Barradas assume compromisso de regularizar exames laboratoriais de hepatites


09/10/2003 17:53

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

A realização dos exames laboratoriais de hepatites por biologia molecular deverá ser normalizada no prazo de 20 dias, em todo o Estado, quando estará concluída a compra emergencial de kits necessários à execução do procedimento.

O secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, durante audiência concedida à deputada Maria Lúcia Prandi (PT), disse que manterá a realização dos exames até janeiro, quando espera obter do Governo Federal um reajuste na tabela de preços dos kits. A deputada informou que o Ministério da Saúde reconhece que existe defasagem e que o reajuste está em estudos. Para as biópsias hepáticas, um percentual de aumento foi concedido recentemente.

Na audiência, Prandi estava acompanhada do presidente do Grupo Esperança, Jeová Pessin Fragoso, e do assessor do Conselho Diretor da Transpática, Ervin Moretti. As duas entidades, da Baixada Santista e da Capital, respectivamente, atuam na defesa dos portadores de hepatites e transplantados de fígado. Também participou da reunião o diretor técnico do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, Carlos Magno C. B. Fortaleza.

Há cerca de dois meses, o fornecimento de kits para os exames laboratoriais de hepatites estava praticamente suspenso, impedindo a confirmação de casos suspeitos. "Os resultados laboratoriais são primordiais para definir a conduta terapêutica e para que o paciente receba os medicamentos gratuitos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)", explica a deputada Prandi.

As entidades também estão mobilizadas para que seja atendida reivindicação da Transpática no sentido de que o medicamento Filgrastima seja incluso no protocolo estadual do tratamento da Hepatite C. O medicamento é utilizado para corrigir deficiências imunológicas, derivadas do uso de drogas indicadas para o tratamento de doenças hepáticas.

O secretário Barradas Barata anunciou uma nova parceria, com o Hospital Albert Einstein, que ofereceu serviços ao Governo do Estado como parte de uma cota de filantropia. A Secretaria de Saúde optou pelos exames de genotipagem e dosagem de carga viral da Hepatite C, reconhecendo a situação de estrangulamento, agravada nos últimos dois meses.

Além do aumento dos valores da tabela e da possível redução de impostos, a deputada Prandi anunciou outras ações do Governo Federal para enfrentamento da Hepatite C. Entre elas, a compra centralizada do medicamento Interferon pelo Ministério da Saúde, para barateamento dos custos, além da possibilidade de o Governo vir a adquirir o Interferon Peguilado de Cuba, onde a produção do medicamento está em fase final de testes.

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp