Audiência pública da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo debateu, nesta quinta-feira (18/11) no auditório Paulo Kobayashi, o direito à valorização salarial, funcional e ao abono-Fundeb incorporado aos salários bases dos servidores de apoio escolar. O evento foi organizado pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL) e reuniu agentes de organização escolar. Giannazi falou na audiência sobre a defesa dos direitos e da dignidade dos servidores do quadro de apoio escolar. "Nossa luta nesse momento é para que haja de fato o abono que tem que ser pago para todos os servidores do quadro de apoio escolar e a aprovação do orçamento para 2022, que também incluímos no orçamento da secretaria da educação o aumento dos recursos para pagar o reajuste para o quadro de apoio escolar no ano que vem", disse. Durante o evento foi citado o Projeto de Lei Complementar 37/2021, de autoria do governador, em tramitação na Alesp, que trata da concessão do Abono-Fundeb aos profissionais da educação básica da rede estadual de ensino. A secretária de escola, Sheila Ribeiro, falou que "o estopim veio com o abono do Fundeb de deixar os servidores de fora, além disso estamos em pandemia e quem foi linha de frente dentro das escolas fomos nós, então quando escutamos isso é chocante pensarmos que não temos valorização pelo trabalho que a grande maioria prestou concursos e se preparou", disse. O presidente da Federação das Entidades de Servidores Públicos do Estado de São Paulo (Fespesp), José Gozze, falou sobre a situação dos servidores públicos e como garantir os direitos. "O Estado está nos destruindo, o servidor público é um empecilho para a iniciativa privada, desse modo a PEC 32/2020 quer passar os servidores para a iniciativa privada. Nós temos que reagir, participando dos movimentos, estar sindicalizado, participar com consciência na hora da votação e divulgar o voto consciente, e tudo isso faz parte de uma mudança", disse. A Supervisora de Ensino de Rede Municipal de São Paulo, Luciene Cavalcante, falou que "o momento é de destruição e ataque aos serviços públicos, pois existe uma elite com o projeto para que os servidores não tenham acesso aos seus direitos fundamentais. São os serviços públicos que garantem à população o direito à educação, à saúde, à segurança, e o que querem é uma população que viva através do assistencialismo, por isso o ataque aos servidores e servidoras públicas", disse.