Nestes próximos dias, vamos conhecer um pouco mais sobre as expectativas dos principais personagens do legislativo estadual paulista para os próximos quatro anos: os deputados. Depois de quatro meses de mandato, o que será que eles esperam? Em quem eles se inspiram? Quais as prioridades de cada gabinete? A entrevista desta edição é com o deputado Douglas Garcia. Os últimos quatro meses Houve uma mudança bastante brusca na minha vida, já que tenho 25 anos de idade e me tornei o deputado estadual mais jovem da Assembleia. Antes as atividades que eu desenvolvia eram de um jovem comum, mas hoje, além das restrições, tenho uma responsabilidade muito maior. Nem tudo que quero dizer eu posso dizer e nem tudo que eu quero fazer eu posso fazer. Há a liturgia do cargo e um regimento que precisa ser seguido. Mas a principal mudança na minha vida neste período foi atender a demanda de 594 municípios que confiaram seu voto em mim. Vou trabalhar muito sem perder a essência de combatividade na questão ideológica que eu tanto defendo. Projetos, legado e futuro Vejo que a atuação de um deputado estadual é bastante restrita porque a constituição brasileira acaba concedendo a maior pate do poder à esfera federal. Até mesmo nos municípios um vereador tem mais liberdade para conseguir atuar do que um deputado estadual. Mas estamos mudando isso, já que uma das bandeiras do governo Bolsonaro é descentralizar e compartilhar o poder. Mas também tem muita coisa bacana que a gente consegue fazer como as privatizações - que eu acho extremamente importantes para geração de emprego e renda. O deputado também consegue aprovar os pontos positivos do Poder Executivo e a barrar bastante coisa ruim também. Quando eu partir desta para melhor, quero que as pessoas lembrem de mim como um deputado que lutou pela liberdade: de expressão, de pensamento e contra a criminalidade. Um deputado que era porreta mesmo, que brigava e que não tinha medo de colocar o dedo na ferida. É esse o legado que quero deixar. Inspiração e referências No mundo político a pessoa que me inspira é o presidente Jair Bolsonaro, porque ele sempre lutou sozinho no Congresso Nacional. Foram 28 anos apanhando, batendo de frente, sendo combativo sem baixar a cabeça. E eu espero que a minha trajetória política seja como a dele. Uma frase que ele fala e que me inspira muito é: "o soldado que vai à guerra com medo de morrer é um covarde", então eu me vejo como um soldado e eu não posso me acovardar diante dessa batalha. Fora da política admiro muito a minha mãe, que me inspira porque ser passional e colocar o coração em tudo o que vai fazer. Ela olha as pessoas de uma forma diferente e trata tudo com carinho, paixão e bastante garra, e eu levo isso como princípio para minha vida também.