Organização de evento em Presidente Prudente tenta proibir manifestação de servidores

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24/05/2022 14:53 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Carlos Giannazi com manifestantes da Apampesp contra o confisco das aposentadorias<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2022/fg287279.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"Pra que tanta ambulância se não tem vaga nos hospitais, não tem médico, não tem enfermeiro?" Com essa pergunta, uma servidora pública sintetizou toda a incoerência do governo tucano em São Paulo, especialmente em relação ao megaevento promovido por Rodrigo Garcia, em 20 de maio, em Presidente Prudente, para distribuir centenas de veículos a vários municípios da região, a quatro meses das eleições.

Embora o evento fosse público, os movimentos de servidores públicos foram impedidos de entrar com seus cartazes, faixas e camisetas. Entre eles a Apampesp, que representa os professores aposentados, protestou contra o confisco de aposentadorias e pensões. "Eu passei a ter o desconto de R$ 500, a título de contribuição previdenciária. Esse dinheiro me faz falta", afirmou uma professora primária aposentada.

Outra categoria que protestava no local foi a dos servidores do sistema prisional, que são considerados policiais penais pela Constituição Federal, mas ainda não pelo governo do Estado. Gilson Barreto, presidente do Sindcop, afirmou que os manifestantes foram obrigados a se retirar com suas faixas. Suas reivindicações, além da aprovação da PEC da Polícia Penal, são a contratação de servidores, a contrapartida de 3% para o financiamento do Iamspe e a revogação do confisco das aposentadorias.

Somente após a intervenção de Carlos Giannazi (PSOL) a segurança do evento permitiu que as professoras aposentadas expusessem suas faixas, naquele evento público e custeado com dinheiro público. Para Giannazi, entretanto, a proximidade das eleições não deixa dúvidas da real finalidade do espetáculo. "É um ato claramente eleitoreiro, de cooptação dos prefeitos. O governador está instrumentalizando dinheiro e equipamentos públicos para fins eleitorais", afirmou.

alesp