Professores repudiam nova base curricular e reforma do ensino médio

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22/10/2020 13:23 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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"Com menos formação geral, os estudantes só vão perceber que tiveram suas chances diminuídas no vestibular quando chegarem no final do ensino médio. Assim, a reforma vai conter a demanda por universidade." A afirmação é da professora de sociologia do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Ana Corti, que debateu a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a reforma do ensino médio em live com o deputado Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi (ambos do PSOL).

Também socióloga, a docente da Unifesp Debora Goulart vê a falta de transparência como uma constante na Secretaria da Educação. Ela pretende mostrar aos alunos que, conforme a habilidade desejada, eles não poderão concluir o curso no colégio do bairro.

Citando as reivindicações de estudantes durante as ocupações de escolas, primeiro em São Paulo, em 2015, e por todo o país, em 2016 e 2017, Debora acredita conhecer as aspirações do alunado. "Eles querem se expandir, chegar ao ensino superior, trilhar uma boa carreira e não desenvolver competências para um mercado de trabalho que não oferece oportunidades."

Professora de filosofia na rede estadual, Lúcia Peixoto considera que a nova BNCC e a reforma do ensino médio fazem mais do que atacar as disciplinas de humanas, como ocorreu na ditadura. Agora é um ataque à educação enquanto direito social. "O filho do trabalhador será educado para ser peão."


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