Os médicos Hilário Romanezi Cagnacci e Paula Henriete Cagnacci, pai e filha, proprietários da Clínica Oncológica Cagnacci, estão sendo denunciados pelo Ministério Público por estelionato, crime contra as relações de consumo e periclitação da vida e saúde alheias. Hilário também é acusado de falsidade ideológica. A clínica estabeleceu contrato com o Plano de Saúde Ana Costa para a realização de tratamento de radioterapia conformacional tridimensional, impossível de ser realizada com os equipamentos do Hospital da Beneficência de Santos.

Para o deputado Fausto Figueira (PT), presidente da Comissão de Saúde e Higiene, este é apenas um passo na responsabilização das irregularidades cometidas no serviço de radioterapia prestados à Beneficência. "A meu pedido, está sendo feita sindicância pelo Conselho Regional de Medicina, para apurar eventuais desvios da ética médica. Há outra frente de investigação, a CPI do Erro Médico, na Assembleia, que investiga as circunstâncias daquele serviço. É preciso que os órgãos de vigilância sanitária sejam mais eficazes na fiscalização. Os serviços públicos de saúde também precisam identificar e acompanhar os doentes que foram vítimas desse engodo", afirmou Fausto.

Os promotores Cassio Conserino e Ana Maria Molinari, autores da ação penal pública, requerem, além da condenação relativa aos artigos do Código Penal, pagamento à União de R$ 138 mil, quantia que receberam em 2008 pelos supostos serviços.



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