Tribuna Virtual homenageia profissionais da saúde


12/05/2020 17:03 | Plenário | Maurícia Figueira - Foto: Carol Jacob

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A Tribuna Virtual desta terça-feira (12/5) começou com o Dr. Jorge Do Carmo (PT) comentando que faz parte de comissão que fiscaliza os recursos utilizados no combate à pandemia. Para ele, falta transparência. "Aprovamos a desvinculação dos fundos, mas precisamos saber onde estão sendo gastos". O deputado comentou que servidores do Hospital Estadual do Mandaqui disseram a ele que faltam EPIs no hospital.

De acordo com o Dr. Jorge Do Carmo, mais da metade das mortes da capital paulista é de moradores da zona leste. "Falei com o secretário de Saúde do Estado e do município pedindo a instalação de um hospital de campanha na zona leste. Não estou pedindo isso porque é importante para mim, mas porque é importante para a cidade, para a zona leste".

Adiamento do Enem

Em seguida, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) pediu o adiamento das provas do Enem. "Os estudantes de escolas públicas não têm tido acesso à educação. Eles serão duramente prejudicados se a prova for mantida". As notas do Enem são utilizadas para entrar em diversas faculdades e também para ter acesso a programas de financiamento estudantil. Segundo Giannazi, a manutenção da data vai prejudicar muitos estudantes. "O Enem precisa de igualdade de condições. Não podemos excluir ainda mais os alunos de escolas públicas".

Giannazi falou também que o presidente Bolsonaro anunciou pela manhã que iria encaminhar à Câmara um projeto de lei para proibir a ideologia de gênero nas escolas brasileiras. "É inacreditável que, em plena pandemia, com milhares de pessoas morrendo no Brasil, o presidente da República se preocupe com algo que já foi superado. O STF já julgou a questão dizendo que é inconstitucional". Para ele, a educação sexual é tema importante para que as crianças conheçam a questão da sexualidade sem preconceitos. "Ele anunciou esse projeto para desviar a atenção dos principais problemas do Brasil".

Pronunciando-se a seguir, o deputado Tenente Nascimento (PSL) falou que a questão da ideologia de gênero não é decidida pelo Supremo Tribunal Federal, mas sim pelo parlamento.

Citando projeto de lei de sua autoria a respeito da pandemia, Nascimento falou que seis artigos do projeto já foram contemplados, como a obrigatoriedade do uso de máscaras e academias serem consideradas como serviços essenciais. "Todos os médicos falam que a melhor medicação para a saúde é realizar atividades físicas. Cortar o cabelo, fazer seu asseio também é uma questão de saúde. São serviços essenciais sim", afirmou.

Dia Internacional dos Enfermeiros e da Policial Feminina

O parlamentar apresentou um vídeo no qual os profissionais de saúde são homenageados. "O dia 12 de maio é o dia dos profissionais de saúde. Tenho vários parentes enfermeiros, inclusive minha sobrinha foi contaminada. Vocês têm feito a diferença no mundo todo. Alguns já tombaram. Quero dizer muito obrigado, enfermeiros".

Finalizando, Tenente Nascimento informou que o dia 12 de maio também é o Dia da Policial Feminina. "Parabéns a todos os profissionais que estão nos ajudando nessa pandemia".

A insegurança vivida em tempos de pandemia foi assunto do deputado Carlos Cezar (PSB). "Há uma quantidade muito grande de pessoas assustadas, inseguras, com sentimento de impotência". Citando uma fábula, Carlos Cezar falou que, quando uma pessoa é prejudicada, pode gerar, como consequência, uma cadeia de outras pessoas prejudicadas. "Não dá para condenar pessoas que agem como o presidente Bolsonaro tem agido, olhando para todos os ângulos. Você pode pensar que aquela lojinha não é essencial. Mas aquela lojinha tem dois ou três funcionários. Se a loja fechar, tem de mandar embora o profissional, que para de pagar faculdade, para de gerar impostos".

Segundo Carlos Cezar, uma pesquisa realizada apontou que a primeira coisa que as pessoas querem fazer depois da quarentena é ir à igreja, a segunda é ir a salões de cabeleireiro. "Todas as atividades são essenciais. Precisamos ter critérios".

O deputado Rafael Silva (PSB) afirmou que alertou por diversas vezes a respeito da contaminação no transporte público. "No dia 7 de abril, quando havia 566 pessoas mortas, mandei mensagem para meios de comunicação dizendo que entraríamos num sofrimento muito grande se os ônibus não tivessem uma mudança muito grande".

O Dia do Trabalhador da Saúde, citado pelo deputado Tenente Nascimento, foi instituído no Estado de São Paulo pela Lei no 11.665, de 2004. O projeto de lei é de autoria do deputado Rafael Silva. "Todo mês de maio temos uma sessão solene que faz justiça aos trabalhadores da saúde - aquela mulher que lava o lençol contaminado, aquele que limpa o chão passando produto para evitar infecção", afirmou Rafael Silva. "Parabéns servidores da saúde, vocês são verdadeiros heróis anônimos".

Voltando à Tribuna Virtual, Carlos Giannazi também parabenizou os profissionais da saúde. "Infelizmente não são reconhecidos do ponto de vista salarial, continuam trabalhando em condições precárias, com jornadas estafantes. Eles não precisam só de aplausos. Precisam de valorização salarial". Ainda sobre o assunto dos profissionais da saúde, Giannazi repudiou a agressão sofrida por enfermeiras na frente do Palácio do Alvorada recentemente em Brasília. "Um dos agressores era funcionário da Damares, a Secretaria de Direitos Humanos, que vergonha".

Comentando sobre o pronunciamento deputado Carlos Cezar, Giannazi falou: "Achei estranha a posição de minimizar, colocar panos quentes na política genocida do presidente Bolsonaro. Respeito muito o deputado, uma pessoa ligada à igreja, Vossa Excelência sabe que não há cura, a única saída é o isolamento social, o mundo inteiro está fazendo isso". De acordo com Giannazi, a saída para a questão do desemprego é o governo ajudar com recursos públicos, e não abrir o comércio. "Não dá para defender abertura de academia, de salão de beleza neste momento. Entendo que os pastores, os mercadores da fé, querem que os fiéis paguem dízimo, querem que o governo abra as igrejas. Isso é o anticristianismo. O verdadeiro cristão defende a vida. Se você está preocupado com a economia, tem de defender que o Estado libere recursos para proteção social".

Brasil tem mais da metade das mortes na América Latina

Também reinscrito para falar na Tribuna Virtual, Rafael Silva comentou o número de mortes pela pandemia. "No Brasil morreu mais do que o dobro do que toda a América do Sul. São países pobres. É uma vergonha. Na Argentina, com seus problemas, morreram 300 pessoas. No Uruguai, 20 pessoas. No Paraguai, dez pessoas. E os casos do Paraguai foram importados do Brasil".

Em seguida, Rafael Silva comentou a respeito da morte de três irmãos na periferia de São Paulo. Eles haviam participado de uma festa com 28 pessoas. "Uma pessoa estava contaminada, contaminou 13 pessoas. Só os três irmãos morreram. Será que os nossos cientistas não sabem que o vírus encontrou no corpo deles um ambiente próprio para se desenvolver? ". Outro caso citado pelo deputado foi de uma família do Rio Grande do Sul. Pai e filho morreram no mesmo dia. "Será que os médicos não sabem que eles têm semelhança genética? Por que não investigam essa semelhança? Por que às vezes famílias são dizimadas, por que não estudam essa genética?", indagou o parlamentar.


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