O aniversário do Colégio da Polícia Militar, os números da contaminação pelo coronavírus nas escolas da rede pública e a atuação da Polícia Militar foram alguns dos temas tratados pelos deputados estaduais paulistas na tribuna da Assembleia Legislativa na tarde desta sexta-feira (19/2). No próximo sábado (20/2) o Colégio da Polícia Militar completará 43 anos. O deputado Tenente Nascimento (PSL) homenageou a instituição. "Meus três filhos estudaram no Colégio da Polícia Militar. Sabíamos que ali estavam bem cuidados, com um nível excepcional de ensino, com disciplina, educação moral e cívica. Lá se cantava o Hino Nacional e todos os hinos pátrios", comentou. A segunda unidade da escola foi inaugurada no ano 2000. Nascimento relembrou: "Havia um prédio desativado, os professores e a direção do colégio se mobilizaram e conseguimos abrir a segunda unidade do Colégio da Polícia Militar. Hoje são 11 unidades no Estado de São Paulo. Venho parabenizar o Colégio da Polícia Militar". Em seguida, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) trouxe à tribuna dados sobre a rede pública de ensino. "Só na rede estadual de ensino já temos 681 casos de profissionais da educação contaminados, em 386 escolas". Segundo Giannazi, os números reais são ainda maiores. "Há subnotificação, porque na verdade o governo tenta esconder a tragédia que está ocorrendo nas escolas públicas". Giannazi comparou os protocolos utilizados pelas escolas particulares com as públicas. "Numa escola particular, quando uma pessoa está contaminada, imediatamente a escola suspende as aulas, como vem acontecendo com o Colégio São Luís, a Mobile, o Santa Cruz. Na rede pública, o procedimento é outro". Giannazi afirmou que, quando há um caso de contaminação, o servidor é afastado, mas as aulas não são suspensas. "A escola segue seu curso com as aulas presenciais, colocando em risco toda a comunidade escolar. Escola fechada significa vida preservada", declarou o parlamentar. A transferência de policiais militares foi assunto destacado pelo deputado Coronel Telhada (PROGRESSISTAS). "Dias atrás falei de uma ocorrência da Rota. Três criminosos morreram no confronto, aqui próximo ao Aeroporto de Congonhas. Eram criminosos do PCC. Com eles foram apreendidos um fuzil, uma submetralhadora e três pistolas", comentou Telhada. "Os policiais se arriscaram, trocaram tiros. Sabe qual foi o prêmio desses policiais? Todos foram transferidos". Segundo Telhada, transferência na Polícia Militar é punição. "Muda toda a vida do policial. Muda sua escala, sua rotina, toda a vida do policial", finalizou.