Capitalização da CESP é discutida na Assembléia


05/01/2005 15:48

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DA REDAÇÃO

As discussões em torno das soluções para os problemas financeiros da Companhia Energética de São Paulo (CESP) já começaram. Foi realizada na Assembléia Legislativa, nesta quarta-feira, 5/1, reunião entre o presidente da Assembléia, deputado Sidney Beraldo, o secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce, o secretário da Fazenda, Eduardo Guardia, e os deputados Cândido Vaccarezza e Sebastião Almeida, do PT, Arnaldo Jardim, do PPS, e o líder do governo, Vanderlei Macris, com a finalidade de debater alternativas que devem orientar os destinos da companhia.

A empresa do governo paulista é devedora e enfrenta problemas para saldar a dívida. Segundo o presidente Sidney Beraldo, a idéia é aumentar os ativos da CESP para possibilitar a renegociação da dívida e encontrar soluções estruturais para médio e longo prazo. "Este grupo de trabalho estará realizando diversas reuniões para que em fevereiro possamos propor uma alternativa, talvez através de um projeto de lei", afirmou Beraldo.

"A solução estrutural não é aquela de todo ano precisar de dinheiro e recorrer a empréstimos. A CESP é a terceira maior geradora do País e precisamos equacionar a dívida com a sua receita", disse Mauro Arce. Para o secretário, a capitalização da empresa pode ser conseguida mediante várias alternativas e as diversas reuniões que irão ocorrer podem apresentar caminhos para solucionar os problemas da empresa.

Mudanças na estrutura de capital da empresa, alongamento da dívida, aporte de capital novo, capitalização de ativos ou conversão de dívidas em ações foram as alternativas apresentadas pelo secretário Guardia. "Primeiro estamos fazendo um estudo profundo sobre as dificuldades da CESP, desenhando alternativas, algumas das quais foram encaminhadas ao BNDES", informou.

Para o secretário da Fazenda, uma estrutura de capital mais sólida aumentará a capacidade para a rolagem da dívida junto aos credores. A CESP tem dívidas com o governo federal, BNDES e credores privados.

Questionado sobre a possibilidade de a empresa vir a ser vendida, o secretário afirmou que na reunião ocorrida na Assembléia essa alternativa não foi aventada. Segundo ele, o encontro serviu para iniciar um processo de discussão na busca de alternativas para a capitalização da empresa.

alesp