O deputado Mário Reali vem criticando a Secretaria da Segurança Pública pela adoção de critérios diferenciados para concessão de adicionais salariais às polícias Civil e Militar do Estado de São Paulo. Para o parlamentar, o procedimento "em muito se distancia da realidade e não visa atender o interesse público".

Como exemplo, citou que os policiais de Diadema, com 395 mil habitantes e cuja taxa de homicídio atinge 20,25 por 100 mil habitantes, estão recebendo adicional de R$ 350, enquanto seus colegas do município vizinho de São Bernardo do Campo, com 800 mil habitantes e uma taxa de homicídio de 12,94 por 100 mil habitantes, recebem R$ 580. "Essa distorção tem gerado evasão e falta de motivação dos profissionais da área da segurança pública, principalmente onde os índices de ocorrências são maiores, como é o caso da Região Metropolitana de São Paulo", ressalta Reali.

O deputado defende a igualdade dos adicionais para as polícias Civil e Militar e encaminhou nesta semana requerimento de informação para o secretário Ronaldo Augusto Marzagão, para saber qual o impacto financeiro dessa medida no orçamento do órgão. "A secretaria precisa entender que o problema da segurança pública na Região Metropolitana não guarda relação com o número de habitantes", diz.

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