Deputados petistas visitam hoje local do acidente ocorrido nas obras do metrô


17/01/2007 15:34

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Integrantes da bancada do PT na Assembléia Legislativa farão diligência nesta quarta-feira, 17/1, às 10h, na estação Pinheiros do metrô, local do acidente ocorrido na última sexta-feira, 12/1. Enio Tatto (PT), líder do partido, lembra que deputados de oposição solicitaram em junho de 2005 a abertura de uma CPI para investigar irregularidades na contratação e na manutenção de contratos de obras das linhas 4 " Amarela e 2 " Verde do metrô.

Além do pedido de CPI, feito pelo deputado Zico Prado (PT), houve outras iniciativas com o intuito de evitar tragédias como a ocorrida na estação Pinheiros. O deputado Simão Pedro (PT) protocolou Requerimento de Informação, em dezembro de 2005, destinado ao então secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes, sobre a obra. Diante dos 74 itens técnicos requeridos pela Assembléia Legislativa, a resposta foi um pequeno e burocrático texto com o seguinte destaque: "Os aludidos contratos (da linha 4 do metrô) observam os preceitos da Lei de Licitações e Contratos".

Em abril de 2006, Simão Pedro denunciou "danos à ordem urbanística, riscos à segurança, integridade física, saúde e vida", que foi o objeto de uma representação encaminhada naquela ocasião ao procurador geral de Justiça, Rodrigo César Rebello Pinho, alertando para problemas causados em casas próximas às obras da linha 4.

Em outubro, o sub-prefeito de Pinheiros, Nilton Elias Nachle, respondeu uma notificação do Ministério Público "referente à segurança em edificações " linha 4 do metrô", quando admitiu, através de um documento assinado por agentes vistores desta subprefeitura, o "desnivelamento do solo, dificultando a abertura das portas e rachaduras de construções, com possibilidade de afundamento do piso".

Em novembro, já se falava de uma seqüência de acidentes. O presidente do Metrô, Luiz Carlos Frayze David, e os responsáveis pelo consórcio Via Amarela, formado pelas construtoras OAS, CBPO, Queiroz Galvão e Alstom, foram convocados pela Comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembléia Legislativa para esclarecer acidente ocorrido em 3/10, quando um operário morreu soterrado. Em dezembro de 2006, a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo instaurou inquérito civil, com objetivo de apurar irregularidades. Foram citados o Metrô e a Subprefeitura de Pinheiros.

Enio Tatto solidariza-se com os familiares das vítimas desta fatalidade, ressaltando que "não se trata de um incidente isolado, nem de uma catástrofe da natureza, mas sim de conseqüência de uma série de erros e descasos com a população". Os deputados petistas vão priorizar a instalação de uma CPI para investigar as causas do acontecimento, punir os responsáveis e criar mecanismos legais de monitoramento de obras do Estado, adianta o líder petista.

alesp