Acidentes domésticos podem aumentar durante quarentena


06/05/2020 22:51 | Prevenção | Arthur Souza

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A pandemia de coronavírus obrigou mais da metade da população mundial a ficar confinada dentro de casa. De acordo com Agence France-Presse (AFP), aproximadamente 4 bilhões de pessoas cumpriram as medidas de segurança da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a contenção do avanço da Covid-19 no mês de abril.

Com o objetivo de reduzir o número de pessoas infectadas no Estado de São Paulo, que já passam de 30 mil, o governador João Doria (PSDB) estendeu o período de quarentena até o dia 10/05. O Estado é o epicentro da doença no Brasil e desde o dia 24/03 o isolamento social foi decretado pelo governo estadual. Apesar das medidas de contenção, segundo dados do Sistema de Monitoramento Inteligente de São Paulo, apenas 47% da população paulista cumpriu o isolamento social na última segunda-feira (04/05). O governo do Estado planeja uma reabertura gradual de comércios e serviços essenciais à economia a partir do dia 11/05, mas apenas para as cidades que tiverem um índice de isolamento maior que 50%.

O período de isolamento social é fundamental para que novos casos da doença não se manifestem, porém ficar muito tempo em confinamento potencializa as chances das pessoas se machucarem dentro de casa. Médicos afirmam que idosos e crianças são mais suscetíveis à acidentes com os produtos utilizados para a higienização, como o álcool líquido.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, João Baptista comparou a crescente de acidentes com o período de férias escolares, quando as crianças ficam mais em casa. "Os pais vão precisar ter o cuidado redobrado, porque os filhos estarão por tempo indeterminado nas residências", comentou o presidente. Segundo dados do Ministério da Saúde, os acidentes domésticos aumentam 25% durante o recesso escolar.

João Baptista orienta os pais a guardarem o álcool e outros produtos de limpeza longe do alcance das crianças. "Esses cuidados evitam acidentes mais graves e ainda ajudam aliviar as filas de atendimento nos hospitais que já estão sobrecarregados atendendo as vítimas da Covid-19", acrescentou Baptista.

alesp