Passado o Carnaval, e com o fim das férias de verão - em que as cidades de praia brasileiras foram intensamente procuradas por turistas internos e de outros países - , insisto em alertar a opinião pública contra um dos grandes males dos centros turísticos nacionais: a prostituição infantil. Em determinadas cidades do litoral, meninas de aproximadamente 13 anos continuam se oferecendo para relações sexuais em troca de algumas dezenas de reais.Até agências de viagens que promovem a vinda de turistas europeus oferecem pacotes de serviços e roteiros em que estão incluídas fotos de crianças com as quais poderão passar a noite. De modo hipócrita, o governo federal anuncia nova campanha contra esse nefasto crime, mas nada faz para impor regras drásticas aos governos estaduais, às prefeituras e às empresas que se beneficiam com o insólito turismo sexual.Existe omissão e até cumplicidade na posição das autoridades, que nada fazem para barrar o comércio de meninas levadas à prostituição. Há quem diga que a lei protege os "fregueses" que se relacionam com as crianças. No entanto, há exemplos na Europa e na Ásia que podem ser aplicados no Brasil, é só o governo federal agir. Basta a polícia levantar os nomes dos turistas que se envolvem com crianças e depois enviar cartas com envelopes vermelhos para suas casas e seus locais de trabalho. Nos envelopes deve aparecer com letras grandes, no idioma do turista, uma simples informação: a de que ele é cliente de uma rede de pedofilia. É um castigo merecido. *Afanasio Jazadji é advogado, jornalista e deputado estadual pelo PFL.