Luiz Roberto Beber esteve na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades na gestão da Fundação para o Remédio Popular realizada nessa terça-feira (22/10). O ex-engenheiro que acompanhou a construção da fábrica de Américo Brasiliense disse que o consórcio responsável pela obra causou alguns atrasos. "Eles visavam um interesse próprio, talvez tenham contratado errado duas empresas responsáveis pelo ar-condicionado e isso gerou um estresse pois tiveram que substituir essas empresas, isso gerou um atraso por culpa do consórcio. Outras demandas que eles solicitaram não foram atendidas porque o contato não previa. Eu estava lá para atender o interesse da administração pública, mas sempre na legalidade". Para o presidente da CPI, deputado Edmir Chedid (DEM), a resistência do ex-engenheiro em atender às exigências do consórcio fez com que ele perdesse o cargo. "Ele não se curvou àquilo que o consórcio desejava, que era não entregar os serviços contratados da maneira que estava estabelecido no contrato. Ele não aceitou que a compra dos equipamentos e a importação realizadas fossem feitas em nome da Furp, mas sim pelas empreiteiras, tentando economizar recursos para a Furp. Tudo isso criou um mal-estar com a diretoria da Furp e o consórcio que implementava a fábrica, depois disso ele foi chamado pelo superintendente e exonerado. Ficou muito claro para nós que ele não aceitou o que as empreiteiras queriam que ele fizesse", disse. Na quinta-feira (24/10) os parlamentares irão entregar os sub-relatórios para que o relator faça a análise desses documentos. Além do deputado citado estiveram presentes: Agente Federal Danilo Balas, Beth Sahão, Cezar e Thiago Auricchio.