Da assessoria do deputado Milton VieiraAo tomar conhecimento de que o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo, após várias sindicâncias, estabeleceu a proibição do uso de película de plástico que embala os garrafões de 20 litros de água mineral, o deputado Milton Vieira (PFL) apresentou projeto de lei, visando disciplinar a matéria.A eletrostática da película plástica que envolve o garrafão age como um imã, que atrai e fixa a poeira e produtos tóxicos presentes nas superfícies ou dispersos no ar. O plástico só serve para evitar que o garrafão fique sujo e, no entanto, acaba por tornar-se um hospedeiro de colônias de bactérias (coliformes e pseudomonas), de esporos e fungos.Após a contaminação externa, os agentes contaminantes chegam ao bebedouro, já que o plástico é mergulhado na água por descuido do consumidor, que ingere o líquido contaminado sem perceber.A medida tomada pela Vigilância Sanitária é o resultado de estudo técnico realizado até pelos próprios fabricantes, apontando 15 casos de contaminação de bebedouros por bactérias e fungos, entre maio e dezembro do ano passado, na Capital. Outra impropriedade apontada foi em relação aos plásticos coloridos, que contêm tintas e solventes nocivos.O Estado de São Paulo consome cerca de dois bilhões de litros de água mineral ao ano (40% do total consumido no país). Nessa ciranda, há mais de 40 milhões de garrafões retornáveis em uso, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abiman).No Brasil, os galões somam cerca de 90% de toda água mineral comercializada, representando, portanto, um foco enorme de contaminações.mvieira@al.sp.gov.br