"As quadrilhas de traficantes estão muito mais organizadas que os órgãos governamentais envolvidos direta e indiretamente com o combate ao narcotráfico no Brasil." De acordo com o deputado Renato Simões (PT), esta é uma das conclusões do relatório da CPI do Narcotráfico da Assembléia Legislativa a ser apresentado à comissão nesta quinta-feira, 28/6, às 10 horas, no plenário Tiradentes. Após a reunião, às 11 horas, Simões, que é relator da CPI, dá coletiva à imprensa, na Sala de Imprensa do Palácio 9 de Julho - 2.º andar.

Segundo o deputado, o documento indica que não há a mínima comunicação entre os diversos setores públicos que investigam o narcotráfico no país. O relatório propõe a reestruturação das diversas instâncias dos governos federal e estadual envolvidas com o assunto e alterações nas leis e procedimentos dessas organizações.

Em funcionamento desde 14/12/1999, a CPI dividiu-se em quatro subrelatorias: aeroportos; rotas terrestres; o Porto de Santos; e fuga de presos. Suas investigações repercutiram em todo território nacional, com prisões de criminosos e identificação de rotas do tráfico em outros estados brasileiros. A descoberta da conexão Atibaia - Maricá promoveu a identificação e o indiciamento de 11 pessoas envolvidas diretamente com a alteração de aeronaves para uso do tráfico de drogas. O trabalho dos deputados levantou ainda esquema aéreo ligando traficantes brasileiros e nigerianos, que transportavam drogas, via aeroportos paulistas, para a África do Sul e países da Europa. A ativa participação de policiais e agentes penitenciários em fugas de traficantes é outra evidência encontrada pela CPI.

(Mais informações, ligue para o gabinete do deputado Renato Simões: 3884-3986 / 3886-6301/6302)