O governo do Estado deve apresentar garantias à população de Cubatão de que o teste em uma comporta da represa Billings não causará danos à cidade. "É imprescindível que haja um planejamento dos eventuais riscos e de como agir nestas situações, preservando moradores e o polo industrial", defendeu a deputada Maria Lúcia Prandi (PT) em ofício enviado ao governador.

"Todos sabem que as chuvas estão acima da média e que as represas estão com sua capacidade de reserva no limite. O que não pode é que a abertura, seja para teste ou em qualquer outra situação, ocorra sem que a população seja alertada e prevenida sobre os riscos inerentes a esta ação do Poder Público", enfatiza a deputada Prandi.

Conforme apurou a parlamentar, até mesmo órgãos ligados ao governo do Estado, como a coordenação regional da Defesa Civil, se colocaram contrários à operação sem um estudo claro do potencial do risco a que Cubatão será submetida com a vazão de água da Billings para o vertedouro do rio Perequê. O receio é que áreas de moradia e do polo industrial sejam alagadas.

"Como se vê, as ações da prefeita Márcia Rosa estão fundamentadas em preocupações técnicas, que em nada têm relação com a disputa político-partidária. Quem está partidarizando a questão é a secretária, que desceu muito baixo ao acusar a prefeita de má-fé. Má-fé é esconder da população os riscos a que será submetida e não se preparar para eventuais situações limite", acrescenta.

Outra preocupação da deputada Prandi é com os poluentes depositados na Billings e que poderão chegar aos mananciais que abastecem a Baixada Santista com a abertura da comporta.



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