Museu da Escultura ao Ar Livre

Emanuel von Lauenstein Massarani
16/07/2004 15:44

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Fernando Durão: mínimo de material, máximo de volume e reflexão sobre a essência do espaço

A idéia da realidade da fórmula absoluta constituiu a marca do movimento Bauhaus. A fórmula geométrica abstrata não foi bastante eficaz ou concreta. Numerosos são os casos que ela conduziu a uma figuração simulada em abstração, pois deu à escultura soluções pseudo-acadêmicas.

A escultura de Fernando Durão é uma reflexão sobre a essência do espaço. Ele reduz o material a um mínimo e o volume a um máximo, mas ao mesmo tempo os termos gerais do seu pensamento são de caráter arquitetônico. Baseando-se em relações numéricas e com cuidadosa previsão cria obras que graças à tecnologia moderna se tornam possíveis.

O desenvolvimento da abstração é inconcebível sem um fundo de idéias arquitetônicas. As diversas atividades de Fernando Durão pintor, desenhista, designer, fotógrafo, escultor e teórico são influenciadas, apesar da distância no tempo e no espaço, com as idéias sempre atuais da geração do Bauhaus.

Esse artista multidisciplinar dedica-se ativamente a experiências sobre cor, forma, materiais e possibilidades espaciais, livrando-se, entretanto, dos axiomas e dos tabus existentes anteriormente.

Buscando uma solução no domínio da realidade sensorial, o artista procura reviver a tradição do ferro, interessando-se pelos problemas da abstração absoluta e, ao mesmo tempo, pelo problema do movimento e da luz.

A forma possui uma força de expressão que é determinada pelos elementos estruturais. Não é o movimento que conta para o artista, mas sim o imobilismo, não como um repouso, mas como tensão de uma vigilância em alerta.

O conteúdo intelectual de sua obra o levou ao paradoxo de uma metamorfose matemática que é completamente escultural. As representações esquemáticas que nascem têm um efeito abstrato que, ao mesmo tempo são formas geométricas, como a obra "Composição em equilíbrio", doada ao Museu da Escultura ao Ar Livre, da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

O Artista

Pintor, desenhista, designer, fotógrafo, escultor e teórico, Fernando Durão nasceu em 1952, na cidade do Porto, em Portugal. Em 1970, mudou-se para São Paulo, onde participa de movimentos de artistas jovens. Desenhou tecidos para as Indústrias Matarazzo em 1973.

A partir de 1974, participou de diversas exposições individuais e coletivas em: São Paulo e Campinas; Lisboa, Porto, Gaia e Amadora (Portugal), Stuttgart, Nuremberg, Schwabach e Colonia (Alemanha), North Carolina (EUA), Roma (Itália), New Delhi (Índia), Provence (França), Taipé (Taiwan), Cuenca (Equador) e em diversos Museus do Japão. Em 1976 é selecionado para a Bienal Nacional de São Paulo.

Realizou sua primeira exposição individual no Museu de Arte de São Paulo (MASP), em 1979. No ano de 1992, expôs na Galeria Cândido Portinari, no Palazzo Phamphili (Roma); no início do novo milênio, em Nuremberg (Alemanha) e em 2001 realizou a mostra "Magia de Duas Fronteiras", na cidade do Porto, que era, então, capital Européia da Cultura.

Entre outras atividades, o artista é Presidente da Associação Profissional de Artistas Plásticos do Estado de São Paulo; foi Curador do Projeto Arte na Ferrovia na Estação Júlio Prestes; Diretor de Arte do Clube Latino Americano de Papeleiros; Diretor de Eventos da Galeria do Foto Cine Clube Bandeirante; Diretor da Revista Virtual de Artes Visuais e Diretor de Design da Usina de Arte e Design e Comunicação de São Paulo.

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