No Estado de São Paulo, a segunda semana do mês de abril propõe uma reflexão sobre a septicemia (ou sepse). Uma doença caracterizada por um conjunto de sintomas que ocorrem como uma resposta excessiva do organismo diante de algum processo inflamatório. A Semana Estadual de Conscientização Sobre a Sepse foi instituída por meio da Lei 16.363/2017, de autoria do ex-deputado Cezinha de Madureira. O infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira disse que qualquer infecção causada por bactérias ou vírus, quando não tratada, pode evoluir para um quadro de sepse. Dentre as mais comuns, estão a pneumonia, infecção do trato urinário (bexiga, rins), infecção intestinal e infecção de pele. Os sintomas envolvem a diminuição da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, febre e dificuldade para respirar. Em pacientes infantis, a diminuição da quantidade de urina é um sinal a ser observado. De acordo com o profissional, os sinais também se manifestam no local onde se encontra a infecção. "Se for uma pneumonia ou infecção gastrointestinal, por exemplo, os sintomas estarão relacionados ao local inicial onde o agente está provocando a doença. O que caracteriza um paciente com sepse, é que esse processo, quando não tratado adequadamente, ou dependendo de características próprias de cada indivíduo, irá evoluir com gravidade", disse o especialista. O tratamento da septicemia é feito por meio de antibióticos. A depender da gravidade, pode ser necessária a internação do paciente ou mesmo intervenção cirúrgica. Se diagnosticada precocemente, há maior chance de recuperação do enfermo. Prevenção Qualquer pessoa pode desenvolver a sepse. Porém, recém-nascidos, idosos, pacientes imunodeprimidos e pessoas com doenças crônicas são mais suscetíveis. De acordo com Francisco Ivanildo, o cuidado com a higiene é fundamental para prevenir a enfermidade, principalmente em pacientes infantis. É possível combater a sepse através de uma boa higienização das mãos e da utilização de água tratada. O aleitamento materno também é extremamente importante para as crianças com menos de 1 ano. Assim, a mãe estará reduzindo o risco da criança desenvolver uma intoxicação ou se infectar através de uma água ou alimento contaminado, e ao mesmo tempo passando para criança anticorpos que a protegem da infecção. Além disso, manter a caderneta de vacinação das crianças atualizada também é uma forma de prevenção. "Vacinar os filhos contra a influenza, contra o pneumococo, meningococo, significa preveni-los da sepse", disse o médico.