Da Tribuna


04/08/2011 17:00

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Segurança nos bancos



Luiz Claudio Marcolino (PT) discorreu sobre o Projeto de Lei 1.236/09, que obriga as agências bancárias a instalar divisórias individuais entre os caixas e o espaço reservado para clientes que aguardam atendimento. De acordo com o deputado, o projeto foi aprovado em maio deste ano e o governador Geraldo Alckmin ainda não criou as condições necessárias para a aplicação da lei. Marcolino citou o projeto de autoria do deputado Fernando Capez, que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos dentro das agências. Para o parlamentar, essas iniciativas podem ajudar a diminuir a falta de segurança no sistema financeiro, "Falta vontade do governador", disse. (DV)



Corrupção



Welson Gasparini (PSDB) criticou a corrupção no país e ressaltou que ela não está presente somente na classe política. Segundo o deputado, a imprensa acusou o ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, de estar envolvido em um esquema de desvio de R$ 2,1 milhões da instituição. O parlamentar disse que a ineficiência da justiça brasileira não permitirá saber se essas acusações são levianas ou verdadeiras, "As leis precisam funcionar. A impressão que dá é que aqui o crime compensa", declarou. Gasparini ainda reclamou do valor dos impostos e do alto consumo de automóveis. (DV)



Ritmo sossegado



Fernando Capez (PSDB) mencionou o Projeto de Lei 114/2011, de sua autoria, apresentado junto com o deputado Olimpio Gomes, que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos, acessórios de chapelaria, capacetes, toucas ou quaisquer acessórios que impeçam a identificação pessoal em locais onde se operem caixas de atendimento ao público e no interior de instituições bancárias. Segundo Capez, o projeto ficou parado na Casa durante dois anos, "É o ritmo sossegado de tramitação da Assembleia", ironizou. O parlamentar contou que a Câmara Municipal aprovou projeto com finalidades semelhantes: "Ela (a Câmara) supriu a falha dessa Casa em seis meses", criticou. (DV)



Falta de atitude



Olimpio Gomes (PDT) concordou com o depoimento do deputado Fernando Capez e considerou uma vergonha a Assembleia não cumprir com sua função em relação à necessidade do público. O deputado reclamou que o projeto referente à proibição de aparelhos eletrônicos nas agências bancárias não foi discutido. "Estamos sendo atropelados pela Câmara, que é muito mais dinâmica", declarou. Para o deputado, não é necessário que todos os projetos sejam aprovados, mas que eles sejam debatidos, revisados, melhorados pelos parlamentares." A Assembleia precisa despertar, começar a tomar atitudes". (DV)



Esperança



Jooji Hato (PMDB) comentou sobre a lei seca que vigora em Diadema, que obriga os bares a fechar mais cedo, o que, para Hato, reduziu mortes violentas em 80%. Hato falou de projeto seu proibindo a garupa das motos, com o fim de reduzir assaltos às pessoas que saem dos bancos. "Se já existisse esse projeto, mortes seriam evitadas." O deputado disse sonhar com um lugar sem crianças pedindo no farol, jovens nas ruas bebendo e se drogando e maridos que batem na mulher por causa da bebida. "Esta Casa tem força para mudar o curso desta cidade e dar qualidade de vida a todos os cidadãos."(GN)



Migalhas do Executivo



João Antônio (PT) reclamou que a Assembleia não dá a importância necessária e nem valoriza os projetos dos deputados. "Os deputados passam de 6 meses a 2 anos para ver votados os seus projetos, enquanto os projetos do Executivo, são votados rapidamente: "Quando chegam, é uma pressa para votar, tanto que a oposição não tem tempo para preparar uma emenda", afirmou. Segundo ele, o problema do parlamento brasileiro é que o grau de autonomia é reduzido, e o Executivo manda e desmanda no Legislativo. "As leis criadas na Casa são eficazes e tem como função melhorar a qualidade de vida dos cidadãos." (GN)



Educação



Carlos Giannazi (PSOL) manifestou indignação com o secretário Paulo Alexandre, da Ciência e Tecnologia, que não compareceu à Comissão de Ciência, Tecnologia e Informação para prestar contas sobre as Etecs e Fatecs. A fim de conter a greve dos professores das entidades de ensino, que estavam pedindo aumento do valor da hora/aula, o governo fez um reajuste de R$1 a hora/aula. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Alexandre preferiu participar do aniversário de 60 anos da Duratex, disse o deputado. "O secretário não tem tempo para prestar contas, mas tem tempo comparecer a festas. É sobretudo um desrespeito à população", afirma. (GN)



Indústrias



Marco Aurélio (PT) leu carta do presidente do SindSaúde de Araçatuba, em que constam reclamações sobre as disparidades dos benefícios recebidos por funcionários de municípios diferentes. Exibiu um vídeo sobre a construção de indústrias no interior do Estado. A cidade de Jacareí receberá a montadora Chery, e a produtora de máquinas para construção civil e pavimentação, Sany. O investimento dessas indústrias será de R$ 1 bilhão e 4 mil empregos diretos serão gerados. Aurélio lembrou que Jundiaí receberá a fábrica da Foxconn, montadora de tablets e elogiou o governo federal pelo lançamento do programa Brasil Maior, que prevê incentivos à indústria. (DA)



Drogas



O deputado Donisete Braga (PT) comentou sua participação na 48ª reunião do Conselho de Políticas sobre Drogas, onde se debateu a descriminalização da maconha. Segundo o deputado, 200 dos 645 municípios já responderam questionário sobre o assunto e a Frente Parlamentar contra o Crack, coordenada pelo parlamentar, pretende apresentar um relatório até o final de agosto. Falou sobre a importância do combate ao tráfico nas fronteiras feito pelo governo federal. "O tema das drogas não pode ser associado a uma questão partidária, completou Braga. (DA)



Projetos



Fernando Capez (PSDB) discorreu sobre alguns projetos de sua autoria que aguardam votação, como um que inclui no currículo das escolas uma matéria sobre o uso de drogas, com capacitação dos professores, e o de ampliação do atendimento e internação na rede pública de viciados. Lamentou o veto de dois projetos: um sobre leilões de automóveis com perda parcial; e outro que complementa o Estatuto do Torcedor, estabelecendo lugares marcados para a torcida nos estádios. O parlamentar afirmou que tem esperança de que a Assembleia derrube esses vetos e afirmou: "O deputado tem o direito de ter seu projeto discutido e votado". (DA)



Osasco



Marcos Martins (PT) começou falando da necessidade de as comissões colaborarem com a demanda de projetos dos deputados. Martins informa que a Comissão de Saúde aprovou projetos de parlamentares da área em reunião do dia 3/8. Falou sobre o lançamento de um livro feito pelo Sindicato dos Metalúrgicos, comemorando os 20 anos de cotas para pessoas com deficiência e sobre a inauguração do CEU José Saramago, na cidade de Osasco. Martins parabenizou o prefeito Emídio de Souza pelo desenvolvimento da cidade: "´É uma satisfação saber que Osasco está crescendo e é a região que mais inclui pessoas com deficiência". (DA/GN)



Segurança alimentar



A realização da 3ª Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional pelo Estado, em setembro, é, para Simão Pedro (PT), oportunidade para o governo paulista discutir com a sociedade civil organizada políticas públicas que combatam a fome e a miséria em São Paulo. "Temos uma mancha muito grande (no mapa) de bolsões de miséria, no Vale do Ribeira e também na capital, em certos bairros. O governador Alckmin publicou o decreto convocando a conferência, mas não deu nenhum outro passo concreto para realizá-la de fato", declarou, enfatizando a necessidade de apoio à agricultura familiar, inclusive para solucionar pendências de pequenos produtores inadimplentes. (BC)

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