Opinião - Princípios cristãos formam cidadão de valor


12/02/2016 17:31 | Rodrigo Moraes*

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Tenho uma grata satisfação em ser o idealizador do projeto que institui o Kit Bíblico nas escolas. Esse projeto transcende a questão religiosa.

Trata-se de levar às nossas crianças e adolescentes, acima de tudo, princípios de ordem comportamental, onde se edifica o direito e o dever de cada um.

Esses valores não são impostos por uma determinada religião, mas sim pelo Livro que é aceito mundialmente e que serve há milhares de anos para a construção de uma sociedade saudável.

Por isso, defender o Kit Bíblico nas escolas não se trata da defesa de uma religião. Mas sim de um manual de postura para se viver em comunidade.

Segundo pesquisas, 92% da população mundial acredita em Deus. O Brasil ocupa a 3ª posição no mundo onde as pessoas têm essa crença. Esses números já seriam suficientes para justificar o projeto, uma vez que a Bíblia é a mensagem de Deus para o Homem. É através dela que Deus se revela e dá resposta a todas as dúvidas de nossa existência.

Mas há inúmeros outros bons motivos. Além de ser um livro com riqueza histórica de tamanho incalculável, tudo o que é relacionado aos bons princípios está na Bíblia: honrar pai e mãe, amar ao próximo, não roubar, não matar... condutas que precisam ser constantemente pregadas às novas gerações.

Hoje os pais têm uma vida muito ativa. Muitas vezes trabalham por horas e pouco tempo têm para seus filhos. É uma realidade que vivemos! O ensinamento da Bíblia na escola vem a reforçar o que os pais passam em casa.

A Bíblia tem conhecimentos universais e é o livro mais publicado no mundo. Foi impresso em quase todas as línguas conhecidas, incluindo Braille, e é continuamente impresso em ainda mais línguas.

É uma leitura que se encaixa totalmente no nosso tempo, apesar de ter milhares de anos. Já tem comprovada sua força espiritual que tanto ajuda as pessoas a superarem as dificuldades do dia a dia, além de pregar à humanidade uma convivência pacífica.

Nenhum outro livro da história tem sido mais estudado, comentado e analisado. Por quê então não ser apresentado aos nossos alunos?

Sou formado em direito e a Bíblia Sagrada é o alicerce para a ciência do direito, representando assim a lei dos homens. Normas e regras que seguimos tiveram suas origens da Bíblia.

Até mesmo na Suécia, onde 85% da população não acredita em Deus, o ensino religioso está inserido no currículo escolar. Isso comprova que não afeta na decisão da pessoa em seguir determinada religião. A iniciativa tem por objetivo apenas o propósito de valorizar condutas morais.

Os questionamentos sobre o projeto são saudáveis. Acredito que toda ideia deve ser discutida e debatida, para que possa ser estudada e aprimorada. Afinal de contas, leis e projetos têm uma profunda influência na sociedade.

É de suma importância que continuemos a buscar conhecimento através da ciência, e que assim se conheça as opiniões diversas. Mas tudo isso sempre relacionado ao senso moral, respeito ao próximo, viver e conviver em comunidade. Sou favorável à tolerância, nos abrindo sempre para ouvir a opinião e experiência de outros.

Mas em relação a este projeto, fico com minha consciência tranquila, pois levará apenas boa conduta às nossas instituições de ensino e contribuirá para a formação de bons cidadãos para a nossa sociedade.

*Rodrigo Moraes é deputado estadual pelo PSC na Assembleia Legislativa de São Paulo.

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