Assembléia comemora Jubileu de Ouro da CNBB

A homenagem contou com a participação de diversos bispos e padres do regional Sul I da CNBB
02/08/2002 14:00

Compartilhar:


DA REDAÇÃO (com fotos)

Os 50 anos de fundação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foram comemorados pela Assembléia Legislativa com sessão solene realizada na manhã desta sexta-feira, 2/8, no plenário Juscelino Kubitschek.

Na abertura da sessão, o presidente do Legislativo paulista, deputado Walter Feldman, saudou a entidade, lembrando as atividades religiosas e sociais que ela realiza, especialmente através da Campanha da Fraternidade que acontece todos os anos, "sempre sintonizada com os interesses maiores da nossa nação". Feldman comparou o mundo da política e o mundo da Igreja com uma membrana osmótica, que "permite uma relação permanente, sempre norteados pelos princípios que a Igreja pode passar à sociedade".

O secretário-geral da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis, fez um breve relato da história da conferência, lembrando as figuras de dom Hélder Câmara e de dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, ambos já mortos, que foram os idealizadores do projeto da entidade. Segundo Damasceno, a CNBB é a maior conferência episcopal do mundo pelo número de bispos residenciais no Brasil.

"Nestes 50 anos, a CNBB sempre foi fiel a sua missão e solidária aos problemas do povo, evidenciados todos os anos pelos temas tratados na Campanha da Fraternidade", comentou o secretário-geral, aproveitando para anunciar que a campanha de 2003 vai tratar do problema dos idosos e a de 2004 vai chamar a atenção para a questão da utilização da água no planeta.

Outro ponto fundamental abordado por Damasceno diz respeito às eleições. "A conferência elaborou a cartilha Eleições 2002: proposta de reflexão, que está sendo discutida em todas as dioceses do país e que pretende dar aos eleitores uma luz para que possam escolher com liberdade, mas com responsabilidade, seus representantes nas diferentes esferas do poder político", asseverou.

Para o deputado José Carlos Stangarlini (PSDB), idealizador da homenagem, "a CNBB é o maior organismo religioso do país e sempre se fez presente em todos os episódios recentes da história nacional, mostrando que os ensinamentos de Jesus podem dar ao Brasil um rumo certo".

Durante a sessão, o coral da Igreja Nossa Senhora do Brasil entoou diversos cantos, dentre eles o Hino Pontifício, como uma homenagem ao papa João Paulo II, que esteve visitando a América nos últimos dias.

Após encerrar-se a homenagem, os bispos e padres presentes, dentre eles os bispos da diocese de Santo Amaro, dom Fernando Figueiredo, da diocese de Franca, dom Diógenes Mattheus, da diocese de Santo André, dom Décio Pereira e dom Airton José dos Santos (auxiliar), da diocese de São Miguel Paulista dom Fernando Legal, e dom Manoel Parrado, auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, representando o cardeal Hummes, dirigiram-se ao Espaço Ecumênico da Assembléia, localizado no 2º andar do prédio, para uma oração comunitária.

alesp