Cristiane Carbone alia poesia e plasticidade em defesa da iconografia da Paulicéia

Emanuel von Lauenstein Massarani
22/04/2003 14:41

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Cristiane Carbone é uma pintora tradicional amante da "urbe" e da natureza em todas as suas mais vívidas expressões. Seu tema preferido é São Paulo, de hoje e de ontem, a quem confere com sensível cromatismo a alegria de uma redescoberta autêntica, o tom quase mágico de uma ideal transfiguração, mesmo quando a analogia ou a referência naturalística parecem conduzidas com pleno respeito da realidade externa.

A passagem do real ao mundo da transfiguração advém com gradual interpretação da secreta essência do fato artístico. A visão torna-se, então, repleta de um seu íntimo fascínio, no jogo dos contrastes de tons e luzes, na estruturação dos volumes e na feliz interseção dos planos.

Ricas de sugestões, suas obras apresentam uma Paulicéia sonhada, mágica e livre de todo e qualquer "enfeiamento" tecnológico. A realidade paisagística da artista aparece ligada à veracidade do ambiente , das coisas e das pessoas, num discurso sem equívocos que não deixa margem a polêmicas ou dissertações.

Cristiane Carbone é de fato movida por uma incansável vontade de contar a nossa história através da cor e do desenho, relatar de si, de sua paixão por São Paulo, das coisas e das paisagens que a circundam. Trata-se de uma pintora empenhada, pois sua relação com a realidade é fecunda, séria e enriquece todos quantos amam descobrir a memória de nosso passado.



A obra Palácio das Indústrias, doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, reflete uma harmonia conjugada, de serenidade e de alegria, de felicidade e de esperança na vida. Uma inteligente síntese da natureza que alia poesia e plasticidade.

A Artista

Cristiane Carbone nasceu em Santo André,no ano de 1973. Passou a dedicar-se inteiramente à pintura a partir de 1994, quando teve aulas de pintura a óleo sobre tela, com o professor Edson Raposeiro. Em 1997 passou a freqüentar o atelier do professor Euclides Rios, onde hoje faz um curso de aprimoramento em técnicas de pintura para profissionais.

Recebeu inúmeros prêmios e criou o Projeto "Arte na Fábrica" desenvolvido na Ford do Brasil em São Bernardo do Campo (1996/1997) e em Taubaté (1996); em São Paulo e em São Bernardo, pelaMercedez Benz(1997); e pela Philips Lighiting em Mauá (1994).

Participou de numerosos Salões de Arte em Cambuquira, São Bernardo do Campo, Suzano , São Caetano do Sul, Bebedouro, Praia Grande, Amparo e no 53º São Paulista de Belas Artes, além de várias mostras em Galerias de Serra Negra, Sorocaba, São José dos Campos, Guarulhos ,Santo André, Ribeirão Pires, Mauá e em São Paulo.

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