Números"O referendo de 23 de outubro será o primeiro na história do Brasil e também o primeiro referendo no mundo a tratar sobre o assunto desarmamento", disse Vanderlei Siraque (PT) ao considerá-lo revolucionário. Sobre sua necessidade, urgência e importância, o deputado citou índices que revelaram um país em que ocorre uma morte a cada quinze minutos, com totais de 36 mil mortes no ano, sendo 70% dos homicídios atribuídos a motivos banais. Vanderlei Siraque concluiu que votar sim pelo pela proibição de venda de armas é votar sim à fraternidade, à solidariedade e à paz. Verdadeiros problemas"Em um país violento, com políticas de segurança fracassadas, tirar o direito do cidadão de se defender é um absurdo", disse Jorge Caruso (PMDB) ao discordar do deputado Vanderlei Siraque. Caruso comentou também que, se o governo federal propiciasse segurança à população, o desarmamento seria automático. Caruso disse ainda que não precisaria se desperdiçar dinheiro público com o referendo caso se cuidasse do contrabando e de nossas fronteiras. Para o deputado, trata-se de desviar a atenção do povo dos verdadeiros problemas. Tiro não se corrige"O cidadão não tem obrigação nem está preparado para enfrentar um bandido armado e cabe ao Estado e à Segurança Pública a defesa da população", disse Vanderlei Siraque (PT). "Dizem que o povo não sabe votar, mas depois de um tempo o cidadão pode corrigir seu erro votando em outro candidato. Mas, se o cidadão de bem der um tiro errado, ele não vai poder corrigi-lo".