Rapidez e eficiência nos reparos emergenciais, sem perder de vista um cronograma de serviços mais amplos para recuperação das embarcações. Essa é a síntese do apelo enviado à Dersa na segunda-feira, 22/5, pela deputada Maria Lúcia Prandi (PT). No documento, ela propõe que a estatal acelere os serviços para atender às exigências da Capitania dos Portos do Estado de São Paulo, que determinou a retirada de operação de 11 barcas da empresa por falta de condições de segurança e de navegabilidade.

A parlamentar tomou a iniciativa depois que teve conhecimento de documento assinado pelo comandante da capitania, capitão-de-mar-e-guerra Marcos Nunes de Miranda, relacionando as 11 embarcações que tiveram cancelado o Certificado de Segurança de Navegação (CSN). Além disso, Maria Lúcia recebeu reclamações de usuários pela demora e superlotação na ligação entre Santos e Vicente de Carvalho.

"O que mais assusta é que a Dersa informa pelos órgãos de imprensa que não há previsão para que a situação seja normalizada", acrescentou a deputada. Para a parlamentar, a atual situação é reflexo do impasse ocorrido meses atrás sobre a prorrogação ou não dos contratos de operação e manutenção celebrados pela Dersa, respectivamente, com o consórcio OPMariner e a empresa SER. "Isso gerou uma redução na manutenção preventiva", argumentou.

Paralelamente, a parlamentar quer que o Estado defina um cronograma completo de modernização das barcas que servem pedestres. "Nos últimos anos, esse serviço ficou em segundo plano, com a maior atenção direcionada para as travessias de automóveis, mais lucrativas. Uma prova disso é que, das 11 embarcações que tiveram o CNS cancelado, oito são exclusivamente para pedestres", afirma Maria Lúcia.

A maioria dessas embarcações tem de 30 a 40 anos de operação, informou a deputada. Ela destacou ainda que, em outubro de 2003, o secretário estadual dos Transportes, Dario Rais Lopes, anunciou um amplo programa de recuperação e modernização da frota, cujos resultados ela questionou.

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