As chances de contaminação pelo Covid-19 são as mesmas para todas as idades, o que difere o grau de complexidade da doença é o sistema imunológico. Idosos com mais de 60 anos, pessoas imunodeprimidas ou que apresentem doenças crônicas fazem parte do grupo de risco para o novo coronavírus. Caso, o paciente se inclua em mais de um desses fatores, as chances de complicações aumentam.

O endocrinologista Danilo Hofling esclarece que essas patologias despistam o sistema de defesa e por isso tornam algumas pessoas mais suscetíveis aos riscos do Covid-19. "No caso, por exemplo, do diabético, quando há níveis elevados de açúcar no sangue, eles parecem atrapalhar o sistema de defesa desse organismo mais suscetível a várias infecções, incluindo o Covid-19, dessa maneira quanto mais alto o grau de glicose, mais comprometido ficará o sistema de defesa".

É possível ainda que algumas pessoas do mesmo grupo de risco estejam mais ameaçadas do que outras, "dentro dos pacientes que têm diabetes podemos identificar uma população que tem um pouco mais de risco, por exemplo, aquelas pessoas que tem uma longa história da doença, quem é diabético há mais de 10, 20 anos", afirma Danilo.

Além de febre e tosse, a dificuldade para respirar está entre os sintomas primários e é o principal fator para identificar os casos mais graves da doença, já que o vírus pode levar à insuficiência respiratória. Pessoas com problemas respiratórios são mais debilitadas e devem ficar atentas.

O médico lembra que a população deve se imunizar contra a gripe para prevenir uma dupla infecção. Acrescenta ainda que é necessário manter apenas os contatos imprescindíveis, principalmente quem faz parte do grupo de risco: "a grande maioria das pessoas vai evoluir bem, mas de qualquer maneira o melhor tratamento é sempre a prevenção".