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30 DE SETEMBRO DE 2016

064ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO DIA DOS MOTOCLUBES

 

Presidente: CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia a composição da Mesa. Nomeia as demais autoridades presentes. Informa que convocara a presente sessão solene, a requerimento do deputado Coronel Telhada, na direção dos trabalhos, com a finalidade de "Homenagear os Motoclubes do Estado de São Paulo". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Discorre sobre o problema de roubo de motocicletas. Convoca os representantes de motoclubes a comparecerem em reunião com autoridades policiais na Frente Parlamentar em Defesa do Motociclista, nesta Casa. Comenta caso de motociclista morto por ser confundido com policial.

 

2 - CRISTIAN QUERIM

Do Moto Clube Bodes do Asfalto - Facção Zona Leste de São Paulo, lista nomes de integrantes de motoclubes falecidos em assaltos a motocicletas. Discorre sobre a alta incidência de latrocínios que afetam a categoria. Lê manifesto pela segurança de motociclistas de São Paulo.

 

3 - DOM ATHANASIOS I

Arcebispo primaz do Brasil e América Latina e presidente do Sínodo Grego Ortodoxo da Diáspora, menciona que seu irmão, já falecido, criara um clube de motoqueiros em Atenas. Afirma que a vida é um privilégio e, por isso, deve-se zelar por ela. Faz oração e pede proteção a Deus para todos os presentes.

 

4 - PAULO CESAR LODI (PICKA PAU)

Presidente da Federação dos Motoclubes do Estado de São Paulo, menciona que a reunião da Frente Parlamentar em Defesa do Motociclista, a ser realizada nesta Casa, pode ser um momento de oportunidades para a categoria. Destaca a importância da força e união entre os integrantes de motoclubes. Manifesta preocupação com casos de roubo a motociclistas.

 

5 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Anuncia a apresentação de vídeo referente aos últimos eventos relacionados ao motociclismo realizados nesta Casa.

 

6 - DELEGADO OLIM

Deputado estadual, elogia o trabalho social desenvolvido por clubes de motociclismo. Enaltece o empenho do deputado Coronel Telhada em prol da categoria. Considera que a Polícia protege a população sem distinção de classe social. Afirma conhecer os problemas do dia a dia dos motociclistas. Garante apoio ao setor. Menciona que deve cobrar mais patrulhamento da PM em reunião na Frente Parlamentar em Defesa dos Motociclistas.

 

7 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Menciona que utiliza motocicleta desde os 19 anos, inclusive em sua carreira policial. Avalia que a Frente Parlamentar em Defesa dos Motociclistas deve criar um espaço de debates sobre a segurança da categoria. Destaca a importância da presença de representantes dos motoclubes durante a reunião dia 10/10, às 10h. Tece comentários sobre o seu papel parlamentar de representar os motociclistas frente a autoridades da área de Segurança Pública. Frisa que existem mais de quatro milhões de motos em São Paulo. Discorre sobre os problemas enfrentados no dia a dia dos motociclistas. Afirma que os motoclubes são organizados e unidos para se representar.

 

8 - CARLOS PAES DE ALMEIDA

Presidente da Associação Paulista de Motociclismo, desaprova o preconceito contra políticos de forma generalizada. Tece considerações acerca dos resultados possíveis com a união dos motoclubes. Cita números de mortes em acidentes de moto por conta de problemas de sinalização e falta de educação no trânsito.

 

9 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Homenageia os motoclubes presentes com entrega de certificado a seus representantes.

 

10 - MAURO

Diz sentir-se bem representado pelos deputados Delegado Olim e Coronel Telhada, a quem agradece pela homenagem.

 

11 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Eu queria fazer uma coisa aqui, não sei se vai dar certo. Quantos motoclubes nós temos? 25.

 Estou vendo que tem alguns colegas em pé, queria chamá-los para que viessem à frente e ao meu lado direito os presidentes ou os representantes de cada motoclube. O que vocês acham? Legal? Então, aqui eu tenho 16 lugares. Venha um representante de cada motoclube. 27? E completando a frente também nós completamos a Mesa, temos cadeiras, de modo que nós teremos lugares para todo mundo. Ok? Acho que fica melhor, não é?

Bom, acho que conseguimos acomodar todo mundo agora. Enquanto os colegas se acomodam, vamos providenciar mais algumas cadeiras. Obrigado. Nós estamos na informalidade ainda. Depois, eu queria a lista dos motoclubes para anunciar todos eles, por favor. Vamos começar, Dr. Olim, posso começar? Nós arrumamos. Aperta aqui, aperta lá e cabe todo mundo. Podemos começar, TV Assembleia?

Só para vocês ficarem cientes, o evento todo é filmado pela TV Assembleia e acho que vai constar aqui quando vai passar. Está aqui o Dom Athanasius I. Está ao vivo, não é? Vai ao vivo hoje? Ao vivo. Domingo não é ao vivo, é gravado. Ao vivo é hoje, na internet.

Pessoal, vamos começar? Tudo bem? Todos prontos?

Boa noite a todos. Vamos iniciar a sessão solene com a finalidade de homenagear os motoclubes do estado de São Paulo.

Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 À Mesa, nós temos as seguintes autoridades: presidindo a sessão, Coronel Telhada; ao meu lado direito, deputado Delegado Olim; ao lado do Delegado Olim, temos o Dom Athanasius I, arcebispo primaz do Brasil e América Latina e presidente do Sínodo Grego Ortodoxo da Diáspora. Temos, representando os motoclubes: o presidente da Federação dos Motoclubes do Estado de São Paulo... Falo o apelido ou o nome? O nome primeiro. Paulo César Lodi, conhecido como Picka Pau.

Também quero agradecer os amigos, vereador Salomão Pereira, que não compõe a Mesa - muito obrigado, vereador - porque se encontra em campanha; o amigo Dr. Carlos Roberto Campos, onde está o Dr. Campos? Também delegado do Meio Ambiente de Guarulhos; do meu amigo Ronaldo Ligieri, que também não pode estar à Mesa representando os motoclubes presentes nesse evento porque está em campanha.

Quero agradecer também a presença da Banda da Polícia Militar.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, minhas senhoras, meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, o deputado Fernando Capez, atendendo à solicitação deste deputado com a finalidade de homenagear os motoclubes do estado de São Paulo. Convido todos os presentes, para em posição de respeito, cantarmos - aliás, precisamos mudar esse cerimonial: não é ouvirmos, é cantarmos. Há uma diferença entre ouvir e cantar o Hino Nacional, o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo sob regência do Subtenente PM Brizola.

 

* * *

 

- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web, na internet, e será transmitida pela TV Assembleia no próximo domingo, dia 2 de outubro de 2016, às 23 horas, pela NET canal 7, pela Vivo canal 9 e pela TV Digital Aberta Canal 61.2.

Nós temos um protocolo das autoridades e pessoas presentes que farão uso da palavra, mas eu gostaria de relatar algumas coisas que estão acontecendo. Depois nós vamos passar um vídeo, no qual passaremos algumas das atividades que fizemos relacionadas aos motoclubes e motociclistas, mas nós tivemos alguns problemas muito sérios... Alguns presidentes de clubes vieram falar comigo sobre um manifesto que o pessoal quer ler sobre os problemas que têm acontecido. Eu acho que é de ciência de todos que estamos tendo problemas sérios, não só com motos de motoclubes, mas sempre foi um problema muito sério em São Paulo o roubo e o furto de motocicletas.

Automaticamente, às vezes, acabam acontecendo homicídios, crimes de morte contra motociclistas e familiares. É uma realidade que infelizmente enfrentamos há muito tempo e quando eu comandava a Rota eu era muito incisivo - não só por ter sido oficial de patrulhamento - e no patrulhamento muitas motocicletas são abordadas, uma motocicleta nunca passava batida por mim e creio que com o Olim era a mesma coisa, quando ele estava no Garra.

Mas nós notamos que ultimamente esse tipo de operação caiu e em todos os eventos em que encontro o pessoal da PM, eu tenho cobrado esse tipo de atitude dos coronéis, não só do Choque, do CPTran, que é o policiamento de trânsito da rodoviária, também. O Olim e eu tivemos uma reunião com o pessoal do Bodes não é, Olim? Que veio conversar conosco.

Então, só como ciência: essa sessão solene hoje é para homenagear os motoclubes, mas nós estamos chamando uma reunião da Frente Parlamentar de Proteção ao Motociclista - da qual eu sou presidente e o Olim é o vice-presidente e conselheiro - no dia 10 de outubro às 10 horas da manhã. Estamos convocando autoridades policiais.

Só para vocês terem uma ideia, estamos chamando o comandante do policiamento da capital e o comandante do trânsito da rodoviária; estamos solicitando o pessoal da Polícia Rodoviária Federal, da Divecar... De onde mais, Apolo? Do Detran, do CT, enfim, todo mundo relacionado às motos. Então, eu queria convidar vocês; no mínimo, um de cada motoclube tem que estar nessa reunião, porque será o dia em que falaremos diretamente com as autoridades responsáveis sobre segurança ao motociclista.

Nós estamos convocando também algumas associações e empresas, todo mundo relacionado ao motoclube, à motocicleta, porque é um problema que tem que ser observado com muita atenção. Nós tivemos no dia 7 de setembro a morte daquele cidadão que estava se preparando para uma viagem para o Chile. Todo mundo aqui já programou uma viagem, está louco para ir, vibrando, e de repente acontece aquela desgraça. O pior é que ele foi morto por ser confundido com um policial. Olhem como a vida de um policial está complicada.

Então, nós precisamos reverter esse problema. A única maneira de revertermos esse problema é com policiamento forte e eficaz; é com abordagem, com fiscalização. Porque o indivíduo que vem roubar o motociclista normalmente está de moto também, com garupa - são dois indivíduos - e praticam o roubo contra um terceiro motociclista.

Então, nós vamos ter essa reunião no próximo dia 10 de outubro. É uma segunda-feira - aliás, não contem para ninguém, mas é o dia do meu aniversário - às 10 horas da manhã, e eu gostaria do máximo possível de senhores e senhoras presentes, porque será o momento de nós colocarmos o preto no branco, de falarmos o que está acontecendo, exigir providências e saber das autoridades o que eles vão apresentar de proposta.

Estamos chamando o comandante do Choque também, porque tem a Rocam, tem a Rota, enfim. Nós estamos fazendo um leque para chamar todas as autoridades responsáveis. Isso eu queria apresentar como notícia aos senhores.

Quem é que lerá o manifesto? Qual o nome do cidadão?

Quem lerá o manifesto é o Cristian Querim. Cristian, por favor, se dirija à tribuna e fique à vontade, por gentileza.

 

O SR. CRISTIAN QUERIM - Boa noite, Coronel Telhada, presidente da sessão e presidentes dos motoclubes aqui presentes. Desejo uma boa noite a todos os integrantes, a todos aqueles que compareceram nesse chamado.

O irmão que é motociclista também já tem anunciado que a Assembleia está tomando alguma atitude em criar essa Frente Parlamentar do Motociclista. Eu tenho certeza de que o fato de a plenária estar bem cheia de motociclistas hoje é para dizer que nós não temos o que comemorar nesse dia de homenagem. Trago aqui alguns nomes de irmãos nossos de motoclubes diversos que faleceram em assaltos de motocicletas. Eu quero começar lendo esta relação aqui, que é breve.

Vou falar do Motoclube Abomináveis: o apelido dele era Borrachinha. Brasil Riders: perdemos o Faluga. Dorme Sujo: perdemos o irmão Pintado. Falcões Motoclubes: perdemos o Velasco. Famintos por Estrada: perdemos o Ivanildo. Motoclube Gato Sujo de Itaquaquecetuba: perdemos o Emerson. Highlanders em Caieiras: perdemos o Dito. Motoclube Lobos Guará: perdemos o Daniel. Via Brasil: perdemos a Verinha. E, ainda, dois motociclistas que não eram de clubes: Fernando Martinelli e José Albino Cardoso Ribeiro.

É uma relação bastante breve se formos comparar com grandes acontecimentos que vimos passando aí nos últimos meses, vamos dizer assim, ou no último período. Só no nosso Motoclube Bodes do Asfalto, nós tivemos, pelo menos nos últimos 15 dias, uma meia dúzia de ocorrências de assaltos. Graças a Deus não tivemos a perda de nenhum irmão, mas com certeza o trauma ficou para aqueles que tiveram suas motos roubadas e passaram por violência nessas situações.

Nós fizemos um manifesto e eu vou pedir para todos os que estiverem presentes que assinem; nós entregaremos ao Coronel Telhada, para ele apresentar nessa reunião do dia 10. Aqui eu passo a ler alguns tópicos do manifesto. Eu não citei nenhuma instituição específica do motociclismo porque creio que esteja falando em nome de todos os motoclubes do estado de São Paulo.

Manifesto pela segurança do motociclismo em São Paulo.

Os motoclubes e motogrupos são associações constituídas e organizadas por motociclistas e pessoas que apreciam o motociclismo, são entusiastas como nós, que se deslocam para o trabalho, para a escola ou para o lazer fazendo uso de motocicleta. Somos cidadãos comuns; circulamos nas ruas esperando sair de casa e tornarmos ilesos, sem qualquer tipo de perda, agressão ou roubo seguido por morte. Não estamos aqui para comemorar, mas sim para manifestar a nossa insatisfação com a segurança pública no estado de São Paulo, principalmente na Grande São Paulo. Dentre outras atribuições, os deputados devem atender aos eleitores encaminhando seus pedidos aos órgãos governamentais ou apresentando em plenárias os assuntos de interesse do segmento social da região que os elegeram. Houve a opinião de diversos grupos organizados que reivindicam a colocação de temas específicos na pauta, como este dos motoclubes e motogrupos de São Paulo, sobre a ineficiência do poder público, especificamente quanto à nossa segurança.

Nós motociclistas e a sociedade de modo geral, estamos cansados de nos defrontarmos com a violência e vivermos assombrados pela impunidade. Nós andamos desarmados, deputado. O meliante armado rouba e mata. A polícia prende, a Justiça bota na rua. É a certeza da impunidade. Aí o meliante armado volta a roubar e a matar, a polícia volta a prender e a Justiça a soltar. O ciclo não muda, exceto para o cidadão de bem, que morre em algumas dessas histórias.

Os roubos seguidos de mortes são cada vez mais estimulados pela ineficiência dos nossos órgãos de segurança pública e a complacência das nossas leis. A quem devemos, enfim, cobrar toda a violência e a impunidade em que vivemos, se não de vocês parlamentares, que sempre prometem em campanha e, quando eleitos, acabam por não nos representar?

Toda pessoa tem direito à verdade. Nenhum estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão e da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana, quanto mais a de uma Nação, conforme o Decreto 1.171, de 1994.

Concluindo essa mobilização, na verdade, expressamos um anseio de paz, com justiça e mais segurança para nós e nossas famílias. Estamos aqui para demonstrar que medidas necessitam ser tomadas para mudar esse quadro de indiferença com a violência urbana. Desejamos a firme e efetiva aplicação das regras punitivas já existentes pelos órgãos competentes. Queremos dotar a sociedade dos mecanismos dos quais ela necessita para prevenir a barbárie e a violência através da firme aplicação das penas por crimes de furtos, roubos e latrocínios.

A Constituição estabelece que o Estado seja responsável pela prevenção da integridade física e patrimonial das pessoas e nós estamos aqui para exigir que os representantes do estado, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário nos representem e nos defendam. Nós pagamos salários dos servidores de São Paulo; vivemos e votamos em São Paulo. Nós exigimos mais segurança aqui em São Paulo, deputado.

É muito bacana a sessão para homenagear os motoclubes; eu tenho certeza de que todos os irmãos se sentem homenageados, mas eu creio que poucos aqui tenham o que comemorar. Nós estamos perdendo muitos amigos, muitos irmãos, infelizmente, nessas ocorrências de latrocínio. É a atenção que pedimos, deputado. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Muito obrigado.

Aí vocês veem a importância de termos essa reunião no dia 10 com as autoridades policiais e administrativas responsáveis para que possamos dar andamento a essas propostas e procurar minimizar os problemas que têm ocorrido, infelizmente, não só na área do motociclismo; mas o problema é generalizado. Nós precisamos dar um jeito de melhorar, isso não pode continuar assim.

Eu vou abrir a palavra para as autoridades. Nós estamos aqui com o Dom Athanasius, que é nosso amigo há muitos anos, e até pela proposta dos colegas que faleceram em várias situações, eu pediria para que o Dom Athanasius nos brindasse com algumas palavras e uma oração em respeito às pessoas que vieram a perder as suas vidas de maneira tão estúpida.

 

O SR. DOM ATHANASIOS I - Deputado, muito obrigado. Boa noite para todos.

Eu sou um bispo ortodoxo grego e presidente da igreja da santa hierarquia mundial, da Igreja Ortodoxa Grega da Diáspora. Na realidade, eu desci de paraquedas aqui, mas tudo bem, eu iria ficar só três meses, estava trabalhando na Argentina e passaram anos, e me escolheram bispo para ficar no Brasil. Então, eu sou brasileiro de coração, como o Coronel conhece.

Na realidade, eu tenho um vínculo com vocês porque o meu irmão falecido na Grécia era também um dos que criou o Clube dos Motoqueiros de Atenas; ele era arquiteto, professor universitário. Ele, claro, faleceu por câncer, mas tinha uma paixão pela motocicleta. Para nós, gregos, (Ininteligível.) antigo, da época do Alexandre Magno, é a palavra (Ininteligível.), que vocês estão lidando.

 Eu aprendi a andar porque roubei a moto dele, mas não sabia parar. Então, antes do seminário, parei em uma montanha de areia do lado da nossa casa, que estava sendo construída. Então, eu conheço um pouco de vocês, como é a vida rolando em cima de duas rodas.

Queridos irmãos em Cristo, vocês têm que tomar muito cuidado, porque a vida é preciosa. A vida é dom de Deus, tomem cuidado. Sempre peçam para o nosso Senhor, o Pai onipotente, que deu para nós todos esses privilégios de viver nesta natureza divina, para que proteja vocês. Eu vou abençoar todos vocês, vou orar por vocês, como oro por todas estas pessoas que pedem de mim a oração para a saúde e prosperidade. E eu tenho certeza, Coronel, que se o nosso senhor Jesus Cristo chegasse nessa época do século XXI, não andaria de jumento, mas de moto, com certeza, para ser mais rápido.

Podemos nos levantar, para homenagearmos, lembrarmos e orarmos pelas almas dos nossos queridos que perderam a vida. A nossa igreja sempre faz orações para todos aqueles que partiram do mundo. Eu acredito, que a partir de hoje, ninguém mais terá essa experiência cruel, Deus nos protege, basta pedir
a ele em oração. Antes de subir na moto, faça a oração - cada um na sua religião, cada um no seu credo - para que o nosso Deus nos proteja. Estamos nas mãos Dele.

Pai Nosso que estais no céu, todos juntos. Santificado seja o vosso nome. Venha a nós o vosso reino. Seja feita a vossa vontade, assim na terra como nos céus. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos aqueles que nos têm ofendido. E não nos deixei cair em tentação, mas livrai-nos do mal, porque teu é o reino, o poder e a adoração. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, agora e sempre, pelos séculos dos séculos.

Que Deus abençoe, que Deus proteja. Claro, cabe às autoridades proteger todos os cidadãos, mas nós também temos que fazer o nosso dever. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado, Dom Athanasios, pelas palavras.

Antes de passar a palavra para o Picka Pau, nós recebemos alguns agradecimentos de pessoas que foram convidadas e não puderam comparecer, mas que mandaram um abraço a todos os motoclubes. O primeiro é o Dr. Márcio Fernando Elias Rosa, secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania; o Coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, que é chefe secretário da Casa Militar do Estado de São Paulo; o deputado Rodrigo Garcia, que hoje é secretário do estado da Habitação; o inspetor de agrupamento Vanderlei Bento Barbosa, nosso amigo, subcomandante da Guarda Civil Metropolitana aqui de São Paulo; nosso amigo Dr. Marco Antonio Zago, que é reitor da Universidade de São Paulo; o secretário do estado de Saúde aqui de São Paulo, Dr. David Uip; a dona Lu Alckmin, esposa do nosso governador; o nosso amigo de muita longa data, deputado federal Guilherme Mussi; o nosso amigo aqui dessa Casa, deputado Estevam Galvão de Oliveira; também deputado nessa Casa, o nosso amigo deputado João Caramez; o nosso amigo Fábio de Salles Meirelles, presidente da Faesp, aqui de São Paulo; o prefeito Fernando Haddad também manda um abraço a todos; o secretário do Planejamento e de Gestão estadual Marcos Antonio Monteiro; e também o nosso amigo deputado federal e hoje secretário do Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro.

Eu vou passar as palavras para as ponderações neste momento ao Sr. Presidente da Federação dos Motoclubes do Estado de São Paulo, Picka Pau.

 

O SR. PAULO CÉSAR LODI ( PICKA PAU) - Boa noite, gente. Boa noite, senhores da Mesa. Muito obrigado pelo convite para nós estarmos aqui hoje.

Senhoras e senhores, eu vou dizer de forma bem curta e grossa o seguinte: eu sei que hoje existem várias pessoas aqui que estão incrédulas com relação a tudo isso que está acontecendo no nosso País, na nossa política, etcetera e tal. Mas eu gostaria de dizer aos senhores o seguinte: esse projeto do Dia do Motoclube nasceu no ano passado, talvez numa situação um pouquinho melhor do que essa em que nos encontramos hoje, com certeza. Quando pensamos nisso, eu fui convidado para participar desse projeto também lá atrás pelo Coronel Telhada. Logo no começo do ano passado falamos sobre isso e, enquanto estávamos amadurecendo a ideia, surgiu a data de hoje.

Eu sei que nós não temos muitos motivos para comemorar, mas eu gostaria de alertar as senhoras e os senhores para aquele dito popular que todo mundo conhece: "Uma andorinha só, não faz verão." É a coisa mais certa do mundo. Nós nunca tivemos uma parceria tão próxima de conseguir as coisas, como nós temos neste momento, aqui com a criação do Parlamoto, essa reunião do dia 10. É muito importante estarmos aqui, comparecermos. Então, eu acredito. Eu estou colocando a minha pessoa na frente desse projeto junto à Federação, junto com todos os motoclubes filiados que estão aqui e outras associações que existem. Nós estamos fazendo parceria porque a reza é feita em várias línguas, mas a busca é uma só. A fé é falada em várias línguas, mas a busca dela é uma só.

Então, aproveitando o meu amigo Juan, que está aqui do meu ladinho, que carrega nas costas um brasão muito legal que tem duas palavras muito importantes na nossa vida: "Força da união". Eu gostaria que agora nós tivéssemos força para nos unirmos. Para mostrar essa união no dia 10, por exemplo. Falaremos com várias pessoas importantes do segmento da segurança nacional, não é nem de São Paulo; em São Paulo, a coisa está feia, mas está feia no Brasil inteiro. Eu acho que é a hora de deixarmos um pouquinho de lado essa coisa do motociclismo ser apartidário. O nosso meio nasceu assim, todo mundo sabe dessa história, todo mundo já ouviu. Quem não participou lá do começo pelo menos já ouviu isso alguma vez na vida. Mas nós, de repente, sozinhos podemos conseguir alguma coisa, mas aliados podemos conseguir muito mais.

Então, estou vindo aqui hoje com muita graça e honra comemorar, sim, o nosso Dia do Motoclube, porém, é óbvio que com tristeza, porque o Cristian leu aí uma relação praticamente impossível até de guardarmos tantos nomes assim e outros tantos que já conhecemos, que já vem acontecendo essa coisa toda aí do roubo, latrocínio, enfim.

É uma coisa preocupante, não podemos mais escolher qual motocicleta que queremos para comprar; nós temos que pesquisar no mercado qual é a menos roubada, qual é a menos visada, para poder comprar um produto que às vezes você trabalha anos e anos almejando chegar lá e aí tem que andar com uma moto velhinha porque o ladrão não vai roubar. Então, realmente está periquitante a situação, mas nós temos aqui nesta Casa uma força tremenda ao nosso lado, que eu acho - penso eu - que deveríamos aproveitar. Não sei se os senhores e senhoras também compactuam, mas esse é o meu pensamento, esse é o pensamento da nossa Federação e outras associações que estarão presentes no dia 10 de outubro, se Deus quiser, dia do aniversário do Coronel Telhada. Mas é muito importante também a nossa reunião para fazermos a união da força.

Muito obrigado, senhores e senhoras. Muito obrigado pela atenção.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Antes de eu passar a palavra para o Delegado Olim, nós temos um vídeo que nós fizemos de algumas atividades relacionadas ao motociclismo durante o nosso mandato. Pusemos uma música de fundo, dos anos 1980; quem curte os anos 1980 talvez se lembre dessa música. Está no ponto? Então pode soltar, por favor.

 

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado. Obrigado à nossa assistência.

Nesse momento, eu passo a palavra ao nosso amigo, amigo há mais de 20 anos. Trabalhamos juntos, eu na Polícia Militar e ele na Polícia Civil, mas várias vezes nos deparamos em situações e ocorrências. Apresentei ocorrências várias vezes ao Dr. Olim, não só no Tático Móvel, na Rota também, nos DPs da vida, no Garra; agora temos a felicidade de estarmos como colegas deputados trabalhando nesta Casa, onde nós temos desenvolvido várias atividades juntos. Então, nesse momento, solicito a palavra do nosso amigo deputado Delegado Olim.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Primeiramente, boa noite a todos. Adorei ver este plenário diferente. Estou acostumado a ver os deputados aqui sentados, de terno, com solenidades. Essa é uma solenidade maravilhosa e linda de se ver: todos aqui curtem a sua motocicleta. Sei o que vocês fazem pelo povo de São Paulo. Quando vocês saem, vocês arrecadam alimentos. Aliás, hoje é o Dia do Motoclube e parabenizo vocês todos, porque vocês ajudam os paulistas e paulistanos. Os senhores merecem uma salva de palmas. (Palmas.)

Gostaria aqui de cumprimentar o presidente, Coronel Telhada, que está fazendo essa sessão e que briga por vocês, porque nesta Casa nunca vocês tiveram o que estão tendo hoje aqui. Desde que ele veio para cá, é uma Casa que pertence a todos nós, a vocês, ao povo; nós, que fomos eleitos por vocês. E hoje vocês podem vir aqui exigir e cobrar. Então, eu quero aqui parabenizar o Coronel Telhada com a sua vinda para cá. Com certeza, o povo de São Paulo e a segurança... Vocês, motociclistas, desde os mais humildes aos que têm as motos mais possantes, eu sei o quanto correm riscos. Eu não quero ser repetitivo, mas antes de cumprimentar a todos - quero entrar nesse assunto depois - quero cumprimentar aqui também o Dom Athanasios - é que a minha vista está ruim, muito obrigado pela sua bênção. Veio aqui, como disse, caiu de paraquedas. Hoje o senhor ficará aqui, o senhor já é querido por todos; essa bênção valeu por tudo hoje, só de vir aqui.

Quero cumprimentar o Picka Pau, que é Paulo César, pelas palavras que ele falou. Sempre tem jeito. E nós estamos aqui para brigar por vocês. Parabéns pelas suas palavras. Acho que nós temos que irmos unidos; vocês tenham certeza de que têm os caras da segurança aqui desta Assembleia, que mais brigam aqui dentro e respeitam e as pessoas respeitam aqui. Aqui não se conta história para nós. Quem comandou uma Rota com os homens...Quantos policiais você tinha lá? 1000? 800? 600? Quantos?

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - 750.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Setecentos com mais de 200 viaturas, com certeza. Não dá para ouvir história.

Eu comandei alguns departamentos grandes da Polícia Civil de São Paulo. Nós vamos para ajudar, e ajudamos a todos aqui, desde o mais humilde ao mais rico. Talvez na Divisão de Sequestro, tem caso de milionários e tem caso de pessoas que não tinham o que comer.

Quero cumprimentar também em nome do Picka Pau todos os presentes, muito obrigado pela presença, a todos que fazem parte de motoclubes e o meu amigo delegado Roberto Campos.

 Quando entrei no concurso para delegado de polícia, ele já trabalhava na Academia Polícia e vim a conhecê-lo, um grande amigo, um grande parceiro. Acho que ele advoga por alguns dos motoclubes, é isso? É coordenador de Bragança, desculpem-me. Para advogar, você não pode ser delegado de polícia que trabalha no meio ambiente. Mas ele é coordenador, é um homem do bem, um cara muito correto, uma pessoa pela qual tenho um respeito e carinho muito grande.

Então, rapidamente, Srs. Policiais Militares, Srs. Funcionários, TV Alesp, eu ouvi um colega de vocês falando e até concordo com ele por estar até meio revoltado, meio bravo, mas nós abrimos o meu gabinete aqui a semana passada e alguns dos senhores vieram aqui. Imediatamente, começaram a conversa comigo sobre o que está acontecendo com vocês. Vários delegados colegas meus morreram com motos na rua. Eu já fui em ocorrência, na Marginal, e uns dois ou três para roubos de moto, chegaram atirando e mataram. Então, eu sei o que os senhores passam. Eu não sou motociclista, mas eu sei o dia a dia, como delegado de polícia e policial. Imediatamente, eu não podia fazer nada sem chamar o Coronel Telhada, que além de ser da Frente Parlamentar, veio na hora ao meu gabinete. Abrimos as portas, já combinamos o dia 10. Nós não estamos fechando as portas; não é só no dia de eleição que nós queremos votos, é o contrário. Todos que nos procuram aqui têm atendimento. Tem o Telhada ligado a segurança, o que for. Eu saio daqui, vou lá e cobro.

Então, os senhores estão com a razão. Os senhores estão pegando alguns para trabalho, outros vão passear no final de semana com a família, pegam as estradas e aí correm o risco de se ver, já desconfiando de alguém do seu lado, ou começam a acelerar muito e acabam caindo e se matando ou já chegam tomando tiro para tomarem suas motos. Os senhores estão com toda a razão. Tem policiais aqui, amigos meus, que trabalharam comigo e estão no GOE; tem um monte aqui que são motociclistas. Então, eu sei qual o risco. Eles até mais, porque andam armados; se virem que eles estão armados, eles morrem. E os senhores que não estão armados, como é que ficam?

Então, os senhores têm aqui nessa Casa eu e o Telhada. Os senhores nunca tiveram o que estão tendo agora. É a realidade. Nunca ninguém abriu a porta da Assembleia para os senhores como agora. Os senhores estão cobrando, têm o direito a cobrar, e nós estamos aqui para ajudá-los. Nós vamos fazer isso dia 10. Queremos uma força de vocês, se precisar sair em carreata, nós vamos com os senhores. Vamos pôr as Polícias Militar e a Civil para investigar e pegar quem está matando os senhores. Hoje, os senhores não podem andar de moto com um relógio, com nada. Os senhores estão com a razão. Aqui, ninguém está dizendo que os senhores não estão com a razão; e muito mais. Já chegam atirando, às vezes, nem acabou de pagar a sua moto e já a perdeu. Aqueles mais simples que compram, que andam na rua batendo lata, que vivem da moto e perdem a sua moto para bandidos? Tem que estar atrás das grades; esses que chegam atirando também têm que tomar tiro. É uma pena que vocês também não possam andar armados, porque temos hipócritas aí que não querem ninguém andando armado, mas andam com seguranças. Então, eles não têm tranquilidade; não como os senhores, que correm o risco de tomarem um tiro na rua e morrerem, e perderem seu bem. Não é perder o bem, é perder a vida, que é o mais importante.

Então, dia 10, como disse o Coronel Telhada, nós traremos todas as pessoas ligadas à segurança desse estado. Todos serão convocados. E os que aqui não vierem serão convocados. Então, é uma coisa séria.

Cobraremos da Polícia Militar para que intensifiquem o patrulhamento. Vamos ver comandos que não estamos vendo mais. Não estou aqui culpando, dizendo mal de ninguém; é o trabalho que precisa ser exigido. É como disse o Coronel Telhada: na época da Rota, ele parava no mínimo umas 20 motos por dia. Na minha época do Garra - que é bem menor que a Rota, mas quando se começou a Rota, começou o Garra junto, só que a Rota cresceu muito e o Garra ficou menor - eu também abordava muita motocicleta, porque muitos dos ladrões estão sentados numa motocicleta, estão de olho em vocês. Vocês vão pegar uma estrada com a família e eles já estão de olho quando vocês saem e quando vocês voltam, para roubarem vocês na volta.

Infelizmente, é no Brasil que está acontecendo isso. A violência é grande e São Paulo precisa combater essa violência. Aqui não tem bandido famoso. Aqui o bandido não vem sapatear em cima de ninguém, não, que nós vamos para cima. Eu não estou hoje na polícia, mas sou policial, tenho sangue de policial. É a mesma coisa com o Coronel Telhada. Aqui ninguém vem contar história, se precisar sair com um carro oficial da Assembleia, nós vamos - e vamos juntos com os senhores. Então, dia 10 vamos trazer as pessoas que são responsáveis, vamos cobrá-los. Se precisar sairmos como os senhores querem sair, nós iremos juntos.

Tudo dentro da legalidade para mostrar para a população que somos ordeiros, que vocês são motociclistas do bem. Muitos não sabem o que esses motoclubes fazem pelas pessoas, mas eu sei porque eu vi, estudei antes o quanto vocês fazem o bem para as pessoas. Então, contem com essa Casa de Leis. Contem comigo, contem com o Coronel Telhada, com os deputados dessa Casa. Contem com todos, porque os senhores terão aqui o direito, que é o direito do Estado de dar segurança a todos. E tenham desses deputados que cobrarão para que os senhores possam sair com as suas motos e retornarem para as suas casas. Não podem ficar preocupados no final de semana, porque a preocupação no carro é uma coisa e numa moto é outra. Na moto, além de vocês estarem com mais riscos de as pessoas passarem o pé nos seus corpos, que estão muito próximos aos carros, na preocupação de ser assaltado, vocês se assustam, caem e se machucam. No carro, às vezes, vocês batem e não se machucam; na moto, vocês vão para o chão e acabou.

Então, contem conosco. Tenha a certeza... Como o senhor se chama mesmo? Cristian. Conte conosco, dê um voto de confiança para nós. Eu gostei do que você falou, você está no direito de subir aqui, onde só deputado sobe. Eu acho que você falou o que tinha que falar, mas tenha a certeza de que você nunca teve o que está tendo hoje aqui. Então, você vai contar conosco, nós vamos cobrar e na verdade nós queremos que vocês saiam, se divirtam e sejam o que são aqui, com essas motos maravilhosas, desde a maior, desde a mais simples, mas que cada um tenha o direito de fazer o que quer da vida e se divirta como quiser. Parabéns aos motoclubes, parabéns aos senhores, parabéns ao Coronel Telhada por trazer esse pessoal para dentro dessa Assembleia, porque aqui na Assembleia nunca houve pessoas como vocês aqui, que vêm de tudo. Mas podem ter certeza de que vocês são os mais importantes e serão sempre importantes para nós. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Muito obrigado, meu amigo deputado Delegado Olim.

Nós, em seguida, faremos uma entrega de um certificado aos motoclubes pela presença aqui. Quem não me deu adesivo, ainda tem tempo. Os que estão me devendo não vão sair sem me dar adesivo hoje. Depois, vão lá na minha sala e estará tudo lá; quem duvida, é só passar lá.

Gente, eu queria fazer uma breve colocação aqui a todos. Delegado Olim foi muito próprio nas suas palavras. Eu sou policial militar há 38 anos; entrei na Polícia Militar com 17 anos. Com 19 anos, tive minha habilitação de motociclista na Polícia Militar; sou motociclista desde os 19 anos. Tomei uma porrada de capotes de moto, já tentaram me roubar de moto, já atirei em ladrão em moto, prendi ladrão estando eu de moto e o ladrão em outra. Prendi ladrão em várias ruas e eu à paisana em cima da minha moto, porque nós somos polícia 24 horas. Então, sou motociclista desde os 19 anos. Nunca participei de motoclube até pela vida louca que levamos na polícia, que não dá tempo de fazer nada, você mal cuida da sua vida. E quando aqui fomos alçados a essa função de deputado estadual, uma das nossas preocupações é atuar em todas as áreas, nós temos vários amigos, como o delegado falou, policiais militares que são motociclistas. E alguns, a grande parte, pertencem a motoclubes. E chega até nós a necessidade de uma representação que representasse os motociclistas nos seus anseios. Conversei com o Dr. Olim e com outros deputados, e criamos o Dia do Motociclista, alguns eventos. Fizemos o Parlamoto esse ano, que foi o primeiro encontro que nós fizemos aqui de motociclistas, para trazer o pessoal para dentro dessa Casa.

O que acontece? Eu entendo que o cidadão brasileiro não saiba exigir seus direitos. Nós esperamos acontecer o problema para corrermos atrás. Acho que nós temos que mudar isso aí. Por isso é que nós temos que nos unirmos e fortalecermos nesse aspecto. Nós temos que estar à frente do problema, resolver esses problema e a nossa proposta sempre foi essa, quando criamos a Frente Parlamentar.

 Estou aqui com o decreto que inclusive foi publicado em “Diário Oficial”. Só para os senhores terem ideia, o artigo 2º do capítulo 2 fala o seguinte: “Das competências. Compete à Frente Parlamentar de Defesa do Motociclista realizar estudos, debates, seminários e demais providências no sentido de: Item 1, criar um espaço de debate para assuntos relacionados à segurança. Primeira coisa. Ao uso, condução e deslocamento com motocicletas...” E aí vem uma série de outros... Então, a nossa preocupação, sim, é a segurança. Eu acho que é muito próprio, como eu disse, essa semana o Delegado Olim e eu fomos procurados pelo pessoal dos Bodes, trouxeram o assunto e de imediato nós já nos propusemos chamando essa reunião, porque a função do parlamentar é essa: tendo ciência do problema, reunir as autoridades competentes, levar o problema e procurar solucioná-lo. É o que nós vamos fazer.

Por isso é que no dia 10 de outubro eu preciso dos senhores aqui. Eu ouvi atentamente as palavras do Cristian quando ele leu os que morreram. Eu quero lembrar os senhores que diariamente essa tribuna aqui fala de um policial militar que é morto, e muitos deles de motocicleta, na hora da folga ou do serviço. Essa semana morreu um policial em Piracicaba com 36 anos, o Cabo Brito, de motocicleta, perseguindo um outro ladrão de motocicleta que havia acabado de matar a mulher e a hora que eles foram abordar, tiroteio. O Cabo Brito tomou um tiro na cabeça e morreu. O ladrão morreu também. Então, não tem cara que gosta mais de ladrão do que eu aqui. Vocês não tenham dúvida disso.

Ninguém quer resolver mais problemas do que esses dois deputados que estão aqui. Agora, é necessária a participação de todos, porque os senhores sabem como funciona no Brasil. No Brasil, nós não temos cultura de segurança, depois, nós ficamos sozinhos aqui. Nós precisamos estar juntos, é para isso que foi criada uma Frente Parlamentar; é preciso uma federação de motociclismo, para que estejamos unidos nos tempos bons e maus. Eu recebi alguns e-mails aqui. Eu até entendo que a pessoa está nervosa e tal, mas e-mails mal-educados, que foram até pesados, de pessoas que nunca vieram aqui trazer o problema para nós. E aqui disseram que "esse Telhada em época de campanha vem falar com a gente"... Eu não estou em campanha. Eu estou lutando por vocês, pelos meus amigos, por uma cidade melhor junto com o Dr. Olim e outros deputados. Nós queremos, sim, minimizar os problemas e, se possível, acabar com esses problemas. Tenham certeza de que não tem dois deputados que odeiam mais ladrão aqui do que esses dois deputados que estão em frente a vocês. Tenham certeza disso. Mas nós precisamos fazer o correto, que é trazermos as autoridades, exigirmos providências e, não sendo resolvidos, vamos de novo, vamos ao governador, ao secretário de Segurança Pública, que está sendo chamado também para o dia 10, e vamos exigir providências. Porque o nosso grupo é forte, nós temos milhares de motociclistas em São Paulo de todos os ramos: profissionais, comerciais, comerciantes, industriais, empresários, policiais, religiosos, de todos os setores.

Então, os motociclistas têm força, sim. São mais de 4 milhões de motocicletas em São Paulo. No Parlamoto, quando nós lançamos a Frente Parlamentar, nós falamos que não é só um problema dos que estão morrendo: mais de 2 milhões de motociclistas morreram em acidentes de trânsito e ninguém faz nada para melhorar. O problema da linha de pipa, que todo mundo viveu: a molecada continua empinando pipa na rua, com cerol e tudo, e ninguém faz nada. Nós temos inúmeros problemas que nós precisamos resolver, relacionados aos motociclistas. Então, chamo os senhores para essa luta. Porque não é o Delegado Olim, nem o Coronel Telhada que vão resolver esse problema. O Coronel Telhada e o Delegado Olim precisam ter força, sim, como parlamentares, e a força popular dos senhores para chegarmos lá e exigirmos que seja tomada a providência, que aumentem as abordagens de motocicletas na rua, na periferia.

Nós vemos cara sem capacete, sem placa, andando de moto para cima e para baixo e ninguém faz nada. Como é que pode isso? E nós somos fiscalizados. Nós vamos passar num pedágio, vem um caminhão, passa do nosso lado e quase nos lambe, e por aí vai. Então, por que nós que cumprimos a lei somos fiscalizados e com o ladrão que está andando de moto roubada com tudo errado ninguém faz nada? Por quê? Alguma coisa está errada. Quando nós estávamos na polícia, nós apertávamos isso aí; então, está na hora de apertarmos como parlamentares agora. Mas para isso, meus amigos, é necessário estarmos juntos, entendam isso.

Os horários são ingratos. Se estivéssemos fazendo um evento de final de semana aqui, com certeza a Casa estaria lotada. Eu sei como a sexta-feira é ingrata, sei como a segunda-feira é ingrata, mas é o dia que nós temos em que as autoridades vêm, senão não virão. Então, estejamos juntos nessa batalha, sim. Vamos, como o Delegado Olim, fazer e aproveitar o que nós nunca tivemos aqui. Eu não sei, sou deputado há um ano e meio, antes eu não frequentava essa Casa, era coronel da Polícia Militar. Trabalhava na Rota, estava com outra visão, voltada para outro assunto. Eu não vinha aqui.

Eu conheci a maioria dos amigos aqui; o Picka Pau vim a conhecer aqui. E eu não sei se antes vocês tiveram essa oportunidade, não sei quantas vezes vocês estiveram nessa Casa. Algumas? Nada de concreto? E eu disse na Frente Parlamentar que vai ser a voz do motociclista, sim; que vai trazer os anseios do motociclista, sim, mas que não pare aqui. Esse Brasil chegou onde chegou, gente, porque todo mundo ficou quieto. Essa é uma grande realidade. Vocês aqui são como homens de cabelo branco; a maioria dos homens aqui, alguns carecas, mas a maioria é de cabelos brancos como eu. Nós vimos o que aconteceu no Brasil nesses últimos 55 anos, nós vimos o Brasil ser destruído por pessoas que vinham aqui falar que estavam trabalhando pelo preto e pobre da periferia e roubaram o Brasil. Nós vimos gente aqui falar que está falando em nome do coitado e explorou o coitado, que hoje está mais coitado do que antigamente.

Então, nós precisamos mudar essa realidade. Nós temos essa força, sim. E hoje vocês têm dois deputados aqui e posso dizer em nome de vários que assinaram aqui para levarmos esse problema: Tenham certeza de que os deputados estarão conosco, basta nós levarmos. Mas nós precisamos trazer as autoridades policiais, estaduais, judiciárias. Nós precisamos, sim.

Como nós vamos fazer isso? Com a força popular, com a lei. Vamos envolver Brasília se for o caso, trazer deputados federais que estão conosco, senadores que conhecemos. Vamos envolver todo mundo. Eu acredito piamente nisso, por isso estou aqui numa sexta-feira à noite falando com os senhores. Estaremos aqui o dia que for necessário para levarmos essas necessidades e mudarmos essa triste realidade. Dom Athanasios falou da experiência dele de motociclista lá na Grécia, de ter caído num banco de areia, mas mostra que sempre a pessoa do bem tem uma história para contar, mas no final está conosco aqui.

Eu conheço o Dom Athanasios há um bom tempo, é ex-militar, tem uma história muito bonita. É uma pessoa do bem que está sempre procurando ajudar os outros. E nós que somos do bem, permitam-me chama-los desse grupo, muitas vezes não somos compreendidos e somos criticados por pessoas que quando estávamos lá sob fogo não apresentaram. Então, vamos juntos, sim; vamos mudar isso aí. Acreditem que nós vamos mudar, mas se apresentem conosco. Essa guerra aqui não é fácil, vocês têm que ver o que passamos todo dia. Esse plenário outro dia foi invadido aqui por um bando de vândalos que vieram falar o que era democracia, eram estudantes. Um bando de vândalos que quebraram tudo aqui dizendo que são democráticos. E nós ficamos quietos. Então, vamos mudar isso aí. Vocês são motoclubes fortes; ajudem a federação. Vamos fazer cada vez mais essa força política girar e sentir os deputados que estão aqui, que se não apoiarem vocês, concordo com o Cristian, não vai ter voto depois, porque o cara tem que se apresentar, mostrar a que veio. É fácil na época da campanha o cara chegar lá e prometer um monte de coisa, como estamos vendo agora. E na hora de trabalhar, cadê essa rapaziada? Cadê o pessoal que devia estar aqui?

O Olim falou que é bonito ver esse plenário cheio. É bonito, porque nunca o vemos cheio, está sempre vazio. É verdade ou mentira? Então, vamos mudar isso aí. Vamos estar juntos, vamos para essa guerra, vamos mudar este País. Falei isso numa solenidade ontem aqui no plenário ao lado. É a mesma coisa que eu falei. Está aí o Cezinha há um tempão trabalhando conosco, me conhece há muito tempo. Citaram até aqui o evento do policial da Rocam, aquela coisa que todo mundo acompanhou, que foi preso, porque matou um bandido atirando nele. Lembram dessa história? Quem foi buscar aquele policial no quartel fui eu e ainda fui criticado por isso, que estou querendo me aparecer em cima da polícia. Só que quem foi buscar o cara lá dentro e o tirou de dentro do quartel preso fui eu. Por quê? Porque eu não vou deixar de apoiar os irmãos policiais que trabalham forte contra o crime. Sim, eu estava lá também e estivemos no QG depois. Agora, você viu o filme que eu lancei? Quem foi buscar ele no quartel? Vocês estão entendendo?

Então, rapaziada, nós estamos juntos. Vamos juntar mesmo, vamos dar as mãos e vamos mudar essa história. Como é o seu nome? O Márcio estava lá. Nós estivemos em frente à Corregedoria, fomos subir para onde depois? Para o quartel general. Falamos com o comandante, subimos para falar com o comandante, não foi isso? Verdade. Ele fala a verdade, e sabe por quê? Exato. O Márcio... Márcio, não é? Marcos. Ele falou uma verdade: quando o pessoal viu um monte de moto chegando, um monte de cara barrigudo e barbudo, os caras assustaram. O Olim e eu subimos para falar com o coronel, com o comandante geral: "Essa rapaziada está aqui para apoiar a Polícia Militar. Essa rapaziada veio aqui para dizer que eles estão do lado da polícia". Nós levamos representantes de vários motoclubes lá em cima, tomamos um café com o comandante-geral e ele falou isso que o Marcos falou: "Eu nunca vi o pessoal se apresentar". Então, vocês veem que têm força; vamos usar essa força. Não é só para tomar uma cerveja, comer uma carne, fazer um churrasco. Vamos usar essa força para mudar essa cidade, esse País.

Eu convido a todos a estarem novamente aqui dia 10. Vocês têm uma força estupenda na mão de vocês, acreditem nisso. E vocês têm uma coisa que muita gente aí fora não tem, sabe o que é? Organização e união. Vocês têm, nos motoclubes. Então, estejam fortes, acreditem. Vamos chamar outros setores, Picka Pau, não só os políticos, vamos chamar os policiais, o Judiciário para vir junto conosco. Vamos mudar esse País, vocês têm essa força. E é por isso - não esqueçam do meu adesivo - que nós chamamos vocês aqui hoje para homenagear os motoclubes. Entendam a ligação da história.

Salomão, querido, obrigado; sucesso na campanha, um abraço. Aplausos para o nosso querido amigo Salomão, obrigado, querido. Cuide dos táxis lá.

E é por isso que nós fizemos esse evento. Olhem só como nós... Eu linkei tudo isso para dizer a vocês finalmente que é por isso que nós estamos aqui hoje, para homenagear os motoclubes. Porque vocês são fortes, vocês têm representação. Vamos mudar esse jeito do pessoal pensar e vamos juntar essa força? Vamos mostrar a que nós viemos? Vamos? Vamos. Sim, eu acredito, vamos.

Vamos trazer os oficiais, os coronéis aqui ao evento, os delegados de polícia. E vamos falar para eles que não dá mais para aguentar pararmos e sermos fiscalizados porque o pneu está careca e o ladrão passa do lado sem capacete e ninguém faz nada. Vamos parar na pista em dez motoclistas, percamos uma hora sendo fiscalizados e o caminhão passe nos lambendo e tudo certo. Ou vocês acham que não acontece comigo também?

Então, quando o Telhada fala, o Olim fala, nós chegamos lá e reclamamos e dizem: "Ah, esses caras são deputados, estão querendo se promover". Então, é a hora do povo se manifestar junto a nós e mostrar para esses caras que vocês fazem a diferença.

Então, parabéns a todos aqui por terem vindo, por se apresentarem. Vamos mostrar, vamos trazer mais motoclubes, Picka Pau. Vamos trazer mais gente, porque todos têm o mesmo problema e a nossa realidade é uma só. São 4 milhões de motocicletas no estado de São Paulo. Se cada motocicleta resolver fazer um protesto na cidade e cada motocicleta parar numa vaga de carro, nós paramos São Paulo. Não precisa nem fazer manifestação, é só cada motocicleta ficar numa vaga de carro no trânsito e já acabou o trânsito de São Paulo.

Então, nós temos que ser ouvidos sim. Está o Kenji aí, que perdeu a mãe faz... Cadê o Kenji? Cadê o japonês? Perdeu a mãe faz pouco tempo. Pessoas que sabemos que são nossas. Pessoal, nós somos um time e o time unido vence. Vamos vencer essa guerra aí. Parabéns a todos.

Para não deixar essa data passar em branco - assuma ali, por favor - nós aqui vamos fazer uma simples homenagem, vamos fornecer aos motoclubes um certificado de participação. Eu até queria propor... Como nós fizemos vários certificados - não é, José? Eu queria depois que quem quisesse certificado passasse o nome para a Valéria e nós, com tempo depois, fazemos um certificado e vocês depois vêm retirar. Tomem um café conosco e quem quiser guardar de lembrança... Não é isso, Valéria? Mostre o certificado, José. O coronel José Paulo é meu chefe de gabinete.

O certificado é simples, mas muita gente gosta de guardar essas lembranças, pôr na sala do motoclube. Então, se algum dos senhores depois quiser guardar no seu nome, passe o nome para a Valéria, que está ao lado do coronel José Paulo, que é a minha assessora, e ela providenciará. Vocês já aproveitam, tomam um café comigo e me trazem o adesivo. Pode ser? Eu não sei se todos estarão aqui dia 10, mas quem não estiver, traga o adesivo e tome um café comigo. O coronel José Paulo vai chamar os... Oi? Haja café. O coronel José Paulo vai chamar os motoclubes. Vamos chamar sete de cada vez? Quer falar? Lógico, por favor. Fique à vontade.

O Carlos Paes de Almeida, da Associação Paulista de Motociclismo. Vamos abrir a palavra para ele um minutinho. Por favor, coronel, o senhor aguarde um minutinho. Faz favor, Carlos.

 

O SR. CARLOS PAES DE ALMEIDA - Pessoal, falarei de motociclista para motociclista.

Hoje nós estamos presenciando um fato inédito, que nunca aconteceu. Eu comecei a andar de motocicleta aos 14 anos e tenho 68, então faz bastante tempo que ando de moto. Nunca aconteceu de nós estarmos com políticos que na verdade não são políticos, são pessoas como nós e que nos procuraram para oferecer alguma coisa, não está em época de eleição, nem são candidatos a nada agora. Nós precisamos nos despir de um enorme preconceito que temos contra políticos. O nosso meio é preconceituoso, sim. Temos preconceitos, graves preconceitos, contra político, até contra advogado, e precisamos deles sempre. Então, vamos nos despir um pouco desse preconceito. É verdade, não são todos os políticos que participam da Lava-Jato e outras mazelas que há por aí. Isso aqui é importante, isso tem força. Esse movimento pode levar a resultados. Não é como muitos dizem: "Vamos fechar a Marginal, vamos parar a Paulista, vamos fazer isso e aquilo". Não está no nosso DNA isso. Nós não somos baderneiros. Não está no nosso íntimo fazer baderna. Então, é através desse movimento, através de iniciativas desse tipo que nós podemos chegar ao resultado pelo qual temos interesse. Todos nós estamos sofrendo na carne os problemas do cotidiano, ou seja, morre, rouba moto.

A sinalização é péssima, porque nós estamos falando de uma parcela que não é pequena. Quando morre uma pessoa, para mim, já é um exagero. Mas de acidente de motocicleta, é um absurdo os que morrem. Têm mais visibilidade esses assassinatos, que são uma coisa traumática, de mídia. Mas morre muito mais gente de acidente de motocicleta por problemas de sinalização, problemas de falta de educação, do que em assassinatos. Então, eu vou estar aqui efetivamente no dia 10 e convoco todas as pessoas que estão aqui, porque hoje nós temos cabeças pensantes. Outros amigos, outros irmãos, não nessa reunião de dia 10, porque vai ser uma coisa que me parece um pouco mais restrita para poder falar mais e ter mais voz, porém vamos trazer mais gente para o nosso movimento e explicar que não é político de que estamos falando, estamos falando de gente como nós, gente que quer resolver o problema. Agradeço a cada um que trouxer mais uma pessoa na próxima reunião. Muito obrigado e muito obrigado ao Coronel Telhada pela iniciativa.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado pelas palavras, Carlos.

José, vamos chamar. Nós temos 27. Vamos chamar três grupos de nove? Pode ser? Três grupos de nove, por gentileza. Eu e o Dr. Olim vamos descer. O Cerimonial assume para cumprimentarmos os nossos amigos. Tragam os adesivos.

 

O SR. JOSÉ PAULO - Bodes do Asfalto; Moto Sossego; Águia de Fogo; Abençoados; Pegasus; Curupira; Carrascos; Pouca Sombra; Harpias.

Obrigado, amigos. Pedimos que retornem aos seus lugares para que outros motoclubes possam ser homenageados.

Chamamos aqui para ocupar o lugar de destaque o representante dos Dragueiros; Bastardos Inglórios; Coração de Óleo; Tomahawk Scuderia; Perpétuos; Das Estradas; Legionários de Aço; Carpe Diem; Jacarés do Asfalto; Black Rebel. Perpétuas.

 

O SR. - Pessoal do certificado, aí.

 

O SR. JOSÉ PAULO - Pessoal, vamos juntar aqui para fazer uma foto do grupo. Juntem mais.

Pedimos que retornem aos seus lugares para que possamos homenagear os outros motoclubes. Um aviso do gabinete do Coronel Telhada: os interessados em obter o certificado de participação podem entrar em contato com e-mail valeria@coroneltelhada.com.br ou contato@coroneltelhada.com.br. Coronel Telhada, por extenso. É só entrar em contato e pedir a expedição do certificado e ele será enviado à residência dos interessados.

Vamos chamar para ocupar local de destaque à frente o motoclube Pires do Asfalto; Templários Moto Clube; Rastro; Vamo Que Vamo; Insônia; Águias TS; Hawkrider; Turma da Amizade; Los Antiguos; Monte Cristo; Espírito Livre. Pedimos que se enfileirem aqui as pessoas nominadas para que possam receber a homenagem e tirar a foto. Por último, a Associação Paulista de Motociclismo; Aclimação Moto Grupo e Os Impossíveis. Nervosão Moto Clube.

Pedimos que se enfileirem para a foto do grupo.

 

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- São entregues os certificados.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Pessoal, só para eu poder fechar a sessão, pediria que os senhores se sentassem, por gentileza. José Paulo, cadê meus adesivos? Pediria a todos que se sentassem, por gentileza, para podermos encerrar a sessão solene.

Pessoal, nós vamos encerrar neste momento a sessão solene. Eu pediria que todos se acomodassem, por gentileza. Por favor, atenção para o aviso, senhores: a reunião do dia 10 será às 10 horas no Plenário Franco Montoro. Contamos com a participação de todos.

Para quem não sabe, o Plenário Franco Montoro é logo nesse corredor ao lado, no final do corredor. É ao lado desse plenário, esse aqui é o JK. Então, será no Franco Montoro, dia 10 de outubro, às 10 horas. Eu ia encerrar, mas o Mauro pediu para fazer uso da palavra. Por favor.

 

O SR. MAURO - Senhores, eu gostaria de registrar nesse minuto final e agradecer, porque o Coronel passou aqui para nós que foi criticado, recebeu e-mails de pessoas que de certa forma acharam que o momento era o momento oportuno para que se fizesse esse tipo de ação. Mas eu gostaria de dar uma palavra de incentivo, de deixar claro que eu me sinto muito bem representado pelos senhores e que também temos que nos orgulhar das boas pessoas que nos representam. E que nós também tenhamos a consciência - nós como eleitores, como contribuintes e pessoas - que nós temos a nossa família e também temos que fazer o nosso papel, quer dizer, o nosso papel não se encerra a cada quatro anos. Nós temos que voltar para os nossos lares, conversar com a comunidade, com a nossa família. Porque nós sabemos da importância, não são só esses dois homens ou só essa Casa que vão trabalhar para o nosso bem próprio.

Quer dizer, se conseguirmos conversar com a nossa família, explicar que tem pessoas que estão brigando, que estão querendo melhorar, nós sabemos que essa questão de segurança, sempre vai ter alguém levantando uma bandeira ou várias pessoas querendo falar dos direitos humanos dos humanos que não são direitos. Então, nós temos que fazer o papel na nossa sociedade, no nosso meio. E isso começa com a nossa família, com os nossos parentes, para que todos saibam, que possamos divulgar e dar respaldo e força para eles. Gostaria de pedir uma salva de palmas e que eles possam sentir que estamos muito bem representados. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado, senhores, muito obrigado pelas palavras. Muito obrigado a todos os senhores, de verdade, obrigado. Nós vamos juntos mudar essa história, tenham certeza disso.

Eu agradeço a presença de todos, convido mais uma vez, a comparecerem dia 10 de outubro às 10 horas no Plenário Franco Montoro. Aguardamos os senhores para essa reunião, que seja a primeira de muitas. Trataremos com várias autoridades, solicitaremos a presença ou até convocaremos, se for o caso. Agradeço a presença do Dr. Olim, Delegado Olim, nosso parceiraço aqui. Delegado e hoje deputado, ele tem feito a diferença nessa Casa, obrigado, Dr. Olim. Obrigado, Picka Pau, presidente da Federação. Obrigado a todos os motoclubes presentes, a todos os amigos. Vamos estreitar esse relacionamento e cada vez que houver um problema, chamaremos uma nova reunião e vamos exigir nossos direitos. Muito obrigado a todos.

Esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades presentes, à minha equipe e assessores na pessoa do coronel José Paulo, meu chefe de gabinete. À toda equipe, muito obrigado. Muito obrigado aos funcionários dos serviços de Som, de Taquigrafia, das Atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, do pessoal da TV Alesp, muito obrigado. Das assessorias da Polícia Civil na figura do Dr. Marzagão e da assessoria da Polícia Militar na figura do Coronel Priell, a todos os policiais militares presentes aqui e policiais civis também, muito obrigado, bem como a todos os senhores e senhoras que estiveram aqui conosco e que com as suas presenças colaboraram para o êxito dessa sessão, muito, muito obrigado. Cautela no deslocamento para casa agora, vão na manha, cuidado com as curvas, juízo e que Deus abençoe a todos.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão ás 20 horas e 44 minutos.

 

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