Mesmo com aulas suspensas, trabalhadores do quadro de apoio continuam expostos ao contágio

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24/03/2021 10:49 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Para Carlos Giannazi (PSOL), a decisão das secretarias de Educação do Estado e do município de São Paulo de antecipar o recesso escolar foi uma "saída honrosa" em relação à postura genocida de manter as escolas abertas no momento mais grave da pandemia. Segundo levantamento da Apeoesp, em cerca de um mês de funcionamento da rede estadual perderam a vida 49 profissionais da educação e dois estudantes do ensino fundamental, sem contar as milhares de contaminações confirmadas.

O parlamentar ressalta que o artifício encontrado por Rossieli Soares e Fernando Padula não resolve o problema, nem mesmo nas semanas em que as aulas estarão suspensas, uma vez que as escolas continuam abertas, com trabalho presencial dos gestores, do quadro de apoio e dos funcionários terceirizados.

"Continuam empurrando milhares de servidores para a morte", denunciou Giannazi, chamando a atenção para as categorias de remuneração mais baixa - como os Agentes de Organização Escolar, no Estado, e os Auxiliares Técnicos de Educação, no município -, quase todos usuários do transporte público, o segundo local mais propício ao contágio, logo depois do ambiente hospitalar. "Somente na rede municipal são cerca de 20 mil pessoas circulando desnecessariamente todos os dias. A única medida correta é fechar as escolas até que haja as mínimas condições sanitárias, com vacina para todos os profissionais da educação."

Além dos educadores, Giannazi defende que tenham prioridade na imunização outras profissões muito expostas ao contágio, como trabalhadores do transporte público, do sistema prisional, do atendimento socioeducativo, da segurança pública e da assistência social.

alesp