Notas de Plenário


04/10/2006 19:18

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Voto distrital

Depois de agradecer a seus eleitores, concentrados nos 48 municípios da região de Bauru, Pedro Tobias (PSDB) defendeu a adoção do sistema de voto distrital, onde há uma relação mais estreita entre o povo e seu representante. "É o que se vê no meu caso. Por um lado, a população da minha região me conhece e cobra a minha atuação. Por outro, se torna mais fácil a obtenção de recursos junto ao Poder Executivo. Como obtive votação expressiva, uma solicitação encaminhada por mim tem um peso político muito importante", afirmou, ponderando que os governantes sabem onde estão os votos.

Soberania tucana

João Caramez (PSDB) manifestou sua gratidão ao povo de São Paulo pelo seu terceiro mandato consecutivo na Assembléia. Além do sucesso pessoal, o parlamentar comemorou o sucesso de seu partido: "O PSDB demonstrou sua soberania em São Paulo, com a expressiva votação de José Serra".

Contra a vivissecção

Palmiro Mennucci (PPS) discordou da posição de Pedro Tobias sobre o voto distrital e ressaltou casos como o seu, quando a representatividade não se dá por base territorial, mas por categoria profissional. "Em Bauru, o professorado me deu 600 votos", exemplificou. Em seguida, Mennucci lembrou que 4 de outubro é o Dia Internacional dos Animais e de São Francisco de Assis e, por conta disso, leu um manifesto contra a vivissecção, prática que, embora substituível, ainda é utilizada com fins didáticos e científicos.

Encolhimento da educação

Hamilton Pereira (PT) fez um breve balanço da educação no Estado de São Paulo e lamentou o fechamento, nos últimos anos, de 200 unidades escolares, com a conseqüente demissão de 40 mil educadores. Dentre as escolas que encerraram suas atividades, Hamilton destacou o caso do Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (Cefam), considerando a falta de diálogo na decisão de sua extinção. O deputado citou ainda a situação das estradas vicinais, cujo abandono vem prejudicando o desenvolvimento de muitas cidades do interior.

Alvo fácil

Depois de agradecer a seus eleitores a obtenção de seu sexto mandato, Conte Lopes (PTB) reclamou das condições de trabalho dos policiais no Estado. Como exemplos do nível de organização em que se encontram os criminosos, Conte Lopes citou os casos de dois policiais militares mortos nos últimos dois dias em enfrentamento com marginais, ambos alvejados por tiros de fuzil. "Em um dos casos, os colegas do policial morto tiveram suas armas apreendidas pela corporação e voltaram para casa sem nenhum meio de defesa", apontou, criticando os "psicólogos e filósofos" dos direitos humanos. "Há muitos "especialistas" em segurança que nunca entraram em uma viatura."

alesp