Nesta segunda-feira (22/6), reunião da Comissão de Saúde teve a finalidade de receber, em ambiente virtual, o secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann Ferreira, para prestar contas sobre sua gestão à frente da pasta e dar explicações ligadas à pandemia da Covid-19 no Estado. Presidida pela deputada Analice Fernandes (PSDB), a primeira reunião do órgão técnico após a decretação de calamidade pública começou com um minuto de silêncio em respeito às vítimas fatais da doença. Após balanço apresentado sobre o último quadrimestre de 2019, o secretário abordou a situação da pasta em 2020. Ele explicou que o planejamento de São Paulo para o enfrentamento à Covid-19 começou ainda em janeiro com base no que ocorria na China e apresentou três eixos: vigilância em saúde, assistência à saúde e comunicação. Os questionamentos mais comuns entre os parlamentares envolveram os casos de possíveis subnotificações e a quantidade de testes disponibilizados. O secretário respondeu que as taxas divergentes são resultado do primeiro método adotado, que consistia na testagem apenas de pacientes internados. "Estávamos trabalhando com 20% do contingente, isso foi um projeto do próprio Ministério da Saúde e levava para essa notificação. A ideia não era testar assintomáticos". Além disso, integrantes da equipe da secretaria que participaram do encontro esclareceram, que existem dois sistemas de notificação epidemiológica, sendo um para casos leves e outro para pacientes internados, modelo que permite a entrada da pessoa com suspeita em um e, em caso de piora, posterior migração para o outro, figurando na notificação de ambos. Após isso, o processo de checagem da duplicidade ocorre a nível estadual, o que gera um maior número de casos registrados nos municípios em comparação ao apresentado pelo Estado. O secretário ressaltou que os testes distribuídos pelo Ministério da Saúde são repassados para os municípios de acordo com protocolo estabelecido pelo órgão federal e que todas as cidades do Estado receberam. Germann ainda explicou que o Plano São Paulo é baseado em dois critérios: o primeiro é o hospitalar e se refere à taxa de ocupação, e o segundo adota a evolução da pandemia como uma medida de precaução para que não haja colapso do sistema hospitalar. A deputada Janaina Paschoal (PSL) indagou ao secretário a respeito da aquisição de respiradores feita por meio de uma coordenadoria e não pelo gabinete do chefe da pasta. Segundo Germann, o principal fator utilizado no processo de compra dos equipamentos foi a agilidade: "Havia a necessidade de ter esses leitos e, por isso, aconteceu dessa maneira, através de uma coordenadoria. Tudo foi feito dentro de uma legalidade", assegurou. Além dos citados, participaram da reunião Alex de Madureira, André do Prado, Caio França, Carla Morando, Carlão Pignatari, Edmir Chedid, Edna Macedo, Fernando Cury, Itamar Borges, José Américo e Rafa Zimbaldi