Coronel Ubiratan, a grande vítima (II) OPINIÃO

Afanasio Jazadji
18/07/2001 16:02

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Os que aplaudem a condenação do coronel Ubiratan devem saber que haverá outro julgamento e prevalecerá a justiça. A PM é uma corporação centenária, com a tradição de combater o crime e de ser integrada por homens corajosos, patriotas, éticos. Claro, existem as más exceções, como em qualquer outro setor de atividade profissional. Porém, essa tentativa de determinados grupos de usar a grande rebelião do Carandiru de 1992 para insinuar que a Polícia Militar de São Paulo abusa da violência acaba sendo uma arma contra o próprio povo paulista, uma vez que cabe à PM defender esse povo contra uma criminalidade a cada dia maior. Nessa história toda, o coronel Ubiratan é vítima e não réu. Portanto, está cercado de razão o advogado Vicente Cascione, que trabalha na defesa do coronel Ubiratan e decidiu recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado para anular o julgamento encerrado nos últimos dias de junho, no Fórum da Barra Funda. A previsão é que o recurso seja julgado só no próximo ano e, enquanto isso, Ubiratan fica em liberdade. A condenação ocorreu por 4 votos a 3 e os jurados mostraram total despreparo, além de terem sido induzidos a essa votação por conta do circo montado por entidades que defendem direitos humanos dos bandidos. Não causa surpresa o fato de o ministro da Justiça, José Gregori, o mais trapalhão dos ministros do governo Fernando Henrique Cardoso, ter aplaudido a condenação do coronel Ubiratan. Estranho mesmo é o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ter tido atitude semelhante. Obviamentem foi orientado por maus conselheiros, talvez os mesmos que deixaram toda a polícia na penúria e entregaram aos condenados o controle do nosso sistema prisional.

Afanasio Jazadji é advogado, jornalista, radialista e deputado estadual pelo PFL

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