A situação de caos da Febem e os assaltos cometidos por presos com permissão para sair da cadeia em São Paulo evidenciam a completa crise em que se encontra o combate à criminalidade em nosso Estado. Como deputado estadual especialista em questões de segurança pública, tenho cumprido meu dever de alertar o governador Geraldo Alckmin a respeito de erros cometidos por seus "conselheiros".

Na terça-feira, 22 de fevereiro, Alckmin reviveu os absurdos de seu antecessor Mário Covas e anunciou que pretende desativar a Febem do Tatuapé, local de tantas rebeliões. Desta forma, ele repete erros de Covas, como o da demolição da unidade da Imigrantes, e parte para uma jogada de alto risco, a exemplo da precipitada desativação da Casa de Detenção do Carandiru, que enfraqueceu o sistema penitenciário.

Quase dois anos atrás, conversei com o governador Alckmin a respeito da Febem e fiz a ele uma sugestão: "Monitor não é educador." Agora, afinal, o Governo admite colocar aquela idéia em pauta, contratando educadores para uma finalidade e seguranças para outra atividade. No entanto, tudo ocorre de modo confuso: o presidente da Febem e secretário da Justiça, Alexandre de Moraes, autorizou mães de internos a ficarem nas unidades da Febem, "auxiliando" funcionários. Como???

Se alguns menores infratores são verdadeiros casos de polícia, deve-se lamentar também que bandidos adultos saiam da cadeia para praticar novos assaltos, sempre com permissão da Justiça. Bandidos não merecem regalias!