Ato solene virtual realizado na manhã desta quarta-feira (28/4) pela deputada Márcia Lia (PT) discutiu a relevância da criação de políticas públicas e programas de segurança alimentar e nutricional nos municípios, em especial, durante o período de pandemia. Além disso, os especialistas debateram o fortalecimento das contas públicas, integração dos serviços e a atuação em rede no território nacional sobre o tema. Um estudo coordenado pelo grupo de pesquisa Alimento para Justiça, da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Brasília (UnB), revelou que a insegurança alimentar atinge mais da metade dos lares brasileiros. Segundo o levantamento, o percentual de domicílios que estavam nessa situação apresentou 31,7% de insegurança leve, 12,7% moderada e 15% grave, quando há falta de alimento. Durante o encontro, José Baccarin, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), falou sobre as dificuldades ocasionadas pela Covid-19 e o impacto da situação atípica na vida das pessoas. "Nós estamos num momento muito difícil no país. Estamos convivendo nas estatísticas do desemprego gerando quebra da renda financeira nos lares. Além disso, os preços dos alimentos estão muito altos. E isso atinge evidentemente o público que tem maior vulnerabilidade social", disse. Na ocasião, a deputada Márcia Lia ressaltou que pautas relacionadas à promoção de uma alimentação saudável serão prioridade no seu mandato. Ela afirmou que quer disponibilizar o seu mandato "para que possamos continuar firmes e fortes nessa construção de um país onde a segurança alimentar seja prioridade". Já Solange Cavalcante, conselheira do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo (Comusan-SP), argumentou sobre a necessidade de estabelecer um diálogo entre a sociedade civil e o poder público para fiscalizar o abastecimento alimentar disponibilizado às pessoas. "É necessário uma mobilização no convívio social para monitorar e fortalecer esse empreendimento no município. Devemos pensar como é feita a produção desse alimento e qual a sua origem", disse.