As esculturas metafísicas de Rosa Serrano: um equilíbrio de plasticidade e ritmos

Acervo Artístico - Emanuel von Lauenstein Massarani
21/02/2005 14:00

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As figuras humanas que Rosa Serrano cria em bronze, alumínio ou resina de poliuretano são delineadas com respiro metafísico, decantadas que são do peso da realidade.

A inquietação é a nota dominante que ressoa na sua complexa produção. A artista é imbuída por um desejo de verdade que procura em si mesma e na realidade que a circunda.

Liberada de toda a convencionalidade acadêmica, amadureceu sua experiência na informalidade que não renega e mantém em suas esculturas. No seu figurativismo pessoal e estilizado, Rosa Serrano equilibra plasticidade e ritmos, síntese de conteúdos metafísicos e linhas harmônicas.

Suas esculturas se dissolvem em movimentos desinibidos e nunca são estáticas. Elas parecem mover-se quase a exaltar o gesto humano num rito de dança.

Na obra "A grávida", doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, o objeto da representação não é mais um objeto, uma figura, ou um conjunto de figuras. O objeto da sua representação é a vida no seu fluir, no seu ser estupefaciente, tentador e pacificante.

A Artista

Rosa Serrano, pseudônimo artístico de Rosa Matilde de Almeida Maffei Serrano nasceu em 1947 em São Paulo. Desde 1971 integrou-se às artes plásticas, dedicando grande parte de sua vida à pintura e à escultura. Especializou-se em Aurasoma pela International Academy of Colour Therapeutics, na Inglaterra, adquiriu conhecimentos em Neurolinguística e realizou vários cursos de cromoterapia.

Freqüentou os ateliers de Lucília Fraga e Anita Fraga (1971 a 1976), cursos de desenho de modelo vivo e nu artístico na Pinacoteca do Estado e no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. Curso de escultura em ferro galvanizado no MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo e no MUBE - Museu de Brasileiro de Escultura, em São Paulo, no atelier de Carlos Arias e Giuliana Pedrozza, SP (1993 a 1998) e escultura em terracota no Studio Arte Terra Mater.

Entre as inúmeras exposições destaca-se sua participação no: Salão da Biblioteca Kennedy, SP (1975); Salão Praça Roosevelt, SP (1976); Espaço Banzo Ilhabela, SP (1979); Embu das Artes, SP (1980); Salões da Bienal de São Paulo, União Nacional doa Artistas Plásticos (1985); Salão Expressiva, Espaço Delínea, SP (1996); 27º Salão Bunkyo de Artes Plásticas, Sociedade de Cultura Japonesa, SP (1998); Espaço Cultural do Clube Atlético Paulistano, SP (1998 e 2000); Espaço Pitanga, SP; Espaço Cultural do Clube Paineiras do Morumbi, SP; Galeria Mali Villas-Boas, OPA, SP; Salão do Hospital da Aeronáutica de São Paulo (2001); Galeria Giuliano Ottaviani, Roma, Itália e Biennale D'Arte Internazionale di Roma, Itália (2002 e 2004); Castello Savelli, Palombara Sabina, Roma, Itália; "São Francisco, Irmão Sol, Irmã Lua", Casa da Fazenda do Morumbi, SP e Casa do Benin, Salvador, BA (2002 e 2003); "Coração e Arte", Instituto do Coração, SP (2002 2003); Galeria Heloisa Paternostro, SP e Punta D'el Este, Uruguai; Museu de Arte Contemporânea, USP; Espaço Cultural Infraero, Guarulhos, SP (2004).

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