerimônias, comenta a origem da Carta da Maçonaria Paulista Contra a Corrupção, nos idos de 2007. Anuncia o nome de candidatos ao próximo pleito eleitoral. Apoia campanha intensa contra a invalidação do voto.

 

8 - RONALDO FERNANDES

Sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, saúda os presentes. Manifesta alegria por participar da solenidade. Atribui especial valor ao papel do maçom, na sociedade. Destaca a união a favor do País. Enaltece a responsabilidade dos maçons, enquanto construtores sociais. Evoca a justiça e a igualdade social. Defende a aprovação do projeto "corrupção nunca mais". Registra ser necessária a renovação na política.

 

9 - BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO

Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, saúda os presentes. Argumenta que a missão maçônica está intrínseca na alma de homens de bem. Faz reflexão filosófica sobre o exercício da política com moralidade, transparência e ética. Aduz que os maçons detêm capacidade de indignação e de busca de soluções pra problemas sociais. Informa que em 2017 a entidade completará 300 anos. Rende homenagem à memória do marechal Manuel Deodoro da Fonseca. Argumenta que a instituição maçônica é eminentemente política. Prioriza a Educação como instrumento de desenvolvimento social. Critica a corrupção política. Manifesta confiança nas instituições.

 

10 - PRESIDENTE ALDO DEMARCHI

Narra breve histórico de sua atividade política. Reverencia os maçons candidatos ao exercício de mandatos eleitorais. Comunica que é membro da Loja Fraternidade e Justiça 110, de Rio Claro. Discorre a respeito da crise econômico-social vivenciada pelo País, mormente sobre corrupção e suas consequências. Condena o populismo, o clientelismo e o paternalismo na política. Clama aos maçons que posicionem-se efetivamente no cenário político, a transformar discursos em prática. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Aldo Demarchi.

 

 

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O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Gostaria de citar, além das autoridades maçônicas já nomeadas, e fazendo parte da Mesa, os meus colegas e irmãos, deputado federal Antonio Goulart, deputado federal Major Olímpio, deputado estadual Itamar Borges, deputado estadual Ramalho da Construção e deputado estadual Welson Gasparini.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, deputado Fernando Capez, atendendo solicitação deste deputado, com a finalidade de comemorarmos o “Dia do Maçom”.

Comunicamos aos senhores presentes que esta sessão solene está sendo transmitida pela TV Web e será transmitida pela TV Assembleia nesse sábado, dia 20 de agosto, às 21 horas. Pela NET, canal 7; pela TV Vivo, canal 9, e pela TV Digital, canal 61.2.

Convido a todos os presentes para que, em pé, ouçamos o Hino Nacional Brasileiro executado pela banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro subtenente Sérgio Campos.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

 

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O SR. Presidente - ALDO DEMARCHI - DEM - Esta Presidência agradece a Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Muito obrigado, maestro.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SERGIO RODRIGUES JUNIOR - Nós gostaríamos de mencionar a presença do irmão Walter de Oliveira Lima Teixeira, procurador estadual da Grande Loja de São Paulo; Antonio Carvalho Barbosa, representando o vereador Mário Covas Neto, da Câmara Municipal de São Paulo; Antonio Heiffig Junior, representando o presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Dimas Eduardo Ramalho; José Renato dos Santos, Past Grão-Mestre adjunto da Grande Loja de São Paulo; Alexandre Tirelli, chanceler da Unisciesp; Salim Zugaib, representando o deputado estadual Antonio Salim Curiati; Mário Mariano Machado, presidente do Ilesp, Instituto dos Líderes Empresariais de São Paulo e grande representante da Grande Loja da Noruega, Suécia e Finlândia; Júlio Pinheiro, grande tesoureiro da Glesp; e a senhora Valderez Ballouk, presidente da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul do Estado de São Paulo.

Nós gostaríamos de convidar para fazer uso da palavra o nosso irmão, deputado Itamar Borges.

 

O SR. ITAMAR BORGES - PMDB - Boa noite a todas e a todos, quero cumprimentar inicialmente o meu colega, irmão, grande líder que é o presidente desta solenidade, proponente desta comemoração e desta sessão solene, este que é um exemplar parlamentar e um grande líder deste estado, o deputado Aldo Demarchi. Parabéns, meu irmão, parabéns presidente, parabéns parceiro, não só por esse momento, em que abre esta Casa para prestar esta justa homenagem - e é o mínimo que esta Casa pode fazer em gratidão e retribuição ao importante papel que a Maçonaria desempenha em nosso estado e para todo o povo de São Paulo e do país. E o nosso irmão Aldo Demarchi tem essa iniciativa, mais uma vez. Isso mostra o quanto ele não só tem essa presença de irmão, mas tem também esse exemplo de parlamentar que é. Mais uma vez fica aqui o meu cumprimento e os parabéns por essa iniciativa.

Saúdo também, da mesma forma, os demais colegas parlamentares, o deputado Ramalho da Construção, deputado Welson Gasparini, grandes lideranças, parceiros também desta Casa. Juntos procuramos construir o melhor trabalho do Legislativo paulista.

Cumprimento o deputado federal, grande amigo e também companheiro de time, que é o corintiano Goulart. E junto com o Goulart aqui também está o nosso querido Major Olímpio, que é outro parlamentar lá na Câmara Federal.

Esta Casa convoca hoje esse encontro, para comemorar o “Dia do Maçom”. Dia do maçom que eu tenho muito orgulho de ser e de pertencer a esta família. De ser liderado, sereníssimo Grão-Mestre Ballouk por você, por V. Exa., por nosso grande líder. Por esse trabalho que realiza e que também dignifica o nome e a missão e a história da Maçonaria neste estado. Parabéns Ballouk, a toda a sua diretoria, a todo o Grande Oriente do Estado de São Paulo, Gosp, da forma como toca. O Serginho, que conduz esse trabalho fantástico do Geap com toda a equipe lá, fica aqui o meu cumprimento e a alegria de pertencer e ser liderado pelo amigo. Da mesma forma quero estender os cumprimentos aqui representado também o Ronaldo Fernandes, o Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo. O Mauro Calló que representa aqui o Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista e também o nosso Grão-Mestre de Santa Catarina do GOB, Alberto Aluízio. Cumprimento todas as mulheres cumprimentando aqui a esposa do nosso querido Ballouk, que nos honra com sua presença feminina nesse momento também.

E digo com poucas palavras que eu tive a experiência e a oportunidade de viver e conviver com todos os lados e possibilidades, na minha trajetória política, em que a Maçonaria pode estar presente. Por isso que toda a iniciativa e toda a homenagem se torna realmente algo que é o mínimo que se possa fazer pela maçonaria. Fui vereador na minha cidade, em Santa Fé do Sul, depois fui prefeito por três mandatos. E eu sempre falo isso para o Ballouk, para todos os irmãos e amigos que encontro, que a minha gestão não teria sido a mesma se não tivesse tido a importante parceria, aconselhamento, apoio, suporte, nas ações e nos desafios da cidade, como tive da minha loja lá. E isso, Ballouk, se deve a essa iniciativa que as três potências aqui se integraram. E um dos pontos é esse trabalho do Geap. Realmente é algo que tem feito a diferença, a Maçonaria está presente procurando levar os seus princípios, levar os seus conceitos para que a política, cada vez mais, possa seguir os princípios da Maçonaria e possa dar o orgulho e seguir a ética, o comprometimento e o compromisso que tem que ter com a sociedade. Portanto, esse é um dos pontos, além de tantas outras conquistas.

Eu tenho a honra hoje de, como deputado desta Casa também, estar ali na assessoria do nosso Grão-Mestre, poder participar do dia a dia, da vida da loja, e saber o quanto a Maçonaria tem essa importante parceria, esta contribuição.

Recentemente aconteceu o encontro com candidatos desse pleito eleitoral. Como esse momento aqui é uma extensão daquele primeiro que aconteceu, acho que foi agora segunda, semana passada, esse encontro; eu acho que é mais um dos tantos outros exemplos. E gostaria de finalizar agradecendo a oportunidade que tive em contato, em conversa com os irmãos maçons, que foi de aprender e conhecer aquilo que a Maçonaria defende em uma conversa com o Ballouk, com o Serginho, o Claude, o irmão Claude, e tantos irmãos. Podemos destacar ali um pouco de tentar resgatar, e isso me inspirou nessa iniciativa, com a contribuição dos irmãos e do Grão-Mestre, para construir um projeto de lei que já está nesta Casa, que nasceu de uma iniciativa de um parlamentar que tem o apoio e a mesma iniciativa dos demais colegas parlamentares desta Casa, que é buscar trazer aquilo que a Maçonaria pratica e procura colocar no dia a dia, que é a cidadania na escola, educação de cidadania. É um trabalho muito importante. Eu até pedi o projeto de lei e não me deram aqui.

Eu só queria, rapidamente, ler a emenda do projeto de lei da proposta. Olha a importância do grupo de ação política que o Grande Oriente de São Paulo tem trabalhado com todas as lojas. O grupo de apoio político lá de Sorocaba, da loja de Sorocaba, é que propôs, dentro dos estudos, daquilo que vai convivendo, e vendo essa missão, e cada um podendo dar a sua contribuição para a política - nasceu dali. Trouxeram aqui para o nosso Grão-Mestre, que apoiou essa iniciativa e que se transformou neste projeto de lei, é o Projeto de Lei nº 613 de 2016, que dispões sobre a inclusão na grade curricular do ensino fundamental e médio das redes públicas e privadas do estado de São Paulo a disciplina cidadania e dá outras providências. Isso é apenas um dos símbolos e um dos exemplos que a Maçonaria já contribuiu, contribui e pode contribuir. É por isso que eu estou aqui com muita honra e muito orgulho, para dizer parabéns às nossas potências, às nossas lojas, aos nossos sereníssimos grão- mestres. Parabéns a todos os irmãos, amigos, familiares e convidados que estão aqui para homenagear o “Dia do Maçom”, a Maçonaria, as nossas lojas e a história da Maçonaria. Um grande abraço, boa noite a todos e muito obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÉRGIO RODRIGUES JÚNIOR - Nós vamos agora ouvir a mensagem do nosso irmão deputado estadual Ramalho da Construção.

 

O SR. RAMALHO DA CONSTRUÇÃO - PSDB - Boa noite a todas e a todos. Temos aqui a representação feminina. Quero cumprimentar o colega deputado Aldo Demarchi, que está presidindo a sessão, parabenizá-lo pela iniciativa, meus colegas deputados Itamar Borges, Welson Gasparini e os deputados federais aqui, o Antonio Goulart e o Major Olímpio, essa grande liderança que, como sindicalista, já dei muito trabalho, não é major? Mas o Major Olímpio sempre esteve do nosso lado. E cumprimento aqui o nosso Benedito Ballouk, esse Grão-Mestre, e, em nome dele, cumprimento todos os Grão-Mestres e irmãos que estão aqui fazendo parte dessa organização maravilhosa, que eu tenho orgulho de pertencer.

Passei para o Ballouk que eu fiz um livro, “A Trajetória do Sindicato”. Eu não era maçom, eu sou maçom acho que há uns seis anos já, mais ou menos. E depois que eu levantei toda a história da origem, eu aceitei, porque há mais de 20 anos o Ballouk me convidava, e então eu aceitei me tornar um maçom. E falo da importância dessa organização, principalmente na área social - os irmãos estão sempre preocupados com cidadania, estão fazendo o bem e ajudando de uma maneira em geral.

E recentemente eu tive um exemplo, irmãos, que me deixou mais orgulhoso ainda de ser maçom. Eu fui aluno de uma grande empresa, que pretende vir para o Brasil e quer investir 30 bilhões de libras no Brasil em dez anos, isso é o equivalente a quase 150 bilhões de reais, que é a MM. Eu fui acompanhado de mais três pessoas. E ao desembarcar em Londres, toda aquela burocracia que os estrangeiros estão tendo hoje com a preocupação de alguém que chega de fora. E eu, como sempre fui organizado, levei toda a documentação. E entre as documentações tinha um documento do banco e tinha lá os três pontinhos. Quando o irmão que estava identificando observou os três pontinhos, fechou a documentação e ainda me disse: “Gostaria que o irmão fosse tomar um café na minha casa”. E fiz rapidamente, mas não fiz questão, porque aí nós trocamos telefonema.

Mas falo desse grande trabalho que a ordem faz em todo o planeta, ordem universal que está em todos os cantos da Terra e sempre sem discriminar ninguém, sempre procurando fazer o bem. Apesar dos compromissos, já que recebi desde segunda-feira a diretora da MM, daqui a pouco vou precisar estar com ela com outros encontros. Mas esse mesmo irmão me pediu e eu fui ver um projeto que eles ajudam através de uma empresa no Maranhão. Um hospital de leprosos e um hospital que é uma fundação que cuida de câncer. E esse irmão toma conta de 65 pessoas com câncer, em média, mais ou menos 500 pessoas. Ele, também com a Maria, que é uma das diretoras da empresa, conseguiram uma camisa autografada do Cristiano Ronaldo, jogador, e o irmão conseguiu um terreno em São Luiz do Maranhão. Uma construção do hospital deve custar na ordem de seis milhões de reais. É o que nós estamos prevendo, até porque agora depois das eleições nós vamos à Madri fazer uma gravação com o Cristiano Ronaldo, e esse dinheiro é possível arrecadar só com o sorteio dessa camisa.

E sem falar outra coisa, a organização de lá ajuda no Brasil, e no estado do Maranhão, é uma organização que cuida dos animais, em especial cães sem raça, os cães que são chamados vira-latas, que nós também vamos conhecer. Então é o trabalho feito pelos irmãos que me enche de orgulho.

Antes tarde do que nunca, mas eu deveria ter me tornado maçom 50 anos atrás. Cinquenta talvez não pudesse, porque eu estava com 17 anos, mas pelo menos uns 40 anos atrás, por conta desta dedicação de irmão mesmo, do maçom de levar o irmão para casa, do maçom de estar ali para dar a mão ao irmão. E a recepção é tão grande que eu fui convidado pelos lordes de Londres, pelo parlamento de Londres para receber uma homenagem, que é surpresa, pedi para fazer depois das eleições também. O nosso presidente da Assembleia já aceitou o convite para ir comigo, nós vamos convidar alguns colegas, o Ballouk está convidado também, para que possamos ir até aquele país onde a política é um pouco diferente da nossa, não sei qual é a surpresa, mas para mim é um orgulho, um irmão que me conheceu recentemente, e de um momento para outro acertou para que eu recebesse uma homenagem no parlamento da Inglaterra, de um país tão avançado, tão civilizado.

Mas digo aqui do orgulho, Ballouk, e o parabenizo por seu trabalho, nós nos conhecemos há mais de 20 anos. Mas principalmente ao Aldo Demarchi, nós já estivemos aqui outras vezes, por essa iniciativa que ele sempre teve aqui, comemorando o “Dia do Maçom”, o dia dos irmãos. E que nós possamos estar sempre juntos nessa caminhada, trabalhando pela caridade, fazendo bem ao próximo, sempre observando onde é que nós possamos dar uma mão àqueles irmãos mais necessitados, e independente de ser irmão ou não da Maçonaria, mas daqueles que necessitam realmente de uma ajuda, de um momento, não importa se ele é velho, se é jovem, se tem câncer, se não tem câncer, qual é a doença que ele tem. Mas é esse trabalho que é feito no mundo inteiro.

E o irmão de Londres me disse: “Olha, apesar de ser polícia federal, aqui em Londres, o meu irmão tem uma grande empresa, que nós ajudamos com a instituição quase que o mundo inteiro, sempre fazendo o bem e sem olhar se a instituição lá é ou não da Maçonaria.”  Mesmo porque, os três hospitais que eu visitei no Maranhão não são da Maçonaria. Eles pesquisaram, viram a necessidade e mandam verbas todos os meses para cuidar daquela gente ali, abandonada.

Até nunca imaginava, Grão Mestre, que no Brasil ainda tinha lepra, achei que isso era uma coisa lá do passado. Pois bem, o hospital no Maranhão tem mais de 500 leprosos que são cuidados por essas empresas que tem a ordem da Maçonaria. E o pessoal de câncer que tem de todas as naturezas, mas de qualquer forma é o mundo se preocupando com os irmãos, é o mundo se preocupando com aqueles com menor defesa.

Muito obrigado pelo convite, parabéns.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÉRGIO RODRIGUES JÚNIOR - Com a palavra agora o nosso irmão, deputado Welson Gasparini, de Ribeirão Preto.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Caro presidente e amigo, Aldo Demarchi, autor desta proposta, da realização dessa sessão solene, presidente da sessão; os irmãos Ballouk, Ronaldo Fernandes, o Pascoal Marracini que está representando o irmão Mauro, prezados deputados e amigos, deputados estaduais, deputados federais, líderes aqui presentes, todos os membros maçons, nossos irmãos, eu gostaria de aproveitar essa oportunidade para falar de um tema que eu acho de grande importância.

Farei o possível para não me alongar, mas entusiasmado pelo artigo que o nosso líder, irmão, Benedito Ballouk escreveu no jornal “O Estado de S. Paulo”, e eu tive o prazer de ler desta tribuna com o deputado a íntegra do seu comentário, ele conclamava os maçons para que participassem da política. E eu gostaria de dizer o seguinte, um dos grandes pensadores, Luther King, dizia o seguinte, que o que mais o entristecia não era a corrupção dos corruptos, não era a maldade dos maus, era omissão dos bons. E é isso que é importante.

Quando o nosso irmão Ballouk diz aos maçons: “participem da política”, isso é de grande importância, porque, quer a gente goste ou não, a política manda na vida da gente. E veja que tristeza está esse país hoje em dia, roubam bilhões de reais que eram para ir para a Educação, para a Saúde. Bilhões de reais. A corrupção está em todo o canto hoje nesse país. E não são só políticos não, empresários também. Quase que em todos os setores nós vamos assistir, hoje, a uma corrupção desenfreada. Agora, qual tem sido a reação dos bons? E eu falo com vontade porque eu falo nesse instante aos irmãos que são idealistas, que são líderes e que realizam bons trabalhos, mas regra geral, esses trabalhos são beneficentes. Agora, é importante participar da política.

Vejam o que acontece no Brasil, temos hoje registrados 11 bilhões de trabalhadores desempregados. Para um trabalhador, quando está empregado já é difícil, seu salário é pequeno. Agora, quando ele está desempregado e não ganha nada, vem o desespero na casa deste trabalhador. E segundo definição de membros do próprio governo federal atual, são 11 bilhões, nós vamos subir para 14 bilhões em dezembro.

Vejam a perspectiva. Saímos nas ruas aqui de São Paulo, e no interior também, e vemos gente dormindo na rua, gente pedindo esmola - e se não pedir esmola, quem não tem salário vai roubar, vai vender droga, e é o que está acontecendo.

Qual a relação que nós estamos vendo, por exemplo, nos presídios brasileiros, todos eles estão com superlotação? O dobro. Nós temos presídios em que determinadas celas têm mais de 40 presos, essa é a realidade. Agora, estes que roubaram bilhões lá em Brasília, que nós temos notícias, eles estão em celas especiais com televisão, com tudo o que possa ter na própria casa, e não há reação.

Quando eu digo que não há reação, é porque nós ligamos o rádio, a televisão, olhamos o jornal e vemos o escândalo do dia. É o que está acontecendo. Todos os dias vem escândalo novo. Mas qual a reação que nós estamos tomando? É o apelo que eu faço aos irmãos que são líderes, naturalmente. Cada um de vocês é um grande líder e tem feito bons trabalhos no sentido de amenizar o sofrimento, muitas vezes, das suas comunidades. Mas para reagir e fazer com que haja menos miséria, menos problemas, só tem um jeito, é através da política.

E ainda na semana passada um jornal da minha cidade, em Ribeirão Preto, fez uma pesquisa e perguntava às pessoas: “em quem você vai votar? Já escolheu o candidato?” Resposta do primeiro: “Não, nem pensei e não quero saber de política”. Resposta da segunda pessoa: “Eu tenho ódio de política, não posso nem ouvir falar disso, se necessário eu pago a multa, mas não vou votar”. Terceira pessoa: “Vou votar em branco”. O quarto: “Vou anular meu voto, nenhum político presta”. Como nenhum político presta? Eu presto e tem outros que prestam. Agora é verdade, hoje a maioria dos políticos não prestam, mas quem escolheu esses que não prestam? Esses que estão roubando diariamente o dinheiro que era para educação, para saúde? Quem é que escolheu? É gente que vota de qualquer maneira, não liga para política. Então, ao contrário de dizer que não quer saber de política, nós temos que nos interessar. E cabe a nós, maçons, ajudar a formar a consciência do povo da importância da política.

E agora, nós vamos ter em outubro as eleições municipais, é a grande chance para mudar a cara política desse País. Porque é fácil na cidade saber qual político presta ou não presta. Fazendo uma palestra em uma faculdade o aluno perguntou: “Como que eu vou saber quem é bom e quem não é bom?” Na cidade é simples, onde que ele mora? Como é que ele vive com a família dele? Se ele trabalha, como é que os colegas dele o veem? Qual a conduta dele, se já exerceu algum cargo público? Depois, faça uma comparação e escolha aquele que é melhor.

Já pensaram que beleza, se em todas as cidades do Brasil, agora em outubro, o povo fosse bem orientado e escolhesse os melhores candidatos para prefeito, vice-prefeito e vereadores? Nós iríamos mudar a cara do Brasil. Mas para que isso aconteça, nós precisamos de líderes orientando o povo. Quem tem vocação deve sair como candidato. Quem não tem vocação para ser candidato, mas pode exercer a política, orientando a população de como pode-se escolher bons candidatos. E essa é uma missão nossa. Eu peço a vocês, não é porque eu sou deputado, sou político e estou fazendo esse apelo, é que é obrigação nossa.

O Papa, recentemente, quando esteve no Brasil, respondeu em uma audiência reservada para jovens, e um jovem perguntou: “Papa, aqui no Brasil está terrível, é corrupção, é roubalheira, o que nós podemos fazer para consertar isso?” E ele respondeu: “Ingressem na política”. Porque a política, disse ele, quando exercida com honestidade, com idealismo, com competência, é a maior prova de amor que pode ser dada. Porque um ato de um bom político, de um bom administrador, um ato dele, de uma só vez, pode beneficiar milhares ou milhões de pessoas. Assim como, se ele for desonesto, incompetente, um ato dele pode prejudicar de uma só vez milhares ou milhões de pessoas. Então, o apelo que eu gostaria de fazer a vocês é: vamos para a luta, vamos consertar esse país.

A maneira para consertar só tem uma, quer a gente goste ou não, que é através da política, da escolha democrática dos nossos dirigentes. Existe muita gente que é muito simples e não tem facilidade, cabe aos líderes, como os maçons, exercer esse papel de esclarecer o povo para que não anule o voto, não vote em branco, porque isso só vai beneficiar os malandros desse país. Vamos escolher bem os candidatos na próxima eleição e vamos mudar a cara do Brasil. Muito obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÉRGIO RODRIGUES JÚNIOR - Da Câmara Federal para a Assembleia Legislativa de São Paulo, vamos ouvir agora o nosso irmão, Major Olímpio.

 

O SR. MAJOR OLÍMPIO - Excelentíssimo deputado estadual Aldo Demarchi, irmão e proponente dessa solenidade do “Dia do Maçom” já há muitos anos, em todos os anos do seu mandato; os nossos irmãos deputados estaduais desta Casa; Goulart, deputado federal; sereníssimo Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo, Benedito Ballouk; sereníssimo Grão-Mestre Ronaldo Fernandes, da Glesp; Mauro Calló, que representa neste ato o sereníssimo Grão-Mestre Pascoal, do Grande Oriente Paulista; todos os nossos irmãos, toda a população do estado de São Paulo que acompanha e vai acompanhar nossas transmissões, essa solenidade, quero dizer da satisfação de - após um adormecimento longo, e receber um convite em escala do Benedito Ballouk e da sua loja, Retidão em prudência - me regularizar e ter a felicidade e o orgulho de ser nomeado pelo Grão-Mestre Ballouk um dos seus assessores parlamentares.

E quero completar algumas manifestações que foram ditas aqui e dizer que, quem não gosta da política, é mandado por quem gosta. Isso é uma realidade irrefutável e bastante triste para o nosso País.

Estamos sim em um momento de profunda transformação, e a Maçonaria brasileira tem um papel fundamental, e a cada momento se coloca para ajudar nesse papel de recolocar nos trilhos os destinos da sociedade brasileira. Temos a plena condição, a moral, a ética, a retidão, o princípio, a honra, o compromisso. E simplesmente nós estamos verbalizando, colocando para a sociedade, apresentando os quadros de irmãos que têm esses compromissos com a sociedade, que precisam ter o apoio e precisam chegar aos cargos executivos e legislativos da política brasileira. Exatamente porque o perfil que está apresentado, em sua grande maioria, meu irmão Gasparini, corroborando a tua manifestação, são quadros podres que foram conduzidos pelo poder financeiro, pela manipulação com objetivos escusos para dilapidar, para roubar, para espoliar o patrimônio do povo brasileiro.

Quando manifestei no meu grito a vergonha à então presidente e ao ex-presidente, em uma farsa que foi montada para tentar dar falso conduto para bandidos, simplesmente expressei o que está calado no coração da maioria da população brasileira.

E nós temos que reverter este quadro, sim. Campeão de voz, Gasparini, é assim hoje, o branco, o nulo, “não voto mais em ninguém”, “só tem safado”. Isso só facilita a vida do bandido. Nós temos que demonstrar a nossa cidadania, Itamar. Quando você reproduz um projeto que irmãos maçons disseram: “Vamos colocar na grade curricular cidadania. Vamos resgatar o amor pela nossa bandeira, pelo nosso País, pelas nossas coisas”. Feito uma pesquisa com o cidadão na cidade de São Paulo, 68% dos cidadãos querem se mudar de São Paulo. Nós precisamos resgatar isso.

E eu vejo, e se me permitam os sereníssimos Grão-Mestres e seus representantes, parabéns pelo trabalho conjunto que está sendo feito pelo Geap. Parabéns pela luz que estão direcionando, caminhos mais do que positivos e que vão frutificar. Assisti, Ballouk, como Grão-Mestre, assinarem aqui em eventos promovidos no “Dia do Maçom” pelo Alckmin, compromissos da Maçonaria paulista de enfrentamento à corrupção, de respeito à cidadania. E nós estamos assistindo um coroamento deste momento. Digo a todos os irmãos que vão para a luta política, boa sorte, que representem com dignidade cada voto que tiverem. E que respeitem quem estarão representando, muito respeito à Maçonaria, muito respeito à Maçonaria brasileira, muito respeito à Maçonaria paulista. É isso que a população quer, espera e merece de todos nós.

Parabéns.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÉRGIO RODRIGUES JÚNIOR – Com a apalavra, o deputado federal, nosso irmão, Antonio Goulart.

 

O SR. ANTONIO GOULART - Meu querido irmão Aldo Demarchi, que preside esta sessão, parabéns por todo ano repetir esta cerimônia em homenagem ao “Dia do Maçom”, tenho orgulho de participar contigo em várias organizações aqui do estado de São Paulo, você realmente honra a classe política.

Quero cumprimentar os nossos parceiros, amigos de longa data, Itamar Borges, deputado estadual, nosso querido, lá de Santa Fé do Sul, que foi o melhor prefeito que Santa Fé já teve; Welson Gasparini, que tanto honra nossa região de Ribeirão Preto; nosso querido irmão, amigo, Ramalho da Construção, que, além de representar um grande sindicato, há anos representa os trabalhadores da construção civil e os irmãos aqui nesta Casa; meu parceiro, colega de tantas lutas, deputado federal Major Olímpio, que tem sido um grande batalhador na Câmara dos Deputados, é uma honra poder participar daquele parlamento com vossa excelência. Quero cumprimentar o nosso querido irmão Mauro, que representa o eminente Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, nosso querido irmão Pascoal.

Cumprimento o eminente Grão-Mestre, Benedito Marques Ballouk que é uma honra tê-lo aqui ao lado, nosso parceiro de longa data, que tem feito um trabalho fantástico, não só em sua gestão atual, mas na gestão anterior, que eu tive a honra de participar por muitas e muitas vezes dos eventos que você promoveu e tão bem representou a ordem lá no Grande Oriente do Brasil. E ao meu querido Grão-Mestre que é o nosso querido Ronaldo Fernandes, que eu tenho a honra de sempre estar ao lado e me sinto parte da administração da Grande Loja Maçônica do nosso estado de São Paulo, meu querido e sereníssimo Ronaldo Fernandes.

Quero cumprimentar aqui todos os irmãos, e alguns irmãos especialíssimos para mim da nossa loja itinerante. Nosso querido irmão Oliver, nosso querido irmão Mário, o Fabiano, o Daniel, o Alex e o Rodrigo Goulart. E duas pessoas que estão aqui que representam muito bem a política, a boa política, que deve ser feita. O Alex, da Praia Grande, meu querido irmão, que é o meu padrinho de casamento, não é? E o Ricardo Martinez lá de São Bernardo do Campo, que é do Grande Oriente.

Meus irmãos, existem muitos jeitos de fazer política, boa política. Eu fui vereador de São Paulo, tive a honra de ser vereador por cinco mandatos. Todas as campanhas eleitorais e todos os meus mandatos foram acompanhados desde o nascedouro da campanha dentro de uma loja maçônica, todo o trabalho e todos os mandatos.

Participo de uma obra social que não é obra social do Goulart, é da Maçonaria, na zona sul de São Paulo, que é uma das maiores do Brasil. Tive a honra de, como vereador, propor uma homenagem aos maçons, criando a medalha José Bonifácio na Câmara Municipal de São Paulo, que, todos os anos, por volta do dia 20 de agosto, é entregue, e quem indica é o comando da Grande Loja, comando do Grande Oriente de São Paulo, do Brasil, e do Grande Oriente Paulista, para que não haja nenhuma interferência política para se levar alguma vantagem.

E vejo a transformação no Brasil com muita tranquilidade, porque nós temos muita gente boa. Conversei segunda-feira com o meu sereníssimo Grão-Mestre Ronaldo, que ficou de conversar com o Ballouk e todos os presidentes a nível estadual das lojas para que fizéssemos o conselho político do Congresso Nacional. Quanto à votação do impeachment na Câmara dos Deputados, fizemos um grande ato maçônico, subimos a rampa da Câmara dos Deputados, um número enorme de maçons e de funcionários da Câmara dos Deputados que também são maçons. Então, nós precisamos agir ordenadamente.

Quando o meu querido irmão Gasparini falou aqui da questão de Brasília, os corruptos, pessoal, nem sempre são políticos. Toda aquela quadrilha da Petrobras, não tinha nenhum político, e fica se criando lei para político não ocupar cargo aqui, cargo ali. Eu tenho a honra de ser político, desde que nasci. E vou fazer política com “P” maiúsculo para sempre, e tenho certeza que todos que estão aqui também. Então você pega aquele pessoal da Petrobras, de várias outras empresas, nunca nenhum foi filiado a nenhum partido político e não exerceu cargo político, não foi deputado, não foi vereador, não foi prefeito. Eu acho que nós temos, sim, que apoiar, botar a cara para bater e falar “em nossos representantes”. E é muito importante que acompanhem os mandatos. Porque há mandatos na Câmara dos Deputados, aqui na Assembleia Legislativa, na Câmara de Vereadores, que realmente dignificam o voto que cada um recebeu.

Há pessoas, inclusive, que estão na ordem, mas têm vergonha até de mandar o nome, evitam mandar quando estão próximos da eleição para aparecer em nossa revista. Por quê? Porque pertencem à outra religião e que pensam: “Não quero ter a minha imagem colada com a imagem da Maçonaria”. Isso aconteceu recentemente, semana passada. Então, é muito importante que nós tenhamos honra. Eu falo da ordem a todo o momento. Quanto ao meu voto a favor do impeachment, foi a primeira coisa que eu falei: liberdade, igualdade e fraternidade. Então, todos os maçons do Brasil me reconheceram. E agora nós temos que nos organizar. E é muito importante a iniciativa das potências em criar o Geap. Eu quero ser um soldado desta luta.

Parabéns a todos os irmãos, que Deus os abençoe, sejamos todos muito felizes e o Corinthians campeão, é lógico.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÉRGIO RODRIGUES JÚNIOR - Meus queridos irmãos, meu querido Aldo Demarchi, que preside essa sessão, eu queria, nesse momento fazer a apresentação dos candidatos que estão sendo apoiados pelas lojas e que estão aqui presentes. Mas antes de começar, eu gostaria de lembrar que em uma sessão exatamente como essa, que você presidiu no ano de 2007, aqui compareceu a Grandes Lojas, naquele momento a Grandes Lojas e o Grande Oriente de São Paulo. Irmanados, escreveram a Carta da Maçonaria Paulista contra a Corrupção. Este é um momento que antecede as grandes causas que a gente tem visto; mensalão, petróleo, antes disso, mas naquele momento já havia uma indignação muito forte. E da indignação nasceu a carta, fortaleceu a união, e, fruto deste trabalho, surgiu o que hoje vocês conhecem com nome de Geap, que é o Grupo Estadual de Ação Política. Que trabalha as três obediências unidas neste projeto. É um trabalho de cidadania, é um trabalho de inserção social e, sobretudo, ocupação de espaço na sociedade, porque como disse os nossos irmãos que nos antecederam, se tudo isso acontece é porque as pessoas de bem deixaram espaço para que outros ocupassem. Então, nós temos que nos mobilizar, temos que trabalhar.

E hoje nós estamos aqui em dia de festa, porque amanhã começa uma corrida eleitoral, começa uma nova campanha, e vários irmãos foram indicados, irmãos e pessoas que não são maçons, mas que são livres e de bons costumes, foram indicados pelas lojas maçônicas para concorrer a este pleito. Os irmãos que nos antecederam já foram indicados em eleições anteriores, que falaram aqui hoje.

Eu quero mencionar aqui que estão presentes: da Praia Grande, o Alex, que é candidato a vereador. Quando eu mencionar, por favor, levantem a mão. O Bryan, candidato a vereador em Cotia; Carlos Damasceno que é candidato em Jundiaí; Daniel Barbin, que também é candidato em Jundiaí; Denis Duck, que é candidato aqui em São Paulo a vereador; Edson Vieira, que é candidato a vereador aqui em São Paulo também, pelo Partido Verde; Fabiano Borges, candidato a vereador de São Paulo; Gilberto Holovatino, candidato a vereador em São Paulo; Caetano Ruas também; em Sorocaba, o Ivo Peres; João Bico, aqui em São Paulo; Capitão Carlos Rodrigues, na cidade de Moji das Cruzes; Marcelo Macedo, em São Paulo; Sargento Martins, em Taubaté; Moacyr Papa, o nosso papa aqui em São Paulo, que Deus abençoe. Dra. Osana Lenhaioli, vereadora em São Paulo também; Paulo Eugênio, candidato em São Sebastião; Ricardo Kim, candidato aqui em São Paulo; Rodrigo Goulart, candidato a vereador aqui em São Paulo; Rosana Santarosa, vereadora em São Paulo; Comandante Sergio Ramos, candidato a vereador em São Sebastião.

Nós temos também o Major Olimpio, que é candidato a prefeito aqui em São Paulo, parece que já teve que se retirar.

O Dr. Silvio Soares, candidato a vereador em Santos; Professor Paulo César, de Caçapava; Delegado Vital, de Santo André; Mauricio Ludovico, de São Paulo; Ricardo Martinez, de São Bernardo do Campo; Perseu Tucci, de Ibitinga; Mauro Villas Boas, de São Paulo; Silva Rosa, de São Paulo; Benê, de São Paulo; Pedro Pessoa, de São Paulo; Ulisses Maciel, também de São Paulo; Alexandre Tirelli, São Paulo; Coronel Arruda, de São Paulo; Luiz Araujo, de São Paulo; Sargento Neri, de São Paulo. E por fim, saudando a todos, desejando uma ótima campanha, muitas felicidades.

Eu quero cumprimentar o nosso irmão, amigo, filho do Aldo Demarchi, Val Demarchi, candidato a vereador na cidade de Rio Claro. Boa sorte a todos vocês.

Todos esses que foram aqui apresentados, e muitos outros que não estão presentes, por isso não foram apresentados, mas são 180 candidatos, tiveram o apoio formal de uma loja maçônica. Com esse cabedal, com esse potencial, a Maçonaria no estado de São Paulo, a partir de amanhã, vai a campo pedir o voto de cada cidadão para esses candidatos que são apoiados pelas lojas e, mais do que isso, nós estamos pedindo às nossas lojas que façam, onde puderem, uma campanha intensa contra o que foi falado aqui, que é o voto nulo, o voto em branco, a abstenção, porque tem muita gente que faz campanha ao contrário, porque isso interessa a determinados segmentos. Então vamos prestar bastante atenção nisso, porque voto nulo não vale nada, quem vota nulo delega aos outros a escolha, e nós temos que conscientizar a população da importância de escolher. A Maçonaria oferece 180 nomes no estado inteiro de gente boa, de gente honesta.

João Bico é candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDC.

Muito bem, dando continuidade a essa nossa sessão solene de homenagem ao “Dia do Maçom”, vamos passar a palavra agora ao sereníssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, o irmão Ronaldo Fernandes. Antes de passar a palavra, Ronaldo, só um segundinho, algum candidato presente aqui que está apoiado por loja não foi mencionado? Ok.

 

O SR. RONALDO FERNANDES - Boa noite a todos. Eu quero saudar alguns irmãos aqui presentes e em nome destes estender o meu abraço fraternal em nome da Grande Loja Maçônica ao Estado de São Paulo, a qual eu tenho a grande honra de estar aqui representando. Saúdo o meu querido e fraterno irmão Benedito Marques Ballouk Filho, meu grande parceiro, eminente Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo.

Saúdo também meu querido irmão Aldo Demarchi, companheiro de Rio Claro, de longas jornadas em Rio Claro. Igualmente, também saúdo meu querido irmão Goulart. Em nome destes saúdo também as demais autoridades aqui. Saúdo também o nosso irmão Pascoal, o nosso irmão Mauro, coordenador do Geap e do GOB, representando o nosso sereníssimo Grão Mestre Pascoal.

Meus irmãos, cunhadas, convidados, é uma honra muito grande estar hoje aqui participando de mais uma sessão comemorativa do “Dia do Maçom”. É a primeira sessão que eu participo, pública, depois de ter sido reeleito pela segunda vez, ter sido conduzido como Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo. E se nós fossemos ficar falando um pouco da história da Maçonaria, não é Ballouk, meus irmãos, do passado, naturalmente nós levaríamos muito tempo narrando a nossa história da Maçonaria universal, falando de feitos, de verdadeiros homens que construíram e mudaram este país e a humanidade, quebraram paradigmas e construíram a história. Mas eu acho que a nossa preocupação hoje, e mesmo falando da Maçonaria do Brasil, que tem o seu início lá no século XIX. Mas eu acho que o grande pensamento e a grande reflexão que nós devemos fazer hoje, aqui, é realmente para a Maçonaria do futuro, qual o papel do maçom no futuro, qual o papel do maçom na sociedade. Eu acho que isso foi dito pelas pessoas que me antecederam, pelos irmãos que me antecederam. Tem sido construído com a união das três potências. Nós estamos unidos, independente do reconhecimento, regularidade, nós nos unimos em um grande projeto que é um projeto em benefício do País. Este foi o grande projeto.

E neste grande projeto, como todos já falaram, nós demos este apoio maciço para o Geap. E eu tive a felicidade de apresentar, e passei isso para o Ballouk, no nosso congresso anual em Maceió. Já estamos tentando promover o Grupo Nacional de Ação Política, fizemos uma proposta do Grupo Nacional de Ação Política. E estamos promovendo em todos os estados do Brasil, estamos implantando também nas grandes lojas o Geap. Porque nós achamos que com este movimento, com esta união das potências, nós podemos, com certeza, melhorar este País, fazer o que é essência de nós, maçons - somos construtores sociais, esta é a nossa essência. Nós não podemos mais ficar dentro de nossos templos buscando todos esses aprendizados que nós detemos no nosso dia a dia, buscando conhecimento e não colocando para fora, não colocando em prol de uma sociedade, em prol de uma política mais justa, em prol de igualdades sociais e de um combate contra a corrupção, como nós fizemos em parceira com as outras potências. As Grandes Lojas apresentaram também um manifesto sobre o projeto “Corrupção Nunca Mais”. Tivemos há 15, 20 dias atrás, levando pessoalmente em Brasília o Exmo. Sr. Presidente da República, mostrando o nosso manifesto, o nosso descontentamento, porque nós não podemos aceitar que mais de 40% daquilo que se arrecada neste País se escoa pelo ralo da corrupção, isso é uma vergonha. E como foi dito aqui, naturalmente, há bons políticos, há excelentes políticos.

E eu fico contente de ver a maioria de vocês aqui. Desses que se apresentaram aqui, por favor, quem está indo para o primeiro mandato? Então, veja bem, é uma grande maioria. E uma grande maioria que é uma grande renovação, também. Como nós estamos falando, é necessário, hoje, que a Maçonaria se posicione, que ela se renove também, que ela comece a se adaptar às novas mudanças, é importante que a política ache uma renovação. Isso é salutar. E vocês têm uma responsabilidade muito grande, uma responsabilidade grande com o País, uma responsabilidade grande com a sociedade e com a instituição que vocês estão se representando, que é a Maçonaria.

Eu espero que vocês todos exerçam, que ganhem, que vocês possam contar conosco, que exerçam um mandato de transparência, porque este País precisa, necessita de transparência. E que nós, juntos, as três potências aqui hoje representadas, possamos fazer deste País um país onde as pessoas sintam orgulho de participar da sua política, um país onde as pessoas sintam orgulho de participar de suas decisões, e para que nós, maçons, possamos contribuir nas áreas de Educação, na área de Saúde, da área de Segurança. E para que todos nós, quem sabe, possamos no ano que vem estarmos comemorando algumas mudanças que se fazem necessárias. Muito obrigado a todos.

A Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo está aberta a toda a nova ideia, a todos os novos projetos, como esse que nós abraçamos. Muito obrigado a todos, um beijo no coração de cada um de vocês.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÉRGIO RODRIGUES JÚNIOR - Aproveito para anunciar a presença entre nós também das sobrinhas do Bethel, número 22 de Jundiaí, as Filhas de . Com a palavra agora, o eminente Grão Mestre, Benedito Marques Ballouk Filho.

 

O SR. BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO - Boa noite a todos. Quero aqui cumprimentar todos os meus irmãos maçons na pessoa de dois grandes irmãos e amigos, meu coronel Antonio Carlos Mendes, meu anjo da guarda. E na pessoa do meu coronel Tadashi, onde está o Tadashi, que muito também colabora auxiliando o nosso Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo?

 Quero cumprimentar minhas queridas amigas, cunhadas, convidadas na pessoa da minha esposa, Valderez Ballouk, aqui presente; meu querido irmão Calló, representando o nosso Grande Oriente Independente de São Paulo; meu irmão, meu amigo, meu parceiro, Ronaldo Fernandes, com quem eu tenho a grande honra de compartilhar ideias, sonhos, e agora materializando alguns dos nossos objetivos.

Apresento a todos vocês a sensibilidade maçônica advinda de Santa Catarina, meu querido irmão Adalberto Eyng, que tem feito um trabalho maçônico incomensurável em Santa Catarina e está aqui hoje nos prestigiando com a sua augusta presença. Quero aqui cumprimentar meus queridos irmãos maçons, todos esses irmãos que constituem essa verdadeira escola de líderes que é a Maçonaria.

 Parabéns pela coragem política de enfrentar esse desafio, muito além da vontade pessoal de vocês, uma missão maçônica intrínseca na alma de homens do bem, homens comprometidos com a pátria e com a transformação social do nosso país. Parabéns pela coragem política de todos vocês. Sucesso nessa campanha e que Deus abençoe cada um de vocês nesse caminho.

Quero aqui dizer a vocês que quando você ouve homens da envergadura moral e política, de caráter, de um Antonio Goulart, de um Welson Gasparini, de um Ramalho da Construção, Itamar Borges; quando você se depara com homem paradigma como o nosso Aldo Demarchi, e você vê que são grandes garças que vivem no pântano, mas a garça é o pássaro mais limpo mundo, então é possível, sim, fazer política com dignidade, com responsabilidade e com senso patriótico. Esses homens são o nosso paradigma, são homens que demonstram que o caminho é este mesmo, é possível, sim, fazer política com moralidade, transparência e ética que todos nós pedimos e desejamos para o nosso momento.

E esse momento não é o momento de um ano, de um mês, de um dia - momento que iniciou, como disse o nosso irmão Sérgio, em 2007, porque o maçom não perdeu a capacidade de se indignar. Só que o maçom ele é aquele homem que não critica, ele busca uma solução, ele busca uma saída. E aí não é possível buscar uma saída dessa sem antes perguntar: que instituição é essa que nós fazemos, - instituição que ano que vem completará 300 anos no mundo, em 2017-, instituição essa que no Brasil cursa 194 anos com uma história dedicada ao nosso país, aos nossos antepassados?

Aqui, se nós tivermos que discutir o nosso futuro, temos que render as homenagens a aqueles que levantaram uma bandeira da ética e da moralidade neste País. Como o nosso Marechal Deodoro da Fonseca, que quando, da República, não teve dúvidas de estar ao lado de Quintino Bocaiuva, juntamente com o seu ministério de nove irmãos maçons. O Brasil tinha uma leitura política de onde devia estar e para onde deveria chegar. E hoje nós nos desconectamos da vida política, nós delegamos aos nossos irmãos a condição política. E agora nós estamos buscando essa reconexão e deixando de ter o político maçom para construir os maçons políticos como esses deputados que eu acabei de dizer aqui, agora.

Que instituição é essa que 100% dos seus irmãos são homens alfabetizados? Uma renda per capita significativa? Sim, por todos os irmãos, nos mais diversos segmentos da sociedade política, econômica, de todos os níveis. Temos uma capilaridade maravilhosa, não existe instituição como a nossa. E é uma instituição eminentemente política, uma escola de líderes, uma escola que tem um comprometimento com a nossa Pátria, com o nosso País, com as gerações futuras. Ao maçom não é dado o direito de criticar, ao maçom não é dado o direito de perder a capacidade da indignação, o que nós temos que ter são ferramentas e instrumentos para que possamos alcançar uma determinada melhor para o nosso País.

Outro dia me disse Itamar: “Mas esse projeto de lei que vai criar a grade pedagógica da cidadania não vai passar na Assembleia Legislativa estadual, é inconstitucional, é de competência federal.” Eu falei: “Dane-se, é um pressuposto, é um princípio.

E lá, na Câmara Federal, nós temos homens que vão levantar essa bandeira. Temos o nosso Antonino Goulart, temos o nosso Major Olimpio, que pode levar esse projeto para frente. Não importa, o que importa é a ideia. E vejam no projeto, meus irmãos, que em momento algum está escrito Maçonaria nesse projeto. Porque em 194 anos de Brasil, a Maçonaria nunca fez nada por esse País. Mostre-me um feito que a Maçonaria fez, um - não tem.

Nós, maçons, fizemos a revolução desse País, nós temos um comprometimento para com o nosso passado e um absoluto comprometimento com o nosso futuro. E hoje, enquanto nós buscamos esses ideais de inserção da Maçonaria na política, interna corporis, nós buscamos também, Aldo, inserir o maçom na Maçonaria, que tem muitos que não sabem o que estão fazendo entre nós. Tem muitos que não sabem que instituição pertence. Mas esse é um trabalho interno que nós vamos trabalhar e vamos fazer com que tudo chegue ao seu tempo e ao seu modo.

Hoje nós precisamos levantar uma nova bandeira. Essa bandeira que eu peço para todos vocês, principalmente esses corajosos candidatos: vamos levantar a bandeira da Educação nesse País. Porque nós temos hoje uma legião cultural de mais de 100 anos, se considerarmos a nossa independência, a primeira universidade no Brasil, nós ficamos 100 anos sem uma universidade.

Enquanto a América Hispânica hoje discute qual é a universidade mais antiga do mundo, da sua região, se é Costa Rica ou se é o Chile, 1481, 1586, a nossa USP, gente, é de 1935 - nós não temos 100 anos de universidade.

Enquanto a América Hispânica se desenvolvia dentro da cultura e da educação, os nossos filhos eram médicos na França, ou advogados em Coimbra e o analfabetismo corroendo as nossas estruturas. Enquanto o mundo se fez livre da escravidão, o Brasil foi o segundo, penúltimo país a libertar seus escravos. É essa a legião cultural que nós temos que lutar contra, porque uma vez mexendo nesse fator da educação, quiçá amanhã. Não estamos aqui mais falando dessa corrupção que tanto nos faz a indignação, que constatamos esse câncer que esgarceia o tecido social da nossa Pátria.

E vou dizer a vocês, rapidamente, para encerrar, que eu não me preocupo mais com a corrupção política, com a corrupção econômica, porque de uma forma ou de outras as instituições estão funcionando e quiçá esse dinheiro volte aos cofres públicos. Nós temos é que acabar com a corrupção política, essa sim é a corrupção fatal que realmente acaba com o nosso País. Nestor Cerveró não foi eleito, Marcelo Odebrecht não foi eleito. Agora, a fonte política que fez com que eles fizessem o que eles fizeram nesse País, dentre outros, é o que nós temos que trabalhar e destruir, nós temos que atacar o nosso inimigo e o nosso inimigo hoje é o corrupto político. Então, sejam muito bem-vindos, mais uma vez parabéns a vocês nesse dia dessa homenagem que a Assembleia Legislativa faz ao “Dia do Maçom”, que na verdade recebe a cada um de vocês e que possa o Grande Arquiteto do Universo abençoar a campanha de vocês trazendo muita luz, muito aprendizado e com certeza muito sucesso. Saúde e paz a todos.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - SÉRGIO RODRIGUES JÚNIOR - Nós vamos encerrar a presente sessão, não sem antes ouvirmos o presidente, nosso irmão Aldo Demarchi.

 

O SR. Presidente - ALDO DEMARCHI - DEM - Gostaria de fazer um agradecimento ao sereníssimo Grão-Mestre da minha potência, Ronaldo Fernandes, da Grande Loja do Estado de São Paulo; Benedito Marques Ballouk, eminente Grão-Mestre também do Grande Oriente São Paulo; Mauro Calló, que está aqui representando o sereníssimo Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista, muito obrigado pela presença, e ao sereníssimo Pascoal Marracini; e também se deslocou de Santa Catarina para prestigiar essa solenidade, o Grão-Mestre do GOB de Santa Catarina, Adalberto Aluízio Eyng.

E também não poderia deixar de dizer, com satisfação, que esses meus colegas, que usaram a palavra hoje aqui, deputado federal Olímpio, deputado federal Goulart, muito obrigado pelas palavras, Goulart. E os nossos companheiros aqui de bancada, Itamar Borges, Ramalho da Construção e o Welson Gasparini.

E na pessoa dos grão-mestres eu quero saudar todos os maçons de São Paulo e do Brasil.

Meus irmãos, é evidente que eu vou repetir alguma coisa que eu ouvi aqui hoje, com satisfação, mas é para reforçar, tão somente. Principalmente a vocês que estão colocando nome, apreciação na próxima eleição. Meus irmãos, vocês não imaginam a alegria que eu sinto de ver o número de pessoas; Serginho, nosso irmão Serginho que tem feito um belo de um trabalho. Comecei com 29 anos a minha vida pública. Eu fui vereador, presidente da Câmara, prefeito, vice-prefeito, prefeito da minha cidade, e estou no sexto mandato aqui. É a vigésima primeira solenidade que eu presido.

Eu confesso, Grão-Mestres, que hoje me revisto de uma satisfação de estar como um número até representativo aqui, não só de irmãos, mas de candidatos às próximas eleições. E através desses seus pensamentos, eu tenho certeza, estão enviando os bons fluídos para todos os maçons do universo nessa reunião de hoje.

Também quero ressaltar o privilégio de presidir essa sessão, como já disse, pela vigésima primeira vez, e a minha referência aos maçons como irmãos e como agentes da construção de uma sociedade mais justa e mais perfeita, vendo o aprendizado da minha doutrina maçônica adquirida no decorrer dos meus 50 anos. Para quem não sabe, eu fui iniciado em 1969. Nunca deixei de frequentar e ocupei por duas vezes o malhete da minha loja, que é a loja Fraternidade e Justiça 110, de Rio Claro, que o nosso Grão-Mestre bem conhece. Por duas vezes. E o Salim Zugaib é que foi o que fez, na época era o Grão-Mestre e que fez, Salim Zugaib também está presente, quero fazer uma saudação especial a ele.

Privilégio maior foi ter os meus dois filhos nessa minha vida maçônica, os meus dois filhos terem sidos iniciados e convidados por irmãos. Não é do meu Oriente. O Dermeval, que agora também é candidato lá em Rio Claro como vereador, deixou o malhete da loja dele recentemente, a Loja Centenário União Paulista, número 34, aqui da São Joaquim. E também tenho um outro filho, mais velho, que é o Guga, que pertence à Amizade Fraternal lá de Rio Claro, número 275, que não são as minhas lojas. Imaginem como é que eu estou lambendo a cria, é uma satisfação muito grande.

Meus irmãos, normalmente quando é uma cerimônia desse porte, a qual reunimos tão seleto grupo de maçons, normalmente o orador procura falar da história da Maçonaria ou dos feitos dos maçons no decorrer da história da humanidade e do Brasil, principalmente. Entretanto, com a permissão dos senhores e das senhoras, eu gostaria de discorrer sobre um outro tema, o qual seja o momento atual do nosso País e principalmente da política. Os que me antecederam já tocaram fundo naquilo que também procurarei reforçar o mais rápido possível.

Todos sabemos que o nosso País enfrenta sérios problemas de ordem econômica e social e a estrutura administrativa e política não funciona adequadamente, fazendo com que o Brasil, dos 138 países filiados à ONU, seja o décimo no volume de PIB e o sexagésimo oitavo em qualidade de vida. É um fato alarmante. Enfrentamos uma crise que a maioria vê como meramente econômica e social, com um desemprego atingindo 12 milhões de trabalhadores, como já foi dito aqui, uma dívida interna de mais de um bilhão de reais e com um contingente de pessoas abaixo da linha da pobreza de mais de 30 milhões de indivíduos, além de muitos outros índices nada alentadores como a violência que cresce dia a dia. Como um País com tais potencialidades chegou a uma situação tão caótica como essa? Essa é a pergunta.

A imprensa e a maioria da população, mesmo sem fazer uma análise mais apurada, responsabilizam, como foi dito aqui, os políticos pela situação vigente, rotulando-os de incompetentes, mal-intencionados e corruptos, principalmente com os resultados das operações de investigações feitas pelas nossas Polícias Civis e pelo Ministério Público. Em especial a Operação Lava Jato e seus desdobramentos trouxeram à luz o esquema de corrupção de tal tamanho, mostrando a participação de próceres do poder de nosso País, o que causou espanto em toda a sociedade. Ninguém esperava que pessoas tão proeminentes pudessem ser acusadas de cometerem crimes de corrupção, e muito menos que pudessem ser condenados pela Justiça. Senhoras e senhores, isto ocorreu, hoje estamos vendo grandes empresários, políticos influentes, ministros, ex-ministros, presidente e ex-presidente e tantas outras notoriedades sendo investigadas processualmente, com grandes possibilidades até de serem condenadas. O que está acontecendo? Fica a pergunta.

Ora, ano a ano nesse plenário, falo já pela vigésima primeira vez, nós vimos discorrendo sobre os problemas que afligem o nosso povo, as causas desses problemas. Sendo que uma das principais, senão a principal, sem dúvida nenhuma, é a corrupção. E com o resultado de todas essas ações apontadas pela imprensa, estamos vendo o tamanho dos desvios de recursos públicos que deveriam ser aplicados em favor da população, que foram canalizados para o bolso de autoridades e empresários corruptos. Esses desvios, com certeza, impediram que muitas pessoas deixassem de ser atendidas nos postos de unidades de saúde do SUS. Que muitas crianças deixassem de ter uma vaga na creche dando oportunidade para que seus pais pudessem trabalhar, que a polícia fosse melhor equipada para combater a criminalidade. Enfim, os desmandos foram tamanhos que, entre outras coisas, quase quebraram a maior empresa do nosso país, que é a Petrobras, mas graças ao Grande Arquiteto do Universo, fez-se a luz. E o que corria na escuridão, nos bastidores da política foi desvendado e os atores que participaram desta pantomima estão sendo desmascarados e levados à Justiça, e com isso estamos vendo que não são somente os políticos que participam ou que comandam esses esquemas de corrupção ou de assalto aos cofres públicos.

Como político que sou, não posso deixar de reconhecer que existem pessoas, neste ambiente - porque eu vivo aqui, no parlamento -, com qualidades questionáveis, mas também existem muitos outros que trabalham para reverter essa situação dramática que nós nos encontramos. Dizem que políticos são demagogos e hipócritas e que só olham para seus interesses, em detrimento das necessidades da população características essas que atribuo aos maus políticos. Mas se existem maus políticos no País, que não é privilégio só do Brasil, de quem é essa responsabilidade?

Para respondermos a isso teremos que analisar os aspectos estruturais e conjunturais, traçando um paralelo do passado com o presente. Nosso sistema político é caracterizado pelo populismo, pelo paternalismo e pelo clientelismo. Isso significa que o nosso povo ainda admite aquele tipo populista que faz discurso inflamado prometendo tudo e que sai abraçando todo mundo com uma criancinha no colo. Também tem o paternalista, que diz que uma vez no governo vai resolver tudo, todos os problemas da comunidade. E ainda o clientelista, aquele que troca o apoio, o voto, por favores pessoais.

A vigência dessa estrutura, meus irmãos, se deve ao perfil da nossa população, que é constituída, em sua maioria, de cidadãos de baixo poder de discernimento. Se o perfil de nossa população é esse, concluímos que a responsabilidade da atual situação política recai sobre aqueles que influenciam e conduzem o povo, ou seja, a elite, o conceito de elite.

Em uma situação em que a maioria da população é colocada no rol dos analfabetos funcionais, aqueles que leem e não sabem o que estão lendo, não sabem interpretar, é de agrupamento social, com capacidade para receber informações, processá-las adequadamente e não apenas como agrupamento social mais abastado. Nesse sentido nós maçons somos parte da elite brasileira, uma vez que para sermos admitidos na ordem, devemos apresentar requisitos mínimos dentre os quais a capacidade de raciocínio de aprendizado, de entendimento, o que aumenta a nossa responsabilidade nesse processo do desenvolvimento social.

Assim, vejo que cada dia os maçons externam com mais veemência a sua preocupação no que tange ao rumo que toma nossa Nação. Vemos hoje inequívoca tendência de degradação moral e espiritual de nossa sociedade. A Maçonaria é formada por cidadãos livres e de bons costumes, que ensina que o objetivo maior de seus membros é o trabalho incansável para construir um mundo onde a humanidade pode viver de plena felicidade.

Não poderia ficar indiferente aos bárbaros acontecimentos que ocorrem nesses dias. A violência gratuita, os desmandos no setor público, a corrupção e tantos outros indicativos de graves desvios morais e sociais necessitam de respostas imediatas para que a população tenha certeza que as instituições estão aí para defender os direitos, não daqueles que de alguma forma agridem a sociedade, mas sim a reação da Maçonaria é necessária pela natureza de sua doutrina e seria bem-vinda pela necessidade da população.

Mas falar da filosofia maçônica, das qualidades de sua doutrina, dos vultos e fatos históricos ligados à Maçonaria, se nós fizermos uma pesquisa nos Anais deste parlamento, veremos que em anos anteriores já foram feitos diversos pronunciamentos sobre esse tipo de temas elaborados com muita erudição e conteúdo. Porém tudo o que foi dito ficou apenas no discurso e é o que nós não podemos, nós precisamos evitar isso.

Hoje eu vejo que a hora não é para enaltecer os feitos pretéritos da nossa ordem ou de nossos irmãos, muito pelo contrário, é hora de uma profunda reflexão sobre a nossa missão como construtores sociais e principalmente sobre nossas ações para cumprimentos desta missão, que entre outras coisas é o combate à corrupção. A corrupção faz com que recursos que já são escassos sejam mal gastos, quando não desviados para o benefício de poucos em detrimento de milhões de pessoas.

Diz Stuart Gilman chefe do programa global da ONU contra a corrupção: “A corrupção não é um crime sem vítimas, na verdade as vítimas podem ser contadas por milhões”. Porém, pior que as perdas pecuniárias de materiais, a corrupção descontrolada, segundo o professor Gilman, destrói um dos valores fundamentais de uma democracia, qual seja a falta de confiança da população no governo e nas instituições. Sem contar com a confiança da população, as instituições não conseguem cumprir sua missão, abrindo caminho para a destruição da própria democracia. Todos os males sociais, tal como a violência, tráfico de drogas, degradação da educação e outros mais, podem ser ligados à corrupção, que sem controle leva à falência essas mesmas instituições.

Eu pergunto: O que os maçons podem fazer em complemento a todos esses discursos e documentos já feitos contra a corrupção até o momento? O que nós podemos fazer? Essa indagação é fácil de responder, basta ter vontade e colocar mãos à obra com a trolha em uma mão para construir um novo cenário e a espada na outra para lutar contra os males que nos afligem, entretanto difícil de se fazer. Por quê? Depende única e exclusivamente da vontade nossa de partir para essa ação.

Dentre tantas alternativas que poderíamos empreender, nós, maçons, como estamos congregados em lojas, em todos os municípios do nosso estado, deveríamos tomar posições e agir conforme grupos de pressão, influenciando as decisões dos políticos e autoridades, se manifestando contrariamente aos desvios de conduta dos mesmos. Isso porque reconhecidamente a Maçonaria tem os seus quadros compostos por formadores de opinião. Corroboro essa ideia e mais, acredito que em um contingente tão grande como o nosso, temos pessoas que detém qualidades intelectuais morais para atuarem diretamente no cenário político e essas pessoas devem ser incentivadas como esses que estão aqui hoje, a participar da política e contar com o apoio de todos nós.

Um segmento da sociedade que conta com tantos líderes não pode ficar à margem das decisões. Provavelmente em todos os clubes de serviço, como o Rotary Club, existem dirigentes maçons. Grande parte das instituições de benemerência é comandada por maçons. Dessa maneira tendo a vocação para obras sociais, os maçons têm que usar alavanca da política e trabalhar para efetivamente mudar o mundo.

É óbvio que existem outras alternativas para se combater a corrupção e atuar na melhor das condições do nosso povo, mas para tudo isso é necessário começar. É isso que nós estamos fazendo aqui. Ano a ano comparecemos aqui, nesse plenário, ouvindo os belos discursos. Muitos deles falando de glória conseguida pelos nossos predecessores, que mudaram a história do Brasil e do mundo.

Para finalizar, depois vamos embora e nós, enfim, esquecemos-nos de tudo aquilo que foi dito aqui. Em nosso dia a dia nas lojas estudamos a rica elevada doutrina maçônica, mas pelo que vemos, ficamos apenas no estudo e esquecemos que todo o conhecimento que nos é dado deveria servir para transformar o mundo em algo melhor para a humanidade. Todavia, apesar de tanto que estudamos, esquecemos também que estamos inseridos neste mundo. E assim, todos os vícios de corrupção que destroem e nos atingem diretamente. Se este mundo ruir ele cairá sobre nossas cabeças e nem o abrigo de nossos templos poderá nos proteger. Por esta razão, como temos aqui presente os dignitários das três maiores potências maçônicas paulistas, peço a eles que façam valer a sua liderança, organizando a Maçonaria na efetiva luta contra esse mal que corrói o substrato moral da nossa sociedade e rouba os recursos necessários ao desenvolvimento do nosso querido Brasil.

No dia 21 de agosto de 1822, o nosso irmão Joaquim Gonçalves Ledo, dentro de um templo maçônico proclamou a independência política do Brasil. Hoje, em presença de tantos irmãos e lideranças maçônicas eu digo, é hora de sermos verdadeiros maçons e proclamarmos mais uma vez a independência do Brasil. Não a política, mas a moral, erradicando a corrupção, tantos outros vícios que afligem o nosso país. Não basta sonhar, há que edificar, não basta estudar, há que se praticar. Não basta ser bom, há que ser maçom. Muito obrigado.

Eu vou finalizar, mas que gostaria de comunicar os irmãos que haverá uma sessão na Câmara Municipal de São Paulo em uma quarta-feira, como está aqui. Então eu vou, como diz o protocolo, é quarta-feira, dia 17, às 19h30min na Câmara Municipal.

Esgotado o objeto da presente sessão a Presidência agradece às autoridades, à minha equipe, aos funcionários dos serviços do Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Legislativa, das Assessorias Policiais Civil e Militar, bem como todos que com as suas presenças colaboraram para o êxito dessa solenidade. Está encerrada a sessão.

 

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 52 minutos.

 

 

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