Aterro em Mogi das Cruzes será discutido em reunião na Cetesb


12/05/2006 16:30

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O deputado Luis Carlos Gondim Teixeira (PPS) se reúne na próxima terça-feira, 16/5, com o presidente da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Otávio Okano, para discutir a implantação do aterro sanitário no distrito do Taboão, em Mogi das Cruzes. O encontro está programado para as 14h30, na sede do órgão. Além do parlamentar, representantes de entidades e lideranças empresariais também deverão estar presentes no encontro.

Na ocasião, Gondim cobrará da Cetesb informações sobre a implantação do empreendimento, de responsabilidade da empresa Queiroz Galvão. Ele quer verificar o trâmite do licenciamento ambiental do local. Sua preocupação principal é que o espaço cause danos ambientais depois do início de sua operação.

A história sobre a implantação chamou mais atenção após receber informações de que o aterro será instalado próximo a um córrego que deságua no rio Paraíba do Sul. "Essa situação poderá causar problemas ambientais e até se alastrar. Vamos buscar um posicionamento da Cetesb para tentar evitar esses transtornos", salientou Gondim.

Para o deputado, haverá prejuízos à comunidade local quando forem iniciadas suas operações. Na sua opinião, a instalação do aterro prejudicará a produção de flores e dos agricultores em atividade no Taboão. Além disso, existe a ameaça de a General Motors (GM) cumprir a ameaça de fechar a fábrica da montadora em funcionamento.

Na prática, a iniciativa tem o objetivo de agilizar a verificação do trâmite desse licenciamento, devido às manifestações contrárias à aprovação de uma emenda que autoriza a instalação do aterro. A implantação foi aceita por 11 votos a 4 na Câmara de Mogi das Cruzes.

Antes de procurar o Estado para cobrar medidas, o deputado encaminhou um requerimento à Cetesb pedindo dados sobre o aterro, no último dia 27. Mas até agora, a companhia não respondeu aos apelos.

No dia 4/5, Gondim criticou a aprovação da emenda que permite a instalação do aterro, em discurso no plenário da Assembléia Legislativa. Na oportunidade, o deputado disse que a empreiteira ganhou a votação no grito.

Caso entre em funcionamento, o aterro receberá lixo de 38 cidades da Região Metropolitana de São Paulo, exceto da capital. Isso será possível graças à emenda aprovada na câmara, que alterou completamente o projeto de iniciativa popular que defendia o funcionamento de um depósito municipal.

O empreendimento deverá ocupar uma área de 2,16 milhões de metros quadrados. O espaço receberá lixos recolhidos de Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Biritiba Mirim e Salesópolis, além dos outros municípios.

lcgondim@al.sp.gov.br

alesp