O governador Geraldo Alckmin deu entrevistas interessantes ao fazer um balanço de 2003. Procurou ser otimista e apontou uma relação das conquistas garantidas nos últimos meses. Alckmin admitiu que o combate à onda de violência e criminalidade deve ocupar prioridade em sua administração. O governador afirmou que a polícia está superando seus problemas, depois de terem sido expulsos mais de 850 maus policiais em 2003 e que a solução para o drama da Febem vem sendo agora conseguida, graças ao fechamento da unidade de Franco da Rocha e à adoção de um novo modelo.

É normal que um governante procure mostrar firmeza e otimismo. De minha parte, vejo grandes qualidades em Geraldo Alckmin, a quem fiz várias sugestões para o aprimoramento da segurança pública e do sistema prisional, incluindo a construção de cadeias de segurança máxima e o fim dos privilégios de presos perigosos.

Como deputado estadual reeleito pelo PFL, também trato de honrar o fato de meu partido ter feito coligação com o PSDB de Alckmin, a ponto de fornecer à chapa vitoriosa o reforço do vice-governador, professor Cláudio Lembo, nosso presidente regional. No entanto, não abro mão de fazer críticas construtivas O secretário da Segurança Pública, Saulo Abreu, declarou num dos últimos dias de 2003 que "a repressão está chegando no limite". É preocupante essa revelação tão pessimista. Que a população não entenda que a polícia esteja jogando a toalha!

*Afanasio Jazadji*