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09 DE MARÇO DE 2017

005ª SESSÃO SOLENE OUTORGA DO COLAR DE HONRA AO MÉRITO LEGISLATIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO AO DOUTOR FÁBIO DE SALLES MEIRELLES, PRESIDENTE DA FAESP - FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

 

Presidente: FERNANDO CAPEZ

 

RESUMO

 

1 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Abre a sessão. Anuncia a composição da Mesa. Informa que convocara a presente sessão solene com a finalidade de realizar a "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao doutor Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo - Faesp". Discorre sobre a relevância da agropecuária para a economia brasileira. Convida os presentes a ouvirem, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

2 - BARROS MUNHOZ

Deputado estadual, considera apropriada a homenagem a Fábio de Salles Meirelles, por sua contribuição para o estado. Saúda os presentes. Ressalta a liderança e competência do homenageado, bem como as contribuições deste à sua formação política. Lamenta a pouca visibilidade social da agropecuária. Deseja que o setor seja valorizado.

 

3 - ITAMAR BORGES

Deputado estadual, tece elogios à iniciativa desta solenidade. Enaltece a atuação do deputado presidente Fernando Capez nesta Casa. Destaca a relevância do trabalho realizado por Fábio de Salles Meirelles na Faesp. Considera o mérito da atuação política, reivindicativa e social da instituição. Faz elogios e agradecimentos ao homenageado.

 

4 - JOÃO CARAMEZ

Deputado estadual, reconhece a qualidade da gestão do deputado presidente Fernando Capez na Presidência desta Casa. Saúda os presentes. Salienta a liderança de Fábio de Salles Meirelles. Aponta as honrarias recebidas pelo homenageado ao longo de sua carreira. Deseja a constância de sua atuação no setor agropecuário.

 

5 - PAULO HENRIQUE NELSON CALANDRA

Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, cumprimenta os presentes. Reprova as críticas generalizadas ao Poder Legislativo. Considera a importância da produção bibliográfica do deputado estadual presidente Fernando Capez na área de Direito Penal. Cita obra do poeta estadunidense John Milton sobre a defesa da liberdade de expressão de uma população submetida a regime repressivo. Lamenta que a liberdade seja usada como justificativa para as críticas ao setor político. Exalta a personalidade e o trabalho do homenageado desta solenidade. Revela-se esperançoso em relação ao futuro do Brasil.

 

6 - JOSÉ RENATO NALINI

Secretário de Estado da Educação de São Paulo, representando o governador Geraldo Alckmin, aponta que Fábio de Salles Meirelles já recebera homenagens dos Poderes Executivo e Judiciário estaduais. Menciona contribuições do agronegócio para o País. Declara a gratidão do governador de São Paulo à atuação política do deputado estadual presidente Fernando Capez. Enaltece a figura do homenageado desta solenidade.

 

7 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Apresenta o livro "Semeador de novos tempos", de Thyrso Meirelles, biografia de Fábio de Salles Meirelles, o qual elogia. Discorre sobre a história de vida e a carreira profissional do homenageado. Destaca os diversos cargos eletivos e empresariais ocupados por ele. Considera suas contribuições à defesa ambiental. Afirma o compromisso desta Casa com a verdade. Faz referência a Thomas Hobbes, a respeito das relações humanas. Destaca sua esperança política personificada na figura de Fábio de Salles Meirelles. Anuncia a homenagem ao Sr. Fábio de Salles Meirelles, com entrega de Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

8 - FÁBIO DE SALLES MEIRELLES

Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, tece elogios à atuação do deputado estadual presidente Fernando Capez nesta Casa. Saúda os presentes. Faz agradecimentos pela homenagem recebida. Declara-se confiante na justiça divina. Narra episódios de sua trajetória pessoal e profissional. Considera a relevância do setor agropecuário no Brasil e a necessidade de seu fortalecimento. Enfatiza a tradição de sua família na área rural. Destaca a importância do amor à terra para atuação política nesse setor. Discorre acerca dos sindicatos e lideranças regionais ligados à Faesp. Aborda episódios do histórico desta Casa, cujo trabalho enaltece. Considera as contribuições do Poder Legislativo para a agropecuária. Especifica sua trajetória profissional e política. Tece agradecimentos a seus familiares, aos quais atribui os ensinamentos e exemplos relevantes para sua carreira.

 

9 - RAFAEL SILVA

Deputado estadual, elogia e cumprimenta o homenageado.

 

10 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Considera a necessidade de relevar as críticas destrutivas para ser capaz de uma boa atuação política. Lê trecho de pronunciamento de Bill Gates a respeito da primazia da agricultura para a redução da pobreza. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Fernando Capez.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Sessão solene, com a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Dr. Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, Faesp. Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Esta Presidência chama para compor a Mesa - deixarei nosso homenageado por último - Sua Excelência ex-presidente do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, atual secretário de Educação, representando o governador Geraldo Alckmin, Dr. José Renato Nalini; Sua Excelência, amigo desta Casa, major brigadeiro-do-ar Luis Roberto do Carmo Lourenço, eminente comandante do IV Comando Aéreo Regional; representando o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o maior tribunal do mundo, Sua Excelência Desembargador Henrique Nelson Calandra. Também representando todos os 94 deputados desta Casa, ele que foi presidente desta Assembleia e ministro da Agricultura, Sua Excelência Deputado Barros Munhoz, que foi presidente de Alesp nos biênios 2009/2011 e 2011/2013.

Está aqui presente o deputado que representa também o setor da Agricultura, já que é presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, e também o nosso representante na Unale, União dos Legislativos e Legisladores do Estado, querido e estimado deputado Itamar Borges. E agora, solicito encarecidamente que deixemos as palmas para o último nominado porque são vários, os senhores ficarão com as palmas das mãos vermelhas. Então, deputado estadual João Caramez, nosso amigo, secretário adjunto de Agricultura e Abastecimento, Rubens Rizek, representando Arnaldo Jardim. Está aqui também dona Ivelle Lacerda Meirelles, esposa do homenageado, assim como a Telma, a Tânia e o Tarso também.

Queria também saudar o Thyrso de Salles Meirelles, também filho do homenageado e secretário executivo do Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas; major brigadeiro-do-ar, Paulo Roberto Pertusi, diretor presidente da Fundação Santos Dumont, a Assembleia está empenhada em auxiliar na investigação de local para instalação do Museu da Aeronáutica; coronel José Alexandre Nascimento Freitas, representando o general de Exército Mauro Cesar Lourena Cid, comandante militar do Sudeste; eminente coronel Ricardo Gambaroni, comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo; minha colega do Ministério Público, eminente procuradora de Justiça, Eloisa de Souza Arruda, superintendente da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania, que foi secretária da Justiça e Cidadania de 2011 a 2014, superintendente da Semar; André Magalhães está aqui representando o nosso querido prefeito João Doria; Ivan Hussni, diretor técnico do Sebrae; José Roberto Maluf, presidente da editora Spring; Agostinho Turbian, presidente da revista América Economia Brasil; nosso querido, grande orador, um dos maiores do país, J. B. Oliveira, presidente da Associação dos Amigos da Cidade; grande Eduardo Araújo, de quem sou fã, o cantor da Jovem Guarda, obrigado pelo seu comparecimento.

 Cumprimento também todos os presidentes de sindicatos rurais do estado de São Paulo aqui presentes. O instituto centenário, o Instituto dos Advogados de São Paulo, vem aqui representado pelo Dr. Ricardo Sayeg, eminente advogado; Sua Excelência, desembargador Ney Prado, desembargador federal do Trabalho e presidente da Academia Internacional de Direito e Economia; Sérgio Pasqualin, presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; e está aqui também Luis Flávio Borges D’urso. O presidente Luis Flávio Borges D’urso, está aqui, precisa arrumar um lugar para ele. A todos, uma calorosa salva de palmas. (Palmas.)

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta não é uma sessão comum, esta não é uma sessão qualquer, esta é uma sessão solene. Sendo uma sessão solene, ela obedece a rígida forma sacramental, nos termos do Regimento Interno desta Casa. Uma sessão solene não pode ser solicitada por qualquer pessoa que não esteja no exercício do mandato parlamentar nesta Casa. Feita a solicitação, ela percorre vários órgãos internos e depois é aprovada ou não pelo nosso Colégio de Líderes, que congrega todas as lideranças. Uma sessão solene não pode ser convocada apenas porque um deputado gosta do homenageado, a sessão solene só pode ser convocada por notório e público interesse social.

Neste caso, a sessão solene foi autorizada pela unanimidade dos líderes desta Casa, autorizada pelo Colégio de Líderes e convocada por este presidente, porque é uma sessão que se destina, nada mais, nada menos, a outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Dr. Fábio de Salles Meirelles, que vem presidindo a nossa Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, a Faesp, com dignidade, com excelência, com seriedade e com eficiência. E, recentemente, quando o nosso prefeito João Doria esteve no Oriente Médio para estabelecer contatos e apoio a negócios aqui no Brasil, para o desenvolvimento de questões importantes do ponto de vista social e econômico, ele ouviu que a primeira questão que nos interessa é a agricultura. Depois que resolvermos essa questão da agricultura, estabelecermos os investimentos, nós então estaremos dispostos a ampliar outras conversas. Porque é a agricultura que vai levar o País a sair da situação em que se encontra.

Por esta razão, ao homenagear Fábio Meirelles e outorgar esta importante comenda, nós homenageamos o exemplo de vida, o homem, o pai de família, e aquele que melhor representa a agricultura do nosso País. Portanto, peço a todos que, em pé, possamos receber agora o nosso homenageado, Dr. Fábio de Salles Meirelles.

Convido todos os presentes para, em pé, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do subtenente PM Edgar Lourenço. O nosso Cerimonial rígido me lembra de que não havendo hierarquia entre os símbolos da Nação, não há necessidade de nos voltarmos à bandeira no momento da execução do hino.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Quero parabenizar a Banda da Polícia Militar, o subtenente Edgar Lourenço. E na presença do comandante-geral da Polícia Militar, Ricardo Gambaroni, enaltecer o diuturno trabalho que a Polícia Militar faz, protegendo a população do Estado de São Paulo. Contem sempre com o apoio desta Assembleia Legislativa, esta gloriosa e centenária instituição, os 130 de 31.

Neste momento, nós passamos a palavra para que profira, da tribuna, representando os 94 deputados, embora haja deputados que falarão também aqui, mas representando os deputados, falar em nome da Assembleia e desta Presidência, deputado Barros Munhoz, que foi ministro da Agricultura e presidente desta Casa.

Anuncio também a honrosa presença do senhor Romeu Chap Chap, do Secovi, aqui presidente; Flávio Filizzola D’Urso, conselheiro seccional da OAB; Ederaldo Kosa, diretor executivo da Linhas Comunicação. Temos também dois deputados importantes, ligados ao tema da agricultura, o Itamar Borges e o João Caramez, que farão a sua saudação. Inclusive o Itamar Borges é presidente da Comissão de Agricultura.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Excelentíssimo senhor presidente, caríssimo colega que muito nos orgulha na direção da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Fernando Capez, meu querido Dr. Fábio Meirelles, homenageado com muita justiça pela Assembleia Legislativa com a sua mais alta honraria,uma honraria que, aqui nesta Casa, só mereceu o deputado Salim Curiati. É uma justíssima homenagem. Parabéns, presidente Capez. Porque ele, em um momento como este, mais do que nunca, a gente precisa valorizar os bons valores da nossa comunidade, da nossa sociedade. O Curiati o é. É um exemplo de parlamentar, de político, de médico, de cidadão. E o Dr. Fábio Meirelles o é, grande líder da maior agricultura e pecuária do Brasil, que é a agricultura e a pecuária paulista. Então fico muito feliz de poder participar desse evento.

Quero saudar aqui o Dr. Renato Nalini, que representa o nosso querido governador Geraldo Alckmin; saúdo o Dr. Nelson Calandra, querido amigo também, que representa aqui o Tribunal de Justiça; o nosso representante da Aeronáutica; do Exército nacional; o nosso comandante Gambaroni, da nossa querida Polícia Militar; os dois colegas, em nome de quem eu saúdo todos os deputados da Casa, o Itamar Borges, lutador pela agropecuária paulista também e o nosso querido João Caramez, igualmente lutador e todas as autoridades presentes, especialmente a família, a esposa do Dr. Fábio, os seus filhos, e todos vocês.

Eu vejo aqui rostos amigos, de longa data, vejo amigos de todos os quadrantes do estado de São Paulo, e me emociono. E quero vir aqui dar um testemunho, eu não venho aqui elogiar o Dr. Fábio gratuitamente, ou simplesmente porque sou amigo dele, eu venho dar um testemunho, meu caro presidente Capez, de quem rodou cada município deste estado, cada bairro, cada vila, cada distrito, cada lugar onde se constrói a grandeza de São Paulo e do Brasil que é a agricultura. E conversando com as pessoas, olhando no olho das pessoas, ouvindo as pessoas, o Dr. Fábio não é querido assim por acaso. O Dr. Fábio não é líder tanto tempo da nossa Federação da Agricultura por acaso, ele é líder porque ele merece ser considerado o nosso líder da agropecuária de São Paulo e do Brasil.

Não há momento em que um tema importante para o agricultor, ou para o lavrador, como o meu pai gostava de chamar, para aquele que constrói a base do progresso e do desenvolvimento do Brasil, não há momento em que um assunto importante aconteça sem a voz altiva do Dr. Fábio, sempre em defesa da verdade, da correção e da justiça. Então eu trago aqui a minha voz de parlamentar. Parlamentar de Itapira, parlamentar da Baixa Mogiana, do Circuito das Águas, da Média, da Alta Mogiana. Mas trago aqui a minha voz, de alguém que foi secretário da Agricultura e que teve sempre o apoio, a lucidez dos conselhos bons do Dr. Fábio Meirelles. Eu me orgulho, Dr. Fábio, de dizer que sou o seu liderado, eu me orgulho de dizer que sou o seu discípulo.

Presidente Capez, um ato maravilhoso da sua parte. Não é de se estranhar. V. Exa termina o seu mandato com brilhantismo, com dignidade. E pode ter certeza, com o nosso respeito e a nossa admiração. Não podia ter um fim de mandato mais significativo, uma homenagem a um homem que merece, pela sua história de vida, pelo seu trabalho sério, profícuo, senão não seria a nossa agropecuária a mais desenvolvida e a melhor do Brasil se não tivéssemos à frente da Faesp o nosso querido Dr. Fábio.

Minha gente, finalmente a todos vocês que são os companheiros de luta do dia a dia do Dr. Fábio, o agradecimento de um brasileiro agradecido. Vocês são o sustentáculo da nossa nação. Muitas vezes, injustiçados. Vocês não têm a mesma importância que se dá aos representantes de outros segmentos. Tem um probleminha no sistema bancário brasileiro, para o País, o presidente da República, o ministro da Fazenda, todas as forças políticas, econômicas, sociais se movimentam para em uma semana resolver. Até os determinados movimentos que fazem uma barraquinha na frente de um prédio, para o País para resolver. A agricultura tem pleitos justos, anos e anos de luta, batalhando, anuncia-se crédito que não sai, anuncia-se medidas que não saem, e vocês não desanimam.

Por isso, como deputado, mas como cidadão, obrigado. Continuem dando força ao Dr. Fábio para que ele continue lutando pela nossa agropecuária e para que ela se imponha como merecedora de todo o respeito do Brasil, para que ela continue construindo o Brasil da prosperidade, da felicidade e da fraternidade acima de tudo. Deus abençoe o Dr. Fábio de Salles Meirelles.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Muito bem, Barros, muito bem. Anuncio também a presença do competente Dr. Marco Pilla, diretor executivo do Instituto de Terras do Estado de São Paulo.

Passo a palavra agora ao deputado estadual, que falará em nome da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, deputado Itamar Borges.

 

O SR. ITAMAR BORGES - PMDB - Muito bom dia a todas e a todos. Presidente Capez, neste momento, eu aproveito para fazer dois cumprimentos. O primeiro deles, é claro, a esta brilhante, valorosa e necessária iniciativa de reconhecer e prestar homenagem ao Dr. Fábio de Salles Meirelles. Como disse aqui o nosso sempre ministro da Agricultura, grande líder nesta Casa, ex-presidente, o deputado Barros Munhoz, é um homem que puxa, que conduz a todos nós no trabalho do fortalecimento do agronegócio neste estado, que ecoa e empresta exemplo, contribuindo para todo o País, e até internacionalmente.

Portanto, presidente Capez, ao estar aqui junto ao Barros Munhoz e ao João Caramez, esse outro grande companheiro de apoio e líder desta Casa, aqui também sempre secretário da Casa Civil e aqui colega nesta Casa. Todos nós, 94 deputados, estamos nos sentindo homenageados por esta Casa prestar esta homenagem através do presidente Capez ao Dr. Fábio Meirelles. Por isso o saúdo aqui.

E na sequência, o segundo cumprimento, presidente, é também fazendo referência ao que Barros Munhoz falou. Que brilhante gestão o senhor conclui na próxima quarta-feira à frente desta Casa. Fortalecimento, valorização, respeito. Presidente Capez, um exemplo de presidente nesta Casa que fortaleceu e contribuiu muito, e com certeza ficará na história a sua gestão. Muito obrigado por nos liderar. E continue nos liderando agora da tribuna.

Gostaria de cumprimentar o nosso representante do governador, secretário Dr. Nalini, nosso secretário de Educação, bem como o desembargador, Dr. Nelson Calandra, representando o Tribunal de Justiça. Os nossos representantes, como já fez referência o Barros Munhoz, da Aeronáutica, do Exército e o Gambaroni, da Polícia Militar. Aqui o secretário adjunto de Agricultura, Dr. Rubens Rizek, representando o nosso secretário Arnaldo Jardim. Da mesma forma a Dra. Eloisa, do Semar, e o Ivan do Sebrae. Vejo aqui presidentes do sindicato rural de todo o estado de São Paulo, desde a cidade mais distante, que é a minha, Santa Fé, ou Luiz Bernal, ali ao lado do Romeu Chap Chap, até aqui na Mogiana e indo para o Vale. Portanto, aqui a presença do apoio ao nosso querido Fábio Meirelles, Agostinho Turbian, este grande amigo também, todos que se fazem presente nesta manhã para prestigiar Dr. Fábio Meirelles. D’Urso, e todos que foram referenciados.

Mas claro, uma saudação especial àqueles que representam a história mais diretamente do Dr. Fábio Meirelles, que é a sua linda e querida família. Ontem foi o Dia da Mulher e já temos as três primeiras aqui que, com certeza, representam a importância, o símbolo de todas as mulheres. A Ivelle, uma alegria, está aqui ao lado, a esposa; a Telma e a Tânia, filhas; o Tarso e o Thyrso, amigos, filhos também, que representam realmente o quanto essa família tem uma história linda para este estado e para este País.

Eu quero dar apenas um testemunho aqui. Eu sou suspeito para falar de Fábio Meirelles, porque eu me sinto um aluno, aprendi muito com ele. Amigo, parceiro de prefeitos, de deputados, do governador, do presidente da República, sempre presente, oferecendo a entidade para apoiar e fortalecer o agronegócio. E eu era prefeito de Santa Fé do Sul, ainda muito jovem, com 24 anos de idade, e comecei lá atrás essa parceria com o Fábio Meirelles. Com o sindicato rural, na época, o saudoso Adalto, agora o Luiz. Eu falava ainda há pouco com o Armando Prata, e vejo aqui o Candeo, o Dr. Fábio Meirelles, o Barros Munhoz em muitas dessas oportunidades, ou como secretário da Agricultura ou como ministro, começamos importantes ações. Muitas vezes olha-se para o Senar, olha-se, principalmente, para a Faesp e enxerga-se o fazendeiro, o produtor, tudo aqui que é o poder econômico do agronegócio. É claro que também é, porque tem que fortalecer o pequeno, médio e o grande produtor. Mas tem outras faces da Faesp e do Senar que são muito importantes que sejam colocadas.

Não só aquela das políticas, das reivindicações, das bandeiras e das conquistas tanto no Estado, como na União e no País, mas também aquelas de cunho social. E eu me recordo, em Santa Fé do Sul, nós tínhamos um problema muito sério com crianças de rua. E foi em um projeto construído em parceria com o Senar que nós tiramos mais de 300 crianças da rua, capacitando, preparando para o trabalho junto à agroindústria e ao produtor rural. E dali surgiu um exemplo, tanto é que o nome do projeto era ‘Projeto Renascer’. Esse projeto se tornou exemplo para todo o estado graças a Fábio Meirelles, graças ao Senar. E eu não podia, tendo vivido essa história lá quando eu tinha o meu primeiro mandato, depois de ter sido três vezes prefeito, de estar no meu segundo mandato de deputado e ter vivido toda essa história com Fábio Meirelles, não podia, presidente Capez, deixar de vir aqui e dizer.

Presidente, amigo Dr. Fábio Meirelles, primeiramente obrigado pelo o que o senhor fez, faz e ainda fará pelo agronegócio, pelo nosso País, pelo povo de São Paulo e do Brasil. E por fim, digo que toda e qualquer homenagem e honraria é muito merecida, mas será sempre muito pouco para reconhecer o grande homem e o grande valor que o senhor tem e o grande legado que o senhor constrói e deixa para todos nós. Um grande abraço, sucesso, Deus o abençoe. Bom dia a todos e um grande abraço.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Fechando a parte da fala dos deputados do Poder Legislativo, está aqui presente o deputado que foi secretário chefe da Casa Civil do Estado de São Paulo, que representa aqui a maior bancada desta Casa, com 23 deputados, que é o PSDB. E que também falará homenageando o nosso queridíssimo presidente Fábio Meirelles, em nome do Colégio dos Líderes desta Casa, deputado João Caramez. Assim falam o nosso ex-presidente ministro, fala o presidente da Comissão de Agricultura e fala o Colégio de Líderes nesta homenagem. João Caramez.

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSDB - Bom dia a todos. Quero aqui cumprimentar nosso presidente da Casa, deputado Fernando Capez, e da mesma forma que fizeram o deputado Barros Munhoz e o deputado Itamar Borges, eu quero aqui me referenciar à gestão do deputado Capez, que fez com que realmente esta Casa se tornasse cada vez mais unida. Obrigado, presidente Capez, pelo seu trabalho, pela sua dedicação, pela sua perseverança durante o seu mandato que se encerra na próxima semana.

Cumprimento o deputado Barros Munhoz que nos representou aqui. Nós não poderíamos ter um representante melhor do que o nosso deputado Barros Munhoz, que foi prefeito, deputado federal, deputado estadual, secretário, ministro. É um homem que nos orgulha muito. Eu, particularmente, tenho grande orgulho de ser seu colega, Barros. Deputado Itamar Borges, que é o presidente da comissão,e ainda o Dr. Nalini, representando o nosso governador, Dr. Calandra, coronel Gambaroni, representando aqui a Polícia Militar, nosso comandante-geral. Cumprimento aqui os presentes, os senhores, as senhoras, presidentes, sindicatos, e de uma forma toda especial, o nosso homenageado, Dr. Fábio Meirelles. Quero aqui também cumprimentar a dona Ivelle, sua esposa, e em nome do Thyrso, filho do Dr. Meirelles, eu quero cumprimentar os demais familiares.

Nós já tivemos aqui o nosso deputado Barros Munhoz falando em nosso nome. Mas eu não podia deixar de vir aqui, Dr. Fábio Meirelles, para dizer o quanto nós reconhecemos o seu trabalho. Dr. Fábio Meirelles, sem sombra de dúvida, é uma das maiores ou a maior liderança rural que apareceu nos últimos 50 anos. Feliz da nação, feliz o estado, que tem um homem como Fábio Meirelles defendendo a sua agricultura.

Se não fosse a agricultura, o Brasil já estaria quebrado, essa é a verdade. E uma particularidade do Dr. Fábio Meirelles é sua humildade, sua simplicidade e seu poder de agregar. Dr. Fábio não é aquele presidente nacional da federação que vai apenas na Agrishow, em Ribeirão Preto, onde toda a mídia está lá concentrada para divulgar aquela grande feira agropecuária que nós temos. Mas ele vai lá também em Fartura, Sarutaiá, Óleo, cidades pequenas, cidades menores, e todas essas cidades fazendo questão de recebê-lo com galhardia e prestando a sua homenagem.

Quantos títulos de cidadão o Dr. Fábio Meirelles possui. Quantas honrarias Dr. Fábio Meirelles já recebeu, principalmente a de hoje, esta Medalha de Mérito Legislativo que poucas pessoas recebem. Quantas e quantas. E um dia perguntaram a ele: “Dr. Fábio, de todas essas honrarias, de todas essas homenagens, qual é a mais importante que o senhor recebeu?” Ele falou: “Todas, porque todas elas são como um filho para mim”. É isso, Dr. Fábio Meirelles, este homem simples, agregador e humilde.

E eu não poderia, deputado e presidente Fernando Capez, deixar de passar aqui por este microfone e prestar a minha homenagem a este grande homem. E pedir a Deus todo poderoso que possa continuar dando saúde, alegria e força para ele conduzir a nossa agricultura no nosso país. Parabéns, Dr. Fábio Meirelles, um grande abraço e um beijo no seu coração. Parabéns a todos, obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Parabéns, Caramez, deputado de grande atuação. Ainda hoje, depois de três mandatos, onde eu vou querido Caramez, falo: “É Capez”. É uma honra para mim também.

Bem, sendo uma sessão solene, ela tem rígida forma sacramental. Fala o Poder Legislativo. O Poder Legislativo falou através de três deputados representativos da Assembleia do setor da agricultura. Agora falará o Poder Judiciário. Passaremos a palavra para falar em nome dos desembargadores e dos juízes do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, o desembargador Henrique Nelson Calandra, que foi presidente da Associação dos Magistrados do Brasil.

 

O SR. PAULO HENRIQUE NELSON CALANDRA - Presidente Fernando Capez, bom dia, bom dia a todos os presentes, homens e mulheres, construtores de um Brasil da esperança, de um Brasil liberto. Que me seja permitido falar da tribuna do parlamentar como modo de, pelo Poder Judiciário, que eu empolguei a vida inteira como juiz de carreira concursada, depois de quatro décadas, depois de atender meio milhão de pessoas e de proferir mais de 40 mil votos, de ter presidido a Associação Nacional, a Associação Paulista de Magistrados, vir aqui e fazer desta tribuna o local adequado para homenagear, inicialmente, os parlamentares paulistas e brasileiros. Porque nunca se viu tanta onda de críticas indiscriminadas contra pessoas que, escolhidas pelo voto popular, cabe escrever as leis que nós juízes temos que aplicar.

Eu fico extremamente honrado por poder, depois de 70 anos de idade, pisar neste solo sagrado da Casa de Leis de São Paulo para proferir uma fala, não representando o Tribunal de Justiça, do qual eu já não faço mais parte, porque completei a idade que nós somos aposentados por imposição constitucional. Mas me sinto rejuvenescido nesta tribuna, presidente, para homenagear cada parlamentar deste Brasil, na pessoa da vossa augusta Presidência.

Quero saudar o meu companheiro de tantos anos, de tantas horas, um homem quase perfeito, porque nós às vezes temos algum defeito, meu companheiro, desembargador Renato Nalini, hoje abrindo terreno e lutando pela educação verdadeira para os nossos filhos, para os nossos netos. Alguém que presidiu o nosso tribunal, que sentou ao meu lado na alçada criminal, que me deu posse como juiz no Tribunal de Alçada Criminal onde ele era presidente. Fui requisitado para trabalhar na seção criminal junto com o presidente Nalini. E eu fico honrado, presidente Nalini, desembargador e hoje secretário de Educação, representando uma das mais expressivas lideranças brasileiras que é o governador Geraldo Alckmin. Um homem que ferido de morte com a dor mais profunda que alguém pode sentir, com a perda de seu filho, é capaz de continuar governando com a firmeza necessária, sem direito, até sentir a dor que arrasaria qualquer um de nós. E ainda se propondo a servir mais o nosso país.

Eu fico feliz, presidente Capez, de poder saudá-lo como companheiro de trabalho no Ministério Público junto à magistratura. Anos, escreveu uma obra importantíssima para todos nós, que é o seu livro sobre processo penal que eu trago na minha cabeceira do escritório como orientação e viga-mestra desde o tempo que eu estava ali a julgar as pessoas com uma referência.

Meu querido deputado Barros Munhoz, presidente desta Casa de sempre, eu acho que o presidente vai continuar para sempre, ministro da Agricultura, secretário da Agricultura, um dos homens mais notáveis do nosso país na luta pelo homem do campo.

Meu querido deputado, maravilhoso, Itamar Borges, que preside a comissão voltada para agricultura, o queridíssimo João Caramez, também deputado de tantas lutas. Queria também registrar o meu agradecimento a esses deputados pelo destaque, pela consideração que tem tido com o Poder Judiciário e com a agricultura. Saúdo o coronel Gambaroni que está encerrando sua missão exemplar como comandante-geral da Polícia Militar do nosso querido estado de São Paulo. O nosso anjo da guarda da cidadania, da democracia e da segurança pública. Que Deus possa lhe abençoar nessa sua caminhada e esteja certo que a sociedade brasileira muito lhe deve.

Meu querido companheiro, Ricardo Sayeg, que preside a Comissão de Direitos Humanos do meu centenário Instituto dos Advogados de São Paulo. Meu sempre presidente, Luis Flávio Borges D’Urso, porque eu digo que aquele que presidiu continua para sempre hoje aqui também acompanhado de seu filho, conselheiro federal. Meu sempre presidente Ney Prado, do nosso imortal instituto, sempre elegante, sempre trazendo o seu conhecimento.

Queria, presidente Fernando Capez, lembrar um poeta inglês John Milton - o nosso querido Batoque - hoje lembrado em um jornal, “O Estado de S. Paulo”. E John Milton, meus amigos, não era nenhum jurista, ele era um dos maiores poetas ingleses. E quem escreveu uma obra fundamental em defesa da liberdade não foi nenhum de nós, deputado, presidente de sindicato, presidente da Assembleia, grandes juristas, foi um poeta. E John Milton, na sua obra chamada “Areopagítica”, vai à frente da Corte dos Lordes para defender a liberdade de expressão de um povo que era esmagado por um regime de repressão total. E muitas vezes em nome dessa tal da liberdade conquistada, meu sempre presidente Fábio Meirelles, que lidera, que nos ajuda, que nos encaminha, ela às vezes serve para deturpar, para mudar, para atacar pessoas que dedicam toda uma vida por uma causa da sociedade.

Queria homenagear a Sra. Ivelle, os filhos, o genro, o nosso presente, grande artista, Eduardo Araújo, eu dizia para ele, em particular, que nós, presidente Capez, devemos muito a este homem, porque através da sua arte, através da sua melodia, das suas músicas, tivemos um exemplo de uma juventude responsável e comprometida com nobres e importantes causas. Quero citar também os filhos, a Tânia, a Telma, o Thyrso, o Tarso, engenheiro agrônomo, pós-graduado no Brasil e fora do Brasil, que dedica a sua vida a ensinar no Senar a muitos, andando por lugares onde muitos de nós talvez nunca pisamos: nos interiores e nas fazendas.

Eu devo ser breve, devo falar o menos possível, porque o verdadeiro homenageado é aquele guerreiro, que com aquela espada inquebrável vai atravessando as cortinas do tempo em prol de um Brasil melhor. É aquele que, muitas vezes, é incompreendido, que sendo deputado, abria a porta para nós jovens, juízes, promotores, que íamos lá bater na porta dele, dizendo: “Olha, só precisamos de ajuda na Constituinte, nós precisamos de ajuda para que o Poder Judiciário, para que o Ministério Público não seja destruído”. E era naquela porta aberta que nós encontrávamos amparo e abrigo.

Eu não poderia deixar de falar, Dr. Fábio, sobre a sua e sua liderança há tantos anos neste setor. Na realidade, o grande homenageado de hoje não é o senhor, porque a sua figura física é mortal, tem duração limitada no tempo, mas sim o seu sonho, a sua luta por todos aqueles que presidem sindicatos no setor agropecuário, por todos aqueles que hoje vieram aqui para lhe aplaudir. E mesmo com 88 anos de idade, ser capaz de atravessar a cortina do tempo que até nós com menos idade, muitas vezes, nos sentimos enfraquecidos, sem coragem para avançar, mas a sua coragem pela agricultura, pela pecuária, não é mortal. A sua coragem contaminará a todos aqueles que nos ouvem, todos aqueles que nos veem no sentido de perpetuar que esse é o caminho certo para a humanidade, o caminho do trabalho, da dignidade.

O nosso Senar que já educou e encaminhou mais de quatro milhões de pessoas. Eu, jovem juiz, tinha meus presos que eu tinha que mandar estudar para fora. Era o sindicato, era a federação que ajudava com óleo diesel, arrumando motorista para levar os presos para estudar fora da cadeia, porque eu não admitia ninguém preso sem trabalho e sem estudo. E foi assim que muitas vidas foram recuperadas e salvas. Nem o senhor lembra disso porque vai fazer quase 40 anos.

Portanto, presidente Capez, eu me aventuro a usar desta tribuna para dizer que o Brasil tem jeito, para dizer que o Brasil, semeado pela mão corajosa dos senhores e das senhoras, verdadeiros líderes deste País, poderá alimentar não só o nosso País, como o próprio mundo. A nossa balança comercial diz mais que qualquer pesquisa e página de jornal. Ela diz que das mãos do nosso lavrador e dos nossos produtores rurais é que vem a solução para um Brasil que tem fome e sede de justiça. Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Completando a tripartição de Poderes, na concepção de Montesquieu, eu vou passar a palavra agora ao desembargador José Renato Nalini que falará representando o Poder Executivo, o governador Geraldo Alckmin, uma vez que é secretário de estado da Educação, e foi presidente do Tribunal de Justiça também. Sua excelência, José Renato Nalini.

 

O SR. JOSÉ RENATO NALINI - Muito bom dia a todos. Não tenho o dom da oratória dos três parlamentares e do meu querido irmão, Henrique Nelson Calandra. Portanto, serei breve nestas minhas palavras, porque tenho o privilégio de ser contemporâneo do Dr. Fábio de Salles Meirelles e de já ter feito a ele, na condição de presidente do Tribunal de Justiça, aquela homenagem merecidíssima que ele teve durante a nossa Presidência, recebendo também o Colar do Mérito do Tribunal de Justiça, a mais alta condecoração.

O governador Geraldo Alckmin me encarregou, presidente Capez, de trazer à V. Exa. dois abraços especialíssimos. Um abraço pela homenagem merecida ao Dr. Fábio de Salles Meirelles, que é aquele que está fornecendo ao governador os sinais mais promissores de que o Brasil está enxergando uma perspectiva auspiciosa através deste trabalho, que dá uma resposta magnífica. E quem assiste aquelas inserções nos noticiários da manhã mostrando o que o agronegócio está a oferecer como sinal concreto de retomada do desenvolvimento, é o Brasil que tem de agradecer aquilo que o Dr. Fábio de Salles Meirelles representa, e cuja liderança o mantém durante tantos anos, merecendo o respeito, carinho, a solidariedade de toda a sua categoria. E agora esse reconhecimento que é tão bom que em todos os Poderes V. Exa. está a receber aquilo que é de justiça. O sinal de que a sua contemporaneidade enxerga o que o senhor representa na liderança desse setor que é, como diz o governador, a salvação da lavoura brasileira.

Então, fica este abraço do governador, que já teve a oportunidade de dar várias vezes, e que gostaria de estar aqui pela manhã, mas outros compromissos me impediram.

E o segundo abraço, presidente Capez, é a gratidão do governador pela sua presidência. Gratidão a qual eu acrescento a do Poder Judiciário. V. Exa., quando assumiu a Presidência desta Casa, no primeiro mês aprovou vários projetos que estavam aqui à espera da apreciação da Casa, desta caixa de ressonância das aspirações populares que é o Legislativo. O Poder mais forte, na concepção de Montesquieu, porque é aquele que elabora as regras do jogo. Ao Executivo, no Estado de Direito, resta cumprir a lei, isto é governar, é cumprir a lei. E ao Judiciário, fazer incidir a vontade concreta da lei aos conflitos. Mas quem tem as rédeas do Estado de Direito é o parlamento. V. Exa., quando assumiu, e eu sou testemunha disso, fez, com a sua liderança, aprovar vários dos projetos de interesse da Justiça, isso deu ânimo a que o Judiciário retomasse o seu trabalho pela informatização, pela aceleração no julgamento dos processos, e nós já estávamos com mais de 100 milhões de demandas no Brasil a mostrar que há uma sede de justiça como há pouco o desembargador Calandra falou.

Então,. termino fazendo homenagem a um que merece homenagens, o Dr. Fábio de Salles Meirelles, este padrão, esta legenda. Todos nós somos privilegiados por sermos contemporâneos dele. A história já está registrando o que ele significa e é muito bom que esta Casa do Povo de São Paulo formalize a gratidão, o reconhecimento, mas acima de tudo o respeito e o carinho do povo de São Paulo por Fábio de Salles Meirelles. Muito obrigado, senhor presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Anunciamos também a presença do deputado Leo Oliveira, através do seu assessor, o Cléber Maldaner, e também do deputado Salim Curiati, através do seu assessor Ney Dias, aqui presentes.

Comunicamos a todos os presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web e será transmitida pela TV Assembleia, neste sábado, agora, dia 11, às 11 horas da noite. Quem tem a NET, se o sinal não cair como de hábito, coloque no canal 7; a TV Vivo no canal 9 e TV Digital no canal 61.2. Então sábado, 11 horas da noite, todos nós já temos um compromisso em rever esta belíssima e justa homenagem que a Assembleia Legislativa faz a Fábio Salles Meirelles.

Neste momento, procederei a leitura brevíssima do currículo do homenageado para que em seguida, no momento mais importante, no clímax desta sessão, passemos a entrega do Colar de Honra ao Mérito Legislativo.

Foi um trabalho enorme, porque o Thyrso organizou uma obra maravilhosa, uma biografia sobre a vida do professor Fábio Meirelles: “Semeador dos novos tempos”. Está aqui então, gostaria que desse um foco aqui, eu não posso falar close porque seria anglicismo. Muito bem. Engraçado, eu não estou vendo. Ele está aparecendo? Está? Que lá eu não estou vendo. A garrafa está na frente. A vida é o detalhe, é o principal. Está aqui? Então aqui, pronto. Muita gente vai ver esta sessão, vai ser repetida muitas vezes pela televisão, vai para as redes sociais, e eu quero que vejam o registro da vida deste homem maravilhoso.

Bem, falar de Fábio de Salles Meirelles é ao mesmo tempo uma missão fácil e difícil. Fácil, porque sua vida é repleta de fatos importantes. Difícil, porque não é fácil selecioná-los. Todo o dia seu currículo precisa ser atualizado, é um grande exemplo, sobretudo às novas gerações. Na semana passada estava com mais de 120 páginas, fomos olhar hoje e já passou de 130. Podemos então dizer que Fábio Meirelles é um dos mais importantes líderes rurais que já surgiu na história do Brasil nos últimos 60 anos. Indiscutivelmente, o seu trabalho beneficiou toda a agricultura nacional. Seu currículo é enriquecido por funções representativas de eleição, cargos públicos, atividades políticas, empresariais, condecorações, quase uma centena de títulos de cidadão de municípios paulistas e de outros estados, comendas, troféus, medalhas, obras publicadas, missões no exterior, palestras em congressos.

Advogado, OAB de Franca, formado me 1966, é diplomado pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, no 19º Ciclo de Estudos, participou do Ciclo de Extensão da ESG, no curso “A Segurança Nacional no Pensamento Político Brasileiro”, sempre um patriota. Exerceu os cargos de presidente do Banco Nacional de Crédito Cooperativo, BNCC. Presidente do Instituto do Café do Estado de São Paulo e diretor da Badesp. Chefiou delegação de empresários brasileiros junto à Organização Internacional do Trabalho. Inúmeras conferências e participações nacionais e internacionais. Eleito deputado federal por São Paulo, em 1990. Integrou as Comissões de Agricultura e Política Rural, Economia Indústria e Comércio, Defesa Nacional, Constituição de Justiça e Orçamento, as mais importantes. Exerce também a presidência do Conselho de Administração do Senar, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado de São Paulo, desde 1993. E a presidência do Fundo de Desenvolvimento Pecuário do Estado de São Paulo.

Acumulou, até dezembro de 2008 a presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, órgão sediado em Brasília, a presença do Conselho Deliberativo do Senar a nível nacional. Foi eleito por unanimidade presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae São Paulo. Na gestão de 2004/2006, ocupou a vice-presidência do referido conselho. Em dezembro de 2006 foi eleito uma unanimidade, uma unanimidade inteligente, para mais uma gestão à frente do Sebrae, cargo que exerceu até janeiro de 2009. Eficiente administrador rural, Fábio Meirelles, com seu trabalho diuturno em suas fazendas, produz café, milho, sementes e soja com altos níveis de produtividade, contribuindo, com a policultura, para a riqueza de nossa nação.

Criador de gado de corte, de leite, de cavalos, jamais se descuidou da defesa ambiental. Há mais de 40 anos desbravou e desenvolve atividade agropecuária no altiplano central, no único ponto do estado de Minas Gerais que toca no Distrito Federal. Foi escolhido e nomeado presidente da Agrishow, em 27 de agosto de 2014, e assim presidirá nos próximos dois anos. Faz projetos para o futuro, tem muito ainda a oferecer. Em 17 de dezembro de 2015 foi reeleito para sua décima quarta gestão, frente à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, Facesp, e do Conselho Administrativo do Senar, administração regional do estado de São Paulo para gestão 2016/2020.

Pai de família, marido exemplar, casado com a professora Ivelle Lacerda Meirelles, tem sete filhos, 15 netos, cinco bisnetos. E continua dedicando sua vida diuturnamente ao incansável trabalho. Em um período em que o nome construído vale muito pouco, quando pela crise, jornais e meios de comunicação precisam vender e só vende aquele que fala mal, esta Assembleia tem o compromisso com o restabelecimento da verdade, para mostrar uma vida edificada com trabalho, com dignidade. Contra fatos não há argumentos.

Às vezes eu me lembro, querido Fábio Meirelles, do filósofo do século XVII, Thomas Hobbes, que nasceu em 1588 de parto prematuro. Sua mãe estava apavorada com a chegada da invencível armada espanhola que se aproximava da ilha na Inglaterra. Quando ele nasceu, então, diz que nasceram gêmeos: ele e o medo. Aquilo influenciou Hobbes em toda a sua vida. Ele foi autor de inúmeras obras, entre as quais “Leviatã”, na qual ele sintetizava: “O homem é o lobo do homem. Homo homini lupus”. Quando a gente se sente injustiçado, a tendência é dar razão a Hobbes, mas quando vemos Fábio Meirelles, sua família, seus amigos, a união desta Assembleia Legislativa, este parlamento unido, sem personalismos para fortalecer o Poder Legislativo e reequilibrar a democracia, nós reacendemos a esperança no ser humano.

Fábio, não é você que está sendo homenageado pela Assembleia, é a Assembleia que está sendo homenageada quando você aceita receber a comenda mais importante aqui criada, que só pode ser concedida se autorizada pela Mesa, pelo Colégio de Líderes, depois de passar por inúmeros escaninhos. Por esta razão, peço ao Dr. Calandra, a Barros Munhoz, nosso querido Nalini, nosso brigadeiro comandante do IV Comar, aos deputados aqui presentes Itamar Borges e João Caramez, que auxiliem o presidente na entrega do Colar de Honra ao Mérito Legislativo. E peço que seu filho Thyrso e sua esposa Ivelle compareçam também aqui para ficarem neste momento eternizado.

 

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- É entregue o Colar de Honra ao Mérito Legislativo.

 

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O SR. RAFAEL SILVA - PDT - Se ele ocupasse a direção desta Nação, com certeza o Brasil teria outra realidade. Eu vim aqui para ir ao Serviço Médico. A minha mulher falou: “Olha, morreu um cara com febre amarela, é vizinho lá”. Eu então falei: “Mas não pega em ninguém, ?”. Então gente, por este problema, levantei e tomei banho para ficar numa boa, mas estava no Serviço Médico, Dr. Fábio, por isso eu não estive aqui antes . Mas o senhor merece todas as homenagens do mundo, o senhor merece. Eu o conheço muito bem. Parabéns para quem teve essa iniciativa e parabéns para a Assembleia. Um homem de valor que hoje está tendo o seu valor reconhecido.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Muito bem. Deputado Rafael Silva que não conteve a sua emoção. E como aqui é uma sessão solene, porém familiar, nós ficamos honrados com a sua fala.

Bem, agora, o melhor fica para o final. Com a palavra Fábio Meirelles.

 

O SR. FÁBIO DE SALLES MEIRELLES - Excelentíssimo e prezado amigo, presidente da Assembleia, que eu costumei chamar Dr. Capez, uma intimidade na expressão da fala do seu nome. Preparei, inclusive, entre vários documentos, um que eu iniciava dizendo ao presidente da Assembleia Legislava do Estado de São Paulo, Dr. Fernando Capez. É um protocolo inicial para fazer uma retórica dentro da doutrina da boa fala.

Possivelmente, eu usarei parte de duas páginas que escrevi. Mas antes, torna-se necessário, na experiência do meu tempo, prestar em seu nome os maiores e mais expressivos cumprimentos para afirmar que não há palavra, não há expressão para exprimir a importância deste evento.

Então, mais uma vez eu diria, o Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Dr. Fernando Capez, permita assim, V. Exa., pela dignidade, coragem, civismo que tem, e principalmente pela responsabilidade nos seus atos pessoais e públicos de ficar à frente na luta e na defesa dos interesses dessa notável Assembleia e do povo de São Paulo. Que acredito que eu honro realmente agora, a cumprimentar todos que antecederam na palavra, na expressão, na representatividade que tem. Meu muito obrigado por tudo quanto eu ouvi. Não tem outra expressão do que o meu muito obrigado. Porque foram tão belas, tão fantásticas, e eu tão pequeno para tantos méritos. Mas Deus permitiu que eu as ouvisse. A eles, em nome do presidente Capez, meus cumprimentos.

E antes de pronunciar o pouco que escrevi, eu queria dizer que as nuvens negras surgem, mas são passageiras e se enterram por si mesmas. Elas desaparecem. A luz do sol que vai ao campo quase que, poderíamos dizer, da divindade da presença de Deus, não precisaria subir tanto, porque não tem dúvida que se Ele legou para nós a sua espiritualidade, quem pode dizer que Ele não está aqui entre nós? Sua maior justiça e compreensão do que está ocorrendo, está na mão de Deus. E nós todos, querendo ou não, somos submetidos a Ele. Eu me submeto em saber se mereço o que recebi e vou agradecer. Se não mereço, eu peço escusa e perdão aos que me homenagearam. Assim, então, a humanidade caminha naquilo que chama espiritualidade.

Eu lembro, ao ver este grupo extraordinário de presidentes de sindicatos, do fato que ocorreu outro dia comigo, quando cheguei a receber documentos e ofícios, bloqueando qualquer ato que nós tivéssemos em movimentar, se fosse o caso, mil, cinco mil, dez mil, 25 mil, como já fizemos, da liderança para vir aqui em uma solenidade como esta.

Tinha que resguardar, um ambiente elevado, de leis, que é notável, a Assembleia Legislativa do Estado. E passamos a bloquear, deixar livre, bem livre, sem nenhum convite, embora o convite saísse direto do presidente da Assembleia. Por isso eu afirmo, aqui há uma liderança especial de notável valor, porque representa a força significativa de cada área da produção agrícola. No ano em que casei com Ivelle Lacerda Meirelles, lá estava na catedral de Franca o cônsul-geral da Grã Bretanha. A surpresa maior foi que 15 dias após, sua majestade, o governo britânico nos convida para passar o mês na Grã-Bretanha. Convidado de honra do governo britânico. Era, até certo ponto, não entendíamos bem o episódio. Mas lá comparecemos. Lá fomos. E nas reuniões que nós tivemos com o conde, de dois metros de altura, um gigante, que tinha também o seu ciclo de propriedades na Grã-Bretanha, mostraram a evolução do campo agrícola e agroindustrial da Grã-Bretanha, mostrando a evolução, a parte técnica e em todas as vezes perguntavam como nós sentíamos de perto a agricultura brasileira de São Paulo, porque nós já tínhamos uma liderança, já presidíamos alguns setores da agropecuária.

A grande pergunta, presidente Capez e deputados que aqui estão comigo e essa liderança extraordinária de autoridades e de representação: O que significava para nós? O que nós pensávamos desse continente da agropecuária? É que nós tínhamos experiência pelo levantamento e os estudos que eles tinham da compreensão das nossas atividades. Já havia uma preocupação no continente da agropecuária brasileira. É inacreditável que isso ocorresse com outros feitos, caminharam também nesta direção. Outros convites vieram a nós. Não tinha dúvida que era fundamental que nós fortalecêssemos o nosso setor agrícola, a tal ponto que o meu pai, saudosa memória, Dr. Severino Tostes de Souza Meirelles: “Meu filho trabalha a favor, permanentemente da nossa terra. Temos que fazer as correções necessárias. E quando você cuidar de uma produção, faça com técnica e cuide para acolher bem e melhor abastecer.”

O Brasil é um continente, como dizia ele para mim, que Dom João VI disse, em 1808 ele diz: “Abro os portos para o mundo”. Dom João VI demonstrou em 1808, a família nossa é que começou aqui, por volta de 1750. Deu uma tradição de conhecimento e uma atividade de responsabilidade pessoal no trato da agropecuária. Não há como negar que a liderança, que parece tão simples, inclusive de mulheres que aqui estão que também presidem sindicatos, mas têm amor à terra. Então não há nenhum lucro maior do que a não ser o amor pela terra, pela atividade.

E a minha esposa é melhor agricultora do que eu, ninguém contou. Campeã. Sabia e sabe fazer qualquer trabalho, até de laçar ou tirar o leite de uma vaca brava. E é professora. O seu avô era o coronel João Pedro de Faria que ajudou a abrir os sertões de Minas e de Mato Grosso, deixando também fincada naquela região uma área importante de pecuária. Então há uma vivência, Sr. Presidente.

O que me surpreende muito é V. Exa. qual foi a estratégia possível, imaginária, para um homem de grande ciência, um procurador ilustre, um homem de coragem que define o seu caráter na linha de frente, para o que der e vier, escolher um homem do campo para prestar esta homenagem? É claro que os presidentes que aqui vieram, que nós paramos, não fizemos mais movimento nenhum, devem estar felizes, porque eles representam, cada um deles, lá no seu município não apenas o estado, o município, porque nós temos 237 sindicatos patronais e 324 extensões de base. Quase a totalidade dos 645 municípios. Estamos ligados em, permanentemente consolidar o sistema, como dizia o meu pai “arrancar da terra o alimento para fortalecer os nossos filhos”.

E por isso posso garantir quando vejo falar das Forças Armadas ao nosso lado. Basta dizer o último fato que eu contarei fora do que eu escrevi para dizer. Estava aqui um homem chamado general Charles De Gaulle, e eu recebo um convite da Presidência da República, cujo presidente era o Marechal Castelo Branco. O convite era para comparecer a Brasília para tratar de um assunto de interesse da agricultura. Nós comparecemos. E na reunião que houve era exatamente o presidente do Brasil com o presidente Charles De Gaulle, em uma reunião social que houve, nós fomos convidados e fomos chamados a um canto para conversar uns dez minutos com os dois presidentes. E qual foi a pergunta? Primeiro ele falou da sua produção em torno de Paris, e era a coisa mais fantástica que tinha em Paris. Mas lá nos campos de Paris, só caminhavam em uma forte expressão a pecuária leiteira também, mas como é que consolidaria um processo da agricultura que pudesse abranger amplamente o sistema agrícola aqui em São Paulo?

O que eu não entendi de pronto foi a razão do convite a mim, porque tinham ministros de Agricultura, secretários de Agricultura. O nosso nome era visto como um nome voltado à agropecuária, à terra brasileira. Isto tornou-me naturalmente um sacerdote do sistema agrícola. E posso garantir, aqui tem um número grande de presidente de sindicatos.

Todas às vezes, Sr. Presidente, que termina o período e que vem um novo período de eleição, são os líderes que estão aqui e outros que não. Disse: “Presidente, aguardamos que o senhor faça a nova chapa das eleições” O candidato, V. Exa., eu deixo livre para qualquer líder, ele tem coragem como eu de levantar e de dizer que há um equívoco. Aqui é uma Casa democrática, aberta, espontânea. E vou até aplaudi-lo, porque assim já estou livre de quaisquers discussões para a frente. Uma questão de oposição pode iniciar tão simplesmente.

A grande desta Casa é que prevalece nesses fatos, porque V. Exa. nem sequer de leve teve dúvida de que deveria abrir o plenário para prestar esta homenagem. Não tem nada mais, quando fala de um emblema como este. Veja o que está escrito aqui: “Colar de Honra ao Mérito” Defender a honra da terra e da Nação é defender a honra da sociedade, porque sem arrancar o alimento da terra, a sociedade humana perece e só não desaparece porque a espiritualidade vai reagir contra aqueles que não têm credo e não confiam nos ideais da sua própria nação. Isto feito, eu peço permissão, às eminentes autoridades, eminentes senhoras que estão aqui. E talvez, Sr. Presidente Fernando Capez, eu vejo aqui duas ou três autoridades aqui no plenário. Uma delas é importante, em uma área específica e que chegou a mim, logo trazer o cumprimento à solidariedade.

Mas eu fiz para mostrar que eu sou hoje um aluno da Assembleia Legislativa do Estado. Tive a honra de ter Prestes Maia como meu presidente. Estar com meu mestre, grande amigo, homem também do campo. Eu disse aqui o seguinte, vou ler para os presidentes, porque todos aqui sabem mais do assunto que eu vou fazê-lo. Enalteço a importância desta respeitável Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, composta por 94 ilustres deputados, e o que prevalece é o debate no centro da representação e na justificativa ou não e das razões que existem corretas ou incorretas, mas dentro da conceituação de respeito ao legislador. É aqui que eu deixo o agradecimento ao respeito ao legislador em nome de Vossa Excelência.

Os cidadãos, na elaboração das leis, pertinente ao estado e fiscalizam as ações do Executivo estadual, no exercício de suas atribuições constitucionais. A pedir mais, instituição sólida que teve início com a Proclamação da República, como Conselho Geral da Província de São Paulo, exercido curiosamente de forma bicameral, pelo Congresso Legislativo do Estado de São Paulo, composto pela Câmara Estadual e pelo Senado Estadual em 1891.

Posteriormente, passando por algumas Constituições estaduais, tornou-se unicameral sendo confirmado o formato pela Constituição Federal de 1988. Puseram 88 para eu lembrar da minha idade de agora, é possível? Espero poder prosseguir um pouco mais. A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo é palco de grandes debates e brilhantes evoluções legislativas, visando a melhoria das condições de vida da população paulista.

Por isso respeito a Assembleia do Estado, é um respeito de cidadania e um conselho para quem nos governa, nos dirige ou tem outras funções de saber respeitar as decisões desta Casa. E aqui é uma palavra que fiz quando pensei que ia assumir a Assembleia naquele ano que saí candidato e fiquei na suplência. É importante esclarecer que a evolução histórica do Estado de São Paulo tem uma forte ligação com o desenvolvimento da agricultura e das instituições de defesa da agropecuária e suas lideranças, as quais contribuíram fortemente para o atual estado do desenvolvimento de São Paulo. Seria negar a segurança da sociedade, o grande dever do homem do campo, das autoridades constituídas.

Por isso que nos reflete correta a homenagem recebida para dizer que seus deveres estão sendo cumpridos corretamente. Vamos cumprir melhor. Veja aqui, foi em meados de 1947 a 48 que ingressamos na Faresp, atual Faesp, que teve como entidades fundadoras a Associação Rural do Vale do Sapucaí em Franca, a Associação Rural do Vale do Mogi em Mogi Mirim e Associação Rural do Vale do Rio Grande em Barretos, por Íris Meinberg, deputado federal que foi implantador da Confederação Nacional de Agricultura e Confederação Rural Brasileira.

Nessa fase participávamos ativamente das reuniões e discussões da Confederação Rural Brasileira, atual CNA. Assumimos a Presidência da Associação Rural do Vale do Sapucaí no final de 1959, e então começou nossa marcha em direção a São Paulo e ao Brasil, em todos os estados. Nessa fase, em 1988, membro da Confederação Rural Brasileira, fomos indicados por seu presidente - ilustre senador Flávio da Costa Brito - junto a Assembleia Geral Constituinte como representante da classe agrícola para o acompanhamento dos assuntos relacionados à agricultura e reforma agrária.

Na Constituinte de 88 atuamos de forma decisiva para que o Senar - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, extinto pelo governo federal por incompetência e falta de conseguir ação, fosse recriado e colocado nas mãos das representantes ilegítimas dos produtores rurais. A CNA, em conjunto com as federações de agricultura e com a efetiva dos sindicatos rurais... Em São Paulo não tínhamos o sindicalismo, não tínhamos as estruturas, não tínhamos nada e nós implantamos. Hoje estamos em mais de 564 municípios do estado. Em 1991 foi por apelo à classe produtora paulista, com seu espontâneo apoio que fui eleito deputado federal. Contribuímos para a regulamentação do cenário em 1993, procedendo a sua implantação em nossas bases sindicais, levando à promoção social e a formação profissional do homem do campo. Os dados já foram expressados aqui até o número fantástico de alfabetização.

Em 1995, Sr. Presidente, apesar da pressão política para uma recondução garantida para o mandato de deputado federal, naquele ano os jornais diziam que estávamos em terceiro lugar na maior intenção de votos. Cedemos à pressão da classe rural, isso só eles sabem, e a responsabilidade de participar efetivamente na consolidação e aprimoramento do cenário no meio rural. É a grande força hoje do cenário, ele é vida no município. Os prefeitos jamais permitirão que uma política faça arrancar o cenário do nosso município, e quem fizer política para abalar o sistema sindical no município está cometendo um crime de interesse econômico e social do próprio Estado.

Assim, por meio da estrutura dos sindicatos rurais patronais, apesar de todas as adversidades da época conseguimos, com apoio de nossas bases, os presidentes de sindicatos e das senhoras. Hoje nós temos, não tínhamos quando entrei, mas hoje parece que temos 12 ou 14 presidentes mulheres com uma grande competência e capacidade fantástica, inclusive aprimorando a capacidade educacional. Conseguimos, com apoio dessas bases, utilizando metodologias avançadas e alcançamos nosso público alvo atento às necessidades do trabalhador, do pequeno e médio produtor a tal ponto que o próprio Tribunal de Justiça está aqui representado.

Fez um protocolo, como disse o Sr. Nalini, de intenções com a federação para que os presos, oriundos da área pecuária, trabalhadores e analfabetos pudessem ser alfabetizados dentro da própria cadeia. Nós tínhamos professores, técnicos especializados para fazer isso. Nunca o cenário cobrou nada de ninguém, nenhum recurso - nem de alimentação, de coisa alguma.

Por fim, trago algumas reflexões pessoais, fruto dos ensinamentos do meu saudoso pai e da minha - que ontem foi o Dia das Mulheres - mais extraordinária mulher que já conheci, minha querida mãe, professora Jovina de Salles Meirelles. Aprendi com eles a ser cristão, com uma visão humana de São Paulo e do Brasil, das nações. O mundo é um só centro, dividido por forças, mas o homem é a única unidade que comanda todos os centros, mesmo com cores ou poderes diferentes, procurando buscar sempre o diálogo com a melhor forma democrática de evitar conflitos ou confrontos sociais. Esse, Sr. Presidente, é o homem do campo Fábio de Salles Meirelles.

Lembro nesse instante de que nada se consegue se a alma não estiver presente no ideal dos objetivos que a humanidade reclama. Que é um homem eterno, porque a nossa passagem vai ocorrer, mas eu pergunto, naquela frase de Júlio Cesar, compondo a sua entrada no senado romano. Todos de acordo, quando vem em frente abraçá-lo seu filho de criação, Brutus. Ele vai falar com o filho daquela vitória da unidade e sente a ponta do aço em seu coração: “Até tu, Brutus?”.

Então, nossa unidade, Sr. Presidente, me fez lembrar e adotar esse último ponto, porque V. Exa. mostrou dignidade na postura e defendeu a posição de presidente de uma instituição que não pertence apenas aos ilustres deputados, mas ao povo de São Paulo. Nós deputados, quando fui do Congresso Nacional, somos representantes do povo e temos que procurar entender junto a nós, e não nos digladiar porque essa racha não beneficia nenhum povo, nenhuma sociedade, mas sim outros interesses que depois de ter que corrigi-los, a nação ficou para trás.

Nós estamos unidos no ideal da espiritualidade e não apenas da matéria, aqui fica meu eterno agradecimento à Vossa Excelência, às autoridades que se expressaram aqui, aos representantes das Forças Armadas, a todos, enfim, me permita até a presença que nos honra dessa autoridade que veio trazer uma palavra de abraço da nossa Polícia Federal. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Ainda em tempo, o deputado Coronel Camilo - que foi comandante-geral da Polícia Militar - está aqui prestigiando; o jornalista Márcio Morais também está aqui ajudando na cobertura do evento. Infelizmente, como sessão, tem um começo, meio e fim e está na hora de nós encerrarmos após essas belíssimas e justas palavras. Fábio Meirelles podia estar descansando em uma de suas fazendas e está aqui trabalhando incessantemente. Você é um grande exemplo.

Só para registrar e ficar no seu coração, teve uma competição na floresta de tartarugas que iam fazer a escalada de uma montanha, e os animais juntaram ali e todos começaram a xingar, gritar, ridicularizar, difamar. As tartaruguinhas iam ouvindo esses apupos e iam desanimando, iam parando; só uma prosseguiu. Quanto mais destaque ela tinha, maiores eram os apupos, a irresponsabilidade, maior o número de adversários que queriam tripudiar sobre ela para crescer sem trabalhar, para crescer sem ter a história que ela tinha. A tartaruguinha chegou, escalou e assumiu o topo daquela montanha. Perguntaram qual era o segredo da tartaruga, e ela era surda. Muitas vezes temos que nos fazer de surdos àqueles medíocres que querem ver nas palavras de críticas destrutivas o único meio de crescer.

Continue fazendo muito, continue dando exemplo, continue trabalhando como você sempre fez, porque está provado que melhorar a produtividade agrícola é a melhor de todas as intervenções para reduzir a pobreza. Melhorar as outras atividades econômicas também contribui, mas nada é tão eficiente quanto investir na agricultura; Bill Gates, fundador da Microsoft.

Esgotado o objeto da presente sessão a Presidência agradece todas as autoridades, à toda a equipe e funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da Secretaria-Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Legislativa, das Assessorias Policiais Militar e Civil, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta sessão. Deus abençoe a todos, longa vida ao nosso rei.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 12 horas e 09 minutos.

 

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