Secretaria deixa escolas ruírem para justificar seu fechamento


28/02/2020 06:55 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Com a discussão da previdência estadual acontecendo em sessões extras, Carlos Giannazi (PSOL), vem utilizando as sessões ordinárias para cobrar da secretaria da Educação as condições mínimas de funcionamento das escolas.

Na quarta-feira (19/2), ele denunciou a situação insólita por que passam duas escolas da Lapa. Há mais de três anos, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação foi comunicada sobre o muro de arrimo da EE Marina Cerqueira, que estava cedendo, mas nada foi feito. Agora, com risco de desabamento, o prédio foi interditado pela Defesa Civil.

Com a desativação da escola voltada ao fundamental 1, todos os alunos foram transferidos para a EE Romeu de Moraes, que se dedicava apenas ao fundamental 2 e ao ensino médio. Os alunos dessa escola haviam ganhado os noticiários em 2017, quando protestavam contra o fechamento de salas e foram atacados pela polícia com o uso de gás de pimenta.

Foram justamente as salas fechadas " à custa da superlotação das outras " que receberam os alunos da Marina Cerqueira, um indício de que, provavelmente, aquela escola nunca voltará a funcionar. "Os pais estão revoltados porque a EE Romeu de Moraes está totalmente sucateada, com goteiras, infiltrações, banheiros quebrados e sem porta, janelas sem vidros", exemplificou Giannazi.

Situação semelhante é a vivida pelos alunos da EE Pasquale Peccicacci, na Freguesia do Ó. Lá, os alunos foram transferidos para a EE Augusto Ribeiro, outra unidade com histórico de goteiras, mofo e degradação.


alesp