DECRETO N. 2944, DE  8 DE AGOSTO DE 1918

Approva o Regulamento para a execução da Lei n. 1.579, de 19 de Dezembro de 1917, que estabelece diversas disposições sobre a Instrucção Publica do Estado.

O Presidente do Estado de S. Paulo, de accôrdo com a attribuição que lhe confere o artigo 38, n. 2 da Constituição o em execução da Lei n. 1579, de 19 de Dezembro de 1917, que estabelece diversas disposições sobre a Instrucção Publica do Estado, resolve approvar o Regulamento que a este acompanha, assignado pelo sr. dr. Secretario de Estado dos Negocios do Interior.


Palacio do Governo do Estado de S. Paulo, 8 de Agosto de 1918.

Altino Arantes.
Oscar Rodrigues Alves.

REGULAMENTO

 

Para a execução da Lei n. 1579, de 19 de Dezembro de 1917, que estabelece diversas disposições sobre a Instrucção Publica do Estado


Capitulo I


DA CLASSIFICAÇÃO DAS ESCOLAS ISOLADAS


Artigo 1.° - Ficam as Escolas Isoladas do Estado classificadas em ruraes, districtaes e urbanas.

Artigo 2.° - São escolas ruraes as localizadas nas piopriedades agricolas, nos nucleos coloniaes e nos centros fabris distantes da sede do municipio.
§ 1.° - Será de dois annos o curso destas escolas, subordinado ao programma do annexo n. 1.
§ 2.° - Serão os vencimentos dos professores destas escolas eguaes aos dos das escolas districtaes ou de bairro.

Artigo 3.° - Escolas districtaes são as situadas em bairro ou sede de districto de paz.
§unico. - Será de tres annos o curso destas escolas, subordinado ao programma do annexo n. 2.

Artigo 4.° - Escolas urbanas serão as ereadas em séde de municipio.
§ unico. - Será de quatro annos o curso destas escolas, subordinado ao programma do annexo n. 3.

Artigo 5.° - Nas escolas ruraes, districtaes e urbanas, distribuirá o professor todos os alumnos em classes, de accôrdo com o adeantamento e o desenvolvimento mental dos mesmos.

Capitulo II

DOS CURSOS COMPLEMENTARES


Artigo 6.º - Fica instituido um Curso Complementar, annexo a cada uma das Escolas Normaes do Estado e sob a direcção do estabelecimento principal.
§ unico. - Destina-se o Curso Complementar a :
a) Completar o curso primario ;
b) Preparar candidatos á matricula no 1.° anuo das Escolas Normaes.

Artigo 7.º - Será de dois annos o Curso Complementar, devendo ministrar-se, separadamente, o ensino a ambos os sexos, excepto na Escola Normal do Braz, onde se destinará, exclusivamente; ao sexo feminino o referido Curso. Constará das seguintes materias o ensino nesse curso, sendo o programa o que figura no annexo n. 4:

1.º Anno

                                                                   Aulas Semanaes

Portuguez............................................................   3
Francez................................................................   3
Arithmetica..........................................................   3
Geographia do Brasil.........................................   3
Desenho e calligraphia......................................   2
Musica e canto....................................................   2
Trabalhos manaes...............................................  2
Educação physica (escotismo gymnastica)...... 2
Total de aulas, por semana................................. 20

2.º Anno

Portuguez................................................................. 3
Francez.................................................................... 3
Arithmetica e Algebra............................................ 3
Historia do Brasil, Educação Civica) .................. 3
Leituras commentadas da Constituição 
    Federal e da Estadual....................................... 1
Noções de Anatomia e Physiologia.................... 2
Desenho e calligraphia......................................... 2
Musica e canto....................................................... 2
Trabalhos mannaes............................................... 2
Educação physica (escotismo e gymnastica).... 2

Total das aulas, por semana................................ 23

TITULO I

Da matricula


Artigo 8. - A matricula nos Cursos Complementares será aberta, nas respectivas secretarias, a 15 e encerrada a 25 de Janeiro de cada anno, em se tratando de cursos annexos ás Escolas Normaes Secundarias, e de 25 a 30 do Janeiro, dos das Escolas Normaes Primarias.

Artigo 9.º - Serão admittidos á matricula no 1.* anno do Curso Complementar :
a) Para a metade das vagas existentes, os alumnos diplomados pelas Escolas-Modelo ou Grupos-Modelo, em anno anterior ao da matricula . e, na falta desses alumnos, os que mais se distinguirem nos outros grupos, tomando-se em consideração a media de todas as notes de applicação e de exames, obtidas durante o ultimo anno do curso daquelles estabelecimentos.
b) Para o preenchimento da outra metade de vagas, os candidatos habilitados no exame de admissão a que se submetterem, devendo ser examinados nas materias que constituem o curso preliminar dos grupos escolares e segundo o programma nos mesmos adoptado.

Artigo 10. - Não poderá exceder de 46 o numero de alumnos de cada anno do Curso Complementar, tendo-se em vista a lotação da respectiva sala de aulas.

Artigo 11. - Os requerimentos de matricula serão dirigidos ao director da Escola á qual estiver annexo o Curso, acompanhados:
a) Certificado de approvação no curso preliminar para os alumnos das Escolas-Modelo, Grupos- Modelo ou grupos escolares, alumnos esses que tiverem direito á matricula, de accôrdo com o n. 1, do art. 9.°:
b) Certificado de approvação no exame de admissão, realizado segundo o n. 2, do art. 9. ;
c) Certificado de promoção ao 2.º anno. 

§ 1.° - Terão preferencia á matricula no 1.° ou 2.° anno os alumnos que não houverem obtido media de approvação em anno anterior, ou que, pelo numero de faltas de comparecimento ás aulas, tiverem sido eliminados.
§ 2.° - Perderá o direito á matricula o alumno que se afastar do Curso por dois annos leetivos.

TITULO II

Das aulas 


Artigo 12. - As aulas dos Cursos Complementares serão abertas em 1.º de Fevereiro e encerradas cora as da Escola a que estiverem annexos.

Artigo 13. - Será o tempo de trabalho diario dividido em dois periodos, separados por um descanço de vinte minutos.
§ 1.° - Cada aula terá a duração de 50 minutos.
§ 2.° - Será ás 11 horas o inicio das aulas, excepto nos cursos que funccionarem em dois periodos.
§ 3.º - Antes de iniciar a primeira aula, fará o professor da classe a chamada dos alumnos, marcando faltas aos que não tiverem comparecido, e considerará, igualmente, como faltas, as entradas tardias e as retiradas dos alumnos.
§ 4.° - A media das uotas de lições, sabbatinas e exe cicios praticos que constituem a nota de applicação, em cada materia, será mensalmente entregue pelos respectivos professores á Secretaria da Escola para o competente registo.
§ 5.° - As lições e sabbatinas escriptas, assim como os exercicios graphicos de cada alumno, serão mensalmente archivados na Secretaria da Escola.
§ 6.º - Ao alumuo que, por falta de comparecimento, não tver obtido nota em qualquer mataria do respectivo anno, será facultada uova sabbatina, mediante requerimento ao director da Escola, com prova justificativa da ausencia.
§ 7 ° - A sabbatina a que se refere o .§ anterior deve ser requerida doutro dos oito dias que se seguirem á volta do aluuno ás aulas e realizada uo prazo de oito dias, a contar da data do despacho do requerimento.
§ 8.º - O professor e o mestre do Curso Complementar são obrigados a registar, diariamente, as lições em livro para esse fim destinado.
§ 9.º - As medias de applicação, relação de faltas e as medias dos exames, serão fornecidas aos interessados em boletins, que serão devolvidos com a assignatura dos pães, tutores ou responsaveis.
§ 10. - Cada boletim será assignado pelo professor do Curso Complementar e pelo director da Esscola Normal respectiva.

TITULO III

Dos alumnos e da disciplina


Artigo 14. - Os alumnos dos Cursos Complementares estão sujeitos ás mesmas obrigações e penas disciplinares referentes aos das Escolas Normaes Primarias.

TITULO IV

Dos exames de admissão


Artigo 15. - Os exames de admissão a que se referem as disposições deste Regulamento, constarão das seguintes disciplinas: - Linguagem, Arithmetica, Geometria, Sciencias Physicas e Naturaes, Geographia, Historia do Brasil, Educação Civica, Desenho e Musica.
§ unico - Serão estas disciplinas divididas em seis provas graphicas, assim classificadas : - Linguagem ; Arithmetica e Geometria ; Sciencias Physicas e Naturaes ; Geographia; Historia e 
Educação Civica; Desenho; Musica.

Artigo 16. - Versarão as provas graphicas sobre questões formuladas pelo director da Escola e tiradas á sorte por um dos candidatos.
§ unico - As questões apresentadas subordinar-se-ão ao programma dos grupos escolares, com o seguinte criterio :
a) Linguagem - Reproducção de coutos e de fabulas ; descripções de objectos de uso commum e sua utilidade ; descripções de estampas e de scenas naturaes : reducção do poesia a prosa: esboço biographico de brasileiros illustres; cartas, officios, requerimentos ;
b) Arithmetica e Geometria - Quatro questões praticas de Arithmetica e duas de Geometria; 
c) sciencias Physica-Naturaes - seis questões;
d) Geographia, Historia e Educação Civica - Duas questões de Geographia, tres de Historia e uma de Educação Civica;
e) Desenho do natural - Uma prova;
f) Musica - Quatro questões.

Artigo 17. - As inscripções para os exames de admissão serão feitas de 15 a 20 de Dezembro, na Secretaria da Escola, em livro para esse fim des inado, devendo o candidato comparecer pessoalmente.

Artigo 18. - Será a inscripção requerida ao director da Escola, juntando o candidato os documentos com firmas reconhecidas e que provem :
a) Idade minima de 11 annos e maxima de 16. (A prova deste requisito será feita pela certidão do Registro Civil);
b) Moralidade. (Este documento será passado pelo director ou professor do ultimo curso publico ou particular que o candidato frequentou);
c) Identidade. (A sua prova será feita por attestado de um dos lentes ou professores da Escola ou pela auctoridade judiciaria ou policial, ou por meio de caderneta de identidade;
d) Ter sido vaccinado ou revaccinado e não padecer de molestia contagiosa ou repugnante;
e) Não ter defeito physico incompativel com o magisterio ;

f) Exhibir licença do pae ou do tutor.

Artigo 19. - As commissões examinadoras serão nomeadas pelo director da Escola e compor-se-ão de tres membros, tirados do corpo docente da Escola Normal, dos estabelecimentos annexos e de grupos escolares.

Artigo 20. - Nos exames de admissão será observado o seguinte:
a) Não poderá exceder de trinta inscriptos cada turma de examinandos :
b) No dia immediato ao exame da ultima turma, haverá uma segunda e ultima chamada dos candidatos faltosos que a requererem ao director da Escola, justificando o motivo da sua falta.
Artigo 21. - As provas de exame serão feitas a portas fechadas, sob rigorosa fiscalização da banca, sendo, em absoluto, vedada a presença de pessoas estranhas ao acto.
§ unico. - Não poderá exceder de 60 minutos o tempo destinado a cada prova.

Artigo 22. - Cada examinando receberá do presidente da banca uma folha de papel, rubricada pelo director da Escola, folha essa que tenha a primeira pagina picotada em seu terço superior, no qual lançará seu nome, numero de inscripção, data do exame.
§ 1.° - Terminado o exame, serão as provas recolhidas pelo presidente da banca, que as entregará ao director da Escola.
§ 2.° - O director, por sua vez, lançará um numero no corpo da prova e na sua parte superior, ficando em seu poder o terço em que o examinando assignou e sendo a prova devolvida, acto continuo, a uma das commissões examinadoras, para o julgamento.
§ 3.º - Immediatamente á realização deste, serão as provas entregues ao director da Escola, que restituirá a cada uma dellas a parte destacada, em seu poder.

Artigo 23. - Será julgada nulla a prova:
a) Quando o examinando escrever sobre assumpto alheio ao ponto sorteado ou em papel não rubricado pelo director ;
b) Quando nada escrever ou deixar de entregar a prova ;
c) Quando for surpreendido a copiar ou consultar livros, notas ou qualquer escripto ;
d) Quando assignar o seu nome no corpo da prova ou deixar ahi qualquer sigual para ser reconhecido como o seu autor.

Artigo 24. - As commissões examinadoras enunciarão o seu juizo sobre o exame, lançando á margem da prova as seguintes notas : - nulla - 0 ; má - 2 ; soffrivel - 4 ; regular - 6 ; boa - 8 ; boa para optima - 10 : optima - 12.
§ 1.º - Quando não houver accôrdo entre os membros da commissão sobre qualquer nota, cada membro da banca dará a sua nota sobre o exame, sendo a respectiva média tirada pela Secretaria da Escola.
§ 2.º - Todos os membros da commissão examinadora serão obrigados a assignar as notas das provas de exame.
§ 3.° - Terminados os exames e lançadas nos livros competentes as respectivas notas, procederá o director ao julgamento, observando o seguinte criterio :
a)Reprovação, quando a média for inferior a 6;
b) Approvação simples, quando a média for egual a 6 ou 7 ;
c) Approvação plena, quando a média for egual a 8 ou 0 ;
d) Approvação distincta. quando a média for egual a 10 ou 11;
e) Approvação com distincção e louvor, quando a média for egual a 12.

Artigo 25. - Deutro os candidatos serão admittidos á matricula:
a) Os que obtiverem maior média ;
b) Em caso de notas eguaes, os mais edosos.

TITULO V

Das notas de applicação, dos exames e das promoções


Artigo 26. - Os exames e as promoções no Curso Complementar serão feitos de accôrdo com as disposições dos Arts. 4(i, 47, 52 e 53 do Decreto n. 2.3(57, de 14 de Abril de 1913, elo modo seguinte :
a) Haverá, de Maio a Junho e de Outubro a Novembro, exames escriptos de todas as materias do Curso ;
b) Taes exames serão feitos em dias differentes, não excedendo de 50 minutos o tempo da prova;
c) O alumuo que não comparecer aos exames terá nota - 0;
d) Serão nullas as provas nos casos previstos no Art. 23, para os exames de admissão ;
e) No caso de nota - O - nos termos da letra c deste Art., o alumno deverá requerer ao director da Escola a necessaria auetorização para fazer a prova do dia em que não comparecer, justificando a ausencia e devendo fazel-o dentro de oito dias, contados do despacho do requerimento, de accôrdo com as disposições relativas ás sabbatinas (Art. 13, .§§ 5.° e 6.°) ;
f) Obter-se-á a determinação da média numerica dividindo o total das equivalencias numericas das notas de exames e das médias de applicação de cada alumuo pelo numero das médias mensaes e de exames em todas as materias ;
g) São condições para a promoção :
1.° - Ter obtido a média geral - 6 - (regular) no minimo ;
2.° - Ter alcançado a média minima - 6 - em cada uma das materias : - Português e Arithmetica;
3.° - Ter feito os dois exames a que se refere a letra - a.

Artigo 27. - O alumno que não satisfizer as tres condições acima, repetirá todas as materias do anno.
§ unico. - Os alumnos diplomados pelos Cursos Complementares serão promovidos ao 1.° anuo das Escolas Normaes.

Capitulo III

DO PROVIMENTO DE ESCOLAS E DA REMOÇÃO DE PROFESSORES


Artigo 28. - O Governo dará provimento ás escolas ruraes, nomeando livremente, para regel-as, professores normalistas, secundarios ou primarios, indistinctamente.
§ unico. - As escolas ruraes só serão providas ; 
1.° - Quando houver na propriedade agricola, nos nucleos coloniaes ou em centros fabris, distantes de séde de municipio, casa para residencia do professor e sala para aula; 
2.° - Quando a estatistica demonstrar a existencia de 40 a 50 crianças, em idade escolar, num raio de dois kilometros, e quando, nesse raio, não houver escola estadual provida.

Artigo 29. - Nenhum professor poderá ser nomeado para reger escola rural, se fôr parente proximo do proprietario ou dos administradores dos estabelecimentos acima referidos.

Artigo 30. - As escolas districtaes serão providas mediante concurso exclusivamente de notas entre professores normalistas, secuudarios e primarios.

Artigo 31. - As escolas ur anas serão providas mediante concurso exclusivamente de notas entre professores normalistas secundarios.
§ unico. - Quando os professores, candidatos á regencia de escolas districtaes e urbanas, tiverem iguaes médias em seus diplomas, será nomeado o mais idoso.

Artigo 32. - O professor normalista primario, com um anno de effectivo exercicio em escola rural ou districtal, podera ser removido para escola urbana; e o que tiver dois annos em escola urbana, ou tres em escola rural ou districtal, poderá ser nomeado adjuncto de grupo escolar do interior.

Artigo 33. - O professor nomalista secundario, com um anno de effectivo exercicio em escola isolada, poderá ser nomeado adjuneto de grupo escolar do interior.

Artigo 34. - Aos substitutos eflectivos dos grupos escolares, que assignarem diariamente o ponto e que nos grupos permanecerem, como lhes cumpre, durante as horas do trabalho, será computado o tempo para a nomeação de professor em escola urbana ou adjuucto de grupo escolar.
§ unico. - Na contagem do tempo serão deduzidas todas as faltas dadas pelo substituto.

Artigo 35. - Salvo caso de molestia, provada em inspecção medica, as remoções e permutas somente poderão ser requeridas e concedidas durante os meses de Maio e Novembro e, uma vez que tenha o professor um auno, pelo menos, de effectivo exercicio na escola da qual pretende remover-se.

Artigo 36. - Fica o Governo auctorizado a, em caso do frequencia insufficiente, e sob proposta fundamentada do Director Geral da Instrucção Publica, mandar receber meninos uas escolas femininas, até que sejam convert das em mixtas pelo poder competente, bem como transferir de um para outro ponto, no mesmo districto de paz, as escolas que estiverem mal localizadas.

Artigo 37. - Uma vez annexadas aos grupos escolares, não poderão as escolas isoladas ser desanexadas nem, como taes, providas pelo Governo.

Artigo 38. - Os concursos communs para provimento de escolas districtaes e urbanas realizar-se-ão em Junho e Dezembro de cada anno.
§ 1º. - As escolas que vagarem nesse intervallo serão interinamente providas por professores diplomados, até que se effectuem os concursos.
§ 2.° - Esses professores perceberão os vencimentos integraes do cargo que exercem e o tempo de seu exercício será computado para os effeitos de direito.

Artigo 39. - Na Capital, os cargos de professores de escola isolada, escola-modelo e adjuneto de grupo escolar, serão preenchidos mediante concurso entre professores normalistas secundarios e primarios.
§ 1.° - Os professores das escolas isoladas da Capital poderão, a juizo do Governo, ser nomeados para as vagas verificadas nos grupos escolares, caso não convenha aos interesses do ensiuo a annexação de suas escolas aos mesmos grupos.
§ 2.º - Emquanto se não derem os concursos, para as vagas que se verificarem, o Governo nomeará adjunctos e professores interinos, cujos vencimentos serão iguaes aos dos eflectivos. 
§ 3.º - O tempo de exercicio desses adjuntos e dos professores interinos será computado para os effeitos de direito.


Artigo 40. - O concurso será feito perante uma commissão composta de. um inspector escolar e de dois directores de grupos escolares, designados pelo Director Geral da Instrucção Publica, que convidará, para completal-a, um lente da Escola Normal e um lente do Gymnasio.
§ unico. - Caberá a presidencia dos trabalhos ao inspector escolar, devendo ser previamente approvado pela commissão o programma organizado.

Artigo 41. - A inscripção para o concurso independe de editaes ou de quaesquer outras notificações, ficando periodicamente aberta de. 1 a 10 de Junho e de 1 a 10 de Dezembro, na Directoria Geral da Instrucção Publica, devendo o candidato declarar se concorre á regência de escola isolada ou ao cargo de adjuncto de grupo escolar, não podendo inscrever-se senão para uma dessas categorias de escolas.
§ unico. - Será admittido a inscrever-se o candidato que requerer ao Director Geral, provando :
a) se normalista secundario, ter dois annos de effectivo exercicio em escola ou grupo escolar do interior ou ter exercido, por dois annos, o cargo de substituto effectivo;
b) se normalista primário, ter três annos de effectivo exercicio, em escola ou grupo escolar do interior ou ter exercido, por três annos, o cargo de substituto effectivo.

Artigo 42. - Encerrada a inscripção, proceder-se-á ao concurso, que constará de tres partes :
1) prova escripta sobre uma these, sorteada na occasião e commum a todos os candidatos, abrangendo uma questão psychologica e outra de Pedagogia e Methodologia, sendo concedidas três horas para a realização de taes provas ;
2) prova pratica, consistindo em dar cada candidato, em classe de grupo escolar, uma aula de meia hora sobre ponto e matéria, sorteados de véspera, dividindo-se os candidatos em turmas, com pontos communs ;
3) média das notas obtidas pelo candidato na Escola onde se diplomou.

Artigo 43. - O julgamento final do concurso resultará da média geral das notas obtidas nas provas a que se refere o .Artigo antecedente, computando-se tambem, para tal fim, a média geral das notas consignadas no diploma.
§ 1.° - Aprova escripta e a pratica serão julgadas de 0 a 12, devendo ser excluidos da classificação os candidatos que tiverem média geral inferior a 6.
§ 2.° - Dentre os approvados, serão nomeadas para os grupos escolares ou escolas isoladas mais centraes :
a) os que alcançarem maior média ;
b) no caso de médias eguaes, os de mais tempo de exercicio ou os que já houverem obtido classificação em concurso anterior ;
c) quando o tempo de exercicio for o mesmo, o mais velho.
§ 3.° - Serão nomeados, para os grupos escolares ou escolas isoladas, mais distantes do centro urbano, os candidatos classificados após os primeiros a que se refere o § 2.°.

Artigo 44. - Preechidas as condições legaes, os diplomados pelo Gymnasio do Estado continuam equiparados aos professores normalistas secundarios-e primarios, para todos os effeitos.

Capitulo IV

DA REGULAMENTAÇÃO DO ENSINO PARTICULAR


Artigo 45. - Nenhum estabelecimento particular de ensino, primario ou secundario, poderá ser installado no Estado, sem prévia auctorizaçào da Directoria Geral da Instrucção Publica, que somente poderá concedel-a mediante requerimento a que o interessado juntar os seguintes documentos :
a) attestado ou títulos que provem a capacidade moral e technica do director e dos professores. Esse attestado, referente á capacidade moral e technica do director e dos professores, será firmado pelo presidente ou director de associações que mantenham escolas ; por pessoas diplomadas pelos cursos secundarios ou superiores do Estado ou da Republica ; por auctoridades judiciarias : por auctoridades escolares municipaes, estaduaes ou federaes; e, finalmente, quando se tratar de estabelecimentos religiosos, por auctoridades ou ministros das respectivas confissões ;
b) planta do predio em que haja de funccionar a escola, instruída com relatorio do inspector medico escolar sobre as condições bygienico-pedagogicas do mesmo ;
c) compromisso de confiar a professores brasileiros o ensino de Português, Geographia e Historia do Brasil, bem como de fazer que todo o ensino, salvo em se tratando de línguas extrangeiras, seja ministrado em idioma patrio.
§ 1. - Nas escolas primarias, taes materias serão ensinadas, no mínimo, tres vezes por semana, tendo cada aula a duração de trinta a cincoenta minutos.
§ 2.° - E' facultado o ensino do vernaculo, nos estabelecimentos particulares, aos professores de nacionalidade portuguesa.

Artigo 46. - No caso de iufracção do disposto no Art. antecedente, o Director Geral da Instrucção Publica applicará aos directores e professores faltosos multas de 100$000 a 500$000 ; e, se houver reincidencia, suspenderá o funccionamento da escola ou determinará o seu definitivo fechamento.

Artigo 47. - Dada a imposição da multa de que, trata o 'Art. 46 será ella paga dentro de dez dias, ao Thesouro do Estado, na Capital, e ás Collectorias, no interior, mediante guia daquella autoridade, entregue ao infractor.

Artigo 48. - Decorrido o prazo de dez dias, sem que tenha o multado feito o respectivo pagamento, o Director Geral da Instrucção Publica levará o facto ao conhecimento da Procuradoria da Fazenda, remettendo-lhe a segunda via da intimação da multa, para que se promova a cobrança executiva.

Artigo 49. - Aos directores de estabelecimentos de ensino já existentes será marcado prazo para sob as penas da Lei, satisfazerem ás exigencias dos numeros : - 1, 2 e 3, do art. 30.
§ unico. - Da denegação da autorização de que trata o art. 45, bem como da imposição de multas e penas do Art. 46, caberá recurso para o Secretario do Interior.

Artigo 50. - Os estabelecimentos de ensino profissional e superior, embora independentes de autorização para seu funccionamento, deverão ser registados na Directoria Geral da Instrucção Publica e cumprir as disposições do Art. 583 da Consolidação das Leis do Ensino.

Artigo 51. - Os requerimentos solicitando autorização de funccionamento de, cursos da ensino primario e secundario do Estado serão encaminhados á Directoria Geral da Instrucção Publica por mediação da autoridade escolar municipal, instruidos com o parecer desta.
§ unico. - Para os effeitos do Art. 583, § 2.° da Consolidação das Leis do Eusino, haverá na Secretaria do Conselho Regional de Educação um livro especial destinado ao registo de todos os estabelecimentos de ensiuo privado, autorizados a funccionar no muuicipio.

Artigo 52. - Os requerimentos dos directores de estabelecimentos de ensino privado, localizados na Capital, deverão ser apresentados directamente á Directoria Geral, pelos interessados.

Capitulo V

DA FISCALIZAÇÃO LOCAL DO ENSINO


Artigo 53. - A fiscalização das escolas isoladas do Estado será feita, em cada municipio, por um Conselho Regional de Educação, composto de cinco membros :
a) o promotor publico :
b) o presidente da Camara Municipal;
c) o director do Grupo Escolar ;
d) duas pessoas gradas da localidade, nomeadas pelo Secretario do Interior,
§ 1.º - Onde não houver grupo escolar, o lugar que competiria ao director será occupado por um professor de escola isolada, nomeado pelo Secretario do Interior, sob indicação do inspector escolar da zona.
§ 2.° - Onde não houver promotor publico, o seu lugar será preenchido pelo primeiro juiz de paz.
§ 3.° - Onde houver mais de um grupo escolar, fará parte do Conselho, proposto pelo Director da Instrucção Publica e nomeado pelo Secretario do Interior, um dos directores dos grupos escolares locaes.
§ 4.° - Onde houver Escola Normal, o director desta occupará o lugar nos outros municipios reservado ao director do grupo escolar, competindo á Secretaria da Escola auxilia-lo em toda a escripturação do Conselho.
§ 5.° - O presidente da Camara, como membro do Conselho Regional de Educação, solicitará da respectiva Municipalidade a necessaria verba para o expediente e serviços do Conselho.
§ 6.° - O Secretario do Interior nomeará para cada Conselho um presidente e um vice-presidente, devendo exercer as funcções de secretario o director do grupo escolar, e, na falta deste, conforme o caso, o professor de escola isolada de que trata o .§ 1.° ou o director de Escola Normal a que se refere o .§ 4.°.

Artigo 54. - Emquanto não forem organizados os Conselhos Regionaes de Educação, a fiscalização escolar continuará a cargo das Camaras Municipaes.

Artigo 55. - Compete ao Conselho Regional:
1.° - visitar, por si e pela interferencia de cada um de seus membros, as escolas isoladas, mencionando nos termos de visita quanto for observado ácerca da frequencia de professores e alumnos, condições de installação escolar, dotação material e observancia dos arts. 292 e 293 da Consolidação das Leis do Ensino, abstendo-se, porém, de intervir na organização technica da escola ;
2.° - fiscalizar, por seus membros e delegados, não sómente as escolas isoladas, como ainda os estabelecimentos particulares de Instrucção, afim de verificar se nelles é ministrado o ensino da lingua nacional, da Geographia e da Historia do Brasil, communicando á Directoria Geral da Instrucção Publica o resultado de tal investigação ;
3.° - dividir, caso convenha aos interesses do ensino, o municipio em circumscripções, confiando cada uma, para os effeitos da fiscalização, de accôrdo com a Directoria Geral da Instrucção Publica, ao membro do Conselho, que a conhecer melhor e nella possa fazer valer seu prestigio pessoal;
4.° - annotar, para as devidas communicações, os dias em que os professores deixarem de dar aulas ou não preencherem o tempo de trabalho escolar ;
5.° - exigir dos professores, nos casos de não comparecimento destes á escola ou de suas retiradas antes da hora legal, a participação escripta dos motivos que determinaram este afastamento, devendo conservar em archivo taes participações ;
6.º
- abonar a falta dada pelos professores no dia designado pela collectoria local para pagamento dos respectivos vencimentos ;
7.º - providenciar para que, no caso de residir o professor fóra da séde da escola e depender do transporte em estrada de ferro ou de outros meios de conducção para a ella chegar, sejam as aulas iniciadas, diariamente, no tempo consignado no horario commum, ou especial, para taes circumstancias ;
8.º - determinar aos professores que, no ultimo dia lectivo de cada mez, organizem os mappas e boletins de movimento escolar a que são obrigados, enviando-os, no mesmo dia ou, o mais tardar, no primeiro do mez seguinte, ao presidente do Conselho Regional, para base do attestado de exercicio ;
9.º
- promover, por todos os meios ao seu alcance, a manutenção das escolas locaes, de modo que cada uma possa ter a matricula o frequencia legaes ;
10. - estudar e conhecer de perto as necessidades da instrucção local, afim de habilitar o presidente do Conselho a propôr medidas necessarias ao desenvolvimento do ensino e a prestar, quando ouvido pelo Governo, as informações que lhe forem solicitadas ;
11. - lembrar a conveniencia de creação, suppressão, transferencias e conversões de escolas, fundamentando suas propostas com estatisticas devidamente authenticadas; 12. - providenciar para que as escolas isoladas funccionem em predios que offereçam bôas condições de installação, attentas as exigencias da hygiene e da pedagogia ;
13. - solicitar, para as escolas das respectivas circumscripções, o mobiliario e material didactico de que necessitarem, bem como acautelar a guarda e conservação dos existentes em disponibilidade, facilitando o seu transporte ;
14. - promover excursões mensaes de alumnos aos estabelecimentos agricolas e fabris existentes nas proximidades da escola, a distancia nunca excedente de tres kilometros, afim de que possam as crianças presenciar o trabalho ali realizado, e receber dos professores ensinamentos proveitosos, ácerca de quanto houverem observado; 
15. - assistir nas escolas aos exames ás festas escolares, patenteando assim seu interesse pelo ensino e estimulando professores e alumnos no desempenho do seus deveres respectivos ; tristes consequencias, que redundam sempre em prejuizo material e moral para o individuo, para a familia e para a população ;
16. - dar aos alunnos que completarem o curso escolar attestados de habilitação, conforme o modelo adoptado, os quaes serão assignados pelo presidente do Conselho Regional e pelo professor da cadeira;
17. - organizar a estatistica e o recenseamento necessarios á execução da obrigatoriedade de ensino, solicitando, para isso, os bons officios dos funccionarios municipaes e estaduaes;
18. - dar preferencia de matricula aos alunnos mais edosos, quando-a escola não puder comportar o total de crianças abrangidas pela Lei da obrigatoriedade;
19. - propor á Directoria Geral da Instrucção Publica o funccionamento das escolas em dois periodos, quando exceder a lotação da sala escoalr o numero de alunnos matrienlados e garantir a inscripção de 25 crianças no minimo, para cada periodo;
20. - providenciar sobre a fundação de caixas escolares destinadas a assistencia ás crianças pobres;
21. - realizar, mensalmente, em dia e hora previamente, designados, e, de preferencia, nas salas dos grupos escolares, ou das Camaras Municipaes, reuniões ordinarias, bem como extraordinarias, quando convocadas, abstendo-se de tratar, nas mesmas, de assumptos extranhos ás suas attribuições ;
22. - realizar as referidas reuniões, desde que hajam comparecido, no minimo, tres dos seus membros effectivos ;
23. - escolher para delegados locaes cidadãos que tenham a necessaria idoncidade e residencia fixa nas immediações da escola ;
24.
- propagar, pela imprensa ou por meio de conferencias, palestras e reuniões, os beneficios da instrucção popular, salientando a conveniencia da pratica de habitos de civismo e de urbanidade, entre os habitantes locaes :
25. - enaltecer as vantagens provenientes do trabalho material e do exercicio das diversas profissões, mórmente a do cultivo agricola, sem prejuizo da conservação das nossas matas;
26. - aconselhar, em todas as localidades, por meio de uma propaganda activa e suasoria, a abstenção do alcool, do jogo e da pratica de outros vicios pondo em relevo suas niões ordinarias e extraordinarias ;

27. - velar pela fiel observancia das reis e regulamentos referentes á instrucção publica ;
28. - communicar ao Director-Geral da Instrucção Publica todos as irregularidades que prejudicarem o funccionamento das escolas;
29. - exercer as attribuições que competiam ás Camaras Municipaes, procedendo de accôrdo com o estatuido nos arts. de 28 a 36 da Consolidação das Leis do Ensino, nos casos não previstos nestas instrucções, nem alteradas pela referida Lei n. 1579:
30. - propôr ao Director-Geral da Instrucção Publica a solução das duvidas que se suscitarem a respeito da interpretação da citada Lei reformadora, do disposto neste Regulamento e de quanto, na Consolidação, se referir ás suas attribuições ;
31. - corresponder-se com o Governo, por mediação exclusiva do presidente do Conselho Regional.

TITULO I

Do presidente do Conselho Regional


Artigo 56. - O presidente do Conselho Regional é nomeado pelo Secretario do Interior.
§ unico. - Em seu impedimento, o presidente será substituido, para todos os effeitos, pelo vice-presidente da corporação.

Artigo 57. - Compete ao presidente do Conselho Regional:
1.º - mandar proceder ex-officio em cada escola publica á matricula das crianças de sete a doze annos, cujos paes não as houverem inscripto na época regulamentar;
2.° - marcar aos paes ou responsaveis pela educação das crianças, em edade escolar, o prazo de oito dias para e comparecimento destes á escola, sob pena de multa de 10$000, 20$000 e 50$000 áquelles igualmente applicaveis, quando os alumnos, sem causa justificada, deixarem de comparecer ás aulas por mais de 15 dias em cada mez; 
3.º
- no caso de multa, exercer as attribuições que, pelos Arts. 48 e 49, cabem ao Director Geral da Instrucção Publica ;
4.º - convocar os membros do Conselho para as suas reu
5.º
- officiar ao Director Geral da Instrucção Publica sobre as irregularidades observadas nas escolas do Municipio, adoptando desde logo as providencias que possam corrigil-as o submettendo seu acto á approvação do Conselho ;
6.º - impugnar os mappas e os boletins que não exprimirem a verdade em relação á frequencia de professores e alumnos, e que estiverem em desaccôrdo com as informações do encarregado da fiscalização da Escola, devolvendo aos professores, para a necessaria rectificação, e no caso de reincidencia, envial-os á Directoria Geral; da Instrucção Publica, para ser responsabilizado o infractor das disposições regulamentares ;
7.º - attestar o exercicio dos professores e substitutos das escolas isoladas, após a verificação dos mappas, de accôrdo com o art. 302 da Consolidação das Leis do Ensino;
8.° - enviar á Directoria da Instrucção Publica, até o dia 10 de cada mês, impreterivelmente, os mappas e boletins de escolas isoladas do Municipio, referentes ao mês anterior, depois de tomadas pelo secretario as necessarias notas para o archivo do Conselho;
9.º
- transmitir o exercicio do seu cargo e attribuições ao vice-presidente, quando, por motivo superveniente, estiver impedido de exercer suas funcçòes, dando conhecimento de seu acto á Directoria Geral de Instrucção Publica ;
10. - confiar aos delegados residentes nos bairros e districtos afastados da séde do Municipio a incumbencia de verificar a assumpção ou reassumpção de exercicio dos professores que, em virtude de nomeação ou de terminação de licença, não puderem apresentar-se pessoalmente ao presidente, do Conselho, devido á distancia ou difficuldade de transporte ;
11. - evitar que fique qualquer escola sob a fiscalização de membros do Conselho ou de delegados, parentes do professor;
12. - observar as disposições do Titulo 2 da Consolidação das Leis do Eusino, na parte não modificada pelo Art.36 da Lei n. 1579, quando o Conselho houver de mandar preceder ao recenseamento, estatistica e matricula de creanças sujeitas á obrigatoriedade da frequencia escolar ;
13. - propôr, mediante indicação do Conselho, a nomeação de substitutos aos professores, durante o impedimento destes, por licença, de accôrdo com os Arts. 327 e 328 da Consolidação, e escolher, de preferencia, professores diplomados pelas Escolas Normaes do Estado, para aquelles cargos ;
14. - guiar-se pela lei que dispõe sobre concessão de licenças nas informações que tiver de prestar, encaminhando pedidos dessa natureza ;
15. - solicitar do director do Almoxarifado, por mediação da Directoria Geral da Instrucção Publica, a remessa de livros, mappas, papeis, leis, regulamentos e impressos de que precisar o Conselho para a sua installação.

 

TITULO II

Dos membros do Conselho Regional


Artigo 58. - Ao vice-presidente, cuja nomeação é feita pelo Secretario do Interior, compete :
1.° - substituir o presiiente, desempenhando as funcções deste, em seu impedimento ;
2.° - exercer, na circumscripção que lhe fôr confiada, as attribuições conferidas ao Conselho, por meio de seus membros.

Artigo 59. - Ao secretario incumbe receber e proceder á verificação dos mappas e boletins apresentados pelos professores, e bem assim preparar todos os papeis referentes á correspondencia official do Conselho.
§ 1.° - Quando o cargo de, secretario for exercido por director de grupo escolar ou de Escola Normal, poderá este funccionario ser tambem encarregado, pela Directoria da Instrucção Publica, de visitar escolas.§
§ 2.° - Desse serviço, entretanto, não deve ser encarregado o professor de escola isolada, o qual deverá exercer as funcções de secretario tão sómente em horas que lhe não prejudiquem o trabalho escolar, podendo, no caso de affluencia de serviço, suspender as aulas á hora do recreio, tres dias, no maximo, em cada mez, sem que esta suspensão de funccionamento escolar determine desconto em seus vencimentos.

Artigo 60. - Aos demais membros do Conselho compete o exercício de todas as attribuições conferidas ao Conselho Regional, nas circumscripções que lhes forem designadas. 

TITULO III

Dos delegados locaes


Artigo 61. - Aos delegados locaes compete :
1.° - fiscalizar professores e alumnos, tão sómente quanto á assiduidade, estimulando, por todos os meios, a matricula e frequencia das crianças nas escolas a seu cargo ;
2.° - commuuicar ao Conselho as irregularidades observadas no funccionamento das mesmas ;
3.° - prestar informações que lhes forem solicitadas pelas autoridades escolares;
4.° - enviar ao presidente do Conselho, com a devida informação, em papel separado, os titulos de nomeação ou as portarias de licença dos professores, no caso de assumpção ou reassumpção de exercicio dos mesmos, afim de serem visados.
§ unico. - Os delegados locaes não tomam parte nas reuniões do Conselho Regional.

Artigo 62. - A fiscalização das escolas isoladas da Capital será feita pela Directoria Geral da Instrucção Publica, conforme o estatuido para os Conselhos Regionaes de Educação, no que lhe fôr applicavel, competindo especialmente ao Director Geral, além de outras attribuições, passar attestados de exercicio dos professores e nomear delegados residentes, para constante fiscalização das escolas dos respectivos districtos.
§ unico. - As multas impostas pelo Director Geral serão, para prompta cobrança executiva, periodicamente communicadas á Contadoria da Fazenda.

Capitulo VI

DISPOSIÇÕES GERAES


Artigo 63. - O Governo, quando julgar conveniente, nomeará, ein commissão, para cada escola profissional da Capital, quatro adjunctos de grupo escolar, que se encarregarão do ensino de Portuguez, Arithmetica, Geographia e Historia do Brasil e auxiliarão o director nos trabalhos das officinas.

Artigo 64. - Emquanto não se uniformizarem os Cursos Normaes, serão aproveitados, provisoriamente, para as vagas que se derem no corpo docente da Escola Normal Secundaria da Capital, os professores da Escola Primaria annexa, sendo para as que se verificarem nesta e nas demais Escolas Normaes do Estado, nomeados, pelo Governo , professores interinos.

Artigo 65. - O Director Geral da Instrucção Publica poderá, sempre que entender opportuno, designar um dos professores de musica das Escolas Normaes da Capital para, sem augmento dos seus vencimentos, e apenas fazendo jus á diaria que fôr arbitrada, inspeccionar o ensiuo musical e coral nos demais estabelecimentos do Estado, uniformizando-o de accôrdo com a lei.

Artigo 66. - De ora em deante, os substitutos effectivos somente regerão classes vagas nos grupos aos quaes forem annexadas as suas escolas, ou em outros, quando não houver pretendentes com tempo para adjunctos, caso em que serão estes os preferidos.

Artigo 67. - As escolas reunidas de cada localidade terão um director com os vencimentos de adjuncto de grupo escolar e um servente, com gratificação arbitrada pelo Secretario do Interior.
§ 1.º - Os directores das escolas reunidas que funccionarem em dois perioios perceberão uma gratificação pro-labore de 50$000.
§ 2.º - Só poderão ser nomeados para cargo de director desses estabelecimento os normalistas secundarios que tenham um anno de effectivo exercicio ou os normalistas primarias com tres annos.

Artigo 68. - As escolas preliminares que, passados cinco annos da sua creação, não tiverem tido primeiro provimento, e as que, por igual lapso de tempo, se conservarem vagas, considerar-se-ão extinctas e como taes serão declaradas pelo Governo, em relação publicada no Diario Official.

Artigo 69.
- Em todos os annos do curso das Escolasmodelo, Grupos-modelo e Grupos-escolares, além das notas de applicação mensal, haverá, sob as vistas do director, exames bi-mestraes de quatro disciplinas, sendo obrigatorias: - linguagem, Leitura e Arithmetica, a criterio do director a ultima disciplina.

§ 1.°
- Com excepção do exame de leitura, os demais serão escriptos.

§ 2.° - Em todos os grupos escolares, as notas de applicação e exames serão as mesmas dos Grupos- modelo.

Artigo 70.
- Cada anno do curso complementar será regido, em virtude de designação do director da escola respectiva, por um adjuncto, a quem compete o ensino de todas as materias, salvo :
a) musica e canto;
b) desenho e calligraphia ;
f) trabalhos manuaes;
d)
educação physica.

§ 1.° - Estas aulas ficarão sob a regencia dos professores respectivos das Escolas Normaes, cabendo-lhes uma gratificação addicional de 100$000 por mez, se regerem as aulas dos dois annos do curso, e a metade daquella gratifificação, se a regencia for de duas classes somente.

§ 2.° - Os adjunctos dos Cursos Complementares são obrigados a permanecer nas classes e dirigil-as, mesmo nas horas do ensino das materias sob a regencia de outros professores.

§ 3.° - Serão substituidos nas suas faltas pelos substitutos designados pelo director.

Artigo 71. - Para as primeiras nomeações do pessoal docente serão approveitados :
1.° - os professores addidos ás Escolas Normaes ;
2.°
- os professores mais distinctos dos grupos escolares.

Artigo 72. - As demais nomeações serão preenchidas por meio de concurso, desde que não haja professores addidos para serem approveitados.
§ 1.° - Versará o concurso sobre as seguintes materias : - Portuguez, Francez, Psychologia, Pedagogia e Methodologia, de accôrdo com as disposições do art. 42 deste Repulamento.
§ 2 ° - A prova de Portuguez será somente escripta e versará sobre uma these sorteada na occasião e commum a todos os candidatos.
§ 3.° - A prova de Francez será somente pratica e consistirá em conversação de 5 a 10 minutos com um dos examinadores.
§ 4.° - A commissão examinadora será nomeado pelo Secretario do Interior, sob proposta do Director Geral da Instrucção Publica, competindo a presidencia do exame ao director da Escola Normal.

Artigo 73. - A segunda parte do dia escolar de sabbado, para os alumnos dos Cursos Complementares. como para os do ultimo anno das Escolas-modelo e grupos escolares, será reservada aos exercicios physicos nos campos de jogos.

Artigo 74. - Os vencimentos dos professores dos Cursos Complementares serão de 4:200$000 annuaes.

Artigo 75. - A começar de 1918, nas Escolas Normaes os exames de admissão realizar-se ão logo em seguida ao encerramento do anno lectivo e na ordem seguinte :
a) ás Escolas Normaes Secundarias;
b) ás Escolas Normaes Primarias ;
c) aos Cursos Complementares.

Artigo 76. - Os professores que substituirem os licenciados, nos termos da lei n 1.566, de 28 de Novembro de 1977, perceberão os vencimentos que estes perderem.

Artigo 77. - Revogam-se as disposições em contrario. Secretaria de Estado dos Negocios do Interior, 8 de Agosto do 1918.

Oscar Rodrigues Alves.

Annexo n. 1

Programma de ensino das escolas ruraes

I.º ANNO


LEITURA


1.º passo : Exercicios de linguagem oral á vista de objectos ou gravuras. Questões muito familiares, que tenham por fim ensinar a criança a se exprimir correctamente. Corrigir os defeitos de pronuncia.
2.º
passo : Leitura de sentenças proferidas pelas crianças e escriptas no quadro-negro.
3.° passo : Reconhecimento das palavras das sentenças lidas e formação de novas sentenças. Entrega da cartilha aos alumnos e recordação das sentenças escriptas no quadronegro.
4.° passo: Continuação da leitura das liçôes de cartilha. Reconhecimento de palavras e sua decomposição em syllabas; formação de novas palavras com as syllabas estudadas.
5.° passo: Continuação da leitura das lições da cartilha. Decomposição das syllabas em letras e formação de novas syllabas e palavras com essas letras.
Leitura do 1.º livro.

LINGUAGEM ORAL


a) Palestras acerca de objectos da escola, da casa, da toca, etc, conhecidos dos alumnos.
b) Nomes e qualidades de animaes domesticos e selvagens ; de plantas, frutos, arvores frutiferas, etc.
c) Palestras acerca da côr, da forma, do tamanho, da Utilidade dos objectos e materia de que são feitos.
d) Descripções de objectos, plantas, animaes, feitas pelos alumnos, com auxilio do professor.
e) Contos e recitativos muito simples ao alcance dos alumnos, explicados em classe com a necessaria antecedencia.

 LINGUAGEM  ESCRIPTA


a) Copia de sentenças do quadro-negro ou do livro de leitura.
b) Completar sentenças escriptas pelo professor no quadro-negro.
c) Construcção de sentenças com palavras dadas.
d) Pequenos dictados de sentenças conhecidas.

ARITHMETICA


a) Exercicios oraes: As quatro operações sobre numeros de 1 a 10, por meios concretos, inclusive exercicios de fracções
b) Leitura desses exercicios feitos no quadro-negro pelo professor,
c) Contagem directa de objectos e grupos de objectos de 1 cm 1, de 2 em 2, de 3 em 3, etc. até 20, estendendo-se este exercicio até 100.
d) Algarismos romanos e horas do relógio.
e) Conhecimento pratico do metro, litro e kilo.
f) Exercícios escriptos : Leitura e escripta de números até 100.
g) Exercícios graduados das quatro operações até 100.
h) Calculo mental e rápido até 100, visando desenvolver o raciocinio.
i) Problemas fáceis.

GEOGRAPHIA


a) Primeiras idéas de orientação ; posição dos objectos na sala de aula ; á frente, atrás, á direita, á esquerda, na parte superior, na parte inferior.
b) Exercicios de orientação relativamente á localidade em que está a escola. Conhecimento dos pontos cardeaes pelo nascimento do sol
c) Medida do tempo ; a hora, o dia, a semana, o mez, o anno.
d) Denominações dadas ás terras e ás águas, estudadas do natural, tauto quanto possível. Reconhecimento das fôrmas e accidentes geographicos no mappa ; sua reproducçâo no quadro-negro e no papel. Estudos de natureza, em ex-cursões.

HISTORIA DO BRASIL


a) Palestras com o alumno sobre o logar oude elle nasceu, onde nasceram seus irmãos, seus paes e pessoas conhecidas, de modo a dar-lhe a idéa de Patria. Nome de nossa Patria.
b) Palestras sobre as riquezas e bellezas naturaes e recursos de nosso paiz, de modo a despertar na criança sentimentos de euthusiasmo pela Patria.
c) Conhecimento dos vultos mais notaveis da nossa Historia.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES, HYGIENE


a) Noções muito simples acerca das propriedades dos corpos : transparencia, opacidade, brilho, dureza, porosidade, dilatação, fórma, etc.
b) Noções referentes á utilidade das plantas e dos animaes.
c) Nossas culturas. Noções relativas ás culturas da zona em que está a escola. Utilidade da horticultura, arboricultura. Observações sobre as plantas mais uteis e communs no municipio.
d) Criação e tratamento dos animaes uteis. Conhecimento de plantas e animaes nocivos.
e) Conselhos concernentes á alimentação e ao asseio do corpo.

INSTRUCÇÃO MORAL E CIVICA

a) Recitação de trechos moraes e civícos, previamente explicados pelo professor.
b) Deveras das crianças para com seus collegas e irmãos, paes e mestres. Deveres para com os animaes. Deveres para com seus superiores, iguaes e inferiores. Deveres para com as autoridades.
c) Deveres a que estão sujeitos nos logares publicos.
d) A verdade e a mentira. A delação e a trahição.
O orgulho. O egoismo. A vaidade.
e) Funcções das autoridades locaes do Estado e do Paiz.

TRABALHOS MANUAES

a) Trabalhos praticos de horticultura, arboricultura e jardinagem.
Feitura de utensilios simples e necessarios a esses trabalhos que se passam realizar com o material encontrado nas vizinhanças da escola.
- Accresce para as meninas
b) Croché de linha e lã.
c) Primeiros elementos de costura: pontos, pospontos bainhas, remendos, serzidos, caseados, pregar botões, etc.

MUSICA

Cantos, escolares aprendidos por audição.

CALLIGRAPHIA


Cópia de sentenças escriptas pelo professor, no quadro-negro.

GEOMETRIA


a) Estado da esphera, cylindro, hemispherio, prisma, quadrangular, á vista dos solidos.
b) Pyramide, cone: estudo das superficies, faces, linhas e angulos.

DESENHO


Cópia de objectos muito simples.

GYMNASTICA


a) Exercicios callisthenicos.
b) Jogos gymnasticos ao ar livre.

2.º ANNO

LEITURA


Leitura explicada: leitura selecionada, leitura expressiva, no livro adopitado. Resumo do assumpto lido.

LINGUAGEM ORAL


a) Formação de sentenças, affirmativas, negativas, interrogativas, exclamativas e imperativas, com palavra dadas pelo professor, sobre ocupações materiaes.
b) Palestras sobre a cultura de cereaes, hortaliças, forragens, canna de assucar, café, algodão, criação de gado, aves, conservação das matas, utilidades dos vegetaes, madeiras de construcção, etc.
c) Reprodução de pequenos trechos de prosa e de pequenas poesias, convenientemente explicados.
d) Recitação de menilogos e dialogos, em prosa ou verso.
e) Contos moraes e civicos, reproduzidos pela classe, em aulas posteriores.

LINGUAGEM ESCRIPTA


a) Cópia de trechos do livro de leitura.
b) Dictados de pequenos trechos do livro de leitura.
c) Descripção de objectos, animaes ou gravuras, á vista da classe.
d) Reproducção de historias lidas ou contadas pelo professor.
e) Redacção de bilhetes, cartas e recibos.
f) Insistir em todas as lições  sobre os signaes de pontuação.

ARITHMETRICA


a) Explicação das unidades, dezenas, centenas, milhares etc, por meios concretos. Ler e escrever numeros.
b) As quatro operações fundamentaes sobre numeros inteiros. Provas das mesmas. Problemas de utilidade pratica, oraes e escriptos.
c) Conhecimento da moeda papel e da moeda metalica nacional. Questões praticas.
d) Noções de fracções decimaes e ordinarias
e) Systema metrico.

GEOGRAPHIA


a) Estações do ANNO. Estações do plantio, do florescimento e da colheita.
b) Localidade da escola. Estradas de ferro e de rodagem.
c) Traçado do contorno do Estado de São Paulo, localização das cidades, rios, estradas de ferro, portos, montanhas, etc.
d) Noções elementares sobre o Brasil; Capital, superficie, população, produção,exportação e importação. Breve noticia sobre os Estados.
e) Noções sobre o sól, a lua, as estrellas, os cometas e os eclipses, etc.

HISTORIA DO BRASIL


a) Datas nacionaes, Fundação de São Paulo
b) Contos sobre a vida dos grandes homens  brasileiros, completando-se e desenvolvendo-se o estudo feito no primeiro ANNO.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES, HYGIENE


a) Noções muito simples sobre animaes e vegetaes uteis ao homem. Animaes e vegetaes nocivos. Productos animaes e vegetaes aproveitados pelo homem. Molestia dos vegetaes e dos animaes.
b) Reproducção vegetal. Noções praticas de agricultura e arbonicultura, Productos vegetaes proprios da zona em que está a escola. Festa das arvores e das aves.
c) Os mineraes: o ferro, o cobre, o chumbo, a prata, o ouro,etc., suas applicações. Productos mineraes: cal, vidro, louça, tijolos, telhas, sal de cozinha, carvão de pedra, etc., suas applicações.
d) Noções sobre hygiene. O asseio, hygine da alimentação e da respiração. Insectos transmissões de molestias. Hygienes rural. Effeitos nocivos do fumo e do alcool. Vaccinação contra a variola e contra a febre typhcide. Sôro anti-ophidoxo, auti-diphterico e anti-tetanio. Molestias contagiosas e infecciosas; implaudismo, aneidostomose, tuberculose, lepra, trachouva e raiva; meios de ovitar e tratar.
e) Noções simples sobre o ar, a agua, o sereno, o orvalho, a chuva, a geada, a  saraiva, os ventos, os raios, as marés, o relampago, etc.
f) Cuidados com os animaes domesticos.

INSTRUCÇÃO MORAL E CIVICA


a) Revisão da materia, ensinada no primeiro ANNO.
b) Noções sobre eleições, jury e serviço militar obrigatorio.
c) Deveres e direitos do cidadão brasileiro.
d) A Bandeira Nacional.
e) Datas nacionaes.

TRABALHOS MANUAES


a) Estudo pratico de agricultura e horticultura nos campos da fazenda.
b) Feitura de objectos usuaes como materiaes proprios da zona em que está a escola.
Accresce para meninas:
c) Feitura de pequenas peças de roupa branca.

DESENHO


Continuarão dos exercícios feitos no primeiro ANNO.

MUSICA


a) Cantos e hymnos e canções populares, por audição.
b) Explicação e interpretação das letras dos hymnos e canções.

CALIGRAPHIA


Cópia dos exercicios feitos no quadro-negro, pelo professor, ou do livro de leitura.

GEOMETRIA


a) Avaliação das áreas dos triangulo, quadrilateros e polygonos.
b) Circumferência e suas linhas.
c) Círculo.
d) Problemas.

GYMNASTICA


a) Continuação dos exercicios callisthenicos.
b) Corridas e jogos.

Secretaria de Estado dos Negocios do Interior, 8 de Agosto de 1918.

Oscar Rodrigues Alves

Annexo 2

Programma de Ensino das Escolas Districtaes

1.º ANNO

LEITURA


1.º passo: - Exercicios de linguagem oral á vista de objectos ou gravurras. Questões muito familiares que tenham 
por fim ensinar a criança a se exprimir correctamente. Corrigir os defeitos de pronuncia.
2.º passo: - Leitura de sentenças proferidas pelas crianças e escriptas no quadro-negro.
3.º passo: - Reconhecimento das palavras das sentenças lidas e formação de novas sentenças. Entrega da cartilha aos alumnos e recordação das sentenças escriptas no quadro negro.
4.º passo: - Continuação da leitura das lições da cartilha. Reconhecimento de palavras e sua decomposição em syllabas ; formação de novas palavras com as syllabas estudadas.
5.º passo: - Continuação da leitura das lições da cartilha. Decomposição das syllabas em letras e formação de novas syllabas e palavras com essas letras.
Leitura do 1.º livro

LINGUAGEM ORAL


a) Palestras com os alumnos ácerca de cousas ou scenas de facil observação, relativas ao lar, á rua, á escola e ao campo.
b) Nomes e qualidades de animaes domesticos e selvagens; de plantas, frutos, arvores frutiferas, etc.
c) Palestras com os alumnos ácerca da côr, da fórma, tamanho, utilidade dos objectos e materia de que são feitos.
d) Descripção de objectos, plantas, animaes, feita pelos alumnos, com o auxilio do professor.
e) Contos e recitativos muito simples ao alcance dos alumnos, explicados em classe com a necessaria antecedencia.

LINGUAGEM ESCRIPTA


a) Copia de sentenças do quadro-negro ou do livro de leitura.
b) Completar sentenças escriptas pelo professor no quadro-negro.
c) Construcção de sentenças coordenadas com palavras dadas.
d) Dictado de sentenças do livro de leitura.

ARITHMETICA


a) Exercicios oraes: As quatro operações sobre numeros de 1 a 10, por meios concretos inclusivé exercicios de fracções.
b) Leitura desses exercicios feitos no quadro-negro pelo professor.
c) Contagem directa de objectos e grupos de obejctos de 1 em 1, de 2 em 2, de 3 em 3, etc., até 12, estendendo-se este exercicio até 100.
d) Contar de 10 em 10 até 100.
e) Algarismos romanos e horas no relogio.
f) Conhecimento pratico do metro, litro e kilo.
g) Exercicios escriptos: Leitura e escripta de numeros até 100 e uso de signaes +, -, x, ÷ e = praticados nas quatro operações.
h) Exercicios graduados das quatro operações até 100.
i) Problemas faceis.
j) Calculo mental rapido.

GEOGRAPHIA


a) Primeiras idéas de orientação na sala de aula; posição dos objectos na sala de aula; á frente, átras, á direita, á esquerda, na parte superior, na parte inferior, com representações graphicas.
b) Descripção do caminho que o alumno percorre em se dirigindo á escola.
c) Exercicios de orientação relativamente á localidade em que está a escola.
d) Conhecimento dos pontos cardeaes pelo nascimento do sol.
e) Medida do tempo: a hora, o dia, a semana, o mez e o ANNO.

HISTORIA DO BRASIL


a) Palestras com o alumno sobre o logar, onde elle nasceu, onde nasceram seus irmãos, seus paes e pessoas conhecidas, de modo a dar-lhe a idéa de Patria. Nome de nossa Patria.
b) Palestras sobre as riquezas e bellezas naturaes e recursos do nosso paiz, de modo a despertar na criança sentimentos de enthusiasmo pela Patria.
c) Conhecimento dos vultos mais notaveis da nossa Historia.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES. HYGIENE


a) Noções simples e praticas ácerca das propriedades dos corpos: transparencias capacidade, brilho, dureza, porosidade, dilatação, forma, etc.
b) Noções referentes á utilidade das plantas e dos animaes.
Observações sobre as plantas mais uteis e communs no municipio.
c) Conhecimento de plantas e animaes uteis e de plantas e animaes nocivos.
d) Conselhos concernentes á alimentação: o asseio do corpo.

INSTRUCÇÃO MORAL E CIVICA


a) Recitação de trechos moraes e civicos, previamente explicados pelo professor.
b) Deveres das crianças para com seus collegas, irmãos, paes e mestres.
c) Deveres de caridade. Deveres para com seus superiores, iguaes e inferiores.
Deveres para com as autoridades.

TRABALHOS MANUAES


a) Trabalhos praticos de horticultura, arbericultura e jardinagem.
Accresce para as meninas:
b) Croché de linha e de lan.

CALLIGRAPHIA


Cópia de sentenças escritas no quadro negro pelo professor

DESENHO


Cópia de objectos muito simples.

MUSICA


Canto coral de hynnos e canções.

GYMNASTICA


a) Exercicios callisthenicos.
b) Jogos gymnastivos ao ar livre.

GEOMETRIA


Estudo da esphera, cubo, cilindro, hemispherio, prisma quadrangular, á vista dos solidos.

2.º ANNO

LEITURA


Leitura explicada; leitura silenciosa; leitura expressiva, no livro adoptado. Resumo do assumpto lido.

LINGUAGEM ORAL


a) Formação de sentenças affirmativas, negativas, interrogativas, exclamativas e imperativas, com palavras dadas pelo professor, sobre occupações materiaes.
b) Palestras sobre a cultura de cereaes, hortaliças, forragens, canna de assucar, café, algodão, criação de gado, conservação das matas, utilidade dos vegetaes, madeiras de construcção, etc.
c) Reproducção de historias, fabulas e episodios contados ou lidos pelo professor.
d) Exercicios de dicção.

LINGUAGEM ESCRIPTA


a) Cópia de trechos do livro de leitura.
b) Dictado de pequenos trechos do livro de leitura.
c) Descripção de objectos, animaes ou gravuras, á vista da classe.
d) Reproducção de historietas lidas ou contadas pelo professor.
e) Emprego dos signaes de pontuação em todos os exercicios.
 

ARITHMETICA

 
a) Explicação das unidades, dezenas, centenas, milhares, etc. por meios concretos. Ler escrever numeros.
b) As quatro operações fundamentaes sobre numeros inteiros. Provas das mesmas. Problemas de utilidade pratica, oraes e escriptos.
c) Conhecimento de fracções ordinarias e decimaes.
d) Noções sobre o systema metrico decimal.
e) Explicações sobre a moeda nacional, de metal e de papel.
f) Leitura e escripta de quantias.

GEOGRAPHIA


a) Estações do ANNO. Estações do plantio e da colheita.
b) Localidade da escola, estradas de ferro e de rodagem.
c) Traçado do contorno do Estado de S. Paulo. Localização parcial das cidades, rios, estradas de ferro, portos, montanhas etc. Estudo elementar completo do Estado de S. Paulo.
d) Noções elementares sobre o Brasil.
e) Ligeiras noções sobre o sol, a lua, estrellas, cometas, eclipses, etc.

HISTORIA DO BRASIL


a) Datas nacionaes. Fundação da cidade de S. Paulo.
b) Contos sobre a vida dos grandes brazileiros, completando-se e desenvolvendo-se o estudo feito no primeiro ANNO.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES. HYGIENE


a) O homem: partes do corpo humano. Os sentidos. Conselhos hygienicos.
b) Os animaes: animaes uteis assim distribuidos: 1.º) animaes domesticos; 2.º) animaes empregados na alimentação; 3.º) Animaes que fornecem materia prima ás industrias; 4.º) animaes que nos dão vestuario; 5.º) animaes que nos são alliados contra os animaes damninhos; 6.º) animaes que servem para o nosso recreio.
c) Molestias dos animaes e sua transmissão aos homens.
d) Vegetaes: arvores, arbustos e hervas. Arvoredos, bosques, florestas. As plantas e sua utilidade. Arvores frutiferas. O pomar. Protecção e descripção das arvores. molestias das plantas. Festa das arvores.
e) Estudo intuitivo dos mineraes, ao alcance do alumno: propriedade, emprego, valor, onde são encontrados o meios de sua preparação para as industrias.

CALLIGRAPHIA


Cópia das sentenças, palavras e letras escriptas pelo professor no quadro-negro.

DESENHO


Desenhar objectos simples, folhas e frutos. Desenhos de imaginação.

MUSICA


Canto coral e hymnos.

INSTRUCÇÃO MORAL E CIVICA


a) Trechos moraes e civicos apropriados á edade e previamente explicados.
b) Historistas singelamente, narradas pelo professor, encerrando factos de patriotismo, heroismo, abnegação etc.
c) Recitativos: Prosa ou verso, com idéas de civismo e patriotismo.
d) Palestras sobre civilidade, relativas aos paes, parentes, professores, collegas.
e) Comportamento das crianças na escola, nas reuniões, nos logares publicos, tratamento devido aos criados e aos inferiores em geral. Insistir sobre o respeito á rua, e especialmente contra as inscripções inconvenientes nas paredes, nos muros, aos moveis etc.

TRABALHO MANUAL


a) Feitura de utensilios simples e necessarios aos trabalhos de horticultura, arboricultura e jardinagem que se possam realizar com os materiaes encontrados nas vizinhanças da escola.
Accresce para as meninas:
b) Primeiros elementos de costura: pospontos, bainhas, pontos, remendos, serzidos, caseados, pregar botões etc.

GYMNASTICA


a) Continuação e desenvolvimento dos exercicios feitos no primeiro ANNO.
b) Marchas e corridas.

GEOMETRIA


Pyramide, cone, prisma, quanto á superficie, ás faces, ás linhas e aos angulos.

3.º ANNO

LEITURA


Leitura de prosa e verso. Reprodução oral do assumpto. Leitura supplementar.

LINGUAGEM ORAL


a) Recapitulação do estudo feito no 2.º ANNO, com maior desenvolvimento.
b) Descripção de objectos annuaes e de animaes domesticos, expostos em classe ou observados alhures.
c) Formação de sentenças que desenvolvam no alumno o conhecimento das differentes variações das palavras.
d) Conhecimento das palavras invariaveis em exercicios praticos.
e) Recitação de poesia, monologos e dialogos.

LINGUAGEM ESCRIPTA


a) Reprodução de narrações, fabulas e historietas, etc.
b) Descripção de estampas expostas á vista dos alumnos.
c) Composição sobre assumptos dados.
d) Redação de cartas, bilhetes, recados e recibos.
e) Insistir em todas as lições sobre signaes de pontuação.

ARITHMETICA


a) Recapitulação do estudo feito no 2.º ANNO.
b) Completar o estudo do systema metrico decimal. Problemas e questões praticas.
c) As quatro operações sobre fracções decimaes. problemas e questões praticas.
d) Conhecimento de fracções ordinarias.

GEOGRAPHIA


a) O Brasil: os Estados e suas capitaes.
b) A terra: estudo feito no globo e depois no planispherio, dos continentes e oceanos. Paizes e capitaes mais importantes das cinco partes do mundo.
c) Cartographia do Estado de São Paulo e do Brasil, simultaneamente com as explicações dadas.
d) Noções sobre o sól, a lua, estrellas, planetas, eclipses, etc.

HISTORIA DO BRASIL


a) Estudo biographico de homens que concorreram para o engrandecimento do Brazil.
b) O Brasil Republica.
c) O segundo Imperio e o primeiro.
d) A Independencia.
e) O Brasil reino.
f) Bandeirantes.
g) Os indigenas e a cathechese.
h) O descobrimento do Brasil.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES. HYGIENE


a) O homem: orgão, apparelhos e funcções.
b) Animaes: animaes damninhos assim distribuidos: 1.º) os que atacam os nosso animaes domesticos e as plantas cultivadas; 2.º) Os que destroem as nossas provisões alimenticias e os productos da nossa industria; 3.º) os que
nos atacam directamente; parasitas, animaes venenosos e féras.
c) Classificação dos animaes.
d) Festa das aves. Festa das arvores.
e) Planta: parte de uma planta.
f) Estudos das flores e dos frutos, das raizes, das sementes, etc.
g) Reproducção vegetal, differentes especies de enxertia. Reproducção por meio de estacas e de sementes.
h) Plantas proprias da zona em que estiver a escola.
i) Agricultura em geral. Horticultura e jardinagem, em campo de experiencia.
j) Nutrição vegetal.
k) Pincipaes phenomenos relativos á gravidade, ao calor, ao som, á luz, á electricidade.
l) Agua, ar, metaes.
m) Noções sobre hygiene. O asseio em geral. Hygiene da alimentação e da respiração. Insectos transmissores de molestias, Hygiene rural. Effeitos nocinos do dume e do alcool. Vaccinação contra a variola e contra a febre typhoide, Sôro anti-ophidico; anti-diphtherico e anto-tetanico. Molestias contagiosas e infecciosas: impaludismo, ancilostomose, tuberculose, lepra, trachoma e raiva; meios de evitar e de tratar.

CALLIGRAPHIA


a) Reproducção, no caderno em branco, de letras de hastes, letras compridas, letrad curtas. Alphabeto maiusculo.
b) Exercicios para desenvolver o punho e os dedos.
c) Cópia do livro de leitura.

DESENHO


a) Desenho a lapis de paisagem simples.
b) Reproducção de modelos geometricos em diversas posições.
c) Desenho de invenção.

INSTRUCÇÃO MORAL E CIVICA


a) Datas nacionaes. A Bandeira.
b) Despertar e fortalecer os sentimentos generosos.
c) Reprimir as inclinações perigosas.
d) Cultivar a consciencia; formar habitos de conducta moral; desenvolver o sentimento esthetico.
e) Deveres para com a Patria.
f) As eleições.
g) O Jury.
h) Deveres e direito do cidadão.
i) Leitura e commentarios de um manual de civilidade.

TRABALHO MANUAL


a) Trabalhos de horticultura e de jardinagem.
b) Applicação manual de folhas, fibras lenhosas, vime, cipó, couro, pellos, pennas, etc.
Accresce para as meninas:
c) Exercicios de costura, serzeduras, franjas, malhas, alinhavo, etc.

MUSICA


Hymnos e canções.

GYMNASTICA


a) Exercicios callisthenicos.
b) Marchas, corridas e jogos.
c) Exercicios de escotismo.

GEOMETRIA


a) Avaliação das áreas dos triangulos, quadrilateros polygonos.
b) Circumferencia e suas linhas.
c) Circulos.
d) Problemas.
Secretaria de Estado dos Negocios do Interior, 8 de Agosto de 1918.

Oscar Rodrigues Alves.

Annexo n. 3

Programma de ensino das escolas urbanas

1.º ANNO

LEITURA


1.º passo: Exercícios de linguagem oral, á vista de objectos ou gravuras. Questões muito familiares, que tenham por fim ensinar a criança a se exprimir correctamente. Corrigir os defeitos de pronuncia.
2.º passo: Leitura de sentença proferidas pelas crianças e escriptas no quadro negro.
3.º passo: Reconhecimento das palavras das sentenças lidas e formaçãode novas sentenças. Entrega da cartilha aos alumnos e recordação ds setenças escriptas no quadro negro.
4.º passo: Continuação da leitura das lições da cartilha. Reconhecimento de palavras e sua decomposição em syllabas; formação de novas palavras com as syllabas estudadas.
5.º passo: Continuação da leitura das lições da cartilha. Decomposição das syllabas em letras e dormação de novas syllabas e palavras com essas letras. Leitura do 1.º livro.

LINGUAGEM ORAL


a) Palestras ácerca de objectos da sala de aula, da casa da cidade, etc., que os alumnos já conheçam.
b) Nomes de qualidades de frutas e arvores frutiferas, de plantas uteis, d animaes domesticos e selvagens.
c) Palestras ácerca da côr, da fórma, do tamanho, da serventia, das partes e da materia de que são feitos os objectos.
d) Descripção feita pelos alumnos, com auxilio do professor, de objectos, plantas, animaes, etc.
e) Contos e recilativos muito simples, no alcance dos alumnos, sempre explicados em classe com a necessaria antecedencia.
 

LINGUAGEM ESCRIPTA


a) Cópia de sentenças do quadro-negro ou do livro de leitura.
b) Completar setenças escriptas pelo professor no quadro-negro.
c) Construcção de sentenças sobre palavras dadas.
d) Pequenos dictados de sentenças conhecidas.
 

ARITHMETICA


a) As quatro operações sobre numeros inteiros, de 1 a 10, por meios concretos, inclusivé exercicios sobre fracções ½, ⅓, ¼, etc.
b) Contagem directa de objectos e grupos de objectos até 20, de 1 em 1, 2 em 2, 3 em 3, etc. levando este exercicio gradualmente até 100.
c) Contar de 10 em 10 até 100.
d) Algarismo romanos e horas do relogio.
e) Conhecimento pratico do metro, litro e kilo.
f) Leitura e escripta de numeros e uso dos signaes +, -, x, ÷ e =.
g) Calculo rapido e mental até 100.
h) Exercicios graduados das quatro operações até 100. Problemas faceis.

GEOMETRIA E FORMAS


Estudos da esphera, do cylindro, hemispherio, prisma quadrangular, á vista dos solidos.

GEOGRAPHIA


a) Primeira idéas de orientação na sala de aula: - á frente, atrás, á direita, á esquerda, na parte superior e na inferior, etc.
b) Exercicios de orientação relativamente á localidade em que está a escola. Conhecimento dos pontos cardeaes pelo nascimento do sol.
c) O quarteirão em que está situada a escola. Esboço aproximado do mesmo. Nomes das ruas. Caminho da escola.
d) Palestras ácerca da cidade em que está a escola: suas ruas, lagos e praças principaes; edifícios mais notaveis, producções,objectos vendidos e fabricados no logar; commercio; vias de communicação; localidades visinhas.

HISTORIA DO BRASIL


a) Palestras com o alumno sobre o logar onde elle nasceu, onde nasceram seus irmãos, seus paes e pessoas conhecidas, de modo a dar-lhe idéa de patria. Nome da modda Patria.
b) Palestras sobre as riquezas e bellezas naturaes e recursos de nosso paiz de modo a despertar na criança sentimentos de enthusiasmo pela Patria.
c) Conhecimento dos vultosmais notaveis de nossa Historia.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES, HYGIENE


a) Exercicios de observações sobre animaes conhecidos.
b) Estudo de animaes, classificando-os pelo aspecto exterior, animaes de penna, de pello, de escamas; animaes de dous pés, de quatro, de seis, de oito, etc
c) Comparação e differenciação dos animaes conhecios pelo aspecto, tamanho, predilecções, qualidade,etc. - Festa das aves.
d) Arvores, arbustos e hervas.
e) Plantas cultivadas e plantas silvestres.
f) Utilidades das plantas - Festa das arvores.
g) Conselhos sobre o asseio corporal
h) Influencia do asseio cobre a saude - Banhos frios,quentes e mornos.
i) Hygiene da alimentação.

INSTRUCÇÃO CIVICA E MORAL


a) Recitação de trechos moraes e civivos apropriados á edade dos alumnos e previamente explicados.
b) Historictas singelas, que serão explicadas cuidadosamente ás crianças.
c) Palestras sobre os elementos de civilidade,que a criança precisa aprender a observar nas suas relações sociaes.

ECONOMIA DOMESTICA


a) Limpeza e arranjo da casa.
b) Tratamento dos animaes domesticos e das plantas cultivadas nos quintaes e em vasos.

TRABALHOS MANUAIS


a) Dobramento de papel.
b) Fazer com papel objectos usuaes, como : chapéos, caixinhas, etc.
c) Tecidos de papel.
d) Alinhavos em cartão.

MUSICA


Cantos por audição.

GYMNASTICA


a) Exercicios de posições fundamentaes.
b) Exercicios calisthenicos.
c) Corridas e marchas ao ar livre

DESENHO


Desenhos faceis de folhas, frutos, animaes, objectos usnaes, etc,a lapis preto, de côr ou giz de côres.

CALLIGRAPHIA


Cópia de sentenças escriptas pelo professor no quadro negro.

2.º ANNO

LEITURA


Leitura explicada;leitura silenciosa; leitura expressiva, em livro adoptado. Resumo do assumpto lido.

LINGUAGEM ORAL


a) Formação de sentenças affirmativas, negativas, interrogativas, esclamativas, etc., com palavras dadas pelo professor, sobre occupações materiaes.
b) Palestras sobre cultura de rerenes, hortaliças, forragens, canna de assucar, café, algodão,criação de gado e aves; conservação das mattas, utilidade dos vegetaes, madeiras de construcção, etc.
c) Reproducção de pequenos trechos de prosa e de poesias faceis.
d) Recitação de monologos, dialogos, pequenas poesias.
e) Contos mornes e civicos, reproduzindos pela classe emaulas posteriores.

LINGUAGEM ESCRIPTA


a) Copiar trechos do livro de leitura.
b) Escrever sentenças faceis com palavras dadas.
c) Dictados de trechos do livro de leitura.
d) Reproducção de assumptos estudados no livro de leitura.
e) Pequenas descripções sobre objectos ou estampas.
f) Insistir em todas as lições signaes de pontuação.

ARITHMÉTICA


a) Escripta de leitura de numeros até milhares. Mappa de numeros. Taboada:. Calculo mental. Algarismos romanos.
b) As quatro operações - Problemas faceis - Provas.
c) Conhecimento de medidas usuaes - Exercicios praticos.
d) Conhecimento da moda brasileira.
e) Conhecimento, leitura e escripta de dinheiro funcional.
f) Problemas faceis.

GEOMETRIA


Pyramide, cóne, prisma, cubo, cylindro, esphera e hemispherio, quanto á superficie, ás faces, ás linhas e aos angulos.

GEOGRAPHIA


a) Revisão dos estudos de orientação.
b) A planta da cidade e seus arrabaldes.
c) O mappa do Estado de S. Paulo feito pela classe acompanhando as explicações do professor.
d) O ANNO e as estações.
e) Termos geographicos, aprendidos no mappa ou no taboleiro de areia, nas excursões escolares ou no pateo do recreio.

HISTORIA DO BRASIL


a) Datas nacionaes - Fundação de S. Paulo.
b) Contos sobre factos da vida dos grandes homens brasileiros, completando se e desenvolvendo-se o estudo feito no 1.° ANNO.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES - HYGIENE


a) Exercicios de observação sobre animaes conhecidos,
b) Vertebrados e invertebrados.
c) Animaes domesticos e selvagens.
d) Animaes uteis e nocivos.
e) O homem - Partes do corpo humano - Os sentidos
f) Hygiene da alimentação e da respiração - O asseio.
g) Effeitos nocivos do fumo e do alcool.
h) Cuidados com os animaes domesticos.
i) Vegetaes uteis.
j) As partes principaes da planta.
k) AS partes de uma flôr.
l) Observação sobre a germinação das sementes.
m) Estudos e qualidades dos corpos.
n) Côres.

INSTRUCÇÃO CIVICA E MORAL


a) Trechos moraes e civios apropriados á edade e préviamente explicados.
b) Historictas singelamente narradas pelo professor, encerrando factos de patriotismo, heroismo abnegração, etc.
c) Recitaticos em prosa e verso, com idéas de civismo e patriotismo.
d) Palestras sobre civilidade, relativas aos paes, parentes, professores, collegas etc.; comportamento das crianças na escola, nas reuniões, nos logares publicos; tratamento devido aos creados e inferiores, em geral.
e) Insistir sobre o respeito á rua, e especialmente contra as inscripções inconvenientes nas parede, nos muros etc.

EDUCAÇÃO DOMESTICA


a) Conversações sobre diversos assumptos de economia domestica.
b) Conversações dos moveis, do vestuario, preparação e conservação dos alimentos.
c) Salubridade da casa.

TRABALHOS MANUAES


a) Alinhavos em cartão, executados a côres, sobre modelos diversos, representando figuras diversas de animaes, flôres, plantas, etc.
Accresce para o sexo feminino:
b) Croché, alinhavos, pospontos, cascar, pregar botões.
c) Remendos.

MUSICA


Hymnos e canções populares, aprendidos por audição.

GYMNASTICA


a) Exercicios callisthenicos.
b) Corridas.
c) Jogos ao ar livre.

DESENHO

Desenho de animaes e de plantas, do natural.

CALLIGRAPHIA


a) Continuação do 1.º ANNO.
b) Cópia de sentenças, palavras e letras do quadro negro ou do livro de leitura.

3.º ANNO


LEITURA


a) Leitura em prosa e verso.
b) Reprodução oral do assumpto lido.

LINGUAGEM ORAL


a) Estudo das sentenças e de suas partes principaes.
b) Descripção de objectos e de factos.
c) Synonumos, autonymos, homonymos, e paronymos.
d) Palavras homophonas e homographas
e) Descripção de quadros ou de estampas
f) Conhecimento pratico dos elementos capitaes da sentença-sujeito e predicado.

LINGUAGEM ESCRITA


a) Descripções e narrativas com esboço.
b) Reproducções de contos e descripções de gravuras.
c) Redacção de cartas e bilhetes.

ARITHMETICA


a) Estudo completo da numeração decimal.
b) Estudo das quatro operações sobre inteiro e fracções decimaes.
c) Provas das quatro operações fundamentaes.
d) Algarismos romanos
e) Calculo mental rapido; problemas e taboadas.
f) Calculo de distancias, capaciadade e peso.

GEOMETRIA


a) Construcção das linhas: obliquas, parallelas, perpendiculares; de angulos, triangulos e quadrilateros.
b) Medida de superficie das figuras planas.

GEOGRAPHIA


a) Desenvolvimento dos estudos feitos no 2.º ANNO.
b) Mappa do Brasil com divisão em Estados.
c) Capital, população, producção, exportação e importação do Estado de S. Paulo e do Brasil.
d) Forma e movimentos da Terra. - Astros luminosos e opacos.

HISTORIA DO BRASIL


Estudo dos principaes factos que se deram:
a) Na proclamação da Republica.
b) No segundo Imperio.
c) No primeiro Imperio.
d) Na Independencia.
e) Noticias biographicas de brasileiros illustres, nas sciencias e nas artes.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES - HYGIENE


a) O homem: funcções de nutrições, de respiração, locomoção.
b) Breve noticia sobre a circulação do sangue.
c) Os animaes: classificação dos vertebrados e invertebrados. Animaes uteis e nocivos.
d) As partes principaes da planta.
e) Noções praticas de arboricultura, horticultura e jardinagem.
f) Noções sobre phenomenos relativos á gravidade, calor, luz e combustão.
g) Agua. Ar atmospherico. Metaes usuaes.
h) Insectos transmissores de molestias.
i) Molestias contagiosas e infeccionsas e meios de evital-as.
f) A vaccinação contra a variola e contra a febre typhoide; sôro anti-ophidico, anti-diphterico e anti-tetanico.

INSTRUCÇÃO CIVICA E MORAL


Despertar e fortalecer os sentimentos generosos.
Reprimir as inclinações perigosas, cultivar a consciencia, formar habitos de conducta moral, desenvolver sentimentos estheticos.
Deveres para comsigo mesmo, para com os paes, irmãos, parentes, professores, collegas, deveres para com a patria; deveres sociaes para com os velhos, superiores, eguaes, pequenos e inferiores.

EDUCAÇÃO DOMESTICA


a) Ordem nas diversas occupações diarias da familia.
b) Organização de uma escripta domestica.
c) Conhecimento de receitas de utilidade pratica
d) Cuidados com as crianças recém-nascidas, com os enfermos, com os animaes domesticos, etc.

TRABALHOS MANUAES


a) Trabalhos de horticultura e de jardinagem.
b) Applicação manual das folhas, ramos, fibras lenhosas, vime, cipó, couros, pelles, pennas, etc.
Accresce para o sexo feminino:
c) Costura, serzidura, franjas, malhas, alinhavos, remendos.

MUSICA


Hymnos e cantos.

GYMNASTICA


a) Exercicios callisthenicos.
b) Marchas, corridas e jogos.

DESENHO


a) Desenho a lapis; paisagens simples; reprodução de modelos geometricos em diversas posições.
b) Desenho de invenção.

CALLIGRAPHIA


a) Reprodução, no caderno em branco, de letras de haste, letras compridas, letras curtas.
b) Alphabeto maiusculo.
c) Exercicios para o desenvolvimento do pulso e dos dedos.
d) Cópias de sentenças ou de trechos do livro de leitura.

4.º ANNO


LEITURA


a)  Leitura expressiva.
b) Exercicios de synonymia e mudança de redação.
c) Reproducção do assumpto lido. 
d) Leitura suplementar.

LINGUAGEM ORAL


a) Narrações e descripções de sennas naturaes ou de gravuras.
b) Declamação em prosa  e verso.
c) Conhecimento pratico das partes do discurso.
d) Uso do diccionario portuguez.

LINGUAGEM ESCRIPTA


a) Descripções e narrações.
b) Mudanças de redacção.
c) Cartas, afficios, requerimentos e recibos

ARITHMETICA


a) Revisão do estudo feito no 3.º ANNO.
b) Estudo de fracções ordinarias : questões praticas.
c) Estudo do sistema mtetrico decimal.
d) Calculo mental rapido e problemas.

GEOMETRIA


a) A valiação das áreas dos triangulos, quadrilateros e polygonos.
b) Circunferencia e suas linhas.
c) Circulo.
d) Polygonos regulares
e) Problemas.

GEOGRAPHIA


a) Revisão dos estudos feitos no 3.º ANNO.
b) O Estado de S. Paulo: - sua importancia pela fertilidade do solo, pelos rios que o regam, pelo clima; pelas producções e riquezas, pelas vias de transporte, pelo commercio e industria, pela iniciativa de seus habitantes.
c) O brasil: - Estudo elementar completo.
d) Os principaes paizes e capitaes da America, Europa,
e) Idéia geral do systema planetário.
 

HISTORIA DO BRASIL


a) O descobrimento da America e do Brasil ; indigenas e colonos.
b) O regimen das capitanias.
c) Explorações e colonização do Brasil.
d) Transmigração da familia real. - Brasil reino
e) Independencia.
f) Primeiro Imperio.
g) Segundo Iperio.
h) guerras externas.
i) Proclamação da Republica.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES. - HIGIENE


a) O homem: orgão, apparelhos e funcções. Os sentidos.
b) Classificação dos animaes.
c) As plantas e suas partes.
d) Estudos das flores e dos frutos.
e) Reprodução dos vegetaes ; diferentes especiais de enxertia e seusa processos.
f) Plantas proprias da zona que está a escola.
g) Agricultura em geral: horticultura, jardinagem, em campos de experiencia.
h) Nutrição vegetal.
i) Principaes phenomenos relativos á gravidade, ao calor, á luz, ao som, á electricidade.
j) A agua, o ar. Os metaes.
k) Necessidade dos exercicios physicos e da hygiene corporal. Effeitos nocivos do fumo e do alcool.
l) Impaludismo, ancilostomose, tuberculose, lepra, raiva, trachoma.

INSTRUCÇÃO CIVICA E MORAL


a) Patria : Bandeira e sua descripção. - Deveres para com a patria. - exemplos de amor á patria. - Datas nacionaes.
b) Governo : Necessidade de um Governo. - Impossibilidade da existencia de uma sociedade sem Governo. - Demonstração desta verdade por meio de exemplos.
c) Fórmulas de Governo. - vantagens do governo Republicano.- Como se fórma o Governo.
d) O voto ; sua importancia . - Eleição em classe.
e) O Jury:
f) Deveres e direitos do cidadão brasileiro.
g) O serviço militar.
h) Poderes municipaes, estaduaes e federaes.
i) Leitura e commentario de um manual de civilidade.

EDUCAÇÃO


a) Revisão dos estudos feitos no 3.º ANNO.
b) Necessidade da ordem, da previdencia e da  economia. - Receita e despeza da familia.

ACRESCE PARA A SECÇÃO FEMININA :


a) Alimentação dos recem-nascidos. - Cuidados com oa vestuarios e banhos dos mesmos. - Regras para o aleitamento natural. - A séde nas crianças.
d) Regras para o regimen alimenticio das crianças.
e) O sdal na alimentação.
f) Escala a observar na alimentação.
g) Dewntição naturação.
h) Meios para saber se a alimentação é util.
i) Pesos das crianças.
j) Molestias da primeira idade.

TRABALHOS MANUAES


a) Exercicios de jardinagem, horticultura e arboricultura em pequenos campos de experiencia.
para o sexo feminino accresce.
b) Pontos russos e de ornamentos. - Pontos de marca, letras e nomes.
c) Camisas, aventaes, lenços, toalhas, babadouros etc.

MUSICA


Cantos de hynos e canções brasileiras para o fim de despertar sentimentos civicos e patrioticos

GYMNASTICA


a) Repetição dos exercicios anteriores.
b) Exercicios de escotismo.

DESENHO


a) Desenhos de animaes, plantas, folhas, flores, paisagens, etc.
b) Reproducção de grupos de solidos geometricos.

CALLIGRAPHIA


Continuação de exercicios de calligraphia vertical. letras de phantasia.

Secretaria de Estado dos Negocios do Interior, 8 de Agosto de 1918.
 
Oscar Rodrigues Alves.

ACTO


O secretario de Estado dos Negocios do Interior resolve approvar o programa de ensini, que este acompanha, para os Grupos Escolares do Estado.
Secretaria de Estado dos Negocios do Interior, 8 de agosto de 1918.

OSCAR RODRIGUES ALVES.
 

PROGRAMMA DE ENSINO PARA OS GRUPOS ESCOLARES DO ESTADO DE SÃO PAULO

1.º ANNO

LEITURA


1.º passo: Exercicios de liguagem oral á vista de objectos ou gravuras. Questões muitos familiares, que tenham por fim ensina a criança a se exprimir correctamente.
2.º passo: Leitura de sentenças proferidas pelas crianças e escriptas no quadro-negro.
3.º passo: Reconhecimento das palavras das sentenças lidas e formação de novas sentenças. Entrega da cartilha aos alumnos e recordação das sentenças escriptas no quadro-negro.
4.º Continuarão da leitura das lições da cartilha. Reconhecimento das palavras e sua decomposição em syllaba; formação de novas palavras com syllabas estudadas.
5.º passo: Continuação da leitura das lições da cartilha. Decomposição das syllabas em letras e formação de novas sullabas e palavras com essas letras. Leitura do 1.º livro. 

LINGUAGEM ORAL


a) Formação de sentença com palavras conhecidas dos alumnos e a respeito de cousas cuja existencia e utilidade os seus sentidos verifiquem.
b) Formação de sentenças sobre a fórma, côr, posição, substancia e utilidade de objetos.
c) Descripção muito simples de objectos á vista.
d) Descripção de objectos ausentes, mas conhecidos.
e) Narrações simples de factos instructivos e moraes, feitas pelo professor. Reproducção socratica das mesmas e reproducção livre pelos alumnos.
f) Recitação, com explicação prévia de maximas e pequenas poesias apropriadas á edade e ao desenvolvimento mental da classe.

LINGUAGEM ESCRIPTA


a) Cópia de pequenas sentenças e de palavras do livro de leitura, ou escriptas pelo professor no quadro-negro.
b) Dictado de pequenas sentenças e palavras.
c) Construcção se sentenças com palavras dadas.
d) Completar sentenças escriptas pelo professor no quadro-negro.
e) Redação de sentenças conecxas, á vista de objectos ou de gravuras.
f) Emprego de letras maiusculas no começo ou no corpo das sentenças.
g) Uso e emprego do ponto final, ponto de interrogação e do ponte de admiração.

CALLIGRAPHIA


Cópias de sentenças, palavras, numeros, á vista de exercicios escriptos pelo professor no quadro-negro.

ARITHMETICA


a) Rudimentos das primeiras operações, pelos meios concretos.
b) Conhecimento directo dos grupos 2, 3, 4 e 5 por um simples golpe de vista e sem contar.
c) Somma directa de objectos de 1 em 1, de 2 em 2, de 3 em 3 etc. - até 20 e depois até 100. Subtracção em ordem inversa.
d) Contar de dez em dez até 100.
e) Exercicios sobre as quatro operações até 10.
f) Leitura e escripta de numeros e uso dos signaes +, -, ×, ÷, =, praticados nas quatro operações.
g) Exercicios oraes e escriptos sobre os calculos do mappa de numeros, incluvisé exercicios sobre fracções.
h) Estudo das quatro operações até 100 do modo mais concreto possivel. Problemas faceis.
i) Conhecimento pratico dos algarismos romanos. O relogio.
j) Conhecimento pratico do metro, litro e kilo.

GEOMETRIA


a) Esphera. Estudo feito á vista do solido, quanto á forma geral e superficie. Hemispherio.
b) Cubo. Forma do cubo comparativamente com a de outros objectos conhecidos. Faces do cubo arestas ou linhas - canto ou angulo.
c) Parallelipipedo. Estudo correspondente; divisão de parallelipipedo em dois prismas triangulares.
d) Prisma triangular e cylindro. Estudo correspondente.

GEOGRAPHIA


a) Posição relativa dos objectos da sala de aula. A carteira e suas posições: - parte superior, inferior, direita, esquerda; frente, atrás, etc.
b) A sala de aula e o edificio da escola - exercicios de localização.
c) Esboço approximado da sala de aula: da area do recreio e do quarteirão em que está situada a escola.
d) Descripção do caminho percorrido pelo alumno ao dirigir-se [a escola.
e) Conhecimento pratico dos pontos cardeaes, pelo nascimento do sol e pela sombra; applicações dos mesmos relativamente á situação de objectos, edificios, ruas, etc.
f) Ensino objectivo de termos geographicos de facil explicação.
g) Medida do tempo; - dia, semana, mez e ANNO.
h) Conhecimento das quatro estações do ANNO.
i) Primeiras observações directas do que a criança vê: - o sol, a lua, as estrellas. O dia e a noite.

HISTORIA DO BRASIL


a) Decripção, sempre que fôr possivel á vista de gravuras, das riquezas e bellezas naturaes do nosso paiz, de maneira a despertar no espirito das crianças o interesse e sentimento de enthusiasmo pela Patria.
b) Conhecimento dos vultos mais notaveis da nossa historia, salientando-se, em ligeiros traços biographicos, os seus actos de patriotismo.

INSTRUCÇÃO MORAL E CIVICA


a) Recitação de trechos moraes e civicos apropriados á cidade dos alumnos e previamente explicados.
b) Historietas singelas, que serão explicadas cuidadosamente as crianças.
c) Palestras sobre os elementos de civilidade que a criança precisa aprender a observar nas suas relações sociaes.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES


a) Conhecimento e distincção das côres.
b) Observações sobre o aspecto exterior dos corpos, cujas qualidades serão cuidadosamente nomeadas
c) Estudo de animais conhecidos, notando suas qualidades, semelhanças e differenças. Classificação desses animaes pelo aspecto exterior: animaes de penna, de pello, de escamas, de dous pés, de quatro pés, de seis pés etc. Animaes que andam, que vôam, que nadam: animaes que vivem na terra e na agua; animaes uteis; animaes nocivos.
d) Conhecimento de alguns productos animaes na alimentação, nas artes e industrias: - carne, couro, osso, chifres etc.
e) Conhecimento das partes do corpo humano: cabeça, tronco e membros.
f) Palestras sobre vegetaes conhecidos: utilidade e emprego de seus productos na alimentação, na medicina caseira.
g) Arvores frutiferas.
h) Regras uteis sobre hygiene de alimentação: boa mastigação; frugalidade e sobriedade; regularidade nas refeições.
i) Conselhos hygienicos sobre o asseio individual.
j) Effeitos nocivos do fumo e do alcool

MUSICA


a) Exercicios de respiração thoraxica.
b) Cantos por audição em rythmos faceis. Canções hymnos etc. excedendo da oitava do DO da 1.º linha inferior e DO do 3.º espaço da clave de SOL.
c) Os alumnos devem sempre cantar sem esforço e com boa emissão e proninciação.

DESENHO


a) Desenho de objectos simples no quadro-negro, no papel, a lapis ou a giz de côres.
b) Desenho original ou de invenção.

TRABALHO MANUAL


a) Dobramento de papel. Objectos usuaes: chapéos, barquinhas, caixinhas, etc.
b) Tecidos de papel.
c) Alinhamento em cartões, á vista de modelos apropriados e graduados.
d) Modelo: construcção de fórma geometricas já estudadas.

Para a secção feminina accresce:
e) Posição das mãos e modos de segurar a agulha.
f) Croché simples.

EXERCICIOS GYMNASTICOS


a) Exercicios callisthenicos.
b) Voltas. Marchas simples.
c) Exercicios ao ar livre: marchas cadenciadas. Corridas.
d) Jogos gymnasticos.

2.º ANNO

LEITURA


a) Leitura diaria em livro apropriado, attendendo-se, quando possivel, ás regras de pronuncia e á inflexão necessaria de voz.
b) Explicação do sentido das palavras e sentenças encontradas na licção.
c) Exercicios muito simples de synonimia sobre palavras de significação conhecida, tiradas da lição.
d) Explicação, pelo professor, do trecho lido e interpretação oral pelos alumnos.
e) Conhecimento dos signaes de pontuação, para os effeitos da correcção da leitura.

LINGUAGEM ORAL


a) Formação de sentenção empregado: de pessoas, cousas, animaes, plantas, etc.
b) Qualidade das cousas e quaidades oppostas.
c) Narrações de factos relativos á escola, á familia e á sociedade, feitas pelo professor, com reproducção socratica e completa das mesmas pelos alumnos.
d) Descripção de objectos á vista e pequenas narrações e contos suggeridos por meio de estampas.
e) Declamação de pequenas poesias apropriadas ao desenvolvimento da classe.

LINGUAGEM ESCRIPTA


a) Copia de trachos do livro de leitura.
b) Dictado de sentença e pequenos trechos do livro de leitura.
c) Descripção de objectos ou gravuras.
d) Reproducção de contos muitos simples, ouvidos em classe.
e) Composição de historietas.
f) Reproducção de assumptos estudados em outras disciplinas.
g) Redação de bilhetes e cartas muito simples, sobre assumptos dados pelo professor.

CALLIGRAPHIA


Continuação dos exercicios de 1.º ANNO, seguindo a mesma marcha.


ARITHMETICA


a) Estudo pratico de numeração oral e escripta, até milhares: estudo pratico da formação de unidades, dezenas, centenas e milhares.
b) Calculos mental de accordo com a direcção dos mappas de numeros, incluindo conhecimentos de ½, ⅓, ¼, 1/5, etc.
c) Continuação dos algarismos romanos, escriptos e oralmente.
d) Tabeada de multiplicar e dividir até 12, por meio de tornos.
e) Estudos elementar completo das quatro operações fundamentaes até milhares, e com applicações a numerosos e variados exercicios da vida pratica.
f) Conhecimento das unidades principaes de comprimento, de superficie, capacidade e peso. Exercicios praticos correspondentes.
g) Conhecimento da moeda brasileira.

GEOMETRIA


a) Pyramide e cone.
b) Ellipsoide e ovoide.
c) Formas das faces.
d) Linhas e angulos.

GEOGRAPHIA


a) Termos geographicos applicados ás terras e ás aguas, á vista de accidentes naturaes, quando possivel, ou á vista de gravuras, e tambe, como auxilio de mappas ou btaboleiro de arêa molhada, ou no pateo do recreio. Leitura de mappas geographicos.
b) Mappas pareiaes da cidade e localização de estabelecimentos importantes.
c) Mappa das viagens que os alumnos tenham feito, referindo-se ás cidades que conhecem e ás vias de comunicação.
d) Mappa da configuração geral do Estado de São Paulo e localização das partes aprendidas e conhecidas.
e) Medida do tempo: o ANNO e as estações: ínicio e duração das estações.
f) Observações sobre o sol, a lua e as estrellas.
g) Idéa geral da Terra como astro e algumas observações sobre a sua forma e movimentos.

HISTORIA DO BRASIL


a) Continuação dos estudos iniciados no 1.º ANNO, com o mesmo espírito, e maior desenvolvimento.
b) Fundação de São Paulo.

INSTRUCÇÃO CIVICA E MORAL

 
a) Trechos moraes e civicos apropriados á edade da classe e préviamente explicados.
b) Historietas, narradas pelo professor, encerrando factos de patriotismo, heroismo, abnegação, etc.
c) Recitativos: prosa ou verso, com idéas de civismo e patriotismo.
d) Palestras sobre deveres de civilidade para com os paes, parentes, professores, collegas, etc.; comportamento das crianças na escola, nas reuniões, nos lugares publicos; tratamento devido aos criados e inferiores em geral.
e) Insistir sobre o respeito á rua e especialmente contra as inscripções inconvenientes nas paredes, nos muros, nos moveis, etc.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES


a) Ensino objectivo dos estados e qualidades dos corpos. Corpos solido, liquido, gazoso, aspero, lizo, escorregadio, fragil, resistente, poroso, translucido, opaco, elastico, flexivel, combustivel, inflamavel, explosivo, fusivel, soluvel, fibroso, granuloso, picante, adstringente, acido, doce, salgado, etc.
b) Primeiras observações sobre animaes vertebrados e invertebrados. Animaes domesticos. Animaes uteis e animaes nocivos á agricultura. Festa das aves e dasarvores.
c) Continuação do estudo das partes do corpo humano com observações geraes sobre hygiene: os sentidos. A hygiene dos dentes.
d) Estudo de alguns vegetaes uteis: as partes principaes da planta: a raiz, o caule, as folhas, as flores e frutos; suas applicações na alimentação dos homens e dos animaes; suas applicações nas artes, nas industrias, na mediacina.
e) Observações sobre a germinação das sementes.

MUSICA


a) Gymnastica respiratoria e exercicios de vovalização na extensão mencionada do ANNO anterior..
b) Cantos por audição em rythmos faceis.

DESENHO


a) Desenhar a lapis: animaes, plantas e grupos de objectos do natural.
b) Desenhos decorativos, dictados e originaes.

TRABALHO MANUAL


a) Alinhavos em cartão, executados a côres, sobre modelos diversos, representando figuras de animaes, flores e outros motivos decorativos.
b) Modelagem de objectos usuaes.
Secção feminina:
c) Croché, pontos, alinhavos, pospontos, pospontos no claro, pontos fechados e abertos, pontos de remate. Preparação e modo de frauzir. Frauzidos duplos.

GYMNASTICA


a) Os mesmos exercicios do 1.º ANNO acompanhados de canto.
b)  Exercicios ao ar livre.
c) Jogos gymnasticos.
d) Formaturas para exercicios gymnasticos.
e) Exercicios preparatorios para pulos.
f) Corridas com pequenos obstaculos. Corridas de velocidade.

3.º ANNO

LEITURA


a) Leitura diaria de prosa e verso em livro apropriado, com observação constante da pronuncia e inflexão de voz.
b) Conhecimento da significação das palavras da lição: sentido real e figurado.
c) Formação de sentenças com palavras da lição.
d) Exercicios faceis de synonimia.
e) Exercicios oraes, muito simples, de mudança de redacção.
f) Explicação e interpretação oral do trecho lido.
g) Estudo dos signaes de pontuação, para os effeitos da correcção da leitura. Estudo do paragrapho.
h) Leitura supplementar, em livro apropriado ao desenvolvimento da classe.

LINGUAGEM ORAL


a) Descripção de coisas, factos e scenas naturaes, feita pelo professor, e reproducção socratica e completa pelos alumnos.
b) Descripções correspondentes feitas pelos alumnos, com auxilio do professor ou á vista de objectos ou gravuras.
c) Reprodução de pequenos contos lidos ou ouvidos pela classe.
d) Reprodução de assumptos de outras aulas.
e) Declaração de poesias apropriadas ao desenvolvimento da classe e previamente explicadas.
f) Exercicios para ampliação do vocabulario dos alumnos, sobre synonimos, homonymos, antonymos e paronymos.
g) Conhecimento pratico das sentenças declarativas, interrogativas, exclamativas, condicionaes e imperativas.
h) Conhecimento pratico dos elementos capitaes da sentença - sujeito e predicado.
i) Conjugação de verbos no presente, passado e futuro do indicativo (tempos simples).
j) Formação de derivados de nomes conhecidos.
k) Divisão dos vocabulos em syllabas: dithongos, accento tonico e accentos orthographicos.

LINGUAGEM ESCRIPTA


a) Reprodução de contos ligos ou ouvidos pelos alumnos, ou de assumptos estudados em outras aulas.
b) Descripções e pequenas narrativas com auxilio de gravuras e com esboço dado pelo professor.
c) Redacção de bilhetes e cartas sobre assumptos muito simples suggeridos pelo professor.
d) Composição livre nos limites do desenvolvimento da classe.

CALLIGRAPHIA


a) Reproducção, no caderno em branco, de letras de haste, letras compridas, letras curtas. Relação entre as hastes e o corpo da letra.
b) Distancia entre as letras e meio de ligal-as. Distancia entre os vocabulos.
c) Alphabeto maiusculo e minusculo.
d) Exercicios para o desenvolvimento do pulso e dos dados.
e) Cópia de sentenças ou de trechos do livro de leitura.

ARITHMETICA


a) Estudo completo da numeração decimal.
b) Estudo completo das quatro operações sobre inteiros. Problesmas e questões praticas.
c) Fracção decimal: - leitura e escripta de numeros decimaes.
d) Reproducção de fracções decimaes á mesma denominação.
e) Alteração do valor dos decimaes.
f) Estudo completo das quatro operações sobre fracções decimaes.
g) Problesmas e questões praticas.
h) Conhecimento pratico de fracções ordinarias. Representação e leitura de fracções ordinarias.
i) Systema metrico. Conhecimento pratico das unidades do comprimento, superficie, volume e peso. Applicações praticas. Multiplos e submultiplos das unidades metricas.

GEOMETRIA


a) Linhas: suas especies; posições absolutas e relativas.
b) Traçado de linhas com uso do compasso.
c) Divisão de uma recta em partes iguaes.
d) Angulos. Triangulos. Rectangulos. Quadrilateros e suas especies.
e) Medida das árcas.
f) Problesmas e questões praticas.

GEOGRAPHIA


a) Desenvolvimento do estudo feito no 2.º ANNO.
b) São Paulo: A Capital, população, cidades principaes, producção, estradas de ferro, exportação e importação, commercio e industria.
c) O Brasil: estados e capitaes. Producção caracteristica de cada Estado.
d) Construcção simultanea de mappas cartographicos do Estado de São Paulo e do Brasil, de accordo com as lições explicadas.
e) Fórma e movimentos da terra.
f) Astros luminosos e opácos.
g) Idéa geral do globo.
h) Linhas, circulos, zonas e estações do ANNO.
i) Noção geral do nosso systema planetario.

HISTORIA DO BRASIL


a) Estudo dos principaes factos que se deram na proclamação da Republica, no 2.º Imperio e na Independencia.
b) Noticias biographicas dos brasileiros que tomaram parte nesses acontecimentos e dos que se tornaram notaveis nas sciencias e artes.

INSTRUCÇÃO MORAL E CIVICA


a) Palestras com os alumnos sobre os seus deveres em relação a si mesmos, á familia, á sociedade, á Patria.
b) Dignidade pessoal.
c) Demonstração dos máus effeitos resultantes da mentira, da calumnia, da inveja, da colera, da preguiça, da intemperança, da delação, etc.
d) Narrações e contos que despertem na criança amor pelo bem e horror pelo mal.
e) Historietas sobre principios moraes ou actos dignos de imitação.,
f) A Patria: diveros para com a Patria.
g) Respeito á Patria estrangeira.
h) Necessidade de Governo. Impossibilidade da existencia de uma sociedade sem Governo. Demonstração destas verdades por meio de exemplos faceis: a classe sem professor, etc.
i) Phases do Governo por que tem passado o Brasil.
j) Poderes constituidos no municipio, no Estado e no Paiz.
k) As datas nacionaes.
l) Descripção simples da nossa bandeira nacional, como symbolo da Patria.
m) Leitura e comentario de um manual de civilidade.

ECONOMIA DOMESTICA


a) Ordem nas diversas occupações diarias da familia.
b) Gastos e economia da familia.
c) Organização de uma escripta domestica.
d) Conhecimentos de receitas de utilidade pratica.
e) Cuidados hygienicos com as crianças, com os enfermos, com os animaes domesticos, etc.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES - HYGIENE



a) Ar atmospherico: Barometro.
b) Composição do ar. Ar viciado. Humidade do ar e suas causas.
c) Evaporação: observações sobre o planejamento geral da evaporação; suas causas e effeitos.
d) As chuvas: formação das chuvas e seus effeitos.
e) Ventos: suas causas e seus effeitos.
f) A geada e a neve.
g) Estudo muito simples de applicação de alguns dos mineraes mais conhecidos: o ferro, o carvão de pedra, o chumbo, o cobre, o nickel, a prata, o ouro, as arêas monasiticas, etc.
h) Agua: sua composição. Aguas mineraes e medicinaes. Aguas theramaes.
j) Calor: fontes de calor. Thermometros
k) Animaes: principaes caracteres dos vertebrados e dos invertebrados.
l) Animaes uteis: cuidados que merecem, seu tratamento.
m) O homem: partes principaes do corpo humano. Os principaes ossos do esqueleto.
n) Apparelho digestivo; sua funcção.
o) Descripção dos instrumentos mais usuaes de agricultura.
p) Diversos processos para a reproducção artificial dos vegetaes: estaca, mergulhia e enxertia.
q) A cultura de alguns vegetaes uteis, em campos de experiencia: café, algodão, canna de assucar, cereaes, arvores frutiferas, plantas leguminosas, etc. Beneficios que essa plantas prestam ao homem.

MUSICA


a) Exercicio de gymnastica respiratoria e de vocalização.
b) Canto por audição de melodias faceis; representação dessas melodias sem elaves, sem compasso e sem divisão de compasso.
c) Valores rythmicos das figuras; valores relativos.
d) Valor do ponto.
e) Intervallos.
f) Compasso unario e compasso quaternario expresso por C; modo de batel-os.
g) Tempos fortes e tempos fracos do compasso quaternario.
h) Figuras simples e compostas.
i) Solfejo seguido, interrompido e salteado de melodias de 8 compassos, escriptas no quadro negro.
j) Figuras positivas e negativas.
k) Extensão de melodia.
l) Melodias conhecidas em rythmo binario.
m) Compasso binario representado por 2/4; modo de batel-o.
n) Tempos fortes e tempos fracos do compasso binario.
o) Nomenclatura das figuras.
p) Melodias conhecidas em rythmo ternario.
q) Compasso ternario representado por 3/4; modo de batel-o.
r) Tempos fortes e tempos fracos do compasso ternario.
s) Claves - Exercicio especial com clave de Sol.
t) Exercicios de nomenclatura de notas e clave de Sol, desde a primeira linha supplementar inferior até o 4.º espaço da pauta natural.
u) Solfejo de melodias desconhecidas em compasso quaternario.
v) Exercicio de manosolfa a uma voz.
x) Dictado musical com phrases de quatro compassos de melodias faceis.

DESENHO


a) Desenho a lapis; paizagens simples: reproducção de modelos em diversas posições.
b) Desenho de invenção e dictado.

TRABALHOS MANUAES


a) Trabalhos de horticultura e de jardinagem.
b) Applicação manual das folhas, ramos, fibras, lenhosas, vime, cipó, couros, pelles, pennas, etc.
Accresce para o sexo feminino:
c) Costura, serziduras, franjas, malhas, alinhavos, remendos, etc.

GYMNASTICA


a) Exercicios callisthenicos.
b) Exercicios ao ar livre.
c) Passos rythmicos ou de dança.
d) Formatura para os exercicios gymnasticos. Evoluções gymnasticas em passo ordinario e accelerado. Marchas combinadas.
e) Pulos. Corridas.
f) Jogos gymnasticos.

4.º ANNO

LEITURA


a) Leitura expressiva de prosa e verso, em livro apropriado ao desenvolvimento dos alumnos.
b) Variedade e propriedade de expressão, conforme o assumpto.
c) Leitura declamada de prosa ou verso, com observação das regras de dicção.
d) Significação dos vocabulos: sentido real e figurado. Exercicios de synonimia e mudança oral de redacção.
e) Exercicios sobre mudanças de redacção, com  transposição syntactica dosa termos.
f) Leitura expressiva de generos literarios diversos poesias , dialogos biographias, etc.
g) Interpretação e exposição do assunpto lido.
h)  Uso e e emprego dos signaes de pontuação.
i) Exercicios sobre as figuras de dicção mais simples.
j) lLeitura supllementar em livros apropriados ao desenvolvimento dos alunos, e que auxiliem a acquisição de conhecimentos.

LINGUAGEM ORAL


a) Reprodução de assumpto lido ou ouvido, ou de assumpto estudado em outras disciplinas.
b) Narrativas de factos episodios e scenas naturaes.
c) Declamação de prosa e verso, com propriedades e variedade de expressão.
d) Estudo mais completo das palavras analogas : synonymos homonymos, antonymos e paronymos.
e) Elementos de syntaxe, Sentenças declarativas, interrogativas, imperativas, condicionaes e exclamativas.
Sujeito e predicado. Circunstancias mais communs.
f) Estudo Pratico das partes do discurso.
g) Conhecimento Pratico das figuras de dicção mais communs.
h) Flexão em geral. Conjugação de verbos.
i) Manejo do diccionario portuguez.

LINGUAGEM ESCRIPTA


a) Descripções e narrações sobre assumptos estudados
b) Mudança de redacção.
c) Reducção de poesia á prosa.
d) Esbôço biographico de brasileiros illustres.
e) Redacção de cartas, recibos, officios, requerimentos, etc.
f) Composição livre.

CALLIGRAPHIA


a) Exercicios livres de calligraphia, em copia do livro de leitura ou do quadro negro, com applicação do aprendido no 3.º ANNO.
b) Letras de phantasia.

ARITHMETICA


a) Revisão do estudo feito no 3.º ANNO.
b) Fracções ordinarias: fracções proprias e improprias, homogeneas e heterogeneas
c) Reducção denumero mixto a fracção ordinaria.
d) Conhecimento dos caracteres mais simples de divisibilidade.
e) Estudo pratico elementar do maximo comum divisor.
f) Reducção de fracções ordinarias ao mesmo denominador.
g) Estudo pratico das quatro operações sobre fracções ordinarias.
h) Reducção de fracções ordinarias a decimaes e vice-versa.
i) Systema metrico decimal. Conhecimento das medidas metricas, seus multiplos e submultiplos. Reducção de medidas. Applicações praticas.
j) Problemas e questões praticas, pelo methodo da reducção á unidade.

GEOMETRIA


a) Revisão do estudo feito no 3.º ANNO.
b) Avaliação das áreas dos triangulos e dos parallelogrammos.
c) Inscripção de polygonos.
d) Determinação da área dos polygonos regulares.
e) Determinação da extensão da efreumferencia e da área do circulo.
f) Exercicios praticos sobre volumes de alguns solidos geometricos.
g) Problemas e questões praticas.

GEOGRAPHIA


a) Revisão do estudo feito no 3.º ANNO.
b) O Estado de São Paulo: sua importância pela fertilidade do solo, pelos rios que o regam, pelo clima, pela producção, pela riqueza, pelas vias de transporte, pelo commercio e insdustria, pela  iniciativa de seus habitantes.
c) O Brasil: estudo elementar completo.
d) Os principaes paizes da America, da Europa, da Asia, da Africa e da Oceania.
Os mappas cartographicos serão levantados simultaneamente com as explicações dadas.

HISTORIA DO BRAZIL.


a) O descobrimento da America e do Brasil; indigenas e colonos.
b) O regimem das capitanias.
c) Exploração e catechése.
d) Os governos geraes
e) Transmigração da família real para o Brasil.
f) O Brasil reino.
g) Independencia.
h) O Brasil sob o governo de D.Pedro I.
i) Periodo regencial.
j) O Brasil sob o governo de D. Pedro II.
k) As guerras da Reoublica.
l) Proclamação da Republica.
m) Estudo succinto do periodo republicano.

INSTRUCÇÃO MORAL E CIVICA


a) A fórma do nosso governo.
b) As vantagens do governo republicano.
c) Direitos e deveres do cidadão brasileiro.
d) O voto e as eleições.
e) O jury.
f) Os impostos.
g) Força publica; exercido e armada.
h) O servidor militar obrigatorio.
i) O estrangeiro em nosso Paiz.
j) A bandeira estrangeira e o respeito que lhe devemos.
k) A fraternidade humana.
l) Leitura e commentario de um manual de civilidade.

EDUCAÇÃO DOMESTICA E PUERICULTURA


a) Necessidade da ordem, da previdencia e da economia.
b) Receita e despeza da familia.
Acresc para a secção feminina:
c) Escolha de uma boa ama.
d) Cuidados com os ventuarios e banhos dos recem-nascidos
e) Regras para o aleitamento natural.
f) A sêde nas crianças,regimen alimenticio das mesmas.
g) O sal na alimentação.
h) Escala a observar na alimentação.
i) Meios para saber si a alimentação é util.
j) Peso das crianças.
k) Dentição normal.
l) Exercicios e passeios. Repouso.
m) Molestias da primeira idade.

SCIENCIAS PHYSICAS E NATURAES -
HYGIENE



a) Explicação concreta da campainha electrica, do telephone, do relegrapho, do para-raios, do pendulo do relogio de alavancas e balanças, roldanas, planos inclinados, luz e força electrica; circulação do ar, aquecimento do ar, illuminação a gaz, a tensão do vapor da agua; acção corrosiva dos acidos e dos alcalis; o poder dissolvente do alcool e da essencia de therebentina,etc; applicações do vapor e da electricidade, etc.
b) Classificação animal: estudo elementar das principaes classes de vertebrados.
c) Caractéres geraes dos invertebrados.
d) Apparelhos respiratorio e circulatorio. Suas funcções.
e) Plantio e cultura de arvores frutiferas e mais vegeaes uteis e proprios do nosso clima. E'poca do plantio e processos de cultura. E'poca e processos de póda.
f) Adubos.
g) hygiene de habilitação, do vestuário e da alimentação. Exercícios physicos; sua necessidade e suas vantagens Repouso e somino.
h) Insectos transmissores de enfermidades.
i) Molestias contagiosas e infecciosas: - Implaudismo ancilostomose,tuberculode, trachoma,lepra; meios de evital-as e seu tratamento.
j) Sôro anti-ophidico, anri-diphtérico e anti-tetánico. Raiva a ser tratamento.
k) Vaccinação contra a variola e a febre typhoide.

MUSICA


a) Intervallos conjuctos e disjuntos,ascendentes e descendentes, de 2.ª a 10.ª, smlples e compostos.
b) Compassos compostos.
c) Siganes accessorios (accidentes). Demostraçao da necessidade desses signaes por meio de sucessões distonicas que affectem a forma da escala.
d) Estudo da Escala de DO MAIO e LA MENOR.
e) Dada uma dessas escalas antoar os intervallos ascendentes e descendentes de 2.ª a 8.ª.
f) Exercicios de mansolfa a uma voz.

DESENHO


a) Desenho de animaes, plantas, folhas, flores, paisagens, etc.
b) Reproducção de grupos de solidos geometricos.
c) Desenho dictado e original.

TRABALHO MANUAL


a) Reproducção de solidos geometricos e objectos simples, em argilla.
b) Objectos usuaes, em madeira, como corta-papel, enquadros, cunhas, reguas, cantoneiras, estantes simples etc.
c) Exercicios de cartonagem.
Para o sexo feminino:
a) Pontos russo e de ornamentos. Pontos de marca, letra e nomes.
b) Camisas, aventaes, lenços, toalhas, babadouros, etc., para applicaçção de estudos anteriores.

GYMNASTICA


a) Exercicios callisthenicos.
b) Repetição dos exercicios do 3.º ANNO.
c) Jogos gymnasticos ao ar livre.

Annexo n. 4

Programma de ensino do Curso Complementar

PORTUGUEZ

1.º ANNO

Elocução oral


a) Leitura expressiva de prosa simples, ligeiramente commentada, com observações opportunas de professor ácerca da voz, articulação, attitudes, variedade de fórmas e de expressões.
Pontuação objectiva: - movimentos respiratorios e proporção das pausas.
b) Leitura expressiva de prosa, commentada, com alguma amplitude, pelo professor, e reproduzida pelo alumno. Destaque das bellezas de expressão, que houver no trecho, em virtude da palavra, como indice das idéas.
Pontuação distinctiva dos sentidos totaes, parciaes e incompletos, occorrentes no trecho lido.
c) Leitura expressiva de verso. Paraphrase em prosa pelo alumno, explicando-lhe o professor o papel da palavra como elemento esthetico e musical nessa fórma de expressão e as harmonias imitativas, resultantes da cadencia e da aliteração.
Pontuação ligativa: - dependencia reciproca dos sentidos. Coordenação e subordinação.
d) Leitura do dialogo em prosa e verso, para que o alumno adquira naturalidade de expressão. Dialogo entre alumnos e entre o professor e a classe ácerca de assumptos conhecidos e opportunos.
Pontuação emotiva: - Interrogação, exclamação, reticencias.
e) Leitura emphatica em prosa e verso. Dicção e recitação. Medida e exagero da expressão. Propriedade e impropriedade do gesto.
f) Estudo commentado de trechos de prosa simples, para que o alumno, guiado pelo professor, possa desdobrar o pensamento lido em suas diversas asserções. Noção do periodo simples por meio de exercicios praticos no livro ou no quadro negro.

ELOCUÇÃO ESCRIPTA


a) Exercicios de redacção em classe, dando-se aos alumnos inteira liberdade na escolha dos themas, afim de que possam elles, desde jogo, revelar as tendencias do seu temperamento, cumprindo, apenas, ao professor, pelas correcções exaradas aos seus trabalhos e commentadas, oralmente, burilar a linguagem.
b) Descripções collectiva á vista de quadros ou gravuras, representativas da nossa natureza, da nossa vida, do nosso trabalho, da nossa historia.
c) Descripção de objectos de uso commum e quotidiano, com o proposito de provocar na inteligencia dos alumnos a associação das idéas.
d) Reproducção de assumptos contados ou lidos, tendentes a provocar a assimilação das idéas.
e) Narração de factos da vida real, vistos, lidos ou ouvidos, com meio de despertar e estimular as faculdades emotivas.
f) Redação de cartas muito simples e familiares, com tratamento variado, permittindo-se aos alumnos a escolha do assumpto.

2.º ANNO

Elocução oral

a) Leitura explicativa e commentada de prosa e verso. Interpretação e reproducção. Noção do periodo composto. Subordinação e coordenação das orações pelo sentido e valor expressivo.
b) Leitura expressiva de prosa e verso, com estudo obrigado das relações entre as orações e clausulas definidas pelos connectivos.
c) Composição de orações, no quadro negro, para estudo dos seus elementos essenciaes e accessorios. Noção do sujeito e do predicado.
d) Estudo particular das orações coordenadas, para conhecimento do seu valor e das conjucções coordenativas.
e) Estudo particular das oraçãoes subordinadas ou clausulas para conhecimento das conjucções subordinativas e reducção de seu valor a substantivos, adjectivos e adverbios.
f) Estado de orações em que entrem locuções adjectivas e adverbiaes para conhecimento das proprosições, que as introduzirem no periodo e as relacionam umas com as outras.
g) Estudo particular das clausulas para conhecimento da funcção, que nellas exercem os pronomes e adverbios conjuctivos.
h) Constituição do predicado. Officio particular do verbo. Da flexão verbal. Sintexe dos verbos. Predicação completa e incompleta. Verbo auxiliares, periphrasticos, impessoaes e defectivos. Voz activa e voz passiva. Conversão. Noção do objecto directo e meio pratico de o conhecer. Palavras que podem exercer essas funcções. Dos adjunctos e dos complementos.
i) Da concordancia das palavras relacionadas no contexto da oração.
j) Ordem das palavras na phrase portugueza: - ordem directa, inversa e transposta.
k) Analyse das palavras e do pensamento, completada por exercicios de synthese.

Elocução escripta


Exercitar-se-ão os alumnos, durante o ANNO, em constantes composições escriptas sobre os mesmos assumptos do 1.º ANNO, exigindo-se-lhes, porém, mais desenvolvimento, maximo no tocante á redacção de cartas e documentos publicos.

FRANCEZ

1.º ANNO


Linguagem escolar e domestica, sendo o vocabulario ensinado sob a fórma de lições de cousas.
1.º - A escola. Descripção da sala de aula, da mobilia; actos da vida escolar; relções entre os alumnos e o professor.
2.º - O tempo. Relogio; leitura da hora; divisão do tempo: hora, dia, semana, mez, ANNO, seculo. Festa nacionaes, datas historicas.
3.º - A tempertura. Variações atmosphericas relativas a cada estação; estações ; differença da época entre as nossas estaçções e as do hemispherio do norte.
4.º - Exercicios de calculo. Contas. Leitura e escripta de numeros no quadro negro; exercicios de calculo mental; pesos e medidas ; moéda nacional e extrangeira.
5.º - O corpo humano. Partes do corpo; descripções dos movimentos e fucções dos principaes orgams; os cinco sentidos; cuidados hygienicos ; doenças, exercicios, brinquedos.
6.º - O vestuario. Descripção, uso e qualidade de fazendas e, para a secção feminina, machina de costura, agulha, costura a mão, trabalhos manuaes.
7.º - Alimentação. Os alimentos, sem uso e preparo.
8.º - A casa e a vida de familia.Descripção dos diferentes aposentos da casa; moveis e seu uso; os membros da familia; as festas intimas e o luto.
9.º - Leituras apropriadas ao vocabulario ensinado.
10.º - Trechos faceis de recitação em poesia e prosa;contos, se possivel fôr.
11.º - Trabalhos escriptos. Dictados sobre a materia estudada e lida; perguntas escriptas;resumo e reprodução de leituras faceis.
12.º - Grammatica elementar;noções, sempre em lingua franceza, sobre factos da linguagem, procurando systemarizar tanto quanto possivel as noções explanadas. A regra não deve ser enunciada; deve decorrer da apresentação de grande numero de factos identicos, de maneira que o alumno possa estabelecel-a por si.

2.º ANNO


Com a mesma orientação dada no primeiro ANNO devem ser desenvolvidos os seguintes assumptos;
1.º - A cidade. Vida e economia; a rua; os vehiculos, a estação; o correio;  o mercado; as lojas, etc. Principaes industrias e profissões.
2.º - A vida intellectual e social. As escolas e as instituições; as artes; a justiça; o exercito e a armada.
3.º - A aldeia, Descripção; a vida na aldeia.
4.º - Os animaes domesticos. Descripção desses animaes, sua utilidade, serviços que prestam ao homem.
5.º - A vida rural. Trabalho no campo e suas épocas em França. Cultural no Brasil; café, canna, fumo, cereaes, legumes, fructos, etc.
6.º - O universo. Montanhas, planicies; desertos; mares, céo, astros, etc.
7.º - Leituras apropriadas ao vocabulario estudado; exercicios de conversação sobre o assumpto dos textos lidos
8.º - Trechos de recitação. Poesias, fabulas e pequenas anecdotas em prosa.
9.º - Gramatica. Explicação grammatical sobre os textos lidos, procurando systematisar tanto quanto possivel a noções dadas.

ARITHMETICA

1.º ANNO


Ponto 1.º - a) Grandeza, unidade, numero-noções preliminares Numeração decimal - aspectos que ella apresenta, suas leis. Numeração escripta - as ordens e as classes decimaes; o ponto decimal. Escripta e leitura de numeros inteiros e decimaes. Exercicios.
b) Notação romana - convenções.
Ponto 2.º - Operações aritmeticas, sua classificação.Estudos  da addição: a) noções preliminares, symbolo; b) casos da addição de inteiros; c) addição de numeros decimaes; de quantias expressas em moeda nacional; de fracções ordinarias homogeneas; de complexos; d) analogias entre estas addições; e) exercicios praticos em problemas usuaes.
Ponto 3.º - Subtração: a) noções preliminares, symbolo; b) casos da subtração de inteiros; c) subtração de numeros decimaes; de quantias; de fracções ordinarias homogeneas; de complexos; d) analogias, como na addição; e) exercicios praticos em problemas usuaes.
Ponto 4.º - Multiplicação: a) noções preliminares, diversos symbolos, emprego do expoente; b) casos da multiplicação de inteiros e continuação da taboa de Pythagoras;
c) multiplicação de uma quantidade por um numero; de numeros decimaes; de quantias; de fracções ordinarias; de complexos (os casos mais simples); d) methodos rapidos de multiplicação; e) exercicios praticos em problemas e organização de facturas commerciaes.
Ponto 5.º - Divisão: a) noções preliminares, symbolos usados; b) casos da divisão de inteiros; c) divisão de quantidades (incomplexas) por um numero; de decimaes por inteiro  e  fracção decimal; de quantias; de fracções ordinarias, casos simples; de complexos, idem; d) methodos rapidos de divisão; e) exercicios em problemas usuaes.
Ponto 6.º - 1.º) Classificação dos numeros: a) inteiros, fraccionarios e mixtos; b) parte aliquota e prate aliquanta;
2.º) Classificação dos numeros inteiros: a) pares e impares;
b) primos e multiplos; 3.º) Factor, divisor, submultiplo, parte aliquota-synonymia; 4.º ) Organizar uma tabella de numeros primos.
Ponto 7.º - Divizibilidade por 2,5 e 10; por 4,25 e 100; por 8, 125 e 1.000; por 3 e 9; por 11 e por 7. Mostrar que todo numero multiplo é divisivel, não só por seus factores primos, isoladamente, como pelo producto desses factores tomados dois a dois, tres a tres,etc.
Ponto 8.º - Decomposição de um numero em seus factores primos; maximo divisor comum, sua determinação pelos factores; primos e pela divisão succesiva; numeros primos entre si; applicação da theoria do M. D. C.
Ponto 9.º - Multiplos communs, Achar o minimo multiplo commum a dois ou mais numeros pelos factores primos; applicação da theoria do M.M.C.
Ponto 10.º - Fracções em geral, suas especies e modo de as representantar; classificação das fracções ordinarias; c) proprias, apparentes, improprias; b) simples, compostos e complexas; c) os diversos aspectos sob os quaes podemos considerar as fracções:
a) de unidade fragmentada,
b) de divisão,
c) de razão ou relação.
Ponto 11.º - Reducções; - de fracção impropria a numero mixto e vice-versa; redução de uma fracção á sua mais simples expressão - processos; reducção de diversas fracções: a) ao minimo denominador commum; b) a uma possivel denominador qualquer.
Ponto 12.º - Addição de fracções homogeneas e heterogeneas;
Subtracção de fracções homogeneas e heterogeneas;
Addição e subtracção de numeros mixtos: a) sem reduzil-os a fracções improprias; b) reduzindo-os a fracções improprias.
Ponto 13.º - Multiplicação de fracções: 1.º ) por um inteiro; 2.º) por outra fracção; 3.º) de numeros mixtos, Exercicios.
Ponto 14.º - Divisão de fracções: 1.º ) por um inteiro; 2.) por uma fracção homogenea; 3.º) por uma fracção heterogenea; 4.º) divisão de numeros mixtos.
Ponto 15.º - Redução de fracções complexas; applicação pratica de todos os signaes precedentes, relativos ás fracções; simplificação e addicção de fracções complexas.
Ponto 16.º - Transformação de fracções ordinarias em decimaes e vice-versa; dizimas periodicas; notação de limite.
Ponto 17.º - Reducção de uma fracção decimal a fracção ordinaria. - Porcentagem.

2.º ANNO


Ponto 1.º - Notação Geometrica: - de uma linha recta ou curva, de uma linha quebrada, de um angulo, de uma figura.
Ponto 2.º - Systema metrico: - Unidade linear; a) o metro, seus multiplos e submultiplos; escripta e leitura;
b) reducção de unidades inferiores a superiores e vice-versa;c) exercicios graphicos, traçado, no quadro negro, a mão livre, e metro e os seus submultiplos; d) equivalencia da legua, da milha, do nó e da jarda em metro. Relação das unidades lineares antigas entre si; e) uso da fita metrica, da trena ou cadeia metrica.
Ponto 3.º - Unidade de superficie: a) O metro quadrado, seus multiplos e submultiplos, Escripta e leitura; b) reducção de unidade inferiores e superiores e vice-versa. O are e o hectare; c) Equivalencia metrica da geira e do alqueire; d) Avaliação da area do rectangulo e do quadrado.
Ponto 4.º - Unidade de volume: a) O metro cubico, seus multiplos e submultiplos; escripta e leitura; b) reducção de unidades inferiores a superiores, etc; c) medidas de alguns solidos - paralelepipedos e cubos. Problemas de cubatura: - Os tijolos, as madeiras, etc.
Ponto 5.º - Unidades de capacidade; a) O litro, seus multiplos e submultiplos; escripta e leitura; b) Equivalencia metrica do galão, almude, canada e garrafa, O alqueire usual. Relação das medidas de capacidade antigas entre si. Problemas usuaes.
Ponto 6.º - Unidade de peso: a) O grammo, seus multiplos e submultiplos; escripta e leitura; b) Reducção de medidas superiores e inferiores e vice-versa; c) Equivalencia metrica da tonelada, arroba e libra ou arratel; relação
das unidades de peso antigas entre si; d) Uso das balanças e exercicios de passagens. Problemas.
Ponto 7.º - a) Medias angulares - Unidade angular, suas divisões e modo de represental-as; b) Unidade de tempo. Problemas apropriados.
Ponto 8.º - a) Moeda nacional - unidade usual; b) Equivalencia actuaes, de accôrdo com a taxa de 16 d. por 1$000, das seguintes moedas extrangeiras:
a) a libra esterlina,
b) o franco, a lira, a peseta,
c) o marco,
d) a corõa austriaen,
e) o dollar,
f) o peso argentino,
g) o 1$000 forte,
h) o 1$000, ouro nacional.
Problemas apropriados.
Ponto 9.º - a) As proporções, como resultado da equivalencia de fracções ordinarias;
b) Francções em equação: calculo de um termo incognito nas proporções - Regra de tres simples - Regra de porcentagens.

ALGEBRA

2.º ANNO


Ponto 1.º - Notação mathematica: - algarismos e letras - Notação literal - Significação e emprego das palavras Monomio e Polynomio.
Ponto 2.º - Significação das expressões: - termo positivo, termo negativo, benefficiente, factor literal, expoente, termos semelhantes. Emprego dessas expressões em sentenças completas.
Ponto 3.º - Addição, symbolo; Addição de expressões algebricas, monomias e polynomias; uso do parenthesis, mostrando que a suppressão deste signal, quando elle é precedido do signal - menos, altera os signaes dos termos nelle encerrados.
Ponto 4.º- Subtração, symbolo - Subtração de expressões algebricas monomias e polynomias. uso do parenthesis, mostrando que a suppressão deste signal, quando elle é precedido do signal - menos, altera os signaes dos termos nelle encerrados.
Ponto 5.º - Multiplicação, symbolos usados: - o signal X; o parenthesis; a simples união das letras nas expressões literaes; expoente, quando os factores são iguaes .Multiplicações de expressões literaes polynomicas: a) por numeros e b) por factores literais. Uso do expoente - Subtração das expressões literaes por valores numericos e avaliação della - Uso do parenthesis na multiplicação. 
Ponto 6.º - Divisão algebrica, symbolos usados. Divisão de expressões literaes com expoentes por uma letra unica; divisão de expressões literaes com coefficiente e expoente - Avaliação dos expoentes literaes.
Ponto 7.º - Igualdade, identidade, equação - Exemplo de equação simples com incognita. Transposição. Reducção. - Avaliação X. Verificação.
Ponto 8.º - Problemas faceis: - pôr em equação.
Ponto 9.º - Reducção de fracções literaes á sua expressão mais simples.
Ponto 10.º - Addição de fracções algebricas.  
Ponto 11.º - Subtração de fracções algebricas.
Ponto 12.º - Multiplicação: 1.º - de uma fracção por inteiro: a) multiplicando o numerador; b) dividindo o denominador; 2.º - de fracção por outra.
Ponto 13.º - Divisão de fracções algebricas; - de fracção por inteiro: a) dividindo o numerador; b) multiplicando o denominador; 2.º - de fracção por fracção.
Ponto 14.º - Fracção em equação - Achar o valor de X.

GEOGRAPHIA

1.º ANNO


a) Contorno do Brasil, paizes limitrophes; noticia ligeira sobre a fixação dos nossos limites.
b) O mesmo primeiro ponto, accrescendo; localização do Disctrito Federal; noticia sobre a creação do districto e  papel que elle representa na Federação; população e superficie do Brasil.
c) População e superficie do Brasil comparada com a dos outros paizes da America; mappas; problemas sobre a densidade da população.
d) Raças que contribuiram para a formação do Brasileiro; elemento nacional e elemento estrangeiro.
e) O mesmo primeiro ponto, com estudo das costas no que nellas se encontra de realmente importante: ilhas, cabos e portos.
f) O mesmo primeiro ponto, accrescido de: divisão administrativa do Brasil, com estudo dos limites naturaes de cada Estado; capitais dos Estados com localização de algumas cidades importantes para cada um, onde houver.
g) Estudo da população e superficie comparada dos Estados.
h) O mesmo 6.º ponto, accrescido de: bacias fluviaes e systemas de montanhas. Influencia dos rios e montanhas sobre o clima e producção dos Estados.
i) O mesmo 6.º ponto, acrrescido de: distribuição do elemento extrangeiro pelo Brasile influencia do mesmo no progresso de cada Estado.
j) O mesmo 6.º ponto, accrescido de: industria ne produções características ou importantes de cada Estado.
k) O mesmo 6.º ponto, accrescido de: meios de transportes: terrestres, fluviaes emaritimos; meios de transporte para os Estados interiores.
l) O mesmo 6.º ponto, accrescido de: portos importantes: a propria capital ou porto principal, quando a capital seja interior.
m) O commercio do Brasil: interno e externo; noticia sobre os principaes productos.
p) Telegrapho e Correio.
q) Dra, como exercicio de aproveitamento e revisão dos estudos feitos, cada um dos Estados, comprehendendo:
1) - limites naturaes; 2) - superficie; 3) - população e densidade; influencia do elemento extrangeiro no processo do Estado; 4) - costas abrangendo ilhas e portos; 5) - cidades principaes com as noticias, que comportarem; 6) - montanhas;
7) - bacoas e rios, que a ellas pertecem; 8) - aspecto; 9) - clima; 10) - producções; 11) - vias de communicação; 12 - industria e commercio.
            

HISTORIA DO BRAZIL E EDUCAÇÃO CIVICA

2.º ANNO


I - O descobrimento:
a) antecedentes historicos;
b) os hesponhóes;
c) os protuguezes;
d) as explorações;
e) a geographia physyca, economica e politica do Brasil em 1530, antes da viagemm de Martim affonso, estabelecida para ponto de partida das questões a seguir.
II - A formação do brasileiro:
a) elemento indigena, caracteres physicos, estado de civilização; os jesuítas;
b) elemento portuguez e extrangeiro, idem, idem;
c) elemento negro, idem, idem;
d) papel que o elemento extrageiro vem exercendo na formação do nosso povo;
e) influencia do clima.
III - Povoamento do solo:
a) direcção do movimento expansivo,papel dos accidentes physicos;
b) os primeiros caminhos abertos;
c) papel das vias naturaes de communicação e das estradas de ferro;
d) correio e telegrapho.
IV - Evolução politica:
a) governo e administração no periodo colonial, tentativa de organuzação de governo, luctas internas e externas; papel que elas exerceram na formação do nacionalismo;
b) reino - causas e consequencias da sua fundação, influencia da creação do reino na constituição da nossa nacionalidade - as relações com a metropole;
c) imperio - luctas internas - relações er luctas externas - influncia que esses factos tiveram em nossa evolução política;
d) republica - organisaçaõ politica do paiz.
V - Evolução agricola;
a) plantas nacionaes;
b) plantas exoticas;
c) methodos de plantio;
d) distribuição da producção;
e) papel que os generos de cultura representarem no desenvolvimento do paiz.
VI - Evolução industrial;
a) industria extarctiva;
b) industria pastoril;
c) outros generos de industria.
VII - Evolução commercial;
a) commercio interno;
b) commercio externo; marinha mercante;
c) a agricultura,  a industria, as vias de communicação, as relações internas e externas de cada época influindo sobre o commercio.
VIII - Evolução intellectual;
a) inflluencia das escolas nacionaes e extrangeiras;
b) inflluencia do desenvolvimento intellectual sobre a sociedade e o poder productivo do paiz.
IX -  A defesa do paiz desde os tempos coloniaes - exercito e marinha.
 

INSTRUCÇÃO CIVICA

2.º ANNO


I

Os Municipios :
os seus elementos essenciaes
o governo municipal
a autonomia dos municipios.

II

Os Estados:
os seus elementos essenciaes
o governo estadual
a autonomia do estado

III

A União dos Estados:

1.º - o regimen federativo
2.º - o governo federal
3.º - o regimen presidencial.

IV

Os fins do Estado: ordem e progresso.

V

A declaração dos direitos. (Artigo 72 da Constituição).

VI

As qualidades de cidadão brasileiro.

VII

Deveres civicos
a) o imposto
b) o voto
c) o jury
d) o respeito à lei
e) a defesa da patria.

VIII

A idéa da patria e a patria brasileira.

NOÇÕES DE ANATOMIA E PHYSIOLOGIA

2.º ANNO


1 - Descripção do apparelho digestivo e dos orgams annexos.
2 - Funcção do apparelho dhigestivo.
3 - Sangue. Descripção e funcção do apparelho circulatorio.
4 - Descripção e funcção do apparelho respiratorio.
5 - Esqueleto humano.
6 - Descripção do systema nervoso cerebro-espinal.
7 - Systema grande sympathico.
8 - Physiologia dos nervos e dos centros nervosos.
9 - Sentido do tacto, do gosto e do olfacto.
10 - Audição: Anatomia e Physiologia do ouvido.
11 - Visão: Anatomia do apparelho visual e seu funccionamento.
12 - Apparelho vocalico. Phonação.

MUSICA

1.º ANNO


Exercicio de gymnastica respiratoria e de vocalização na extensão de Dó  na 1.ª linha supplementar inferior a MI do 4.º espaço da pauta natural.
Canto por audição de melodias faceis; representação dessas melodias, sem clave, sem compasso e sem divisão de compasso.
Valores rythmicos das figuras; valores relativos.
Compasso unario e compasso quaternario expresso por C: modo de batel-os.
Tempos fortes e tempos fracos do compasso quaternario.
Figuras simples e compostas.
Valor do ponto.
Solfejo seguido, interrompido e sallteado de melodias de oito compassos, ecriptas no quadro negro.
Dictado musical com phrases de quatro compassos de melodias conhecidas.
Figuras positivas e negativas.
Extensão da melodia.
Nomenclatura das fhiguras.
Melodias conhecidas em rythmo binario.
Compasso binario representado por 2/4 Medo de batel-o.
Tempos fortes e tempos fracos do compasso binario.
Melodias conhecidas em rythomo ternario.
Compasso ternario representado por 3/4; modo de batel-o.
Tempos fortes e tempos fracos do compasso ternario.
Claves - Exercicio especial da com a clave de SOL.
Exercicio de nomenclatura de notas na clave de SOL, desde a 1.ª linha supplementar interior até o 4.º espaço da pauta natural.
 Solfejo de melodias desconhecidas em compasso quaternadio.
Exercicio de manosolfa a uma voz.
Intervallos e sua classificação - intervallos conjunctos e disjunctos, ascendentes e descendentes da 2.ª a 10.ª, simples e comapactos.
Melodias desconhecidas em compasso binario.
Melodias desconhecidas em compasso ternario.
Exercio rapido de intervallo.
Solfejo rapido.
Compasso compostos.
Signaes accessorios (accidente). Demonstração da ncessidade desses signaes por meio de successões distancias, que affectam a fórma da escala.
Melodias conhecidas com signaes accesorios.
Bequadro, explicaçaõ com signaes accessorios.
Bequadro, explicação do seu apparecimento por meio de uma melodia conhecida.
Escala, estudo de escala de DO MAIOR e LA MENOR.

2.º ANNO


Recaptulação do programma do 1.º ANNO.
Estudo completo do compasso e suas diversas fórmulas.
Theoria relativa ás claves e seus accidentes.
Escalas. Escalas maiores e menores, diatonica e chromatica.
Acordes, perfeitos, distonantes, maiores e menores, etc. Ligadura.

Grupos alterados.
Signaes de expressão.
Syncopas.
Orçamentos.
Andamentos.
Continuação dos exercicios rythimos, dictado e solfejo de melofias improvisadas a uma e duas vezes,

MODELAGEM

SECÇÃO MASCULINA

1.º ANNO


a) Folhas e fruxtas, em geral, tiradas do natural.
b) Fórmas geometricas.
c) Objectos usuaes com applicação das fórmas estudadas.
d) Trabalhos de carpintaria.

2.º ANNO


a) Oaizagem e fructas, em relevo, em fundos de pratos.
b) Construcção de casas em miniatura, tiradas do natural, e desenho, e trabalhos de imaginação.
c) Mappa do Brasil.
d) Mappas de cada um dos Estados do Brazil.
e) Trabalhos de carpintaria.

Secção feminina

TRABALHOS MANUAIS

1.º ANNO


a) Alinhavinho
b) Pospontos
c) Ponto de bainha
d) Ponto de cerrar
e) Ponto de russo (diversos)
f) Ponto de ornamento para roupa branca
g) Ponto aberto
h) Ponto cistura ajourês
i) Casas debruadas
j) Casas e botões
k) Preguinhas simples
l) Preguinhas duplas
m) Franzido
n) Modo de regular o franzido
o) Modo de arrecatar as aberturas
p) Sobre constura franceza e inglesa
q) Bainha postiça
r) Alças, ilhós, pregar cadarço, botões, colchetes, noções de bordado branco
s) Remendos diversos

2.º ANNO


a) Costura; feitura de pequenas peças simples de roupas brancas
b) Crochet de diversas qualidade e tricot de linha
c) Tricot de lã, apllicações do tricot de lã em paletots e sapatos de recem-nascidos

CALIGRAPHIA

1.º ANNO


a) Calligraphia vertical
b) Letra de phantasia

2.º ANNO

a) Calligraphia vertical
b) Letra de phantasia
DESENHO

1.º ANNO


Desendo do natural, com o modelo ao nivel, abaixo e acima dos olhos

2.º ANNO


Desenho do natural, de memoria, de imaginação, dictando, decorativo.

GYMNASTICA

1.º  ANNO

Secção masculina


Formatura gymnasticas - fileiras e filas, alinhamentos; exercicios praticos para os alumnos conhecerem os termos gymnasticos.
Commandos - da posição de sentido; de descanso; voltas, marcar passso, fazer alto, trocar passo. Marcha ordinaria e accelerada e contra marchas. Abrir fileiras, tomar distancias e a 2,3 e 4 formar, Mudança de frente.
Posições fundamentaes.
Gymnastica respiratoria.
Movimentos simples da cabela e do tronco.
Movimentos e extensões dos membros superiores e inferiores.
Exercicios com massas.
Corridas de velocidade e de resistencia.
Corridas com um só pé.
Corridas com obstaculos. Jogos escolares.

2.º ANNO


Repetição dos exercicios do 1.º ANNO.
Passo accelerado. Passo de dança.
Marcha sobre a ponta dos pés. Marcha e contra marcha de filas invertidas.
Evoluções em figuras geometricas.
Evoluções com bastões.
Evoluções com altéres.
Exercicios no espalier
Marcha e equilibrio nos bancos succos.
Pulos em altura e em distancia.
Ascensão nos páus verticaes com e sem auxilio dos pés.
Subida na corda de nós e na corda lisa, com e sem auxilio dos pés.
Marcha e equilibrio na viga sueca.
Jogos escolares.

GYMNASTICA

1.º ANNO

Secção feminina


Formaturas gymnasticas - fileiras e filas; alinhamentos;
exercicios praticos para os alumnos  conhecerem os termos gymnasticos.
Commandos, da posição de sentido, do descanso, voltas, marcar passo, fazer alto, trocar passso, Marcha ordinaria e accelerada e contra-marchas. Abrir fileiras, tomar distancias e a 2, 3 e 4 formar. Mudança de frente.
Posições fundamentaes.
Gymnastica respiratoria.
Movimentos simples da cabeça e do tronco.
Movimentos e extensões dos membros superiores e inferiores.
Exercicios combinados da cabeça e  do tronco com as extremidades inferiores e superiores.
Inclinações dorsaes no apparelho «Espalier».
Jogos escolares

2.º ANNO


Repetição dos exercicios do 1.º ANNO.
Passo cadenciado. Passo de dança.
Marcha sobre a ponta dos pés. Marcha e contra-marcha de filas invertidas.
Evoluções em figuras geometricas.
Evoluções com bastões.
Evoluções com altéres.
Exercicios no espalier.
Marcha e equilibrio em bancos suecos.
Jogos escolares.