Ativistas e a comunidade escolar defenderam o direito à vida e à educação na pandemia, durante o ato solene virtual promovido na noite de sexta-feira (09/04) pela deputada Mônica da Mandata Ativista (PSOL). Paula Aparecida, que faz parte do mandato coletivo e a vereadora Erika Hilton colaboraram com a organização do evento. O encontro viabilizou debates sobre a pressão para a reabertura das escolas, em meio ao crescimento da crise de saúde, a perseguição contra professores que estão em greve e a situação dos funcionários do grupo de risco que estão sendo obrigados a trabalhar presencialmente. Foram desenvolvidos os primeiros passos para o início da elaboração de uma proposta que visa aprimorar o ensino à distância, com o objetivo de possibilitar uma maior igualdade e fornecer melhores condições para os alunos e trabalhadores. A reunião contou com a presença de ativistas, profissionais da saúde e do direito, além de representantes da comunidade escolar e entidades. Em sua intervenção, a vereadora Erika Hilton disse que a pandemia tornou visíveis os problemas estruturais da educação municipal e estadual que já existiam, além de trazer novos desafios. ?A desvalorização dos profissionais, o sucateamento, a ótica bancária sob a qual é tratada a educação, a precarização, tentativa de colocar professores e alunos dentro da sala de aula sem colocar na prioridade da vacinação, o fechamento de turmas e a perseguição dos professores no que diz respeito a greves ?, exemplificou. A professora da Universidade de São Paulo, Lisete Arelaro questionou a organização do retorno presencial das atividades. ?Quais escolas públicas sejam municipais ou estaduais tem condição de cumprir metade do protocolo que está posto como condição básica? O Brasil está com mortes de quatro mil pessoas estamos no auge da crise, qual o problema de cumprimos efetivamente o isolamento social?? O aluno da rede estadual Hector Batista denunciou o sofrimento dele e de seus colegas. ?Devido à falta de acesso aos aparelhos eletrônicos e conexão de internet para conseguir assistir à aula, mesmo com aplicativos gratuitos que muitas vezes falham, não conseguimos fazer pesquisa e estudar?, explicou. Hector ainda destacou a relevância do PL 452/2020, em tramitação na Alesp, de autoria da deputada Leci Brandão (PCdoB). A medida visa a distribuição dos aparelhos que são apreendidos pelos órgãos do Estado, para os estudantes de escolas públicas.