DA REDAÇÃOCerca de cem funcionários da Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor (Febem) estão reunidos em assembléia, em frente ao Parlamento paulista, para decidir se decretam greve a partir de amanhã. Eles também querem distribuir aos parlamentares um relatório que resume o dossiê entregue ao deputado Antônio Mentor (líder do PT) há duas semanas. O dossiê contém denúncias e documentos oficiais, e deve embasar um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Febem. "A CPI é importante porque vai mostrar quem realmente lucra com as rebeliões nas unidades da Febem", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Assistência ao Menor e à Família do Estado de São Paulo, Antônio Gilberto da Silva. Segundo ele, os cerca de 600 documentos incluídos no dossiê mostram que o governo do Estado "tinha conhecimento dos rebeliões". Os funcionários cobram ainda a destinação efetiva de verba suplementar de 284 milhões de reais, liberada para a Febem no final de janeiro, informa Gilberto.